200 anos de histórias

O museu Campos Gerais abre nova exposição que mostra a história de Ponta Grossa durante seus dois séculos de existência

O que representa Ponta Grossa? Seriam os sítios arqueológicos da região, como o Parque Vila Velha ou o Buraco do Padre? Talvez a cidade seja conhecida por conta do seu time de futebol que há tantos anos leva o nome do município para campeonatos estaduais e nacionais, ou até mesmo por algum prato típico. A pergunta sobre o que realmente representa a “Princesa dos Campos Gerais” não possui uma resposta simples. Em setembro se comemora o bicentenário da cidade, e ao longo desses dois séculos muitos elementos foram fundamentais para a sua construção. 

A cidade se prepara desde o ano de 2022  para a celebração do aniversário de 200 anos, que ocorre no dia 15 de setembro. Um dos espaços a entrar na comemoração foi o Museu Campos Gerais (MCG), que recentemente inaugurou a exposição “Duzentos”, com o objetivo de mostrar a história e a formação da cidade, evidenciando principalmente os aspectos locais e regionais. 

A exposição conta com diversos espaços e elementos que mostram a diversidade da cidade, além de ressaltar a importância de cada fragmento na formação do município. A mostra conta com objetos fundamentais na história da cidade: um exemplo é a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).  A instituição possui um papel significativo para o desenvolvimento de Ponta Grossa em diversas áreas, desempenhando uma função crucial na formação de profissionais através dos cursos de graduação e pós-graduação.  

Outra característica muito forte na cidade é a comunicação, que na exibição é representada por equipamentos cinematográficos antigos da RPC, afiliada da rede Globo no estado. Há também materiais do Diário dos Campos, o jornal impresso mais antigo da cidade, criado em 1907, sendo atualmente o maior em circulação na região. Além de também contar com discos da Rádio Clube Pontagrossense, a rádio mais antiga em atividade no Paraná.  

A Ponta Grossa que tem o amor pelo time local, o Operário Ferroviário, também é representada no salão do MCG. Ao longo de tantos anos a história do clube esteve relacionada de forma direta com a história da cidade. Na mostra estão expostas fotos das primeiras equipes, troféus importantes para o clube, como a primeira taça conquistada pelo time em 1916, títulos conquistados na Série D (2017) e Série C (2018) do Campeonato Brasileiro, além da bola que levou o time à vitória no Campeonato Paranaense de 2015.   

A diversidade da cidade também é retratada a partir das diferentes religiões praticadas, como o catolicismo, as macumbas do candomblé e a umbanda, e da pluralidade cultural. Na mostra, a presença dos sírios, libaneses e árabes é retratada, com suas tradições culinárias, culturais e religiosas.

A cultura também é representada, através da banda Lyra dos Campos, banda marcial com mais de 70 anos na cidade e que já ajudou na formação musical de mais de 700 músicos. A influência do hip hop também é mostrada, com elementos característicos da arte da cidade, destacando o grafite e o skate. 

A exposição revela uma Ponta Grossa que não está nos livros de história, com figuras e nomes importantes que não viraram monumentos e nem nomes de rua. A história desses duzentos anos é resgatada conjuntamente com as memórias mais recentes da cidade.IMG 2061

 

Ficha técnica:

Reportagem: Vanessa Galvão

Edição: Heloisa Ribas Bida e Carolina Olegário

Publicação: Heloisa Ribas Bida

Supervisão de produção: Manoel Moabis Pereira dos Anjos

Supervisão de publicação:  Marizandra Rutilli e Luiza Carolina dos Santos

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