Ponta-grossenses têm dúvidas sobre obrigatoriedade do equipamento de proteção

Em março de 2022, o Governo do Estado e a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa flexibilizaram o uso de máscaras. Porém, com o aumento do número de casos de covid-19, alguns locais voltaram a exigir o equipamento de proteção para entrada e permanência em ambientes fechados, como Câmara dos Vereadores, hospitais, farmácias e clínicas de saúde. A mudança, no entanto, está sendo tomada de forma particularizada, o que vem causando dúvidas na população de onde o uso é obrigatório ou opcional.

De acordo com o vendedor Maikon Jhonatan, a falta de uma política pública centralizada gera insegurança. “É complicado, agora eu não sei se posso ou não entrar nos locais sem máscara porque cada um decide uma coisa e fica difícil”, afirma. Para ele, todos os locais deveriam manter a escolha em aberto à população que já recebeu mais de duas doses da vacina. 

IMG 8615Foto: Bettina Guarienti

A dona de casa, Marina Cavalheiro Machado, também demonstra dúvidas de quais locais o uso é obrigatório, mas diferente do vendedor; defende a utilização das máscaras em todos os ambientes fechados. “Vou usar sempre e acredito que todos deveriam continuar utilizando”, diz.

Para a chefe de cozinha, Serli Rosas, a falta de padronização pode ser usada como justificativa para as pessoas que são contrárias ao uso do equipamento de proteção. “Acho que está muito confuso, tem quem não sabe e tem quem finge não saber. A obrigatoriedade em só alguns lugares acaba se tornando desculpa pra isso”, declara.

A aposentada Olívia Castilho afirmou não saber quais locais é exigido o equipamento e, ao se dar conta da exigência na Câmara dos Vereadores, demonstrou indignação: “É no mínimo irônico o local de onde saem as leis e ordens obrigar o uso da máscara lá dentro e não mudar a restrição em outros espaços fechados’’, afirma Olívia.

Atualmente, a lei em Ponta Grossa não obriga o uso de máscaras na maioria dos locais, como comércio e ambientes públicos. A conscientização através de cartazes, por exemplo, não é promovida pela Prefeitura. Nos espaços onde é obrigatório ou recomendado, o aviso parte da própria gestão. Em ambientes particulares, a regra varia de acordo com o que a gestão privada definir.


Ficha Técnica

Repórter: Victória Sellares

Edição e Publicação de texto: Isadora Ricardo

Supervisão de produção: Muriel E. P. Amaral

Produção e Edição de vídeo: Victória Sellares

Gravação: Maria Eduarda Ribeiro

Supervisão de publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen