Com 73,75% dos votos válidos, o presidente eleito, Jair Messias Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL), superou, em Ponta Grossa, a média nacional e estadual (Paraná). Já o candidato à presidência pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Fernando Haddad, obteve 26,25% no município. No Brasil, a votação registrou 55,13% para o candidato do PSL, enquanto Fernando Haddad obteve 44,87% dos votos válidos – que exclui brancos e nulos. O Paraná registrou 68,43% a favor de Bolsonaro e 31,57% a favor de Haddad.

 

 

O professor de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Felipe Pontes, aponta a matriz agropecuária como base para a expressiva porcentagem de votos de Bolsonaro em Ponta Grossa. “Historicamente, o município vota em candidatos de direita, com forte adesão dos setores agropecuários”, diz. Além de Ponta Grossa, os maiores municípios paranaenses tiveram votações significativas para Bolsonaro:  Londrina (80,42%), Maringá (75,84%), Curitiba (76,54%) e Cascavel (69,56%). O estudante de Direito da UEPG, Guilherme Moro, avalia o resultado das eleições no Paraná. “Pelo histórico de votação e também pelo meu círculo de amigos, não surpreende essa porcentagem de votos”, afirma.

 

 

Segundo Pontes, os setores comerciais de Ponta Grossa esperam receber mais atenção do novo presidente do que os setores públicos. “Bolsonaro tem boa relação com dirigentes locais e sempre teve apoio dos setores comerciais, que apostam no apoio aos setores que o elegeram”, avalia. O estudante de Jornalismo da UEPG, Alexsander Marques, aponta que, apesar das propostas do candidato do PSL, o processo foi democrático. “Bolsonaro foi eleito democraticamente e a nossa obrigação, a partir de agora, é cobrar o que ele propôs”, conclui.

 

 

Síntese: Ponta Grossa registra 73,75% dos votos válidos para Bolsonaro, superando média estadual e confirmando preferência por candidatos de direita.