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- Produção: Amanda Santos e Heloísa VIvan
- Categoria: Dia Internacional da Mulher
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O grupo de trabalho “Desigualdade de Gênero e Perspectivas de Inclusão” foi apresentado na tarde desta quarta-feira (8) durante o 5º Colóquio Mulher e Sociedade. O GT apresentou 9 artigos que analisaram diversas problemáticas sob perspectivas de diferentes áreas, como Direito, Geografia e História. O trabalho da mulher do campo e as relações neste ambiente tradicional foram pautados por Virginia de Souza, enquanto Diego Osni Fernandes apresentou o cenário das drag queens em Ponta Grossa: “a drag é um instrumento de quebra de paradigmas, ela é uma expressão artística e momentânea”.
No segundo bloco, Maria Cristina Baluta refletiu sobre a maternidade e paternidade perante a lei. Para isso, levou em conta a alteração do artigo 318 do Código de Processo Penal, pelo qual a mulher pode ter prisão preventiva transformada em domiciliar caso tenha filhos de até 12 anos, enquanto isto só é válido para o homem caso ele seja o único responsável – o que dá a entender que a criação dos filhos é uma responsabilidade única da mulher. Murilo Henrique da Lima Costa e Susana Maria Bartmeye analisaram a história das leis brasileiras que tratam da violência contra as mulheres e seus direitos civis. Jéssica Emanueli Moreschi Bedin debateu sobre adolescentes em conflito com a lei na cidade, expondo a necessidade de mudança de tratamento e representação das jovens infratoras.
A desigualdade do Jornalismo também foi retratada por quatro trabalhos, de Kethlyn Lemes, Nicolas Ribeiro, Graziela Soares Bianchi e Mariana Braga da Fonseca. As conclusões foram similares: embora as mulheres sejam maioria no mercado, seus salários são menores e suas áreas de atuação são vistas pouco sérias ou sem muito prestígio. Além disso, percebe-se uma maior propagação de estudos de gênero no ambiente acadêmico, mas estes acabam não interferindo nos produtos jornalísticos, de acordo com a pesquisa de Fonseca.
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- Produção: Andressa Zafallon
- Categoria: Dia Internacional da Mulher
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No Dia Internacional da Mulher a equipe do Portal Periódico cobriu as manifestações da Marcha da Mulheres em Ponta Grossa.
Com início às 11 horas da manhã, a marcha saiu do campus central da UEPG, com destino à praça Barão de Guaraúna. As manifestantes reivendicam os direitos às mulheres. Você confere os destaques da manifestação na cidade pela reportagem da aluna Andressa Zafallon:
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- Produção: Millena Manosso, Rafaela Martins, Bruna Pereira
- Categoria: Dia Internacional da Mulher
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Um dos atos promovidos pelo MST no Dia Internacional da Mulher ocorreu na Câmara dos Vereadores em uma sessão extraordinária que tratava, principalmente, da reforma previdenciária e do movimento feminista dentro do MST. Ouça o pronunciamento:
A militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra Maria Izabel Grein, 68, defendeu o papel dos camponeses na produção agrária, afirmando que a falta de renda fixa para os trabalhadores impede que a colaboração seja maior.
Outra reclamação de Maria Izabel refere-se à PEC 287, que causa retrocesso nos direitos trabalhistas. De acordo com ela, o futuro da mulher do campo é perder seus direitos. "Uma campesina não suporta trabalhar até os 65 anos", afirma. A militante também atentou para a violência contra os movimentos sociais, apontando uma lei que os fere diretamente.
A representante do MST Elaine de Lima, 28, abordou o papel do movimento feminista na violência contra as mulheres. Elaine relatou que o grupo foi impedido de trazer sua perspectiva à mística pela política da Câmara dos Vereadores. Ela reitera que a luta é baseada no diálogo e na participação ativa. “A luta não está restrita ao dia 8 de março, mas abrange todas as práticas golpistas desde o golpe contra a ex-presidente Dilma”, alega Elaine.
Confira a fala de Maria Izabel Grein:
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- Categoria: Dia Internacional da Mulher
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Durante o trajeto da Marcha das Mulheres na tarde de hoje, 8, ocorreu um incidente entre um carro e participantes do evento, em frente a Câmara Municipal de Ponta Grossa. O caso aconteceu após um carro invadir a faixa de trânsito liberada pela Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte ao movimento.
O problema começou quando uma motorista entrou em discussão com os representantes da Marcha, que organizavam o trânsito e fechavam a pista para a passagem de aproximadamente 400 pessoas, a maioria delas mulheres.
As manifestantes pediram para a motorista dar a ré e seguir para a faixa ao lado da Marcha, mas a mulher avançou na pista onde haviam pessoas. Aproximadamente seis manifestantes foram em direção ao carro para barrar a passagem do veículo e iniciou-se uma confusão. Enquanto o carro avançava, um dos vidros do carro foi quebrado.
A motorista, que não quis se identificar, recorreu a um Guarda Municipal e prestou queixa. O grupo de manifestantes argumentou com o guarda que havia risco de atropelamento e que isso culminou no incidente.
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- Produção: Jessica Gradin e Millena Lopata
- Categoria: Dia Internacional da Mulher
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Como parte das atividades programadas para o Dia Internacional da Mulher, o MST concentrou mulheres na praça Barão de Guaraúna para então marchar até o INSS, por volta das 11h30. O objetivo da manifestação, de acordo com a pedagoga e assentada Simone Rezende, é o de lutar contra a PEC 287, que prevê uma reforma na PrevidênciaSsocial, prejudicando principalmente as trabalhadoras rurais.
De acordo com a coordenadora da brigada Emiliano Zapata Genecilda Gotardo, a manifestação em frente à Previdência Social foi acompanhada por pessoas de cidades vizinhas, como Teixeira Soares, Castro e Palmeira. O motivo da manifestação ter sede em Ponta Grossa se deve ao fato de o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) da cidade ser o principal de toda a região Centro-Sul e, portanto, ser local importante para a tomada de decisões.
Como a manifestação acontece durante todo o dia, os assentados se organizaram na arrecadação e preparo de alimentos para cerca de 400 participantes. “As doações de alimentos foram encaminhadas até a brigada Emiliano Zapata e distribuídas para o grupo responsável em preparar as refeições”, garante Genecilda.
A marcha do MST continuou depois da parada para o almoço no INSS e seguiu até a Câmara Municipal de Ponta Grossa. Os manifestantes seguiram a Marcha com carros e caminhões de som e também com cartazes reivindicando respeito com as mulheres.
A camponesa do assentamento Contestado Priscila Facina conta que a Marcha estava com aproximadamente 450 trabalhadores. “Estão chamando de reforma, mas é o desmonte da Previdência e esse momento é muito importante para informar a população”, declara Fassína, chamando atenção para o real objetivo do movimento.
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- Produção: Maíra Orso e Pedro Henrique Andrade
- Categoria: Dia Internacional da Mulher
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A Marcha das Mulheres que iniciou em frente a Universidade Estadual de Ponta Grossa, com aproximadamente 60 pessoas, se concentrou na praça Barão de Guaraúna por voltas 11h30. Durante o trajeto houve manifestações isoladas nas ruas contra o movimento, mas a marcha continuou e recebeu apoio das mulheres que a acompanharam. O deslocamento da marcha se deu pela Rua Penteado de Almeida e Avenida Balduíno Taques.
Com cartazes e rostos pintados, as mulheres entoaram gritos de luta e resistência como “a nossa luta é todo dia, contra o racismo, machismo e a homofobia” e “se cuida seu machista, a América Latina vai ser toda feminista”.
As mulheres que participaram da caminhada levaram seus filhos e relataram o preconceito que já sofreram no mercado de trabalho por serem mães. “Quando nós falamos em feminismo e em gênero, as pessoas acham que está vinculado apenas à sexualidade, mas também envolve o combate a outros tipos de violência, como a discriminação no mercado de trabalho e a violência obstétrica”, comenta a professora Georgiane Vazquez.
Manifestantes também expressaram o significado íntimo da marcha em um dia tão simbólico como o 8 de Março. Para a estudante de Biologia da UEPG, Maria Eduarda Castanho, a mulher deve ser respeitada independende de sua profissão. "A minha luta é ser reconhecida na minha área, que é a ciência, porque ainda existe o preconceito de que nada que a mulher faz é importante", relata Maria Eduarda.
“O protesto é para lembrar que muitas mulheres morreram para que a gente etivesse aqui”, relata a estudante de arquitetura da Unopar, Jordanna Barbosa, de 19 anos.
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- Produção: Lucas Cabral, Ana Istschuk, Bárbara Popadiuk, Heloísa Vivan, Amanda Santos, Jéssica Schmitt
- Categoria: Dia Internacional da Mulher
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O Painel de Gênero, Política e Movimentos Sociais aconteceu na manhã do primeiro dia do 5° Colóquio da Mulher e Sociedade (8). As quatro convidadas falaram sobre coletivos feministas, feminismo negro e a participação feminina na política.
Nilvan Laurindo Correa é formada em Letras pela UEPG e uma das fundadoras do coletivo feminino Maria Vai Com as Outras e do projeto Abayomi. A ativista relata que percebeu a necessidade de grupos que tratassem do feminismo na universidade e que provocassem os estudantes. Durante a fala, Nilvan ainda menciona grandes nomes do movimento feminino negro, que contrapõe a cultura do silenciamento feminino.
O projeto Abayomi visa o emponderamento e a melhora da auto-estima da menina negra, com a distribuição de bonecas negras nas escolas de Ponta Grossa. A iniciativa atende especialmente a escolas públicas. ''Percebemos que a cultura e a mulher negra são silenciadas desde a infância: as caixas de brinquedos não tinham bonecas assim para representar essas crianças'', conta Nilvan. Além dessa intenção, soma-se a construção social de que meninos não podem brincar com os objetos que culturalmente são classificados como femininos.
A doutora em Ciências da Comunicação e professora da UFPR Luciane Panke fez o pré-lançamento de seu sétimo livro, “Campanhas Eleitorais para Mulheres”, durante o painel. O livro apresenta uma pesquisa realizada em 15 países, com quase 100 mulheres que trabalham no campo político. Panke fez uma análise de 21 campanhas presidenciais em 11 países latinos e, a partir disto, reconheceu três perfis de mulheres na política: a mãe, a profissional e a guerreira. A obra já foi traduzido para o espanhol.
Para a pesquisadora, as mulheres que ocupam espaços tradicionalmente masculinos ainda sofrem com o silenciamento e o preconceito, uma vez que o espaço socialmente aceito da mulher é o doméstico. Dentro do universo político, segundo Panke, espera-se uma imagem fundamentada nestes estereótipos para conquistar o respeito e a confiança do povo. Ainda assim, dentro de parlamentos, câmaras de deputados e senadores, a presença feminina é ridicularizada, tanto por questões biológicas, – por exemplo, a TPM e os ciclos menstruais – como pela sua vida pessoal. Segundo ela, isto ocorre pois os homens se sentem ameaçados, como se as mulheres estivessem tomando seu espaço profissional.
Raphaela Pacheco, estudante de Engenharia Química na UTFPR (Universidade Federal Tecnológica do Paraná) e representante do Coletivo Marie Curie, ressalta a importância desses grupos na nossa sociedade. O Coletivo teve seu início em 2016, com apenas nove membros. O movimento reúne, hoje, 22 membros e está em expansão com os novos alunos que chegam na universidade.
O objetivo de criação do Marie Curie foi acabar com insultos feitos contra meninas e homoafetivos na UTFPR. Cartazes distribuídos por toda a Universidade ajudaram o coletivo ganhar força e voz. Apesar de ser um grupo de universitários, o coletivo é aberto à comunidade. “Quando andamos juntos, andamos muito melhor”, resumiu a estudante ao considerar a necessidade de que outras instituições se unam na luta por igualdade de gênero.
Ao fim do painel, o público participou do momento de debate onde as convidadas responderam as dúvidas. O evento continua durante a tarde com Grupos de Trabalhos acadêmicos de pesquisas interdisciplinares em gênero, a partir das 14 horas na UEPG. Confira a programação: https://coloquiomulhersoci.wixsite.com/coloquio2017/programacao-evento-cientifico