A Rádio Princesa FM tem programação focada em música brasileira com informações para a comunidade local

 

A rádio comunitária do bairro Nova Rússia, em Ponta Grossa, realiza campanha de arrecadação financeira para manter o funcionamento do veículo, que opera há 13 anos na Cidade. Durante a pandemia, algumas empresas reduziram o apoio cultural à Rádio Princesa FM 87.9. E, a partir do início de Maio, entidades apoiadoras lançaram a campanha solidária em redes sociais. Conforme a publicação da Agência de Jornalismo UEPG, uma das organizações parceiras, as doações podem ser feitas por transferência ou PIX.

rádio princesa 

A rádio comunitária funciona com apoio de entidades e voluntários. local Foto: Reprodução/ site Rádio Princesa FM

 

A Rádio Princesa FM opera desde 2008, com sede na Rua Generoso Martins de Araújo, 1750, no Bairro Nova Rússia. O projeto foi idealizado em 1998 por membros da comunidade, que viam a necessidade de uma comunicação local. O diretor da emissora, jornalista Luís Carlos Dzulinski, conta que o funcionamento da associação só foi possível com ajuda direta da comunidade. “Passamos o chapéu entre moradores para comprar os aparelhos necessários e buscamos apoio de pessoas voluntárias para o trabalho”, diz.

A emissora possui programação cultural voltada às músicas brasileiras, com letras de qualidade e reflexão. Já os programas jornalísticos procuram fazer um contraponto com as mídias comerciais, e há também o uso de informações de agências de notícias. “O conselho comunitário e a comunidade decidiram, desde o início, priorizar informações para a comunidade, sobretudo a classe trabalhadora”, aponta o diretor da rádio.

Diferente das rádios comerciais, a maioria das emissoras comunitárias funciona basicamente com apoio financeiro de entidades e com profissionais voluntários. A Rádio Princesa possui gastos fixos mensais em torno de R$3.000,00, como aluguel, telefone e outros custos. E, durante a pandemia, as produções são editadas de forma remota, pois a emissora não possui verbas para investir nas modificações necessárias no estúdio para atender às normas sanitárias. “A rádio enfrenta dificuldades financeiras, pois registra uma redução de apoiadores, em função da crise financeira que enfrentamos”, afirma a professora de Jornalismo da UEPG, Hebe Gonçalves.

A acadêmica de Jornalismo da UEPG, Isadora Ricardo, participa do projeto de extensão “Democracia e Direitos Humanos”, da Agência Jornalismo UEPG, que mantém parceria com a Rádio Princesa FM. De acordo com a estudante, produzir para o projeto e, consequentemente para a emissora, é uma forma de aprender e colaborar na formação profissional. “O papel de uma rádio comunitária, como a Princesa FM, é importante, pois abre um espaço de ação comunitária para quem tem vontade de trabalhar”, conclui.

 

Ficha técnica

Reportagem: Janaina Cassol

Foto: Reprodução/ site Rádio Princesa FM

Edição: Vítor Almeida

Supervisão: Sérgio Luiz Gadini

Publicação: Vítor Almeida

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