Texto publicado originalmente na edição de número 204 jornal laboratório Foca Livre.

 

As eleições proporcionais de 2018 no Paraná contam com 14 candidatos a deputado federal e 14 candidatos a deputados estadual da região de Ponta Grossa. Em todo Paraná, 450 candidatos concorrem a uma vaga na Câmara Federal e 764 na Assembleia Legislativa. Na declaração de renda à Justiça Eleitoral, os candidatos da região de Ponta Grossa com maior renda são Márcio Pauliki (SD), candidato a deputado federal, com patrimônio declarado de R$ 18.357.655, e Plauto Miró (DEM), que concorre à reeleição para Assembleia Legislativa do Paraná, com patrimônio declarado na ordem de R$ 6.367.690.

 

 

Pauliki foi eleito deputado estadual em 2014 pelo PDT. Na época, o candidato declarou R$ 8.270.215 em bens, o que representa um aumento no patrimônio declarado na ordem de R$ 10.087.440 em quatro anos. Pauto concorreu às últimas três eleições gerais, sendo eleito deputado estadual em 2010 e reeleito em 2014. No pleito de 2010, o candidato declarou uma série de bens, como barracão, ceifadeira e um trator no valor de R$ 0,01. Em 2014, Miró declarou patrimônio de R$ 8.858.142.

 


Dr. Magno (PDT), João Carlos Gomes (PP), Dr. Zeca (PPS) e Eurico Filho (PPL) aparecem, respectivamente, em terceira, quarta, quinta e sexta posição entre os candidatos com maior renda, com a variação na ordem maior de R$ 4 milhões à menor na casa de R$ 1 milhão, conforme a declaração ao TSE.  

 

 

Médico, Dr. Magno (PDT) declarou possuir patrimônio de R$ 4.009.540, distribuídos em três imóveis, um automóvel e quotas de laboratório.  Esta é a segunda vez em que Magno disputa um cargo eletivo. Em 2016, foi eleito vereador de Ponta Grossa. Na época, o candidato declarou patrimônio de R$ 2.815.031, distribuídos em aplicações, terrenos/imóveis, quotas e sociedades. De 2016 a 2018, o patrimônio de Magno aumentou em R$ 1.194.509, de acordo com a declaração no TSE.

 

 

Ex-reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), João Carlos Gomes (PP) declarou patrimônio de R$ 2.906.789, distribuídos entre imóveis, automóveis, aplicação financeira, conta bancária e quotas/quinhões de capital. João Carlos foi secretário Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior nos dois mandatos do Governo Beto Richa (PSDB).

 

 

O médico Dr. Zeca (PPS) declarou patrimônio na ordem de R$ 2 milhões. Para esse valor, apenas um bem foi declarado, sendo uma casa em alvenaria. Zeca disputou outras cinco eleições. Em 2004 concorreu sem êxito ao cargo de vereador de Ponta Grossa pelo PSDB. Em 2008 foi eleito vereador de Ponta Grossa pelo PSDB, declarando R$ 10 mil em quotas de uma empresa.

 

 

Pelo PSD, Dr. Zeca foi reeleito vereador em 2012, na ocasião declarou possuir R$ 124.100 divididos entre dinheiro em espécie e empréstimos a terceiros. Em 2014, também pelo PSD, ocasião em que se tornou suplente para a Câmara Estadual, sua declaração foi de R$ 138.200. Nas eleições municipais de 2016, já pelo PPS, Dr. Zeca foi eleito vereador pelo quociente partidário e nenhum bem foi cadastrado no TSE. A declaração de bens do candidato aumentou em R$ 2 milhões em dois anos de acordo com a declaração no TSE.

 

 

Advogado, Eurico Filho (PPL) declarou R$ 1.094.792 em bens, distribuído entre veículos, imóveis e quotas/quinhões de capital. Em 2004 disputou o cargo de vereador de Ponta Grossa, não registou bens na ocasião e também não foi eleito.

 

 

Os candidatos que declararam renda inferior a R$ 1 milhão e maior que R$ 700 mil   foram o Sandro Alex (PSD) e Péricles de Holleben Melo (PT). Deputado federal candidato à reeleição, Sandro Alex declarou patrimônio de R$ 965.534, distribuídos entre quotas/quinhões de capital, contas bancárias, veículo, imóvel e "jóia, quadro, objeto de arte, de coleção, antiguidade etc”. Em 2008, o candidato disputou sem êxito a eleição para prefeito de Ponta Grossa e, em 2010, foi eleito deputado federal, com declaração de bens no valor de R$ 318.475. Em 2014 foi reeleito, com patrimônio declarado no valor de R$ 717.504.

 

 

Deputado estadual, Péricles Melo declarou patrimônio de R$ 792.587. Desde 2004, ano que se tem registro no site do TSE, foi eleito Deputado Estadual em 2010 e em 2014. Neste ano, tenta a reeleição. Péricles foi prefeito de Ponta Grossa entre 2001 e 2004.

 

 

Concorrem à Câmara Federal os seguintes candidatos locais na ordem alfabética: Abel Alves (PT), Aliel Machado (PSB), Aninha De Mario (MDB), Cleyton Reis (PSOL), Eurico Filho (PPL), Felipe Passos (PSDB), Isabella Gobbo (PCdoB), Juliano Emilio (NOVO), Keli Pinheiro (PRB), Leandro Dias (PSOL), Maria Aline (PSOL), Márcio Pauliki (SD), Moises Guergolet (PV) e Pastor Ezequiel (PRB) e Sandro Alex (PSD). Entre os nomes com domicílio eleitoral em Ponta Grossa, concorrem à reeleição os candidatos Aliel Machado e Sandro Alex.

 

 

Concorrem à Assembleia Legislativa os seguintes candidatos locais na ordem alfabética: Dr. Zeca (PPS), Dr. Magno (PDT), Gislaine Indejejczak (PSOL), João Carlos Gomes (PP), Josiane Kieras (PSOL), Julio Küller (MDB), Leandro Soares (PPL), Mabel Canto (PSC), Marco Zilio (SD), Péricles de Holleben (PT), Plauto Miró (DEM) e Vinícius Camargo (PMB). Tentam a reeleição entre os nomes com domicílio eleitoral em Ponta Grossa, concorrem à reeleição para estadual os candidatos Péricles de Holleben e Plauto Miró.

 

De acordo com as informações fornecidas ao TSE pelos próprios candidatos, aqueles com maior histórico político são também os que apresentam maior patrimônio. Ao longo dos anos, aqueles que foram eleitos para algum cargo tiveram aumento de patrimônio.

 


A declaração de bens dos candidatos têm importância também no processo eleitoral pelas mudanças no sistema de financiamento de campanha. A Resolução 23.553/2018, permite que além de doações de pessoa física e da verba recebida do Fundo Partidário, cada candidato financie sua própria campanha, com teto de gastos de até R$ 2,5 milhões.

 

 

Cerca de 12 candidatos apresentam renda entre R$ 400 mil e R$100 mil

 

 

Cerca de 12 candidatos apresentaram declaração de renda ao TSE com valores na ordem de R$ 400 mil e R$ 100 mil. Nesta faixa, o candidato a deputado estadual Julio Küller (MDB) aparece com maior renda, no valor de  R$ 437 mil declarados ao TSE, listados em imóveis, dinheiro em espécie e um automóvel. Em 2004, concorreu sem êxito ao cargo de vereador em Ponta Grossa pelo PPS.

 

 

Em 2008, quando eleito vereador de Ponta Grossa, Küller declarou R$ 93 mil em bens ao TSE. Em 2012, Küller foi reeleito vereador por e declarou R$ 272.500, discriminados em participações societárias, um imóvel e um veículo. Em 2016 concorreu sem êxito ao cargo de prefeito de Ponta Grossa, ocasião em que declarou possuir R$ 722.720, divididos entre dinheiro em espécie, quotas/quinhões de capital e um consórcio não contemplado.

 

 

Entre os candidatos a deputado federal, com renda inferior, Keli Pinheiro (PRB) declarou o valor de R$ 340.000, listados em uma casa e um veículo. Em 2016, concorreu à Câmara de Ponta Grossa, mas ficou como suplente.

 

 

Atualmente vereador de Ponta Grossa, Pastor Ezequiel (PRB)  declarou R$ 284.879, entre terrenos, contas bancárias e veículo. Em 2012 foi eleito à Câmara de Vereadores de Ponta Grossa, sendo reeleito em 2016.

 

 

Candidato à reeleição, Aliel Machado (PSB) declarou patrimônio de R$ 236.521, entre imóveis, título de capitalização e contas bancárias. Disputou as últimas quatro eleições, sendo eleito vereador em 2012 e deputado federal em 2014. Em 2016 concorreu à prefeitura de Ponta Grossa. Em 2014, Aliel declarou bens na ordem de R$ 57.113. Em 2016, o patrimônio do candidato passou para R$ 291.341, um aumento de R$ 234.228 em dois anos.

 

 

Juliano Emilio (NOVO) é integrante das Forças Armadas. Declarou possuir R$ 280.820 em aplicações bancárias. É a primeira eleição que disputa. Aninha Demario (MDB) declarou uma casa no valor de R$ 280 mil. Em 2012, Demario disputou o cargo de vereadora de Ponta Grossa, mas ficou como suplente.
Servidor público, Moises Guergolet (PV) declarou possuir uma casa no valor de R$ 200 mil. Disputou o cargo de vereador de Piraquara em 2008 e de Ponta Grossa em 2016, não sendo eleito em nenhuma das ocasiões.

 

 

Vinícius Camargo (PMB) declarou ao TSE patrimônio no valor de R$ 165.015, distribuído entre um imóvel e um automóvel. Em 2012, tornou-se suplente da Câmara de Vereadores de Ponta Grossa pelo DEM, não declarando bens naquele pleito. Em 2016 foi eleito vereador pelo PMB, ocasião em que declarou possuir R$ 52 mil, listados em um veículo e uma casa.

 

 

Marco Zilio (SD) declarou patrimônio de R$ 147.114 ao TSE, distribuído entre cota de consórcio, aplicação de renda fixa e um veículo. Empresário, esta é a primeira eleição que Zilio disputa. Maria Aline (PSOL) declarou uma casa no valor de R$ 111 mil. Engenheira, é sua primeira disputa eleitoral.

 

 

Entre os candidatos a deputado estadual, a professora da rede estadual de ensino, Josiane Kieras (PSOL) apresenta a segunda maior renda na faixa inferior a R$ 400 mil, com a declaração ao TSE no valor de R$ 350 mil, referente a uma casa. Em 2016 concorreu ao cargo de vereadora de Ponta Grossa, mas não foi eleita.

 

 

Mabel Canto (PSC) declarou patrimônio de R$ 125 mil, distribuído entre uma casa, um automóvel e dinheiro em espécie. Advogada, Mabel disputa pela primeira vez a eleição neste ano.

 

 

Seis candidatos locais declaram não possuir patrimônio

 

 

Pelo menos seis candidatos locais, entre deputados federal e estadual, da região de Ponta Grossa declararam ao TSE não possuir patrimônio. Entre os candidatos a deputado federal que não apresentaram patrimônio, estão Abel Alves (PT), Cleyton Reis (PSOL), Felipe Passos (PSDB), Isabella Gobbo (PCdoB) e Leandro Dias (PSOL). Entre os candidatos locais a deputado estadual que não apresentaram patrimônio, estão Gislaine Indejejczak (PSOL) e Leandro Soares Machado (PPL).

 

 

Abel Alves é representante comercial. Concorreu ao cargo de vereador em 2012 pelo PR, ocasião em que também declarou não possuir bens. Atualmente vereador de Ponta Grossa, Felipe Passos declarou patrimônio, apenas o valor de R$ 25.432, entre contas bancárias e um veículo. Advogada, Isabella Gobbo cursa mestrado em Ciências Sociais Aplicadas na UEPG e concorre a eleição pela primeira vez.

 


Advogado, Leandro Dias declarou um veículo no valor de R$ 5 mil. Disputou as eleições para vereador de Ponta Grossa pelo PSOL em 2012 e 2016 e para deputado estadual em 2014. Mas não conseguiu se eleger em nenhuma das ocasiões. Nessas campanhas não declarou bens ao TSE.

 

 

Entre os candidatos locais a deputado estadual que não apresentaram patrimônio, estão a advogada Gislaine Indejejczak (PSOL), que concorre pela primeira vez as disputa eleitoral, e Leandro Soares Machado (PPL). Este último declarou caderneta de poupança no valor de R$ 3.500. Em 2016, Leandro Soares concorreu sem êxito ao cargo de prefeito de Ponta Grossa pelo PPL. Na época, também não declarou patrimônio ao TSE.