Segundo especialista, imunização é segura e salva vidas

A imunização contra a Covid-19 em Ponta Grossa começou em fevereiro deste ano. Até o dia 16 de agosto, 267.814 tinham sido vacinadas na cidade.

Com o andamento da vacinação, relatos de vacinados que tiveram reações começaram a circular. E isso fez surgir um contingente de pessoas que sentem medo de tomar o imunizante. O problema não acontece só em Ponta Grossa. Além dos relatos de reações, a situação se agrava com outros problemas, como a declaração do presidente da República, Jair Bolsonaro, em evento em Porto Seguro (BA), sobre a eficácia da vacina do Laboratório Pfizer: “Se você virar um jacaré, é problema seu". 

Elisangela Gueiber Montes, professora e especialista em microbiologia e imunologia, diz que as reações adversas acontecem como resposta do sistema imunológico às substâncias presentes nesses imunizantes. “Como uma forma de combater algo estranho, as células do nosso sistema imunológico produzem substâncias inflamatórias que geram reações.” Ela também explica que as reações mais comuns são febre, dor e vermelhidão local e mal-estar, semelhantes aos sintomas de um resfriado comum. 

vacinação Telêmaco Borba Manu Benício 19 de janeiro de 2021 15h

Vacinação Telêmaco Borba | Manu Benício |19 de janeiro de 2021

 

Adriana Burgath, 25 anos, teve reações à vacina do Laboratório AstraZeneca. Seus sintomas foram febre, dores de cabeça intensas, cansaço, dor na região de aplicação e um episódio de vômito, que não chegaram a durar 24 horas. Adriana conta que pesquisou antes sobre como a vacina age para combater o vírus. “Sabia que poderia ter as reações que tive e, sinceramente, eu enfrentaria qualquer reação”, diz. 

Cláudio Bayer, 63 anos, também teve reações à vacina da AstraZeneca, mas afirma que se sente mais tranquilo e mantém os cuidados recomendados pela ciência. Sua esposa, Celia Wille Bayer, defende a vacinação independentemente das reações: “Não existe nenhum medicamento, nenhum procedimento que seja eficaz no combate ao Covid. A única prevenção é a vacina. Penso que a possível reação é nada se comparado à violência do vírus, ninguém sabe como seu organismo vai reagir se infectado".

 

Este texto é parte do conteúdo da edição recém-publicada do jornal-laboratório Foca Livre, produzido pelo 2º ano de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Acesse a edição completa em https://periodico.sites.uepg.br/index.php/foca-livre

 

Ficha técnica:

Repórter: Malu Ferreira Bueno

Editor de Texto: Carolina Olegário

Supervisão Foca Livre: Jeferson Bertolini, Rafael Kondlatsch e Muriel Emídio Amaral

Supervisão Periódico: Marcos Antonio Zibordi e Mauricio Liessen

Publicação: Marcella Panzarini

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