NUNTIARE: Ponta Grossa não tem estatísticas de covid-19 entre moradores de rua

Segundo os dados disponíveis, são 40 casos positivos e duas mortes.

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Fonte: Agência Brasil

 

Desde o início da pandemia de Covid-19, em março de 2020, Ponta Grossa registrou 40 casos da doença entre moradores de rua da cidade. Além disso, duas mortes foram confirmadas. Contudo, não existem estatísticas oficiais. Segundo Rose Christoforo, coordenadora do Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS-POP, “podemos computar uns 40 casos, mas não podemos afirmar com certeza, alguns não chegaram ao nosso conhecimento”. 

De acordo com dados da Assistência Municipal de PG, são 150 homens e 10 mulheres em situação de rua na cidade. Christoforo afirma que o número aumentou por conta da pandemia, mas não é possível ter dados atualizados pois, segundo a coordenadora, muitos itinerantes vem para a cidade e alguns permanecem em situação de rua, além de outras pessoas que, mesmo possuindo moradia, permanecem, sobretudo, na área central da cidade. 

Dados do CadÚnico mostram que o número de pessoas morando na rua no Paraná aumentou 49,3% nos últimos três anos. Em Ponta Grossa, são 9.427 famílias em situação de extrema pobreza, segundo a mesma fonte. O Cadastro Único é uma iniciativa que soma um conjunto de informações sobre as famílias brasileiras em situação de pobreza e pobreza extrema. São com essas informações que os governos implementam políticas públicas para promover a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas. 

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Segundo a ONG Anjos da Noite, que ajuda moradores de rua com alimentos, roupas e produtos de higiene, aumentou o número de pessoas na rua. De acordo com um dos fundadores, Lucas Malaquias, a ONG atendia, até o fim de 2021, cerca de 30 moradores de rua e 25 pessoas em trânsito, que vão de uma cidade a outra. Malaquias percebeu aumento de pessoas, mais de transitantes do que de moradores de rua. 

Quanto aos casos positivos de Covid-19, eles conhecem poucos. Porém, os integrantes da ONG ouvem relatos de mortes durante os atendimentos, de colegas e companheiros dos moradores de rua que faleceram por conta da doença. 

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Mesmo sem dados oficiais, Christoforo acredita que 85% daqueles que estão em situação de rua tomaram a vacina de dose única contra a Covid-19, e aguardam a dose de reforço. A Abordagem Social, da Fundação de Assistência Social de Ponta Grossa, está realizando, desde o começo da pandemia, o atendimento de pessoas em situação de rua, de acordo com os protocolos. 

“Encaminhamos para UPAS, Casa da Acolhida, Campanhas de Vacinação onde foi coberto a grande maioria de pessoas em situação de rua, de abrigos, comunidades terapêuticas, acolhimentos institucionais, entre outros”, explica Christoforo.

 

Ficha Técnica:
Reportagem: Emanuelle Salatini
Supervisão de produção de texto: Marcos Zibordi
Supervisão da disciplina de NRI III: Marcelo Bronosky e Muriel Amaral