No Brasil, apenas a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Butantan produzem o imunizante

 

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Coronavac, Astrazeneca e Pfizer são os imunizantes disponíveis no país. Foto: Tânia Rêgo / Arquivo Agência Brasil

 

“O Brasil tem condições de adquirir vacinas, não faltam recursos, eles apenas são mal administrados”, avalia o pesquisador da área de Farmácia, Arcélio Benetoli. Conforme o Plano Nacional de Imunização (PNI), mais de 70% da população nacional precisa ser vacinada para que o País esteja seguro novamente.

 Mesmo com a existência do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, a imunização da população contra a Covid-19 não é efetiva. Como resultado da lenta vacinação, o Brasil atinge a marca de 15 milhões de infectados pelo vírus, de acordo com o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass).

A vacina é um medicamento especial e possui uma tecnologia biológica que precisa da participação do sistema imunológico das pessoas, estimulando a proteção contra o vírus; os imunizantes disponíveis no País até o momento são as vacinas Coronavac, produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech, a Astrazeneca, da Universidade de Oxford, e a Pfizer, fabricada pela alemã BioNtech. Arcélio Benetoli destaca a segurança das três vacinas diante da onda de desinformação. “Nenhuma contém o vírus vivo, não causam infecção e não levam ao quadro de Covid-19, são eficazes e seguras”, afirma.

Por falta de investimentos de longo prazo em ciência e tecnologia em saúde, somente a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Butantan são responsáveis pelos imunizantes. Entretanto, de acordo com Arcélio Benetoli, o País tem condições de produzir vacinas em outros estados, como o Paraná por exemplo. “Temos condições de produzir vacinas, através do TecPar em Curitiba, mas não se falou na possibilidade, pois o Instituto está sucateado”, explica.

Para Ana Maria Barbosa, de 34 anos, a lentidão na vacina, que segue na faixa etária de 60 anos no Paraná, aflige a população, pois ainda não há previsão para imunizar cidadãos jovens. “A atual situação das vacinas preocupa muito, pois tenho que continuar trabalhando exposta ao vírus todo dia e sem previsão de melhora”, diz. Diante de mais de 415 mil mortes por coronavírus no Brasil, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reitera a importância da imunização e manutenção dos protocolos de segurança, como o isolamento social, uso de máscara e álcool gel.

 

Ficha técnica

Reportagem: Valéria Laroca

Edição: Vítor Almeida

Foto: Tânia Rêgo / Arquivo Agência Brasil

Supervisão: Sérgio Luiz Gadini

Publicação: Vítor Almeida

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