A pandemia da Covid-19 forçou a paralisação de espetáculos de teatro, o que dificultou bastante a vida de quem trabalha no setor. Grupos de teatro estão a nove meses sem realizar apresentações, o que deixa elencos e técnicos sem renda. A situação do teatro se agrava, uma vez que poucos artistas na cidade conseguem sobreviver economicamente desta atividade, mas é claro que a pandemia afeta também aqueles que não tem no teatro como única fonte de renda e ainda sim, lutam para manter o setor vivo na cidade.


A pandemia afetou aquilo que é central para quem vive do teatro, a apresentação junto ao público. O decreto N° 17.147, de 21/03/2020 dispõe sobre a suspensão de atividades sujeitas à aglomeração de pessoas no âmbito do Município de Ponta Grossa, O espetáculo “Circo e Festa” que ajuda a manter economicamente os grupos de teatro na cidade foi cancelado este ano.


Sem as apresentações, foi necessário recorrer a editais de subsidiados, como a lei Aldir Blanc. Na cidade, 5 grupos de teatro e 26 artistas independentes foram contemplados. A lei Aldir Blanc tem como objetivo central estabelecer ajuda emergencial para artistas, coletivos e empresas que atuam no setor cultural e atravessam dificuldades financeiras durante a pandemia. Mas e os que trabalham no backstage? aqueles que atuam na iluminação, som ou nas demais atividades que o teatro movimenta?


Nem mesmo o FENATA, festival nacional de TEATRO, que acontece há 48 anos, teve uma proposta efetiva de ajuda ao setor do teatro. Ignorando completamente a comunidade do teatro, que se manifestou de forma ativa através de uma carta, o festival contou com leituras dramatúrgicas, e nenhum espetáculo teatral. Na carta, a comunidade critica a organização do festival não apenas neste ano, mas também em anteriores, e aponta que um festival de teatro sem atores em cena, não é um festival de teatro.


Em um cenário tão agudo como esse que estamos passando, toda ajuda é bem-vinda. Seja da Universidade Estadual de Ponta Grossa ou do governo federal através da Lei Aldir Blanc. Temos que nos unir para salvar esse setor cultural tão importante. Ficar sem arte sufoca!

 

Confira a crítica em vídeo produzida pelo repórter Teodoro Anjos.

 

Ficha técnica:

Repórter: Teodoro Anjos

Vídeo: Teodoro Anjos

Edição: Vitor Almeida

Supervisão: Angela Aguiar, Manoel Moabis, Jeferson Bertolini. 

 

Das seis candidaturas à câmara de vereadores com menos votos, quatro são de candidatas mulheres. Somadas, elas obtiveram 11 votos. Na verdade, a soma contabiliza votos de apenas 3 candidatas: Maidi shotig com dois votos, Missionária Michele com quatro votos e Cabeleireira Leila com cinco votos que é o nome de campanha da Karina de Fátima D’amico de Almeida. A Luana Franciele cordeiro, que seria a quarta candidata nessa contagem, não obteve votos, ou seja, nem ela votou em si mesma. Segundo dados do IBGE, as mulheres representam  53% dos eleitores em Ponta Grossa, os homens 47%. A diferença total é de 14.227 a favor das mulheres, por que essa diferença não conseguiu ser representada nos eleitos para a câmara?

Não adianta achar que a maioria de mulheres no eleitorado, será proporcionalmente representado nos cargos públicos eletivos, no caso, vereadoras e vereadores. Há um problema estrutural anterior à própria eleição que é a sobrecarga na divisão de tarefas domésticas, terceira jornada e a divisão sexual do trabalho, ou seja, quando essas mulheres entram na vida pública já encaram uma série de tarefas a mais que o homem.

A lei da cota partidária, em vigor desde 2009, ajuda na entrada da mulher na vida pública. A questão é que isso é insuficiente para que ela tenha uma trajetória na vida pública exitosa. É necessário que o partido, ou líderes partidários, tratem a mulher como uma candidata capaz de ser eleita e consequentemente, capaz de realizar ações afirmativas como por exemplo, que acabe com essa disparidade na divisão das tarefas entre o homem e mulher como mencionei anteriormente. Essas candidatas não são uma porcentagem.

Confira a crítica em vídeo produzida pelo repórter Vitor Almeida

Ficha técnica:

Repórter: Vitor Almeida

Vídeo: Vitor Almeida

Edição: Vitor Almeida

Supervisão: Angela Aguiar, Manoel Moabis

Fotojornalismo é um tipo de fotografia que surge de uma pauta jornalística e tem como objetivo contextualizar uma notícia. A imagem deve conter algum tipo de ação e, na maioria dos casos, elemento humano ou algo que remeta de uma forma muito clara a pauta, pois necessita trazer informação para o público. Por exemplo, se a pauta é um protesto, alguma fotografia desse evento precisa conter vários ou um indivíduo e algum cartaz que identifique o porquê daquelas pessoas estarem se mobilizando.

O fotojornalismo como prática e profissão sofreu diversas mudanças nos últimos anos, mas só a partir dos anos 60 é que as mulheres começaram a ocupar este espaço e serem reconhecidas como fotojornalistas. Há uma masculinização da profissão, que valoriza certos atributos que vêm de estereótipos masculinos, como força física e objetividade. Geralmente, os homens são protagonistas quando se trata de tirar fotos. 

Quando pensamos no jornalismo, devemos lembrar que a profissão deve prezar sempre por uma produção justa e ética, não pender para questões mercadológicas e capitalistas. Sempre almejando pela informação da forma mais clara, precisa e diversa possível, ir contra esses ideais “é um ato contra a humanidade e a favor de uma ética essencialmente particularista” (Karam, 1997, p. 26). No momento em que analisamos a realidade do jornalismo na internet, há uma luta constante pela atenção do público, afinal, com a grande soma de materiais que está circulando na web, as pessoas acabam se dispersando em meio a tantas informações. E prender a atenção do leitor fica mais difícil.

O jornalismo, enquanto instituição que representa o interesse público, deve tratar temas que são sensíveis e relevantes para a sociedade, como os feminicídios. Esta é uma contribuição importante para o debate público, que colabora com a pluralidade e pode ser compreendido como um comportamento ético do jornalismo, considerando o compromisso profissional com os direitos humanos e aquilo que se espera da prática.

O caso Nathalia Deen chocou os Campos Gerais. Em 6 de abril de 2018, Nathalia foi encontrada morta em seu apartamento no bairro de Uvaranas, em Ponta Grossa. A jovem foi morta a facadas e seu irmão, que morava com ela, também sofreu lesões. O principal suspeito do crime era seu ex-namorado, que pouco tempo depois do acontecimento foi encontrado no Campus de Uvaranas da UEPG quebrando uma janela de vidro e utilizando os cacos para cortar os pulsos, na tentativa de tirar a própria vida. Os vigilantes que o encontraram recorreram à PM, que retiraram o rapaz inconsciente do local, ele foi atendido e levado para um hospital da cidade.