Crítica de Ponta #107
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Crítica de Ponta
Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você.
“Estamos preparados para uma pandemia?”, questiona série da Netflix
A série documental Pandemia (tradução de Pandemic: How to Prevent an Outbreak) foi lançada pela Netflix no dia 22 de janeiro de 2020. O documentário aborda temas como uma possível pandemia de influenza, a busca por uma vacina universal, grupos antivax e a crise do ebola no continente africano. É estranho pensar que a série foi ao ar apenas dois meses antes da Prefeitura de Ponta Grossa divulgar o primeiro caso de covid-19 na cidade.
Poster da série Pandemia, produzida pela Netflix / Imagem: divulgação
Com seis episódios e 287 minutos de reprodução, a série documental é convenientemente atual e necessária. É interessante assistir a produção hoje, um ano depois do lançamento, no contexto atual devido a pandemia do novo coronavírus. Durante os episódios a série apresenta questionamentos que provavelmente passaram pela cabeça de muitas pessoas quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou situação de pandemia, em março/2020, tais como: “será que estamos preparados para uma pandemia?” e “quanto tempo pode demorar até o vírus chegar na minha cidade?”.
A produção explora os trâmites científicos e políticos que cercam as pesquisas e a sociedade quando expostas a uma ameaça global. Um tema atual explorado pela produção, por exemplo, são os ataques à ciência e aos profissionais da saúde. O episódio 4 “Apegue-se às suas raízes” mostra como o discurso antivacina provocou ataques aos médicos no Congo.
Um exercício interessante é assistir a série, relacionando aos fatos apresentados pela produção com acontecimentos atuais, e não é difícil, desde grupos de pessoas que pregam contra as vacinas a governos irresponsáveis com as populações. Pandemia, da Netflix, pode ser entendida como um desafio da produção cinematográfica: atual, necessária e, o mais importante, informativa.
Por Levi de Brito
Serviço: Pandemia (Pandemic: How to Prevent an Outbreak)
Data de lançamento: 22 de janeiro de 2020
Produção: Netflix
Disponível no catálogo da Netflix
Literatura nas ondas do rádio em PG
No primeiro semestre de 2021, a venda de livros no Brasil cresceu 46,5%, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo pesquisa da Nielsen Bookscan e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros. O indicador reforça a preferência de leitores em apreciar crônicas, poesias e outros gêneros a partir de livros, sejam eles físicos ou digitais. Mas, que tal consumir literatura no rádio e durante um jornal?
Essa é a proposta da Clube FM 94.1, que abriu espaço na programação para exibir textos literários. Já na década de 1970, a emissora destinava um bloco do Jornal Falado para apresentação de crônicas do escritor Guaracy Paraná Vieira, que atende pelo pseudônimo de Vieira Filho. Com a reestreia do radiojornal, em março de 2021, a Rádio Clube retomou a iniciativa.
As crônicas são interpretadas pela jornalista Mareli Martins e as poesias pelo músico John Elvis Ribas Ramalho Junior | Foto: Yuri A.F. Marcinik/Portal Periódico
Até o programa de 20 de agosto, a reportagem do Crítica de Ponta identificou 32 crônicas. Do total, apenas cinco foram escritas por mulheres. A maioria dos autores são ponta-grossenses e tem relação com a Academia de Letras dos Campos Gerais. Também foram veiculados textos de escritores nacionais, como a crônica Amor de acidentado, de Rachel de Queiroz. A exibição, que antes era diária e no início do programa, passou a ser feita somente nas sextas-feiras, no encerramento do Jornal Falado.
Outra iniciativa mais recente é o Clube da Poesia, que vai ao ar às quartas-feiras, logo após o radiojornal. O quadro já veiculou três poesias de artistas locais. A proposta da emissora é visibilizar a produção de escritores de Ponta Grossa e dos Campos Gerais. Qualquer autor, seja amador ou profissional, pode enviar textos para o e-mail: clubefm941@gmail.com.
Durante a interpretação das crônicas e poesias, a sonorização combina efeitos sonoros com elementos da narrativa, quase como uma ilustração, o que contribui para a imersão do ouvinte na história apresentada. Ainda que a maioria dos textos apresentados seja de escritores ponta-grossenses, também é preciso estimular a participação de artistas de outros municípios da região, principalmente mulheres.
Por Matheus Gaston
Serviço:
Clube da Poesia (quarta-feira) e Crônicas (sexta-feira), durante o Jornal Falado
Transmissão: Rádio Clube Ponta-grossense FM 94.1
Coordenação: Mareli Martins
Sonoplastia: John Elvis Ribas Ramalho Junior
https://www.facebook.com/radioclubepg
Banda MPB de Ponta Grossa critica consumismo em mistura de ritmos
A banda ponta grossense Chave de Mandril retrata os softwares que estão sempre vigiando nos meios digitais. No dia 13 de março de 2020 foi lançada a música “Algoritmos”. O grupo, que tem um estilo caracterizado por Música Popular Brasileira, desta vez arriscou na mistura de ritmos. Um som com muita energia, swing e batida, a melodia faz referências ao funk, rock e puxa para o Jazz, quando apresenta um solo de saxofone, o que a própria Chave de Mandril batizou de “Hard MPB”.
Integrantes da banda Chave de Mandril em teatro no ano de 2020 | Foto: Divulgação Chave de Mandril
A banda, que surgiu em 2014, é uma representatividade importante para a cidade de Ponta Grossa, pois incentiva a produção e a música autoral, além de marcar presença nos palcos, bares e casas noturnas na região, levando o nome da cidade. O clipe foi gravado em um único espaço, na mesma sala todos os integrantes com os instrumentos, fazendo um giro por cada um deles. Outra característica marcante é a presença de luzes e cores, que deixam o espaço com ar mais artístico e misturado.
Entre as críticas presentes na letra vale destacar algumas. “Eu já te conheço, bem mais do que você”, “O que você não sabe, é a minha intenção, para mim você não mente. Vai ficar na minha mão.” e “Eles querem te vender.” Referindo-se aos algoritmos, que é uma referência da computação, que consegue vigiar os deslocamentos digitais, desejos e vontades no ciberespaço, todos os passos do algoritmo são pensados em um perfil e também nas escolhas. Tudo feito para “agradar” e levar à compra.
Ao final, Chave de Mandril deixa um questionamento: será que você precisa mesmo disso? Será que somos todos vítimas do consumismo? Vale a audiência!
Por Tayná Lyra
Serviço:
Banda Chave de Mandril: Rômulo André (vocal e percussão), Marco Aurélio (teclado, sanfona e backing vocal), Gustavo Mayer (sax, percussão, backing vocal), José Carlos ‘Joca’ (guitarra), Nana Holz (bateria, e backing vocal) e Thiago Cordeiro ‘Boy’ (baixo e backing vocal).
Site: http://chavedemandril.com.br
Facebook: https://www.facebook.com/chavedemandril
Instagram: https://www.instagram.com/chavedemandril
Youtube: https://www.youtube.com/chavedemandril
A arte transmitida entre gerações
Sidney Mariano e seu neto Pedro Henrique Widelski ao lado de uma de suas pinturas | Foto: Sala Digital João Pilarski
Entre pincéis, lápis e o amor pela arte. O Paraná pintado pelas mãos de um talento local que dá espaço para a criatividade de um menino com apenas 8 anos.
A exposição “Generosidade e Expressão”, dos artistas Sidney Mariano e Pedro Henrique Widelski, apresenta 43 pinturas: são 20 peças do avô e 23 do neto. As obras são feitas a partir de pintura acrílica, colagens, caneta esferográfica e lápis de cor. Elas mostram paisagens, atividades no campo, objetos de casa e a criatividade de Pedro ao desenhar alguns personagens.
Entre as obras destaca-se “Manhã” e “Lua Cheia”, de Sidney Mariano, que mostram casas no campo com a Araucária em destaque, o maior símbolo do Paraná. Além delas, pode-se ver também a pintura “Alagados”, que mostra a represa e as casas dos moradores. Já entre as obras de Pedro Henrique Widelski, é possível observar “Sonho” feita em caneta esferográfica e “Céu” em tinta acrílica.
As pinturas de Pedro mostram a criatividade e imaginação que uma criança pode ter. Inspirado pelo trabalho do pai, Ricardo Widelski, e da mãe, Elaine Cristina, Pedro se interessou pela arte desde muito novo e recebe apoio da família para continuar. Já as pinturas de Sidney mostram a delicadeza com que o artista trabalha e traduz a inspiração através da história e do cenário regional.
A mostra Generosidade e Expressão faz parte da 35ª Semana da Cultura Bruno e Maria Enei, que este ano tem como tema O mundo muda o tempo todo. Em versão apenas online, a exposição traz as pinturas com os respectivos títulos , materiais utilizados nas peças, tamanho e autor, faltando uma breve explicação da inspiração para cada obra. Além disso, os quadros estão digitalizados em um tamanho demasiadamente grande, o que dificulta observá-los de forma completa, pois não cabem inteiramente na tela do computador.
Vale sempre lembrar que a divulgação de exposições se dá sempre pelas redes sociais e sites oficiais da Fundação Municipal de Cultura de Ponta Grossa e ficar atento é necessário. Prestigiar artistas locais é importante para que a cultura e história locais possam atingir um maior público, principalmente em tempos de pandemia, onde é mais difícil ir presencialmente às galerias.
Por Ana Paula Almeida
Serviço:
Exposição “Generosidade e Expressão”, disponível online e de forma gratuita pelo site da Fundação Municipal de Cultura de Ponta Grossa.
Artistas: Sidney Mariano e Pedro Henrique Widelski
Site: https://cultura.pontagrossa.pr.gov.br/sala-digital-joao-pilarski/
Blog Mareli Martins desafia mulheres a ocupar espaço na política
Em um meio como a política, em que há, tradicionalmente, uma maior atuação masculina, a jornalista Mareli Martins se torna referência como mulher, que pauta e produz informação no setor. O blog Mareli Martins: Jornalismo Político, uma produção independente da jornalista, busca transmitir credibilidade aos leitores. Conforme informa o site, “o blog não possui parceria com nenhum grupo político”. E “a intenção é disponibilizar um canal diferenciado, independente, sem amarrações políticas, com o compromisso de relatar a notícia com responsabilidade e profissionalismo”, afirma.
O blog apresenta notícias variadas, que vão de uma abrangência nacional ao local e regional. A jornalista também procura trazer pautas de interesse do público geral, como quando informa sobre o aumento da gasolina anunciado pela Petrobras, como pautas que abrangem um público específico de determinado local, como por exemplo, quando destaca a cidade de Ponta Grossa na vacinação do público entre 28 e 30 anos.
Página inicial do blog “Mareli Martins: Jornalismo Político".
Outro ponto interessante do blog são as crônicas, que possuem até mesmo uma editoria própria dentro do site. As crônicas são uma parceria entre o blog da jornalista e a Rádio Clube (FM 94.1), que vão ao ar todas as sextas durante o Jornal Falado, interpretadas pela própria jornalista. Uma delas, publicada no dia 14 de agosto, traz o título “Vieira Filho e o sorveteiro que vivia entre sorrisos e xingamentos”, que retrata a vida de um sorveteiro que vivia entre o sorriso das crianças e o xingamento dos adultos.
Mareli Martins é jornalista pontagrossense que atua na profissão há nove anos. A jornalista é formada na área e atua como profissional independente. Atualmente, Mareli assume o papel de radialista no Jornal Falado da Rádio Clube 94.1 FM. O radiojornal vai ao ar de segunda a sexta, das 12h às 13h.
Por Deborah Kuki
Serviço:
Blog Mareli Martins: Jornalismo Político
Disponível em: https://marelimartins.com.br/
Leitores podem emprestar livros da Biblioteca Pública de PG por agendamento via internet
A biblioteca realiza agendamento de empréstimos desde o dia 30 de abril | Foto divulgação: Biblioteca Pública Municipal Prof. Bruno Enei
Em 2020, a Biblioteca Pública Municipal Professor Bruno Enei, administrada pela Prefeitura de Ponta Grossa em conjunto da Fundação Municipal de Cultura, comemorou 80 anos de forma diferente: fechada desde o início da pandemia e operando apenas internamente. Já em abril de 2021, a direção permitiu a realização de empréstimos através de agendamentos pelo site, assim como a criação e renovação das carteirinhas aos usuários.
De acordo com um dos bibliotecários responsáveis, Carlos Roberto Hernandez, são aplicadas medidas de proteção, como uma quarentena de 5 dias para os livros que retornam dos empréstimos, posteriormente higienizados para voltar ao acervo. Ele relata que o número de usuários do empréstimo agendado ainda é abaixo do esperado.
José Wander, morador de Ponta Grossa, ainda não conseguiu emprestar nenhum livro, pois necessitava de uma foto 3x4 que acabou esquecendo de levar. Segundo ele, o procedimento burocrático atrapalha, pois como o agendamento foi digital, a foto também poderia ser, a resposta de uma bibliotecária foi de que demandava investimento em aparelhagem, o que ainda não ocorreu.
Para Carlos Hernandez, a expectativa é que, após a imunização da população, seja possível voltar a receber o público presencialmente, oferecer os serviços e disponibilizar todos os espaços da biblioteca.
O espaço conta com cerca de 80 mil materiais, que variam entre livros, jornais, gibis, discos de vinil, entre outros formatos. O prédio possui ainda salas de leitura, área infantil, além de espaços que podiam ser reservados para atividades culturais, exposições e eventos da comunidade.
A pandemia de covid-19 ainda afeta a população e o distanciamento não foi apenas social, mas também cultural. O encontro entre a impossibilidade de acesso à biblioteca, com a falta de investimento necessário para uma atuação digital, mesmo com a abrangência da tecnologia e das redes sociais, deixa ainda mais usuários distantes desse serviço.
Por Gabriel Ryden
Serviço:
Biblioteca Pública Municipal Professor Bruno Enei
Site: http://bibliotecabrunoenei.blogspot.com/
Endereço: Complexo Cultural Jovani Pedro Masini - Rua Frederico Wagner, n° 100, Olarias - CEP 84035-700 – Ponta Grossa/PR. Telefone: (42) 3220-1000 (ramais 2049 ou 2050)
Horário de atendimento: Segunda à Sexta-feira, das 09h às 18h
Influência da culinária árabe no shawarma do Sharif em PG
Não é de hoje que se registra a popularização da culinária árabe em Ponta Grossa. Ao passar em uma das avenidas principais da cidade, a Balduíno Taques, pode-se encontrar vários food trucks que oferecem comidas típicas de diversas origens, como por exemplo o famoso shawarma.
De origem árabe, o tradicional lanche foi conquistando os pontagrossenses, com ingredientes como maionese, batata palha ou frita, tomate entre outros, que são adaptados de acordo com quem produz, o recheio é enrolado por uma massa, conhecida como pão sírio.
Shawarma de carne é um dos produtos ofertados pelo Sharif | Foto: Reprodução iFood Sharif Comida Árabe
O Sharif Comida Árabe, que trabalha todos os dias das 10h30 às 22h45, apenas por delivery através do iFood, oferece um serviço com diversas comidas típicas adaptadas. O cardápio traz coalhada seca, homus, kibe cru, tabule, beirute entre outras variedades. Os clientes podem optar por quatro tipos de shawarma: de frango, carne, falafel e misto. O valor de qualquer unidade não passa de R$20. Os ingredientes principais são pão, alface, tomate, batata frita, picles e creme de alho, e de acordo com o shawarma escolhido, outros ingredientes são adicionados.
O tempo de entrega estimado pelo local é entre 59 a 69 minutos, e o valor é de R$10,44. A equipe de reportagem do Crítica de Ponta realizou o pedido de um shawarma misto, e o lanche foi entregue no tempo previsto pelo serviço Uma opção que vale a aposta, ainda que eventual, em Ponta Grossa.
O perfil do Sharfi nas redes sociais é ativo e traz informações a respeito das comidas que são oferecidas no aplicativo do ifood, além de comentários positivos sobre as refeições.
Por Larissa Godoi
Serviço:
Atendimento: todos os dias, das 10h30 às 22h45 apenas por delivery (tele entrega)
Média de preço do shawarma: shawarma de carne R$ 19,20; falafel R$ 18,90, e de frango R$ 17,90
iFood:https://www.ifood.com.br/delivery/ponta-grossa-pr/sharif-comida-arabe-nova-russia/b0bf63a2-1a1e-41cb-9586-1164abf37a86
Crítica de Ponta #106
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Crítica de Ponta
Produzido pelos alunos do terceiro ano do cursio de Jornalismo da UEPG, O Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você.
A vacinação ao covid-19 não é sobre você
Dados da 17° edição da pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), de julho de 2021 apontam que em 2.097 cidades do Brasil já foram relatados casos de recusa a vacinas contra a Covid-19. O número equivale a 74,2% dos mais de 2.800 municípios considerados na pesquisa. Temas como a escolha por vacinas de acordo com a fabricante também foram abordados.
Em Ponta Grossa, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) diz que não existe uma planificação ou indicadores estatísticos sobre o tema, pois, segundo a FMS, o único modo de se ter a confirmação seria através de uma declaração da própria pessoa, afirmando a recusa ao imunizante. Entretanto, a Fundação confirma que no mês de junho deste ano cinco profissionais da área da saúde se recusaram a tomar a vacina por motivos pessoais.
Grupos anti-vacina surgiram nos últimos anos com um discurso que envolve uma grande teoria da conspiração e que vê nos imunizantes uma forma de controle ou transmissão de outras doenças. Com a popularização da internet, o movimento se espalhou pelo mundo, atingindo as camadas pobres da população, prejudicando a cobertura vacinal em diversos países.
A vacinação é o método mais eficaz de combate e prevenção a doenças transmissíveis | aCrédito da Imagem: Eder Carlos Wehrholdt
Pesquisa do Datafolha de 2020, que perguntava se o indivíduo buscaria se vacinar assim que os imunizantes contra a Covid-19 fossem disponibilizados, mostrou que 75% dos entrevistados afirmaram que se vacinariam. Entretanto, é o outro indicador que preocupa, os 25% que responderam não. Significa dizer que uma em cada quatro pessoas não tomaria a vacina.
Em 2019 a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou que o movimento anti-vacina é um dos dez maiores riscos à saúde global. A vacinação é um ato coletivo, que não diz respeito ao indivíduo. Ao não se vacinar ou não vacinar os filhos, o indivíduo não apenas está se expondo e expondo o filho a doença, mas sim todo o círculo de convívio social da família.
Por João Gabriel Vieira
Serviço:
O agendamento para tomar a vacina contra a Covid-19 em Ponta Grossa é realizado no site da Prefeitura Municipal. Fique atento e não deixe de se vacinar.
Uma interpretação surrealista da pandemia em Vermelho, o recorte
O espaço de exposições virtuais da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Culturais da UEPG conta agora com uma nova mostra: Vermelho, o recorte do pintor e especialista em História da Arte Moderna e Contemporânea, Emerson Persona. A exposição, inaugurada em live no início de agosto, contou com a participação do artista, na qual relatou que a principal inspiração para suas obras foi o isolamento social, ocasionado em decorrência da pandemia da Covid-19 no Brasil, decretada em março de 2020.
Na coletânea de pinturas de compõem Vermelho, o recorte, as obras foram feitas com tinta acrílica sobre papel. Tanto os tons vibrantes de azul, verde, amarelo e roxo, como os mais fechados como laranja e preto, contrastam e dão ainda mais vida ao vermelho, cor encontrada em todas as pinturas e que também dá nome à exposição. O vermelho colore exclusivamente todas as imagens que remetem a partes do corpo, permitindo a interpretação do espectador de que os elementos humanos são o destaque de cada composição.
Obras da exposição Vermelho, o recorte, feitas com tinta acrílica sobre papel, são inspiradas pelo movimento artístico Surrealista | Foto: Emerson Persona
Persona remete suas obras ao Surrealismo, movimento originado na França nos anos de 1920 e integrante do modernismo, em que os artistas passam a incorporar traços e elementos contemporâneos a seus trabalhos. Percebe-se a influência do movimento nas telas do pintor por meio das colagens e imagens distorcidas, mas também que se respalda no propósito principal do movimento, trazendo a contemporaneidade da pandemia às telas. A violência sofrida contra os corpos humanos, confinados em suas casas e vivendo em meio ao desconforto com o presente e a incerteza sobre o futuro é a reflexão trazida pelo artista. Se o propósito de Persona foi causar a mesma sensação de angústia no espectador que imprimiu nas obras, ela foi atingida em cheio.
Apesar de carregar uma mensagem impactante, a mostra apresenta poucas obras e deixa o espectador com gostinho de ‘quero mais’. Como o nome já diz, é apenas um recorte da mostra VERMELHO, que estará disponível para visitação no Museu Municipal de Arte em Curitiba (MUMA) a partir do segundo semestre de 2022. Resta saber se, até lá, a pandemia da Covid-19 vai permitir o retorno à vida normal ou se segue iguais às pinturas de Persona: aprisionados a esta (sur)realidade angustiante.
Por Manuela Roque
Serviços:
Título: Vermelho, o recorte
Artista: Emerson Persona.
Curadoria: Adriana Rodrigues Suarez, Alberto Mikoski, Sandra Borsoi.
Organização: Adriana Rodrigues Suarez, Alberto Mikoski.
Disponível em: https://www2.uepg.br/proex/exposicoes-virtuais/
Marcas regionais em novo single de Flávio Wilson, Eu sou cultura
O single Eu Sou Cultura, de Flávio Wilson, enaltece a riqueza cultural da região de Ponta Grossa e destaca a importância da cultura na vida pessoal do artista e também no cotidiano da população. O trabalho foi lançado no final de julho de 2021.
“Sou ferramenta, tiro a depressão, sou o tom da alegria, grito pela revolução”, canta Flávio Wilson sobre a importância do papel da cultura em levar alegria e felicidade à vida das pessoas. Wilson destaca a importância da presença da cultura nas escolas. “Eu vi tantas matérias, tantos livros que pesaram, mochila, eu gostaria sempre de algo que eu gostasse de fazer, escolhi cultura”, diz a música.
Flávio Wilson no clipe musical | Créditos: Eu Sou Cultura
A nova faixa musical é uma parceria com o DJ Cleber Mix, foi produzida pela Fabrik Produções e está disponível na plataforma Youtube, já contando com mais de 400 visualizações.
A música interessa aos amantes do gênero eletrônico e pop. Eu Sou Cultura explora e vagueia os dois gêneros musicais num beat envolvente e animado. Para quem gostar da música, o álbum Eu Amo PG conta com mais quatro músicas: Garotas de PG (música também disponível com formato em libras para deficientes auditivos), Parque Ambiental, Minha Mochila e Hit do Verão.
Por Yasmim Orlowski
Serviços:
Música: “Eu Sou Cultura”
Autor: Flávio Wilson e Dj Cleber Mix
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=MhxRbHThApY&ab_channel=FlavioWilson
Banda pontagrossense Fire Hunter lança nova versão da Música In Your Eyes
Com orquestração e faixas vocais novas, a banda Fire Hunter relançou a canção In Your Eyes, que pertence ao álbum No Fear no Lies de 2014. A nova versão foi lançada em julho no canal do youtube da banda.
A canção era um dos destaques do álbum de 2014. Com tom mais melódico e uma letra melancólica, em que o eu lírico apresentava ambivalência em relação a retomar relações com alguém que ama mas que o magoou, a canção destoava do tom de fantasia, esperança, superação e enfrentamento frente a dificuldades da vida das demais canções.
Com a nova orquestração, a música ganha um alcance dinâmico entre graves e agudos maior, o que confere à composição uma sonoridade ligeiramente mais polida e menos díspar entre os timbres dos instrumentos.
Arte: Romulo Dias
Mas o grande mérito que justifica a gravação está nos vocais de Zé Moreira. Afinado e mais comprometido com a interpretação que a melodia e as letras exigem do que os vocais anteriores, ele faz a faixa honrar o princípio de renovação da banda onde o fogo de Fire Hunter (Caçador do Fogo em inglês) é “a representação simbólica de um personagem que busca o renascimento, a renovação e pacificação de eventos do passado, atualidade e também futuros eventos da realidade”, segundo a própria descrição do grupo em sua página oficial.
A canção é mais um grande trunfo para uma banda que há mais de 15 anos representa Ponta Grossa na cena do rock nacional. A partir de composições originais e de qualidade, a banda contradiz aqueles que falam que o gênero morreu de saudosismo e regravações.
Por Yuri Marcinik
Serviço:
Ficha técnica:
Vocal: Zé Moreira
Guitarra 1: Eduardo Moraes
Guitarra 2: Henry Moraes
Baixo: Hildgar Juswiack
Teclado: Wagner Pinheiro
Bateria: Cleberson Neumann
Gravação, mixagem e masterização: Tito Falaschi & Hilton Torres.
Cine PG exibe Jungle Cruise, adaptação da Disney com cenário brasileiro
Inspirado na atração do parque da Disney “Magic Kingdom” em Orlando, a nova produção da Disney, “Jungle Cruise” (Cruzeiro na selva), retrata a vinda dos irmãos europeus Dra. Lily Houghton (Emily Blunt) cientista botânica e seu irmão McGregor (Jack Whitehall) para o Brasil, em 1916. Os dois vão para a cidade de Porto Velho (RO), em busca de uma flor rara chamada “lágrimas da lua”. A flor pode curar qualquer tipo de doença ou ferimento e pode contribuir com o avanço da pesquisa e na cura de doenças.
Ao chegar à cidade de Porto Velho, os personagens embarcam na aventura junto com o barqueiro nativo Frank Wolff (Dwayne Johnson), que guia a expedição em busca da árvore das lágrimas. No entanto, eles não estão sozinhos na aventura. O vilão da história é Prince Joachim (Jesse Plemons), da Prússia, que também está em busca das "lágrimas da lua”, porém com um objetivo diferente: ajudar os alemães a vencer a primeira guerra mundial.
No filme, os personagens se aventuram na Floresta Amazônica | Crédito da foto: Reprodução Disney.
Apesar de toda a produção milionária do filme, tem alguns erros que não passam despercebidos na construção da história. Como por exemplo a moeda da época ser o real, elefantes na floresta amazônica e jornais norte-americanos que não estavam presentes na região no período que se passa o filme. Sem falar da produção do filme que não contou com nenhum brasileiro na equipe e foi todo gravado no Hawaii (EUA).
Para quem tiver interesse em assistir, o filme está em cartaz no Cine Araújo, no Shopping Palladium em Ponta Grossa com uma sessão por dia durante a semana e duas ao fim de semana. Para quem prefere assistir em casa, o filme também está disponível na plataforma de streaming da Disney+.
Por Rafael Piotto
Serviço:
Lançamento: 29 de julho de 2021
Gênero: Aventura
Direção: Jaume Collet-Serra
Roteiro John Requa, Glenn Ficarra
Elenco: Emily Blunt, Dwayne Johnson, Jesse Plemons
Duração: 2h 08min
Valor ingresso: R$ 34,35 inteira e R$ 17,17 meia
A história e as versões do crime de Elize Matsunaga
Em Maio de 2012 um crime tomou conta da mídia brasileira: o presidente da empresa Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, foi assassinado e esquartejado pela própria esposa, Elize Matsunaga. O documentário “Era uma vez um crime: Elize Matsunaga” revive o caso através de diferentes pontos de vista com entrevistas, tendo como principal a de Elize, pois é a primeira vez que ela fala sobre o caso.
O documentário original da plataforma Netflix é dividido em quatro episódios de 50 minutos, cada episódio trata de um aspecto do caso, seguindo uma ordem cronológica. Os episódios usam imagens de arquivo do tribunal de justiça de São Paulo e de reportagens da época, com entrevistas e imagens de apoio originais.
Ao colocar o ponto de vista de Elize, o documentário corre o risco de romantizar e até diminuir os atos cometidos por ela, mas tenta escapar desta narrativa ouvindo todos os lados. E o documentário se destaca pelo trabalho de ouvir o máximo de pessoas qualificadas envolvidas, desde advogados de defesa e de acusação, o delegado que investigou o caso, familiares e amigos dos dois, além de jornalistas que cobriram o caso na época. Mas, em alguns momentos, a quantidade de depoimentos se torna um problema por limitar o tempo de fala de algumas fontes ou deixar informações passarem batidas.
Imagem de divulgação do documentário
Ao explorar o ponto de vista de Elize, o documentário vai até às origens, na cidade Chopinzinho, no Paraná, onde Elize nasceu, e mostra como a mídia regional reagiu, buscando a família na tentativa de entrevistá-los. Com falas da tia, o documentário ilustra a infância de Elize no interior do Paraná e a relação abusiva do padrasto.
O documentário gira em torno das diferentes narrativas que constroem o caso, partindo do ponto de vista de Elize mantém uma linha tênue do sensacionalismo, mas consegue superar o risco ao sobrepor todas as narrativas para apresentar ao espectador o contexto geral para que ele tire as próprias conclusões.
Por Lucas Müller
Serviço:
Documentário: Era uma vez um crime: Elize Matsunaga
Direção: Eliza Capai
Duração: 4 episódios (50 minutos cada)
Produção: Boutique Filmes (São Paulo, 2021)
Disponível em: Streaming: Netflix
Crítica de Ponta #105
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Crítica de Ponta
Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você.
Iniciativa online e gratuita reúne produções audiovisuais paranaenses
O funcionamento dos cinemas de Ponta Grossa está liberado desde o dia 23 de julho, com apenas 30% da capacidade. No entanto, quem prefere não frequentar as salas de exibição durante a pandemia, pode conhecer o catálogo da Paranáflix. Lançada em agosto de 2020, a plataforma de streaming colaborativo reúne mais de 270 filmes e documentários produzidos no Paraná. A iniciativa é uma criação da artista Marcela Mancino e do diretor de cinema Tomás von der Osten.
O espaço possui 24 categorias, como cinema negro, dirigidos por mulheres, cinema LGBTQIA+ e universitário. No catálogo, também estão disponíveis títulos com audiodescrição, recurso que descreve as cenas aos espectadores com algum tipo de deficiência visual. Na página inicial, as obras são divididas em décadas, a partir de 1980. Também há uma seção apenas com produções gravadas antes disso, como Curitiba sob a neve, de 1928.
Projeto mantém campanha de financiamento coletivo para cobrir custos com a manutenção da plataforma (apoia.se/paranaflix) | Foto: Reprodução
O site não possui nenhuma ferramenta que permita encontrar filmes e documentários por cidade. Ao analisar a descrição de todos os títulos do catálogo, a reportagem do Crítica de Ponta identificou somente três produções feitas em Ponta Grossa. Os usuários também podem enviar suas peças cinematográficas por meio de um formulário, sem nenhum custo. O principal critério para que a obra seja incluída no acervo é que ela tenha sido exibida em um festival de cinema.
Além de ampliar o acesso de filmes e documentários, que muitas vezes são esquecidos ou ficam restritos a uma única exibição, a plataforma Paranáflix é um espaço de memória e preservação do audiovisual paranaense. A iniciativa também é um ato de resistência, em meio ao descaso de um governo que contribui para que parte da história do cinema brasileiro arda em chamas.
Por Matheus Gaston
Serviço:
Paranáflix
https://paranaflix.com.br/
Livro Crônica dos Campos Gerais retrata realidade da região e incentiva novos escritores
A iniciativa do projeto busca incentivar novos cronistas e divulgar seus trabalhos como forma de apoio. A Academia de Letras dos Campos Gerais (ALCG) conta com a parceria de órgãos ligados à cultura, comunicação e educação, como Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). O livro, escrito por 24 autores, apresenta um total de 72 crônicas.
A obra busca valorizar as pessoas, terras, tradições e paixões, das áreas urbanas até as rurais dos Campos Gerais do Paraná. Destinado a todos os moradores das cidades que englobam a região Sul do estado, o livro pretende beneficiar as culturas de cada um dos municípios através das produções literárias e, assim, apoiar os escritores locais.
Capa do livro de crônicas dos Campos Gerais, que retrata realidades da região do segundo planalto paranaense | Imagem: Divulgação
A divulgação das crônicas acontece por diversos meios de comunicação do site, rádio, impresso e digitais, como o Portal aRede, Diário dos Campos, Clic Navegantes, programa CBN Esportes, Folha Paranaense, Correio Carambeiense e Portal NCG.
Com uma leitura dinâmica, o leitor pode viajar pelos Campos Gerais a cada início de uma nova narração. As leituras possibilitam um passeio por Tibagi, um convite para conhecer a Holanda paranaense, descrevem o pôr do sol em Ponta Grossa, além da gastronomia de festas religiosas na cidade. Um dos critérios de avaliação para escolha dos textos é que a leitura seja de no máximo três minutos. O tempo o garante uma experiência de intercâmbio nas vivências de escritores que vivem na região. Pela leitura, pode-se viajar quilômetros em poucos minutos.
Por Tayna Lyra Feliciano
Serviço:
Livro: Crônicas dos Campos Gerais
Site: https://cronicascamposgerais.blogspot.com/
Edição: Junho/2022
Equipe: Membros da Academia de Letras dos Campos Gerais
Coordenação: Mário Sérgio de Melo
O circo como forma de inclusão social em Ponta Grossa
Uma experiência com o circo em Ponta Grossa. A primeira Mostra “Sonharte” foi idealizada por Robert Salgueiro, o Palhaço Picolé, e aconteceu no Cine Teatro Ópera na última terça-feira de julho, dia 27. Realizada em parceria com a Fundação Municipal de Assistência Social de Ponta Grossa, o projeto objetiva incluir pessoas com deficiência no mundo do circo, ajudando os alunos e famílias a se divertirem durante a pandemia . Entre as atrações da chamada “Oficina da Inclusão'' o espetáculo conta com malabares, lira acrobática, mágica, contorcionismo e muita brincadeira.
Por conta da pandemia de covid-19, a Mostra não pôde receber um público maior no Cine Teatro Ópera, mas foi transmitida pela TV Educativa, afiliada da TV Cultura no canal 58.1, através da página no Facebook. Participaram do evento profissionais do programa “CulturAção”, da mesma emissora, em entrevistas durante a oficina, que contou com aulas on line, possibilitando aos alunos acesso ao universo artístico.
Equipe do Palhaço Picolé e alunos da Oficina da Inclusão durante a Mostra Sonharte Foto: Divulgação | (Simone Kaminski Oliveira)
É importante que os jovens tenham acesso à arte para conhecer e entender o mundo. Dessa maneira, a iniciativa se torna mais relevante agregando conhecimento ao exercício da inclusão social.
O trabalho do Palhaço Picolé, em parceria com a FASPG, mostra que é possível pensar ações de formação cultural e inclusão em tempos de pandemia. Espera-se que outras iniciativas com o mesmo propósito do projeto Sonharte sejam realizadas em Ponta Grossa e outras cidades do Estado e do País.
Por Ana Paula Almeida
Serviço:
Primeira edição da Mostra Sonharte
Palhaço Picolé (com apoio da FASPG)
Disponível em: Primeira Mostra “Sonharte”
Realização: Julho de 2021.
Artista conta história dos Campos Gerais através de pinturas
A exposição virtual “O Passado e o Progresso: A região dos Campos Gerais entre Imaginação, Pincel e Tinta”, do artista pontagrossense Emanuel Sansana, apresenta 13 obras que revelam memórias, lugares, paisagens, história e costumes da região dos Campos Gerais, a partir do olhar do autor.
Entre as obras, destaca-se a pintura “Estação Paraná”, realizada como homenagem à cidade de Ponta Grossa, quando completou 197 anos em 15 de setembro de 2020. Vale conferir a descrição da obra pelo próprio artista: “Uma tela que conta um pouco da história da cidade de Ponta Grossa. A imagem retrata a década de 1930, uma época de grandes avanços, que marcaram a arquitetura da cidade”. As obras do artista revelam detalhes técnicos, como por exemplo, a combinação de cores que utiliza em cada tela.
Obra “Estação Paraná”, que integra a exposição “O Passado e o Progresso: A região dos Campos Gerais entre Imaginação, Pincel e Tinta”, do artista plástico Emanuel Sansana | Fonte: Acervo da mostra (Proex UEPG)
Outras duas pinturas em destaque na exposição foram vencedoras do prêmio internacional em Nova York. A primeira, sob o título “Folhas de Outono", representa um caminho entre as árvores, que estão iluminadas pela luz do sol. A paisagem traz uma forte presença dos tons amarelo e verde. A outra obra, também premiada, é nomeada de “Os Tropeiros estão chegando”, que representa alguns migrantes nos cavalos. A pintura possui cores nostálgicas, como se houvesse uma poeira na imagem, dando um aspecto de memória.
Emanuel Sansana é artista plástico autodidata pontagrossense. Desde pequeno demonstrou habilidade com desenhos, porém somente em 2019 o artista pintou a primeira tela, usando tinta acrílica, técnica da qual se identifica e pretende se tornar um grande mestre. Sansana é o único brasileiro a receber o prêmio internacional em Nova York na categoria escolha popular.
Por Deborah Kuki
Serviço:
Exposição: “O Passado e o Progresso: A região dos Campos Gerais entre Imaginação, Pincel e Tinta”
Artista: Emanuel Sansana
Disponível em: https://www2.uepg.br/proex/exposicoes-virtuais/
Redes sociais abrem espaço para veículos jornalísticos regionais
O Informa Campos Gerais é um portal de notícias independente criado pelos estudantes de Jornalismo UEPG, Emanuelle Soares e Leonardo Duarte, em 28 de agosto de 2020, durante a primeira onda da pandemia da covid-19 na região.
Segundo Leonardo Duarte, por conta da escassez de dados a respeito da pandemia nos Campos Gerais, o portal surgiu com o objetivo de informar principalmente sobre Ponta Grossa e Telêmaco Borba, expandindo, logo, para outras cidades e também diferentes temas. Ainda segundo ele, a principal dificuldade é trabalhar com cidades menores, como Porto Amazonas, que não possuem tantas informações divulgadas e pouca transparência nos dados.
Logo do Informa Campos Gerais | Foto: Reprodução
O Informa Campos Gerais conta com perfis no Instagram (com 49 publicações e mais de 150 seguidores), Facebook (com quase 500 seguidores) e Blogspot. O Facebook é utilizado como meio de divulgação de links das matérias do blog, que conta com apresentação organizada e fácil manuseio, dividido em 10 editorias como política, economia, educação, opinião, saúde, entre outros, além de possibilitar a busca de notícias por datas ou acompanhar através das mais recentes.
No caso do Instagram, as publicações se utilizam dos recursos oferecidos pela plataforma, como reels, destaques e sequências de imagens. São postados gráficos e infográficos chamativos, com clareza de cores mesmo entre as diferentes datas. Para Leonardo, a rede social é um meio de chamar a atenção dos leitores, enquanto o blog permite uma maior liberdade com os textos.
O consumo de notícias através das redes sociais tem crescido durante os últimos anos, com um aumento considerável durante a pandemia. As plataformas possibilitam benefícios tanto para os veículos, que monitoram o engajamento e número de seguidores por exemplo, quanto para os próprios usuários, que acessam as publicações a qualquer hora e em qualquer lugar.
Por Gabriel Ryden
Serviço: Informa Campos Gerais
Instagram: https://instagram.com/informacamposgerais?utm_medium=copy_link
Facebook: https://www.facebook.com/informacamposgerais
Site: https://informacamposgeraisicg.blogspot.com/?m=1
Após um ano fechados em função da pandemia, cinemas reabrem em PG
O cinema Lumière localizado no Shopping Total, e o Cine Araújo, no Shopping Palladium ficaram mais de um ano fechados devido a pandemia da Covid-19. Em julho, a Prefeitura de Ponta Grossa determinou por meio do Decreto n° 19.277, de 22/07/2021, a retomada das atividades dos locais, com limite de ocupação dos lugares em 30%, ainda proibido o consumo de alimentos nos espaços públicos.
Mas será que este é o momento certo para a reabertura de espaços para eventos? O município aplicou mais de 170 mil vacinas com a primeira dose, e apenas 60 mil com a segunda unidade. Entretanto, vale lembrar que não são todos os pontagrossenses que estão vacinados 100%, ou seja, com as duas doses contra a doença. Por isso, a importância de não reabrir locais que, mesmo havendo os protocolos de segurança, podem ocasionar aglomerações e contribuir para o contágio do vírus.
Inaugurado em setembro de 2020, o Cine Flexx Drive-In é opção segura para os pontagrossenses que não desejam frequentar os cinemas | Foto divulgação: Cine Flexx Drive-In.
Neste momento pandêmico, o ideal é não voltar para as salas de cinemas, o mais indicado a se fazer é priorizar por opções que não possuem riscos de contaminação, como por exemplo os serviços de streaming, que oferecem variadas opções de filmes, animações, documentários e séries, para todos os gostos, desde os filmes clássicos até as comédias românticas.
Para as pessoas que ainda não se sentem seguras em frequentar os cinemas da cidade, tem a opção de ir até o Cine Flexx Drive-In, onde o público pode assistir a filmes dentro de seus veículos enquanto o áudio é transmitido pelo o rádio. O espaço tem capacidade para suportar até 135 veículos. Os ingressos podem ser comprados através do site da empresa, ou adquiridos na entrada do local.
Por Larissa Godoi
Serviço:
Cine Flexx Drive-In
Localização: R. Cel. José Miró de Freitas, 477 - Boa Vista
Valores do ingresso por carro: 1 pessoa R$20; 2 pessoas R$30; 3 ou 4 pessoas R$40.
Site: https://www.cineflexx.com.br/
Crítica de Ponta #104
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CRÍTICA DE PONTA
Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você.
Inteligência artificial (Sci-fi A.I) completa 20 anos com perfil de clássico
Cena do filme A.I - Inteligência Atificial | Divulgação Amblin Entertainment
Lançado em 2001, o clássico cult A.I.- Inteligência Artificial dividiu opiniões da crítica especializada por conta de seu final. Enquanto alguns críticos o saudaram pelo tom doce e filosófico, outros o taxaram como incongruente. Hoje, 20 anos e uma pandemia depois, o final e próprio filme se sobressaem como um melancólico conto sobre como a perda de um ente querido é algo a se conviver. Mas, talvez nunca, a se superar.
A trama futurista gira em torno do menino robô Dave (Halley Joel Osment) e sua jornada em busca de se tornar um menino de verdade para reconquistar o amor da mãe adotiva, Monica (Frances O´Connor) que o abandonou.
Se antes a busca de Dave pelo amor e validação de Monica era uma jornada de perseverança pela própria auto validação enquanto ser humano, em 2020 a trajetória do robozinho adquire tons de negação à perda.
Em um presente onde uma pandemia tirou a vida de mais de 540 mil pessoas e relegou a população do Brasil a um estado de lamentação, negação e luto contínuos, o fim do filme soa tão honesto quanto poderia ser. Assim como Dave, milhões de brasileiros tiveram algum contato com a sensação de impotência perante sentimentos como os de perda, saudade e nostalgia de épocas que não voltarão.
Sem superar a perda, Dave segue em frente ao lembrar que no, espaço que a dor ocupa, já houve alegria e sublimação suficientes para encorajá-lo a seguir em frente no incerto e misterioso futuro que o aguarda. O alento que o filme deixa em 2021 é o de que a dor é inerente à condição humana e é essencial para a reerguida de cada indivíduo.
Por Yuri A.F. Marcinik
Serviço:
Filme Inteligência Artificial (AI)
Direção: Steven Spielberg. Roteiro: Ian Watson, Stanley Kubrick e Steven Spielberg.
Produção: Bonnie Curtiz, Kethleen Kennedy e Steven Spilerberg.
Disponível em: Mídia digital/ Streaming: Youtube/ Telecine
Comércio online de livros em PG, agora, tem um ‘Restolho’
O sebo virtual ‘O Restolho’ funciona em uma página do Instagram e surgiu com a proposta de vender o que sobrou do acervo da antiga loja física, chamada ‘Velho Buk’, que funcionou no Centro de Ponta Grossa, e foi fechada em 2014.
Marcos Candido, idealizador do projeto, encontra nas vendas online uma maneira de manter ativo o negócio. Vendedor de livros desde 2007, Marcos destaca as dificuldades para manter uma loja física aberta. “Os aluguéis de pontos comerciais ou são muito caros para um empreendimento pequeno ou são pontos com uma localização e estrutura pouco atrativas”, avalia.
Em tempos de pandemia, o comércio também enfrenta o desafio de se reinventar para evitar fechar as portas. A proposta de Marcos não nasceu neste contexto, mas ilustra a realidade de quem precisa abrir mão de um espaço físico e vender online. No caso, a experiência sensorial de ir a uma livraria é deixada de lado para manter as vendas e, também, o hábito da leitura.
Página d’O Restolho no Instagram | Fonte: Reprodução
De acordo com Marcos Candido, em proporção ao estoque disponível, as vendas estão bem. “Tenho outro trabalho no momento e faço os anúncios às vendas, mas as entregas ficam ao tempo que resta após o expediente”, explica.
Apesar de não sobreviver apenas da venda de livros, Marcos acredita que é possível começar um negócio como o dele no atual contexto da pandemia: “Exige empenho e tempo, para responder todo mundo e fazer a parte ‘manual’ do trabalho”, conclui.
O acervo d’O Restolho é voltado para literatura e obras de ciências humanas e sociais. “O público é, na maioria, composto por estudantes, ex-alunos, professores de Letras e das Humanas, mas, tem uma gama bem ampla, inclusive muitos 'saudosistas' que frequentavam a loja física e já descobriram o perfil”, completa.
Por Cássio Murilo
Serviço:
Página do Instagram: @o_restolho
Academia de dança planeja eventos para manter agenda cultural na pandemia
Coreografia ‘‘Quem sou eu’’ da bailarina Ana Ligoski. | Fonte: Andreza Kruk
Com mais de um ano de pandemia do coronavírus em Ponta Grossa, a área cultural teve que se reinventar. A Academia de Dança Pró Arte realiza eventos para manter a dança na cidade. A escola apresenta um novo espetáculo de dança em formato drive-in para o início de dezembro. O evento mostra uma história baseada na saga Harry Potter. Mas esse não é o único evento disponível ao apreciador da cultura em Ponta Grossa, pois a academia já realizou a Mostra de Dança de 2021 em formato virtual e transmitida pelo Youtube no final de junho.
Com mais de duas horas de espetáculo, a mostra trouxe diversos estilos de dança, como o ballet, a dança de salão, a dança de discoteca e a dança gaúcha. As apresentações foram divididas em três categorias: o nível iniciante, o básico e o intermediário/avançado. A mostra de dança da Academia Pró Arte objetiva incentivar e mostrar a capacidade dos alunos de criarem a sua própria coreografia e usarem a criatividade, desde o processo inicial coreógrafo até o final, com a escolha da maquiagem.
As apresentações competitivas eram intercaladas por amostras de dança realizadas pela própria academia para apresentar os ritmos variados de dança presentes na escola. Na programação do evento ocorreram entrevistas no backstage (bastidores) do teatro, feitas com alguns dançarinos após a apresentação deles.
Destaca-se, aqui, a organização do evento, pensado no público, pois as entrevistas deixaram a programação leve, proporcionando um ‘respiro’ após as apresentações. O formato do evento foi de um programa de dança e, por ser online, a ideia confirmou a viabilidade. A promoção dos eventos auxilia, assim, no incentivo à cultura, fundamental à cidade em tempos de pandemia.
Por Evelyn Paes
Serviço:
Link para a Mostra de Dança 2021 < https://www.youtube.com/watch?v=ddkZQaBkTaA >
Realização: Academia de Dança Pró Arte
Espetáculo Drive-in ‘‘Uma Trouxa em Hogwarts’’ dia 11/12 no Cine Flex (Rua Cel. José Miró de Freitas, 477 - Ponta Grossa)
Expresso é a única newsletter de Ponta Grossa
Lançado em fevereiro de 2021, Expresso Ponta Grossa é uma newsletter com informações do município que reúne notícias produzidas por portais da cidade e região. Editado por dois jornalistas graduados pela Universidade Estadual de Ponta Grossa: Ana Istschuk e João Guilherme Castro. O conteúdo destaca as notícias de relevância e interesse coletivo de dias anteriores.
Publicado toda terça-feira às 7h e 30min, o leitor realiza um cadastro pelo site em que pode receber semanalmente a newsletter no e-mail, mas também há a opção de ler sem a necessidade de cadastramento direto no site. As informações variam com temas do dia a dia, covid-19, interesses ao cidadão, política e esporte, todos organizados com característica de valor-notícia, do mais importante ao menos importante. Ao final, ainda há dados sobre a situação da pandemia na cidade, informando os casos, óbitos, leitos e a vacinação.
Cena do filme A.I - Inteligência Atificial | Divulgação Amblin Entertainment
O eixo editorial próprio atrai em mostrar a autonomia e integridade dos jornalistas que produzem o material. A posição está claramente expressa na edição do dia 20 de julho em que mostra o apoio pela investigação da falta de decoro do vereador IZaias Salustiano (PSB), que agrediu a ex-mulher no dia 16/09/2021.
O Expresso é a única nweslatter que pauta temas sobre Ponta Grossa e informações dos portais mais acessados no município. Rápido e prático na leitura, o formato de boletim informativo, além de atrair o público, traz fidelidade e confiança para o leitor.
Por Leonardo Duarte
Serviço:
Expresso Ponta Grossa: ttps://us7.campaign-archive.com/home/?u=c029ff8887da258832c78b109&id=2192e3e7e3
Inscrição para receber no e-mail a newslatter: https://expressopontagrossa.mailchimpsites.com/
Link: https://linktr.ee/expresso.pg
Do habitual à arte pela caneta esferográfica
Item utilizado diariamente pela maioria dos brasileiros, e que passa despercebido por seu traço simples e pouco chamativo, as canetas esferográficas atingem outro patamar quando utilizadas por artistas. A exposição “Papel e Caneta na Mão” do artista plástico José Ricardo Widelski apresenta uma coletânea de retratos de anônimos e famosos, feitos unicamente com canetas esferográficas azuis. O traço hiper-realista do artista é sua principal característica.
Devido às restrições de circulação e aglomeração geradas pela pandemia de Covid-19, as exposições online se tornaram uma saída para lazer e distração. A criação de peças artísticas com o uso de canetas é tema do texto de Margaret Imbroisi no portal História das Artes. Além de dicas para a produção de materiais, obras de artistas internacionais são apresentadas na coluna.
O traço marcante de Widelski, com detalhes para profundidade e relevo dentro de um trabalho em 2D. | Fonte: Site Fundação Municipal de Cultura de Ponta Grossa.
Segundo artigo do Centro de Referência Mario Covas, a caneta esferográfica, como hoje é conhecida, foi criada pelos irmãos Bíró. De origem húngara, o jornalista László Biró patenteou a criação da caneta com ponta em forma de esfera móvel. Entretanto, foi em 1949, com a entrada de Marcel Bich no ramo, que a caneta esferográfica se popularizou na Europa e nos Estados Unidos. No Brasil, a caneta Bic, usada por José Widelski para criação artística, chegou no ano de 1961, com um baixo custo. Algo que se mantém até os dias atuais.
Vale sempre estar atento à divulgação de exposições por órgãos oficiais e independentes, pois, prestigiar, mesmo que de modo online, os trabalhos é também um jeito de ajudar os artistas em um momento em que não se pode realizar exposições e eventos artísticos.
Por João Gabriel Vieira
Serviço:
Exposição Papel e Caneta na Mão, disponível online e de forma gratuita pelo site da Fundação Municipal de Cultura de Ponta Grossa
Site: https://cultura.pontagrossa.pr.gov.br/exposicoes/
Crítica de Ponta #103
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Crítica de Ponta
Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você
Clássicos da cultura popular brasileira embalam retorno aos palcos da Orquestra Sinfônica de PG
Orquestra Sinfônica de PG retorna aos palcos após paralisação em decorrência da pandemia.
Crédito da Foto: Rodrigo Menegat / Arquivo Lente Quente.
Após um ano e meio de atividades presenciais suspensas, a Orquestra Sinfônica de Ponta Grossa, através de uma transmissão ao vivo do Cine Teatro Ópera, subiu aos palcos para apresentar o concerto “Parte I – Música para Todxs”. O evento marca o início da temporada do grupo em 2021, após a paralisação em decorrência da pandemia da Covid-19.
O projeto “Música para Todxs” divide a Orquestra a partir dos instrumentos, sendo a primeira apresentação entoada exclusivamente pelos músicos e musicistas especializados nas cordas (Violinos, Violas, Violoncelos e Contrabaixos). O repertório escolhido pelo grupo englobou majoritariamente artistas brasileiros dos quatro cantos do país, além da suíte “The Planets” do compositor inglês Gustav Holst.
A apresentação, regida pelo maestro Rafael Rauski, trouxe clássicos da cultura popular brasileira em adaptações melodiosas, que evidenciaram a delicadeza dos instrumentos da sessão. Canções como “Amanheceu, peguei a viola”, de Renato Teixeira, “Saudade da minha terra”, de Chitãozinho e Xororó, “Luar do sertão”, de Luiz Gonzaga, “Romaria”, de João Mineiro e Marciano, “O menino da porteira”, de Sérgio Reis, “Corta-jaca”, de Chiquinha Gonzaga, “Tiro ao Álvaro” e “O trem das onze”, de Adoniran Barbosa, formaram o pot-pourri criado para o concerto.
Apesar da limitada qualidade de som e imagem em apresentações virtuais, o encanto de ouvir novamente as composições interpretadas pela Orquestra Sinfônica de Ponta Grossa permanece. Em maio, a Fundação Municipal de Cultura abriu o processo seletivo para bolsas no grupo, destinando 50 novas vagas ao ano de 2021. A crescente valorização do meio artístico na cidade se mostra viva através de eventos como este, o que, espera-se, sejam mais frequentes após a pandemia, para que a população incentive e prestigie a produção musical local.
Por Manuela Roque
Serviço:
Data: 10/07/2021
Local: Cine Teatro Ópera
Maestro: Rafael Ruski
Produção: Fundação Municipal de Cultura
Viúva Negra, uma personagem vinda diretamente dos quadrinhos, ganha o próprio filme
Scarlett Johansson como Natasha Romanoff, protagonista do filme Viúva Negra. / Foto: Reprodução Disney.
Uma das super-heroínas do universo Marvel, Natasha Romanoff, mais conhecida como Viúva Negra, ganha um filme solo. Produzido pela Marvel Studios e distribuído pela Disney, o filme estreou em 8 de julho nos cinemas e no Disney+ através do Premier Access.
A personagem, que apareceu pela primeira vez em Homem de Ferro 2 (2010), demorou mais de 10 anos para ganhar o filme e finalmente ter a história contada. Em Viúva Negra, pode-se conhecer a família nada tradicional, da heroína, o que permite entender a personalidade e decisões de vida.
Viúva Negra é treinada desde criança para ser uma espiã da KGB, mas é perseguida pelo próprio governo Russo quando a União Soviética se desfaz. A personagem tem origem nos quadrinhos, apareceu pela primeira vez no quadrinho Tales of Suspense #52 (abril de 1964). A Marvel Comics é considerada a maior editora de história em quadrinhos do mundo.
O filme atraiu muitos fãs, os conhecidos “nerds”, que acompanham rigorosamente os quadrinhos e filmes dos personagens favoritos. A história em quadrinhos no Brasil começa no século XIX com a publicação das chamadas charges, evoluindo no século XX para revistas de histórias próprias.
Em Ponta Grossa, há espaços dedicados aos amantes de quadrinhos, mas que atualmente estão inativos, como é o caso do grupo de leitura de quadrinhos Veneta da UEPG e o Clube de Quadrinhos e de Humor Barão de Itararé, que incentiva a produção autoral de HQs na cidade.
Vale a pena conhecer alguns autores de quadrinhos da cidade, como o ponta-grossense Phellip Willian, que desenvolveu com o paulista morador do Rio Grande do Sul, Eduardo Ribas, a HQ “Uma nuvem no seu Oliveira”, onde a história se passa em uma vila no interior do Paraná.
Por Yasmin Orlowski
Serviço:
Filme: Black Widow (Viúva Negra)
Direção: Cate Shortland
Roteiro: Eric Pearson, Stan Lee
Elenco: Scarlett Johansson, Florence Pugh, Rachel Weisz, David Harbour
Gênero: Ação, aventura
Duração: 2h 14 min
No final, tudo que resta é Saudade
Capa da HQ Saudade apresenta os dois personagens principais da história: a menina Lara e o cervo resgatado, Leão.
Crédito da foto: Editora Jambô.
Finalista do Prêmio Jabuti em 2019 na categoria história em quadrinhos, Saudade é uma graphic novel nacional ilustrada e roteirizada pelos ponta-grossenses Melissa Garabeli e Phellip Willian. Produzida em 2018 através de um financiamento coletivo, a obra foi o pontapé do casal no cenário literário regional.
A obra conta a história dos irmãos Lara e Thomas, que durante um passeio em família encontram um cervo machucado na beira da estrada. As histórias das crianças e do animalzinho se entrelaçam e, aos poucos, percebe-se o quão em comum as personagens podem ter, e o quanto eles aprendem um com o outro. Segundo os próprios autores, as principais referências para a história foram as produções dos Estúdios Disney Bambi e Up! Altas aventuras, além do romance infantil Pax, da escritora norte-americana Sara Pennypacker. As referências são claramente percebidas durante a leitura, com toda a sutileza e sensibilidade proporcionada pelas inspirações dos autores.
O texto da graphic novel aborda temas como amizade, companheirismo, luto, perdas, amor, despedidas, mas acima de tudo, saudade. A mensagem da produção sobre os momentos em que a vida nos faz deixar alguém que ama partir, mesmo que saiba da falta que alguém - um ente querido, um amigo de infância, um animal de estimação – faz é o ponto chave para as emoções do leitor falarem mais alto. A riqueza de detalhes da HQ, com traços cartunescos e finalizados em aquarela, ajuda a potencializar o quentinho no coração que a história traz. Uma leitura para todos que tem fiéis companheiros e que, estejam vivos ou não, sempre serão os melhores amigos. Afinal, quando chegar a hora de partir, tudo que resta no final é saudade.
Por Manuela Roque
Serviço:
Livro: Saudade.
Autoria de Phellip Willian
Ilustrações de Melissa Garabeli
Editora: Jambô
Ano: 2018
Páginas: 128
Luta ecológica é tema do livro infantil Lara, o mar e a tartaruga
Capa do livro "Lara, o mar e a tartaruga"/ Foto: Reprodução Editora Inverso
Em Lara, o mar e a tartaruga, a escritora Jacqueline de Mattos aborda a importância da conscientização ecológica para o público infantil. A obra bilíngue (português e inglês) tem como protagonista Lara, uma menina curitibana, alegre, amante do sol e do verão, que decide passar as férias em família, na casa da tia no Litoral Paranaense, em Matinhos, Caiobá.
Entre diversões, risadas, músicas e brincadeiras de construir castelos na areia com os primos, Lara se depara com uma tartaruga marinha desacordada na praia. O encontro com o animal desperta em Lara um sentimento de sensibilidade, cuidado e preocupação com os animais e a natureza que ela tanto ama.
A obra destaca a importância da proteção dos animais e a valorização do meio ambiente e objetiva conscientizar as crianças sobre a importância da luta ecológica, fazendo com que os pequenos passem a ter um outro olhar, de mais cuidado e atenção para o meio ambiente e os animais.
O contato das crianças com a discussão do livro é importante, visto que possibilita que as crianças cresçam e se tornem adultos mais conscientes e até defensores da luta ecológica.
As crianças futuramente poderão evitar possíveis tragédias ambientais, como foi o caso dos mais de 100 mil focos de queimadas na floresta Amazônica em 2020, ou a origem dos micros plásticos como resultado da poluição ambiental, como é o exemplo da sacola na história, que prejudica o mar e os animais marinhos.
Por Yasmin Orlowski
Serviço:
Livro: Lara, o mar e a tartaruga
Editora: Inverso
Ano: 2021
Páginas: 36
Site:ttps://www.editorainverso.com.br/pagina-de-produto/lara-o-mar-e-a-tartaruga-lara-the-sea-and-the-turtle
A criatividade é a protagonista do espetáculo
Alunos da Elevée Escola de Dança apresentam coreografias originais inspiradas nos aprendizados de sala de aula./ Crédito da foto: Elevée Escola de Dança
O mês de julho registrou o espetáculo inaugural da Elevée Escola de Dança. Intitulado “Projeto Coreográfico”, o evento foi realizado online, por meio de uma transmissão ao vivo das performances feitas direto da sala de aula da escola. As apresentações fazem parte de um esforço de produção coreográfica desenvolvida pelos próprios alunos, sem auxílio de professores.
Os alunos tiveram dois meses para realizar a montagem das apresentações, o que incluiu, além da elaboração da coreografia, título, escolha da música, a customização dos figurinos utilizados e a criação dos cenários no espaço da sala de aula. O objetivo do evento é instigar a produção artística com originalidade e identidade para que os estudantes não sejam somente reprodutores, mas criadores de arte.
Sapateado, Ballet Clássico e Dança Contemporânea foram os três estilos escolhidos pelos alunos nas performances. No repertório, foram apresentadas coreografias inspiradas pelos mais diversos artistas. Grandes nomes da música Pop internacional marcaram presença, como Bruno Mars, Maroon 5, Imagine Dragons, Duncan Laurence, Sam Tinnesz e Kelly Clarkson. Canções nacionais como Aquarela, de Toquinho, O Sol, de Vitor Kley, e Liberdade, de Priscila Alcântara, marcaram a mostra.
Composições clássicas apareceram nas performances, com o público embalado pelas sinfonias de Tchaikovski e Mozart, além de produções musicais recentes dos artistas Harry James e do grupo The Untold. As trilhas sonoras cinematográficas não ficaram de fora, englobando desde sucessos dos Estúdios Disney como O Rei Leão, A Pequena Sereia, Aladin, Alice no País das Maravilhas, Moana, Viva: a vida é uma festa e Frozen, até clássicos do cinema, como James Bond – 007 e E O Vento Levou.
Nem mesmo as limitações técnicas e o pequeno espaço da sala de aula comparado aos palcos de um teatro impediram a realização das apresentações. Os alunos, todos de máscaras, expressaram os sentimentos que movem as coreografias, como felicidade, amizade, dor, angústia, ansiedade e amor. A dança foi o carro chefe da performance, mas o que faz os olhos do espectador brilhar é a felicidade dos alunos na reverência e no agradecimento aos professores ao final de cada coreografia. O ato de reconhecer quem possibilitou o aprendizado para criar as próprias produções é o diferencial do evento.
Por Manuela Roque
Serviço:
Evento: Espetáculo inaugural da escola Elevée
Data: 10/07/2021
Local: Elevée Escola de Dança – Rua Dr. Francisco Burzio, 465, Centro - Ponta Grossa/PR
Produção: Larissa Lemos e Phayga Gruber
Frase para chamar áudio: Criatividade e originalidade são elementos essenciais no “Projeto Coreográfico”, evento da Elevée Escola de Dança
Crédito da foto: Elevée Escola de Dança
Legenda da foto: Alunos da Elevée Escola de Dança apresentam coreografias originais inspiradas nos aprendizados de sala de aula.