Para controlar a superpopulação de animais abandonados, meta é castrar 462 animais por mês
O número de cães abandonados ou que possuem lar, mas estão na rua, chega a cerca de 42 mil animais em Ponta Grossa. O Centro de Referência para Animais em Risco (CRAR), da Prefeitura, Fundação Municipal de Saúde (FMS) e Coordenação de Zoonoses, abre cadastro para castração de forma gratuita, que já começou, com o objetivo de controlar o abandono e prevenir doenças, ajudando tutores que não podem arcar com a castração.
Castração gratuita busca controlar superpopulação de animais abandonados. Foto: Wesley Machado
Desde 2007, é lei municipal a realização de castrações de animais por parte da Prefeitura em seus centros de controle de zoonoses, com o número mínimo de 3.200 cirurgias anuais. Para castrar o animal, os interessados podem fazer o cadastro no setor do Meio Ambiente, ou ir até a sede do CRAR, localizada no bairro Jardim Carvalho, atrás do campus da UTFPR.
O tutor precisa ser beneficiário de algum programa social do governo, apresentar cópias do RG, CPF, Comprovante de Residência, Cartão SUS e CadÚnico. Além disso, preencher a ficha de cadastro e a ficha de descrição do animal, além de assinar um termo de autorização do procedimento cirúrgico. Cada tutor pode cadastrar até cinco cãezinhos. Animais que estejam sob responsabilidade de organizações não governamentais (ONGs), ligadas à proteção animal, também podem ser atendidos.
A reportagem entrou em contato com o secretário de Meio Ambiente, Pedro Pitela, envolvido na campanha, mas não obteve resposta. Através de nota, ele informou sobre a intenção do projeto. “Temos vagas disponíveis para atender a população que precisa deste serviço. Basta entrar em contato para garantir a vaga, pois trabalhamos com uma meta de fazer 462 castrações a cada mês”.
O veterinário Fábio de Almeida, que trabalha com castrações da Prefeitura, reforça os benefícios. “Além de esterilizar animais de proprietários de baixa renda, ajuda a reduzir o problema de superpopulação de cães e gatos e, por conseguinte, as ocorrências de zoonoses”. Ele também explica que “para as fêmeas, o procedimento leva à inibição do cio, evitando problemas de reprodução e o número elevado de ninhadas. A medida reduz a procura de machos por fêmeas, assim como disputas e agressões entre machos.”
A tutora Karen Evaristo, beneficiada pelo projeto, destaca que, como tinha todos os requerimentos, o cadastro foi rápido. A parte mais demorada do processo foi o agendamento para a castração, que levou em média um mês. "A cirurgia ocorreu bem, assim como a recuperação, que não teve complicações”.
Ficha técnica
Reportagem: Wesley Machado
Edição e publicação: Cassiana Tozati
Supervisão de produção: Ricardo Tesseroli, Cândida de Oliveira e Maurício Liesen
Supervisão de publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen