O município, no período de uma semana, passou de 213 confirmações para 344 casos em todo o período epidemiológico

 

Com base no último informe epidemiológico, elaborado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), e publicado na terça-feira (26), Ponta Grossa registra 2.246 casos notificados, ou seja, aqueles que ainda são suspeitos de dengue. Dentre os quais 344 foram confirmados. Destes, 222 são autóctones (contaminados na cidade onde moram) e 58 importados (contaminados fora da cidade onde moram). Comparado à semana anterior, o número de confirmados teve aumento de 61,2% o município passou de 213 para 344 casos confirmados. Até o momento, no boletim, não constam casos de óbitos causados pelo vírus. 

Em 2024, de acordo com o boletim divulgado na última semana pela Sesa, o estado do Paraná registra 135.961 mil casos confirmados da doença e 77 óbitos. Com a alta nos casos, na quinta-feira (14), o governo do estado decretou situação de emergência em saúde pública.  O decreto 5.183/2024 terá vigilância por 90 dias e pretende reforçar ações adotadas para o controle e combate à doença. 

 

Sintomas 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dengue é uma doença que pode ter consequências graves, e levar à morte, variando desde de casos assintomáticos a quadros graves. Por isso é necessário se atentar aos principais sintomas (podem se manifestar apenas alguns): febre (39°C a 40°C); dor de cabeça; dores no corpo; dores nas articulações; dor atrás dos olhos; prostração; fraqueza; hemorragias; náuseas e vômitos.

Vale ressaltar que após o período de febre e melhora dos sintomas, é preciso ficar atento, pois alguns sinais podem marcar o início do agravamento da doença, que pode progredir para o extravasamento de plasma dos vasos sanguíneos e/ou hemorragias ou o comprometimento de órgãos. 

Daniela Yasmin Silva Rosa, de 17 anos, teve um quadro grave de dengue. Ela ficou internada por três dias e precisou receber hidratação na veia para amenizar os sintomas. “Eu tive febre muito alta, mas foi a partir das manchas vermelhas que vi que realmente podia ser dengue e fui atrás de atendimento médico”, conta. Ela foi ao posto de saúde, fez o teste rápido e do laço, porém os dois deram negativo. “Comecei a tomar dipirona porque era o único remédio que amenizava a dor. Foi uma dor insuportável. Eu sentia fome e nem conseguia comer. A dengue consegue atingir até o emocional. Acho que só temos noção da gravidade quando acontece com a gente”, completa.

A agente de Combate às Endemias, Meirielen Miranda da Silva, alerta sobre o risco da automedicação, principalmente com remédios que contenham acetilsalicílico e antiinflamatórios. “Ao invés de ajudar, esses dois grupos de medicação podem aumentar o risco de ter uma hemorragia, agravando o quadro do paciente.” A agente ainda afirma que o sangramento é um dos primeiros sintomas dos casos graves. “É necessário que o paciente, ao sentir quaisquer sintomas, se encaminhe para a unidade de saúde mais próxima. E o médico precisa notificar todo caso suspeito da doença, e a partir disso dar o tratamento adequado”, conclui.

 

Ações da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa 

Segundo divulgado pela Prefeitura Municipal de Ponta Grossa, nas últimas semanas estão ocorrendo atividades de combate contra a proliferação do Aedes aegypti,  mosquito transmissor da dengue. 

Ações como a “Semana Contra a Dengue” e “Dia D”, tem o intuito de deter o crescimento dos números de casos da cidade. Com mutirões de limpeza, visitas nas residências e blitz educativa, para orientar e conscientizar a população, visando a  eliminação de criadouros do mosquito. Foram também intensificadas as ações de atendimento às reclamações e denúncias relacionadas à dengue.

 

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Infográfico por Karen Stinsky

 

 

Ficha Técnica:
Produção: Karen Stinsky
Edição e publicação: Victor Schinato e Gabriel Aparecido
Supervisão de produção: Muriel Emidio do Amaral
Supervisão de publicação: Luiza Carolina dos Santos e Candida de Oliveira

 

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