Ponta-grossenses consomem poucas frutas, verduras e legumes; plano elaborado este ano destaca metas para combater insegurança alimentar na cidade até 2028
Projeto de lei aprovado na Câmara prevê a distribuição gratuita de alimentos para crianças de famílias de baixa renda | Foto: João Guilherme Pimentel
A população ponta-grossense consome menos frutas, legumes e verduras que a média nacional. Por outro lado, o consumo de alimentos ultraprocessados é maior. Os dados são do relatório que avalia o consumo alimentar dos adultos de Ponta Grossa em 2023. Fome, magreza, obesidade e doenças associadas à má alimentação são alguns dos fatores causados pela insegurança alimentar e nutricional. O consumo de alimentos industrializados e ricos em gordura saturada, açúcar e sódio prejudicam a saúde do consumidor.
O Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Ponta Grossa (Plamsan) foi elaborado este ano e destaca metas até 2028. O plano objetiva implantar políticas públicas e ações para combater a insegurança alimentar na cidade. O projeto de lei 367/2024, do vereador reeleito Geraldo Stocco (PV), prevê a distribuição gratuita de alimentos para a introdução alimentar a crianças de até dois anos. A disposição será destinada a jovens inseridos em famílias de baixa renda. O projeto foi aprovado em sessão ordinária na câmara municipal em 4 de novembro, com 15 votos favoráveis.
O vereador Ede Pimentel (PDT), favorável ao projeto, afirma que a segurança alimentar deve ser melhor trabalhada, em específico pelos membros da câmara. “Os vereadores têm que aprofundar a discussão sobre insegurança alimentar e elaborar planos e ações que se encaixem no projeto aprovado”, defende. A vereadora reeleita Joce Canto (PP) estima que quatro mil crianças estão em vulnerabilidade social no município. “O projeto precisa expandir para atender crianças além dos 2 anos de idade e espero que a prefeita sancione o projeto”, diz.
Izaias Salustiano (PL), vereador não reeleito, não vê a segurança alimentar como um problema em Ponta Grossa. “A segurança alimentar não é ruim, pois a Secretaria de Educação tem uma base alimentar muito boa e de qualidade nos CMEIs e escolas”, argumenta. O vereador defende que os alimentos devem ser fornecidos às famílias vulneráveis nos finais de semana e no período de férias. “O problema é a vulnerabilidade alimentar nos recessos escolares, pois durante a semana, as crianças se alimentam com qualidade, enquanto nos recessos não têm acesso à alimentação”, conclui.
Ficha técnica
Produção: João Guilherme Pimentel
Edição e publicação: Mel Pires e Mariana Real
Supervisão de produção: Sérgio Luiz Gadini
Supervisão de publicação: Aline Rosso e Kevin Kossar Furtado