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O povo indígena deve deixar o Parque Ecológico dos Seringueiros até dia 3 de novembro e 33 pessoas ainda não tem para onde ir
Representantes da etnia indígena Huni Kuin denunciam a determinação da prefeitura de Plácido de Castro, há 103 km da capital Rio Branco, no Acre, que exige que o povo indígena do Parque Municipal Ecológico dos Seringueiros desocupe o local em que estão desde 2015, onde coordenam o Centro de Cultura Huni Kui e Pesquisas Medicinais Huwa Karu Yuxibu.
O relato foi durante a conversa com estudantes de jornalismo da UEPG, nesta segunda-feira (30), com a presença do cacique Mapu Huni Kuî e seu irmão Ixa Huni Kuî, acompanhados de Ananta Oliveira e Cleide Regina Schimidt, que mediam as visitas dos indígenas em Ponta Grossa.
A tribo deve deixar o Parque até o dia 3 de novembro e somente com o reconhecimento da área ocupada o grupo poderia manter o trabalho na localidade. “As pessoas estão decidindo por nós”, afirma Mapu Huni Kuî sobre a determinação da prefeitura. O cacique garante que a saída das terras é para evitar maiores conflitos. “Só precisamos viver em harmonia, porque espaço para todo mundo tem”. Ao todo são 34 hectares de terra em disputa que pertencem à União. No final de agosto, 70% da área foi apropriada pelo dono de uma granja em Plácido de Castro.
No local sete famílias e 33 pessoas, que não convivem mais nas aldeias de origem, desenvolvem atividades de revitalização do parque, preservação de árvores, igarapés, animais e da língua Huni Kuin. O grupo trabalha também em ações com as mulheres artesãs na tecelagem, cestaria, cerâmicas e pinturas corporais. No Centro de Cultura Huni Kui e Pesquisas Medicinais Huwa Karu Yuxibu os indígenas da etnia preservam a ancestralidade e cultura do povo e acreditam que a medicina natural alcança a cura de diversas doenças. Os Huni Kui são conhecidos também pela prática da ayahuasca, parte da medicina tradicional dos povos da Amazônia.
Os indígenas pedem ajuda às universidades e à população para construção de outro local para continuar os trabalhos. O cacique Mapu alega que o povo ainda não possui outra área e a preocupação é com as novas gerações, que não têm quem os represente e garantias no atual governo.
O representante dos Huni Kuî informou que a ideia de entrar nas universidades é falar sobre a realidade dos povos indígenas no Brasil. “Nosso projeto é abrir as portas para que mais pessoas vivenciem a realidade do povo e façam pesquisas no artesanato, medicina, cantorias, histórias e culinárias”, declara o cacique, que também divulga sua luta nas universidades em busca de apoio para construção e manutenção do Centro Huni Kui Huwã Karu Yuxibu .
Essa é a segunda vez que a etnia indígena visita os estudantes de Jornalismo. Para Hebe Gonçalves, coordenadora do curso, o contato com o grupo é uma oportunidade de aproximação com a cultura indígena e de aprendizado, tanto para estudantes quanto para professores. “É uma relação de troca que nos aproxima da causa que é a luta indígena, e ao mesmo tempo nos apresenta os conhecimentos dessa cultura”, destaca a professora.
Além de denunciar a desapropriação, Mapu apresentou cantos e histórias de seu povo. Marcelo Bronosky, professor do curso, destacou que conhecer a cultura dos Huni Kuin é importante para reconhecimento de outra percepção de humanidade. “Não há diferença na visão dos povos indígenas entre o humano e o espiritual, natureza e o social, é sempre um único conceito”, afirma Marcelo.
Os Kaxinawá, que se autodenominam Huni Kuin, tem população estimada de 7.535 distribuídos principalmente no Acre e Peru. De acordo com dados do Censo Demográfico realizado pelo IBGE em 2010, existem 896,9 mil indígenas no Brasil, com 305 etnias e que falam 274 línguas.
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Na 11ª edição de “O que aprendi com Jornalismo?”, do dia 29 de outubro, a estudante Enaira Schoemberger, do segundo ano da graduação em Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa, ressalta a importância de se abordar as informações de maneira objetiva e contextualizada para que o público possa tirar as próprias conclusões à respeito dos fatos. A estudante integra a equipe do jornal Foca Livre e também do Núcleo de Redação Integrada 1. Confira:
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“Pesquisadora contribuiu na defesa dos movimentos sociais na Universidade”, diz nota. Foto: UEPG
O Departamento de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa lamenta o falecimento da professora Solange Moraes Barros. Doutora em Serviço Social, professora da UEPG, ex-coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, ex-diretora do Setor de Ciências Sociais Aplicadas, atualmente trabalhando na administração da Universidade, Solange também participou da administração na Prefeitura Municipal de Ponta Grossa (2001-04). A professora aposentou-se no início de 2017 e lutava, ao longo dos últimos meses, pela recuperação de um câncer.
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Foto: Leticia Gomes
Os programas de extensão ligados a Universidade Estadual de Ponta Grossa concretizaram a mudança na quinta-feira (12), do edifício Piquiri, rua Dr. Penteado de Almeida, 260, para o Imperador, na Rua Júlio de Castilho, nº 620, esquina com a Rua Coronel Bittencourt. “O novo ambiente é melhor por ser mais arejado e espaçoso, o que facilita o trabalho, mas ainda temos algumas dificuldades de adaptação”, afirma a bolsista do projeto Incubadora de Empreendimentos Solidários (IESOL), Luciana Gomes Pereira. Para Luciana, a mudança alterou a rotina de trabalho. "Ocorreram poucas reuniões e atividades em grupo nos projetos e a internet ainda não foi instalada, porém temos consciência que essas mudanças levam tempo”.