Em Ponta Grossa um caso da doença foi registrado

A Secretaria Municipal de Saúde divulgou que Ponta Grossa atingiu a meta nacional de vacinação. | Foto: João Paulo Pacheco

No Paraná, já são 231 casos de sarampo confirmados de acordo com o último Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde do Paraná. No final do mês de setembro, haviam sido registrados 39 casos, concretizando um aumento de 492% no número de diagnósticos da doença. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, foram confirmados 6.640 casos, destes 5.652 (85,1%) foram confirmados por critério laboratorial e 988 (14,9%) por critério clínico epidemiológico. Em Ponta Grossa, o primeiro caso foi divulgado em 18 de setembro e segundo a Secretaria de Saúde do Estado é o único confirmado até o momento. Embora o caso tenha sido registrado no município, a doença foi contraída fora da cidade, conforme afirma o enfermeiro Thiago Bueno, do Setor de Epidemiologia da cidade.


Considerada doença erradicada, os últimos casos de sarampo no Brasil foram registrados em 1999. A partir do primeiro caso no país mudou-se a classificação, perdendo o certificado de erradicação da doença. Cidades com um caso são consideradas em surto, como Ponta Grossa.


O Programa Nacional de Imunizações indica duas doses da vacina tríplice viral para pessoas até 29 anos, e uma dose para pessoas de 30 a 49 anos. O programa disponibilizou uma dose extra para crianças de seis a 11 meses de idade. Após completar um ano de idade, a criança retorna aos postos de saúde para iniciar a imunização a partir da dose única.


A Secretaria Municipal de Saúde divulgou que Ponta Grossa atingiu a meta nacional de vacinação. Em relação à pólio, foram vacinadas 95,24% das crianças do público-alvo, enquanto o índice de prevenção ao sarampo ficou em 95,16%. De acordo com o Bueno, no grupo de pessoas que não deve ser vacinadas incluem crianças menores de seis meses, pessoas com imunidade baixa proveniente de doenças ou por medicamentos e gestantes. Mulheres que planejam engravidar devem aguardar 30 dias após ter tomado a vacina. O mesmo acontece com pessoas que pretendem doar sangue. O Hemepar não aceita doações com menos de 30 dias após a vacina.


O sarampo é uma infecção viral aguda que se instala na via aérea da pessoa. A transmissão ocorre também pelo ar, através da fala, tosse ou espirro por pessoas contaminadas. Bueno afirma que não existe tratamento específico para o sarampo. O procedimento é realizado a partir dos sintomas que a pessoa apresenta. Febre, dor, tosse são alguns dos indicadores. A pessoa apresenta um mal-estar geral na primeira fase, quando o vírus é transmitido facilmente.


Na segunda fase, aparecem manchas, normalmente na face, atrás das orelhas, que se espalham pelo corpo. A partir dessa fase, a maioria dos casos evolui para a cura, mas muitos pacientes podem ter complicações, como meningite e pneumonia. O aposentado João Alberto Santos, conta que foi levar a filha de 10 anos para se vacinar e relata a importância das pessoas se conscientizarem sobre a imunização. ‘’Vemos muitos pais ainda resistentes na vacinação dos filhos contra diversas doenças, eu acompanhei a época do surto de sarampo no Brasil e no mundo pela televisão. A doença, assim como as demais, é perigosa, então a população precisa ser vacinada para evitar novos casos. Eu sempre procurei atualizar todas as minhas vacinas e da minha família’’, diz.


Em Ponta Grossa, as unidades de saúde com salas de vacinas fornecem o atendimento contra o sarampo, são elas: Abrahão Federmann, Ana Rita, Adam Polan, Palmeirinha, Antonio Russo, Centro, Antonio Saliba, Parque Sabiá, Carlos Ribeiro de Macedo, Clyceu C. De Macedo, Santa Terezinha, Cyro de Lima Garcia, Oficinas, Egon Roskamp, Santa Paula, José Carlos Araújo, Cará-cará, Júlio Azevedo, Vila Vilela, Lauro Muller, Santa Maria, Luiz Conrado Mansani, Uvaranas, Nilton Luiz de Castro, Tarobá, Ottoniel Pimentel, Vila Cipa, Roberto de Jesus Portela, Ronda, Romulo Pazzinato, Nova Rússia, Zilda Arns, Parque Nossa Senhora das Graças, e na Zona rural: Biscaia e Guaragi. O paciente deve levar o cartão SUS, documento com foto e a carteira de vacinação, para conferência do histórico.


De acordo com a assessoria da Prefeitura, não foi realizado aumento de vacinas pelo Ministério da Saúde por conta da não confirmação de novos casos na cidade. As Unidades Básicas de Saúde com sala de vacina atendem para vacinação contra o sarampo das 9h às 11 e das 13h às 16h.

Ficha técnica:
Repórter: Mirella Mello
Foto: João Paulo Pacheco
Edição: Alunos do 2º ano / Mariana Santos
Supervisão: Professoras Angela Aguiar, Ben-Hur Demeneck, Fernanda Cavassana, Hebe Gonçalves e Rafael Kondlatsch
Monitores: Hellen Sheidt