O baiano José Carlos começou sua vida de trabalhador muito cedo, como engraxate.  Hoje com 66 anos, já viajou o Brasil
todo por conta de diferentes tipos de profissão – inclusive ventríloquo. Vende raízes em praça central de Ponta Grossa:

 

"Meus pais eram muito pobrezinhos, então eu tinha que ajuda a trazer dinheiro pra dentro de casa desde os meus sete anos.
Todos os lugares que passei eu me dei bem. No começo o frio era problema aqui em PG, mas,
morei três anos em Porto Alegre e três anos em Florianópolis.

A gente, que fazia show de rua, era obrigado a viajar. Conheci todas essas regiões frias, Gramado, Passo fundo.
Não tenho uma cidade preferida ou que acho mais bonita, toda cidade é bonita,
Florianópolis, Goiânia, Bahia, o Brasil em si é muito bonito.

Todo dia tem uma história: já vi caminhão pegando fogo na BR, já vi mulheres dando a luz na rua,
moradores de rua em situações difíceis no relento. Visitei hospitais também.

Conheci muitas pessoas doentes. Tem coisas boas e coisas ruins, não dá para explicar direito.
Eu sempre gostei da minha vida, sou feliz pois faço o que gosto. Independente do que pensam.
Tenho amor pela estrada que andei."