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O Restaurante Universitário da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) voltou a funcionar no início da última semana. O retorno se deu após aproximadamente dois meses desativado. O aumento da tarifa e a demora no atendimento são alvo de críticas por parte dos usuários do restaurante.
Relembre a matéria feita pelo Correspondente Local sobre o assunto:
Ficha Técnica
Reportagem: Tainá Lyra
Edição: Francielle Ampolini
Foto: Arquivo Portal Periódico
Supervisão: Professoras Angela Aguiar, Fernanda Cavassana
Monitores: Luiz Zak e Alex Miles
Apoio técnico: Reinaldo Santos
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- Produção: Tayná Lyra
- Categoria: Educação
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O Restaurante Universitário da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) voltou a funcionar no início da última semana. O retorno se deu após aproximadamente dois meses desativado. O aumento da tarifa e a demora no atendimento são alvo de críticas por parte dos usuários do restaurante.
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- Produção: Malu Bueno
- Categoria: Educação
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A Associação de Pós-graduandos da UEPG (APG-UEPG) promoveu, na última quarta-feira (02), um ato contra o corte de verbas que afeta a ciência e tecnologia. O protesto teve início no período da manhã, com manifestação em frente ao Campus Central da UEPG. No período da tarde, estudantes fizeram panfletagem e conversaram com pedestres que transitavam pelo calçadão, no Centro da cidade..
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- Produção: Ana Paula Almeida
- Categoria: Educação
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O III Seminário de Boas Práticas Estudantis (SEBPE), promovido na quarta-feira (25) e na quinta-feira (26) pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), discutiu a formação e a saúde dos alunos durante a vida acadêmica.
Ouça a reportagem de Ana Paula Almeida:
Ficha técnica:
Reportagem: Ana Paula Almeida
Edição: Luiz Zak
Supervisão: Professoras Angela Aguiar, Fernanda Cavassana
Monitores: Luiz Zak e Alex Miles
Apoio técnico: Reinaldo Santos
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- Produção: Yuri A. F. Marcinik
- Categoria: Educação
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Engenharia, informática e física estão entre as áreas com o maior número de professores homens, enquanto odontologia, química e farmácia entre as que predominam mulheres
"A meu ver, da mesma forma que nossa sociedade subestima as mulheres, também subestima as carreiras ligadas a arte, culturais e do entretenimento". Foto: Yuri A. F. Marcinik e Denise Martins
As áreas das ciências exatas na UEPG abrange 10 cursos. Em nove deste total, predomina a maioria de docentes masculinos. Em dois, a maioria se compõe por mulheres. Dos 230 professores desses departamentos, 70% (161) são docentes masculinos. Englobando áreas como ciências sociais aplicadas, linguística, letras, artes e humanas, arregimentam 13 cursos dentro da UEPG, dos quais seis possuem maioria masculina, e sete, maioria feminina no corpo docente. Tal corpo arregimenta um total de 252 professores (103 homens, 149 mulheres). Já a área de biológicas possui 303 professores (154 homens e 149 mulheres) divididos em 13 cursos. Desses 13, sete possuem maioria de professoras mulheres e cinco possuem maioria de professores homens.
A situação da minoria feminina dentro do corpo docente das exatas, e a minoria masculina dentro das áreas de biológicas se mantém em outras universidades estaduais do Paraná. A Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) reproduz um equilíbrio no campo das ciências humanas, enquanto que possui maioria masculina na área de exatas e biológicas.
A UENP totaliza um quadro de 353 professores (215 homens e 138 mulheres) divididos não igualmente entre 20 cursos. Os quais, possuem maioria masculina em 14 e feminina em três. Os cursos ligados às áreas de humanas possuem um agregado de 98 docentes (49 professores de cada gênero), enquanto que nas exatas estão empregados 97 professores (67 homens e 26 mulheres). O campo das biológicas, que apresentou disparidade com o da UEPG, contém 162 atuantes na docência, sendo 99 homens e 63 mulheres. Apenas o Departamento de Ciências Econômicas possui equidade exata de gênero, com oito professores de cada gênero.
A Universidade Estadual de Londrina (UEL) apresenta o maior quadro de professores entre as faculdades analisadas, com 1374 (644 homens e 730 mulheres). A UEL se apresenta como uma das únicas universidades estaduais a conter maioria feminina no quadro docente. Mas também reproduz a falta de diversidade de gênero no campo das exatas e biológicas, ao passo que contém outra disparidade na área das humanas. Enquanto o campo das humanas apresenta uma desproporção pela maioria feminina (343 mulheres, 231 homens), as exatas exibem uma equivalente masculina (166 homens, 99 mulheres). Contudo, a UEL se aproxima de um equilíbrio pleno em termos de maiorias em cursos. Das 41 graduações disponibilizadas pela universidade, 20 possuem maioria de docentes homens e 21 possui maioria de docentes mulheres.
A sede de Campo Mourão da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), voltada para a área de humanas, com cursos de Letras, Geografia e História, possui um total de 51 professores, 26 homens e 25 mulheres, com duas graduações com maioria feminina (Letras, 11 a 05, e Geografia, 12 a 08). Já a sede da Unespar de Paranavaí, com seus nove cursos, divididos entre áreas de humanas, exatas e biológicas, também alcança proximidade do equilíbrio pleno de diversidade de gêneros no corpo docente. Quatro estão com maioria masculina, e cinco com maioria feminina.
Em termos de áreas separadas, a Unespar apresenta dados parecidos com os da UEPG, com biológicas, sendo desproporcionalmente feminina; humanas, com maioria de professoras; e exatas, masculina. A área de humanas conta com 46 docentes (27 professoras e 19 professores), em exatas temos um quadro de 30 professores (21 homens e 09 mulheres), e biológicas fecham nove professores com seis mulheres e três homens.
Com 14 cursos e um total de 349 professores (214 homens, 135 mulheres), a Universidade Estadual de Maringá (UEM) mantém o padrão de desproporção nas áreas de exatas, porém apresenta um tipo diferente nas áreas biológicas e humanas. Nas graduações da área de humanas, os 114 professores (49 homens, 65 mulheres) são divididos em quatro departamentos, cujos três (Design & Moda, Licenciatura Plena em Ciências e História) possuem maioria masculina, e um com maioria feminina (Departamento de Teoria e Prática da Educação).
Na região da Grande Curitiba, as sedes da Unespar, ambas voltadas para a área de humanas, a Escola de Música e Belas artes do Paraná (Embap) e Faculdade de Artes do Paraná (FAP) possuem situações diversas entre elas. A Embap consegue ser a única faculdade estadual do Paraná com igualdade plena em termos de maiorias de professores por curso. Dos sete departamentos da instituição, três (Composição & Regência Musical, Colegiado Superior de Instrumento e Pintura) possuem maioria masculina e três possuem maioria feminina (Música, escultura e Artes Visuais). Apenas o departamento de Gravura possui três professores de cada gênero. A universidade fecha um total de 104 professores, 55 mulheres e 49 homens.
Já a FAP apresenta uma desproporção na quantidade de docentes mulheres. Dos sete cursos da instituição, quatro (Artes Cênicas, Musicoterapia, Dança e Artes Visuais) possuem número superior de professoras, enquanto em três (Música, Música Popular e Cinema & Audiovisual) há maioria masculina. O departamento de Teatro possui igualdade de gênero, sendo ocupado com três professores de cada gênero. Contudo, há um contraste entre as maiorias de departamentos e quantidade total de professores. Dos 141 docentes, 71 são homens enquanto que 67 são mulheres.
A Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), com sedes em Guarapuava e Iraty, apresenta 259 professores, sendo 150 mulheres e 109 homens nas áreas de humanas. As áreas de exatas totalizam 201 professores (112 homens e 89 mulheres), enquanto as biológicas agregam 339 docentes (194 professoras e 145 professores). Em seus 29 cursos, a universidade possui 17 destes com maioria feminina, e 12 com maioria masculina.
A sede Paranaguá da Unespar apresenta desproporção de mulheres nas áreas de humanas e biológicas, e desproporção masculina nas ciências exatas. Com três departamentos e 40 professores, os cursos de Letras e Pedagogia são majoritariamente femininos, enquanto que em História a maioria é masculina.
Ilustração: Yuri A. F. Marcinik e Denise Martins
Especialistas reconhecem construção sócio-histórica na escolha das áreas profissionais
Com pesquisa de mestrado sobre as escolhas das estudantes para cursos na graduação, a professora do Centro Acadêmico de Línguas Modernas da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Nádia Kovaleski, defende que a tradição é perpetuada pela sociedade, alunos e os próprios docentes, que discriminam e reduzem a mulher em uma divisão injusta de papéis na sociedade. “Quando escolhem cursos da área de exatas, as meninas enfrentam piadas e situações constrangedoras com colegas e professores. A família também exerce pressão, pois teme que, pela pouca participação feminina conhecida no ramo, as meninas terão dificuldades em arrumar emprego”, argumenta a pesquisadora.
Sobre o sectarismo envolvendo a presença feminina nas áreas biológicas, e ausência proporcional nas exatas, Kovaleski menciona a interferência de preconceitos dentro de corpos docentes quase sempre homogeneamente masculinos. “É um círculo que alimenta a ideia de uma suposta inabilidade inerente da mulher para às abstrações das ciências exatas. Inevitavelmente o caminho delas [meninas e mulheres] fica mais difícil, e principalmente menos atrativo, para alunas que estão na fase de escolher em qual graduação se instalar”, conclui Kovaleski.
Estudante de Licenciatura em Música na UEPG, Rhulianne Lee relembra com dor dos tempos em que cursava Engenharia de Processos e Biotecnologia na UTFPR. “Eu só usava saia por causa da minha igreja. Quando eu entrei na UTFPR tive que começar a usar calça por causa do medo de sofrer assédio. Os professores deixavam claro que lugar de mulher não é na ciência e nos menosprezavam muito. Teve um [professor] que disse que me passava se eu fizesse umas “coisinhas” para ele”, lembra a estudante.
Além dos problemas com assédio, Lee conta que via a própria possibilidade de permanência naquele ambiente como um desafio difícil. “O que mais me incomodava era a falta de respeito sabe? Sermos vistas como inferiores, burras e como sexo frágil. Além de ser engenheira, a gente quer mudar a visão que os homens têm da gente nesse ramo”, argumenta Lee.
Para a pedagoga formada pela UEPG, Myrella Leão Leineker, cujo TCC foi Dominação Masculina nas relações sociais/educacionais e a resistência feminina, a menorização das capacidades femininas é construída por uma divisão social do trabalho por gênero, moldada desde a educação primária das crianças. “Segundo Bordieu há um tratamento diferenciado concedido aos meninos. Eles são menos interrompidos, mais estimulados e com mais tempo de fala concedido pelos professores. Esse contexto acompanha as pessoas até a hora de inserir-se na faculdade e mercado de trabalho posteriormente”, afirma Leineker.
Em relação a maioria feminina nas áreas artísticas do ensino universitário, o professor de Artes Visuais da UEPG, Vilson Gonçalves, argumenta que isso é resultado de desvalorizações sociais simultâneas que se auxiliaram. “A meu ver, da mesma forma que nossa sociedade subestima as mulheres, também subestima as carreiras ligadas a Arte, culturais e do entretenimento. O que torna natural oferecer mais aceitação e suporte para jovens mulheres que desejam ingressar nesses ramos”, articula o professor.
Gonçalves também comenta que a predominância masculina em áreas de exatas está relacionado a fatores de estigma social sobre o campo, ligada a remuneração. “Entre os homens jovens, por outro lado, é esperado pelos pais que ingressem nas carreiras ‘úteis’, isto é, aquelas valorizadas pelo retorno financeiro que são capazes de gerar. Assim, a ignorância, a falta de apreciação cultural e o sexismo sistêmico de nossa sociedade, se unem para produzir o cenário atual”, conclui Vilson.
Ficha Técnica:
Reportagem: Yuri A. F. Marcinik
Supervisão: Angela Aguiar, Fernanda Cavassana, Rafael Kondlastsch, Ben-Hur Demeneck
Foto e Ilustração: Yuri A. F. Marcinik e Denise Martins
Edição: Alunos do 2° ano de Jornalismo e Natália Barbosa