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- Produção: Eduarda Guimarães
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Os sintomas podem ser confundidos com o Transtorno de Ansiedade Generalizada
Históricos de abuso sexual, relacionamentos tóxicos ou até perdas gestacionais estão entre as causas da tocofobia, o medo excessivo e irracional de engravidar. De acordo com a neuroterapeuta Daniele Rodrigues, os sintomas podem ser crises de pânico, oscilação intensa de humor, pesadelos relacionados à gravidez, obsessão por métodos contraceptivos, entre outros. “Os sintomas são, de modo geral, bem parecidos com os de pacientes diagnosticados com Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)”, afirma ela.
Daniele detalha que em mulheres grávidas os sintomas permanecem os mesmos, o que muda é a questão fisiológica do feto que acaba recebendo todo o estresse e traumas que a mãe sofre devido à tocofobia. “O ideal é passar por tratamento neuroterapêutico para diminuir o medo e, dependendo dos traumas, ver quantas sessões são necessárias para se libertar da fobia”.
Geralmente, quando as pessoas que têm o transtorno são questionadas sobre gravidez, apresentam quadros de taquicardia—falta de ar, náuseas, tontura e, em casos mais graves, desmaios. A médica obstetra e ginecologista Fernanda Schier diz que o medo do parto faz parte da vida das mulheres, principalmente se for a primeira gestação. “Quando esse medo se torna severo, se tornando um pânico, temos um quadro de tocofobia”. Fernanda diz que a tocofobia pode ser primária, quando é a primeira gestação da mulher, ou secundária, onde já existe uma experiência, geralmente negativa, a respeito do parto.
“De acordo com estudo realizado por mim no Hospital das Clínicas, 14% das mulheres ao redor do mundo sofrem com tocofobia. É possível observar que mulheres que nunca tiveram filhos, estão no terceiro trimestre de gravidez, ou que apresentam doenças como depressão são maioria dos casos”, afirma a ginecologista Fernanda Schier. A médica reforça a importância de conhecer o histórico da paciente para, assim, definir qual a melhor abordagem a ser feita para lidar com a fobia.
Fernanda diz atender casos de tocofobia diariamente, sendo comum quando não se sabe quem fez o acompanhamento pré-natal. “Elas chegam em trabalho de parto desesperadas por não terem sido instruídas, por não terem informação suficiente”. A médica explica que a desinformação acaba sendo um agravante é que o medo pode influenciar no aumento de cesáreas.
Ficha Técnica
Reportagem: Eduarda Guimarães
Edição e publicação: Heryvelton Martins
Supervisão de produção: Muriel E. P. Amaral
Supervisão de publicação: Cândida de Oliveira e Marcelo Bronosky
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- Produção: Maria Fernanda Laravia, Milena Oliveira e Mariana Santos
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Apaixonando-se desde cedo pelo teatro, Mariana Boá uniu o amor por ensinar, encenar e filosofar. Acompanhando o crescimento do teatro na cidade, Mariana incentiva os artistas e peças locais, participa de algumas produções e pretende não largar dessa grande paixão. Aos 22 anos, é formada em Filosofia e faz pós-graduação. Reconhece a dificuldade para os profissionais desta área na licenciatura, entretanto, é grata pelo que o curso a proporcionou. “Sou movida pela arte”, declara.