Foto: YouTube

A manhã do segundo dia do 5º Colóquio Mulher e Sociedade teve como destaque o lançamentos de livros e a palestra de Maria Amélia Teles. Confira os destaques do dia na reportagem de Ana Cláudia Pereira e Bruna Alexandrino:

Maria Amélia Teles lança seu terceiro livro. Foto: Gabriel Clarindo Neto

Como parte da programação do segundo dia (09/03) do 5° Colóquio Mulher e Sociedade, estavam previstas atividades culturais e lançamento de livros.

O estudante de Jornalismo da UEPG, Lucas Cabral, interpretou canções que valorizam a luta e o caráter das mulheres. Indianara Priscilla dos Santos, estudante de Letras, diz que as músicas apresentadas pelo aluno alcançaram o objetivo de explorar as questões femininas. "Uma das canções, ‘Maria Maria’ composta por Milton Nascimento, eu já conhecia. ‘Desconstruindo Amélia’, da cantora e compositora Pitty, fala sobre nós hoje", discorre a estudante.

Após a apresentação de Lucas Cabral, a escritora e militante dos direitos das mulheres Maria Amélia Teles, lançou seu mais recente livro sobre a luta feminista na Ditadura Militar. O livro  “Da guerrilha à imprensa feminista” relata o trajeto da luta dos direitos das mulheres em meio ao conturbado regime militar no Brasil.

Maria Amélia Teles foi filiada ao Partido Comunista do Brasil onde iniciou sua militância em defesa dos direitos das mulheres, em um período onde falar sobre o direito da mulher ainda era censurado pelos militares. Em 1972 foi presa e sofreu tortura. Era colega de cela da ex-presidente Dilma Rousseff. “Da guerrilha à imprensa feminista" é o terceiro livro publicado por Maria Amélia. Podemos encontrar outras produções da autora nas obras “Breve história do feminismo no Brasil” e “O que é violência contra a mulher.”

As jornalistas Elaine Schmitt e Mariana Fraga também lançaram suas obras no evento: “Gênero, educação e sexualidade” e “Quase da família: a moça que trabalha lá em casa”, respectivamente.  

Foto: William Clarindo

Um dos destaques da manhã do 5° Colóquio Mulher e Sociedade é a palestra com a militante do Partido Comunista (PCdoB) e membra da União das Mulheres de São Paulo, Maria Amélia de Almeida Teles, com o tema "Gênero, direitos humanos e lutas sociais", com início às nove horas da manhã. Confira uma entrevista com Maria Amélia no boletim em áudio produzido pela aluna Ana Luísa Vaghetti:

 

Como parte da programação do 5º Colóquio Mulher e Sociedade, acontece às 9h a palestra “Gênero, direitos humanos e lutas sociais” com a ex-militante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Maria Amélia de Almeida Teles, membra da  União de Mulheres de São Paulo e Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos/Comissão da Verdade do Estado de São Paulo. Presa em 28 de dezembro de 1972 e levada à operação Bandeirantes onde foi submetida a sessões de tortura, Maria Amélia é diretora da União das Mulheres de São Paulo e coordenadora do projeto "Promotoras Legais Populares". O Partido Comunista do Brasil juntamente com o Partido Comunista Brasileiro, Partido Comunista Brasileiro Revolucionário, entre outros, foram legendas criadas com ideais revolucionários e tiveram grande importância na oposição à ditadura.

Confira a programação do Colóquio Mulher e Sociedade para hoje (09/03):

8h30:
Lançamento de livro - "Da Guerrilha à Imprensa feminista", de Maria Amélia de Almeida Teles; ações em defesa dos direitos das mulheres e o lançamento da campanha de Combate a Múltiplos Assédios - Nevicom/UEPG (Núcleo de Estudos de Violência Contra a Mulher) e AMAS - Associação em Prol da Maternidade Ativa e Segura;

9h:
Palestra - "Gênero, direitos humanos e lutas sociais" com Maria Amélia de Almeida Teles (União de Mulheres de São Paulo e Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos/Comissão da Verdade do Estado de São Paulo);

14h:
4º Evento Científico sobre Estudos de Gênero, no Pequeno Auditório e Sala 205 (Bloco A), ambos na UEPG;

Mulheres reivendicam direitos políticos, econômicos e sociais. Foto: Guilherme Bronosky.

A Marcha das Mulheres ocorreu em 11 capitais do Brasil e no Distrito Federal, a bandeira é de oposição à reforma da previdência, a legalização do aborto e contra a violência machista e o feminícidio. No Paraná a mobilização foi em Curitiba, Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Irati, Guarapuava, Paranaguá, Foz do Iguaçu, Cascavel e União da Vitória em conjunto com Porto União (SC). Em Curitiba o movimento iniciou às 15h, na Praça Santos Andrade, com um Sarau e oficinas, seguindo com a Marcha às 17h. Em Guarapuava as atividades continuam até o dia 12 com a “Pedalada pelo fim da violência contra mulheres”.

A concentração em Ponta Grossa foi na Praça Barão de Guaraúna, às 11h30 e passou pela Rua Penteado de Almeida e Avenida Balduíno Taques, seguindo até o INSS como forma de protesto à reforma da Previdência. À tarde a mobilização seguiu até a Câmara Municipal para acompanhar a sessão. Às 16h iniciou a concentração para a Marcha organizada pela APP – Sindicato, também na Praça Barão de Guaraúna.

Nos demais estados e capitais o Dia Internacional da Mulher também foi marcado por atividades. Ainda no Sul do país, Porto Alegre teve movimentações que iniciaram logo cedo. Às 5h30 a “Marcha das Mulheres do Campo e da Cidade” saiu da Ponte Guaíba, passando pelo Centro, até o INSS.  Para as 17h aconteceu a concentração na Esquina Democrática para a Grande Marcha das Mulheres, marcada também pela leitura do Manifesto Internacional. Já a capital Catarinense iniciou a Marcha às 18h no Ticer.

No Rio Grande do Norte a Marcha iniciou às 9h com uma caravana, saindo do Instituto Federal do Rio Grande do Norte em Natal, com a primeira parada em Macaíba. A caravana passou pelo Residencial Campinas e seguiu às 14h para um ato em frente ao INSS. Em Brasília a Marcha iniciou às 17h30, com saída do Museu da Republica seguindo até a Praça dos Três Poderes.

Em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, a Marcha foi chamada como “Marcha da Previdência” e organizada pela Frente Brasil Popular. Iniciou às 8h em frente ao Sintracom e seguiu com atividades como batucagem e panfeltagem feminista, além de exibição e debate de filme. No Largo Redondo em Belém, capital paraense, as mulheres também se reuniram. A concetração iniciou às 8h30, passando pela Avenida Nazaré e ato em frente ao INSS.

Foto: Camila Zanardi

A movimentação das mulheres em Ponta Grossa aconteceu o dia todo. A data, 8 de março, que remete às lutas das mulheres por melhores oportunidades foi marcada por eventos de fortalecimento feminino.
A Marcha das Mulheres na cidade, iniciou aproximadamente 11h30 e seguiu com mobilizações em direção à Câmara Municipal. O Portal Periódico acompanhou as atividades do dia e você pode conferir na reportagem a seguir:

 

Mulheres assinam abaixo assinado contra a PEC 287. Foto: Priscilla Pires

Após a fala na tribuna da Câmara dos Vereadores, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra)  se juntou a APP-Sindicato na praça Barão de Guaraúna por volta das 16h para o encerramento das manifestações.

Além de marcar o Dia Internacional da Mulher, a manifestação mostrou luta contra a PEC 287 onde um abaixo assinado foi disponibilizado para a assinatura e também sobre a criminalização dos movimentos sociais. A coordenadora do MST, Maria Izabel Grein (68) comenta a questão da previdência para as mulheres trabalhadoras rurais “Para nós, 8 de março é o dia da mulher, deveria ser um dia de festa, mas para nós da classe trabalhadora é um dia de luta. O golpe que o Governo está dando na classe trabalhadora é muito grande, e nos trabalhadores rurais mais ainda, na questão da previdência. Se essa PEC for aprovada as mulheres do campo não se aposentam”. Ouça a fala completa de Maria Izabel: