Estudos apresentam resultados no diagnóstico e no tratamento do novo coronavírus e outras doenças
Projetos realizados por pesquisadores do setor de Biologia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) têm auxiliado no tratamento de pacientes do Hospital Universitário (HU) que contraíram a covid-19.
Por uma demanda da Universidade e também social, professores de todos os campos de pesquisa mudaram seu foco para o trabalho no estudo da covid-19. Desde o início da pandemia, em março de 2020, alguns setores, como o Departamento de Biologia, têm trabalhado em parceria com o Hospital Universitário, referência no tratamento da doença na cidade de Ponta Grossa.
Marcos Pileggi, professor de Microbiologia e do Programa de Pós-Graduação em Biologia Evolutiva da UEPG, trabalha no desenvolvimento de pesquisas com probióticos para o tratamento de pacientes que sofrem de síndromes respiratórias como a covid-19. Pileggi ainda participa de outro projeto que envolve a utilização de probióticos. Este, porém, realizado em laboratório, visa diminuir a resistência a antibióticos da bactéria causadora da tuberculose.
Hospital Universitário (HU) é referência no tratamento da Covid-19 em Ponta Grossa. Fotografia: Éder Carlos.
Variantes
Bruno Ribeiro, professor do departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas e um dos coordenadores do projeto de identificação de variantes Sars-Cov-2, realizado por pesquisadores ponta-grossenses e que tem como objetivo identificar as cepas da doença em circulação na cidade, coleta amostras de pacientes e funcionários do Hospital Universitário. a partir delas é possível distinguir quais variantes estão presentes no município.
O pesquisador ressalta que após o resultado dos testes ser divulgado, o relatório é encaminhado à Secretaria Municipal de Saúde de Ponta Grossa, através da vigilância epidemiológica. Assim é possível traçar estratégias para gerenciamento de leitos e medidas de combate à pandemia, como decretos restritivos e isolamento dos pacientes e pessoas que tiveram contato com aqueles que estão infectados por alguma variante.
O pesquisador conta que atualmente o projeto trabalha em uma coleta de material de 300 pacientes e colaboradores do HU. Essa etapa de análise tem como intenção a testagem para as variantes Beta (B.1.351), originária da África do Sul, e Delta (B.1.617.2), originária da Índia, que têm alta capacidade de contágio.
Além dos resultados obtidos no diagnóstico de novas cepas do vírus e no tratamento dos pacientes com a utilização de probióticos (microorganismos vivos benéficos à saúde, atuantes em sistemas como o imunológico e o digestivo), pesquisas sobre outras doenças têm surgido neste período, visando a melhora na recuperação dos pacientes.
Ficha Técnica
Reportagem: João Gabriel Vieira
Edição e Revisão: Manuela Roque e Maria Eduarda Eurich
Publicação: Manuela Roque
Supervisão: Jeferson Bertolini, Marcos Zibordi, Maurício Liesen