Se infecção for detectada, há possibilidade de cancelamento parcial ou total das atividades

Resumo

  • Matéria trata do enfrentamento na volta às aulas de problemas psíquicos enfrentados por estudantes na pandemia;
  • A ansiedade foi o sentimento mais relatado durante o isolamento;
  • Detectados sintomas, professores e funcionários devem realizar testes;
  • O monitoramento das medidas sanitárias deve ocorrer diariamente.

 

Com 34.970 alunos matriculados na rede estadual de ensino, segundo a Secretaria Estadual de Educação do Paraná, o retorno das aulas presenciais tem representado um alívio para parte dos estudantes.

Os alunos ficaram sem aulas presenciais por mais de um ano por conta da pandemia. Para muitos, este período afastado do colégio representou um aumento nos sintomas de ansiedade.

Em setembro deste ano, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) divulgou em resolução que determinou o retorno às aulas presenciais como atividade prioritária, com a garantia de que seja ofertado o ensino remoto apenas para alunos com comorbidades, estudantes que estiverem em isolamento ou quarentena. 

 

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Foto: Ana Flávia Aranna / Banco de fotos

Estudantes

Para Vitória Fogaça, 14, estudante do colégio estadual Professor Edison Pietrobelli, a volta à escola tem sido positiva. Em 2020, ela desenvolveu sintomas de ansiedade, e isso afetou a saúde mental: quando está nervosa, os primeiros sintomas que sente são tremores, e ao estar perto de outras pessoas, não se sente bem. 

Para lidar com os problemas, criou o hábito de desenhar. Com o retorno das aulas presenciais, Vitória acredita que sua saúde mental está em um processo de melhora . “Por eu ter bastante amigos e professores, isso acaba me ajudando”.

Já a estudante Gabriela Oliveira, 14, que estuda no mesmo colégio de Vitória, diz que, com o isolamento social e a paralisação das aulas presenciais, acabou perdendo amigos próximos, e isso fez com que ela se sentisse acuada a fazer novas amizades. Com o retorno presencial, a adolescente se sente mais confiante em fazer novos amigos, além de aprender com mais eficácia.

O estudante Gabriel de Alcantara, 17, do colégio Estadual Presidente Kennedy, conta que, no início da pandemia, se sentiu sozinho por não ter contato com os seus amigos, e toda vez que se sentia assim, assistia animes (desenho japonês) para se distrair. Porém, com a volta às aulas presenciais sua saúde “melhorou muito pelo fato que não estava aprendendo nada no ensino remoto, e também porque foi possível rever meus colegas de turma, a partir daí aquele sentimento de estar sozinho, sumiu”.

Luiz Eduardo Araújo, 17, também estudante do colégio Estadual Presidente Kennedy, diz que, com o retorno no ensino presencial, sua rotina voltou a ser ativa, e que isso fez com que se sentisse bem mentalmente. “Com tudo reabrindo e voltando ao normal, pude sair”.

Julia Fracaro, 14, do colégio Estadual Professor Edison Pietrobelli, conta que, com a paralisação das aulas durante o período de 2020, se sentiu ansiosa, e sair da rotina dos estudos foi difícil. Como forma de distração, procurou fazer atividades para ajudar seus pais em casa e redecorou seu quarto. Com a volta às aulas presenciais, sentiu que as crises de ansiedade não são frequentes.

 

Medidas de biossegurança

A resolução da Secretaria Estadual de Saúde estabelece que alunos, professores e demais funcionários sintomáticos para Covid-19 devem ser orientados a coletar o exame de RT-PCR ou Teste Rápido, a partir do início dos sintomas, para confirmação diagnóstica. Na presença de casos suspeitos ou confirmados, há a possibilidade de cancelamento das atividades presenciais de forma parcial ou total de uma turma ou mais, ou até mesmo de todo colégio.

Também é necessário o monitoramento da temperatura corporal de todos os estudantes e demais frequentadores diariamente. Além de serem feitas marcações para delimitar o distanciamento físico recomendado, principalmente nos locais onde há aglomeração de pessoas.

 

Ficha Técnica

Repórter: Larissa Godoi
Edição: Maria Eduarda Eurich
Publicação: Maria Eduarda Eurich
Supervisão de Produção: Jeferson Bertolini 
Supervisão de Publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen

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