Em ano de eleição presidencial, a economia é um dos principais temas entre os dois candidatos ao segundo turno. Os problemas econômicos que o futuro presidente do Brasil deve enfrentar impactam diretamente na vida dos cidadãos brasileiros. Segundo dados apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 82% dos brasileiros avaliam de forma negativa a atual situação da economia, enquanto para 14% as condições são regulares e apenas 2% classificam o momento como bom.
A avaliação negativa dos consumidores se deve, segundo a pesquisa, ao desemprego (68,2%), aumento de preços (61,4%) e altas taxas de juros (38%), principalmente.“Uma melhora estrutural depende muito da economia que será aplicada no País pelo novo presidente, que deveria se basear na geração de emprego e renda”, afirma a economista Rosélia de Lourdes Ribeiro. “A renda deve circular por todo o território brasileiro”, completa Ribeiro.
Ainda segundo a pesquisa, 47% dos consumidores afirmam ter pelo menos uma pessoa desempregada, entre os residentes da família, enquanto 33,5% estão apreensivos com a possibilidade de demissão.Rodrigo Pissaia, formado em Mecânica, está desempregado e destaca o aumento dos preços como fator econômico negativo. “Está cada vez mais difícil a situação econômica no País, pois recebemos menos e os preços só sobem”, diz.
Além disso, apenas 19,1% revelam otimismo com o futuro da economia, enquanto 39,7% expressam indiferença e 33,2 se mostram pessimistas com a futura situação econômica do Brasil. “Independente de quem vença a eleição, não acredito em melhoria a curto prazo”, declara Pissaia.
“Não creio na melhora econômica, pois independente do candidato vencedor a eleição, vamos continuar na luta”, afirma Bianca Lovato, estudante do curso de Serviço Social da UEPG. “E se tivermos um governo que responda aos interesses econômicos internacionais, nada vai melhorar”, completa.Com base na pesquisa, o que mais incomoda na saúde financeira familiar é o custo de vida, citado por 51,2% dos consumidores, seguido do desemprego com 19,5%.