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Crítica de Ponta
Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você
Animação brasileira em curta metragem retrata tempos de pandemia
Após cerca de dois anos de pandemia, mais de 22 milhões de casos confirmados e mais de meio milhão (616 mil) de mortes causadas pela COVID-19 no Brasil, com um milhão de casos no Paraná, muitas coisas aconteceram na vida das pessoas. Algumas tiveram que lidar com a perda de um ente querido, outras aprenderam a conviver com ansiedade ou depressão. Cada um viveu, de uma forma diferente e colecionou memórias e momentos.
Tamo Junto é uma animação brasileira curta metragem, que retrata os primeiros meses de pandemia, em 2020. Os cuidados redobrados com os mais velhos e os sentimentos de perder alguém especial. Ele representa os dias de medo e esperança, vividos por dois vizinhos que convivem de maneira isolada, para se resguardar, mas sempre um cuidando do outro. A interação dos dois é feita por celular e o personagem principal ajuda e Dona Edi, com compras no supermercado ou na farmácia, visto que ela é uma senhora que compõe o grupo de risco.
Convivência entre os vizinhos durante a pandemia retratados no curta | Foto: Divulgação/Flooul Animation
O curta, com arte e criatividade, transmite sensibilidade e esperança, com a vida voltando ao normal, aos poucos e com ajuda da vacinação. A produção consegue espalhar o carinho com o próximo, a preocupação e o cuidado distante. De certa forma, o filme desperta também uma ‘nostalgia’ amarga para quem lembra de pessoas que se foram, mas uma “nostalgia” de tempos que se busca deixar para trás.
Com participação do Emicida, a animação revela qualidade de produção, considerando falta de incentivo às artes no Brasil, o curta consegue superar as expectativas. Os personagens ganham vida na tela, relembram momentos e emocionam os que assistem. O começo angustiante, a trama do medo de perder mais uma pessoa amada e a esperança de tempos melhores marcam o curta-metragem Tamo junto, produzido por Pedro Conti.
Por Tayna Lyra
Serviço:
Link do curta: https://www.youtube.com/watch?v=NL3Kx0S1RzQ
Duração: 4’22
Vozes: Criolo, Luciana Silveira, pt. Emicida
Roteiro, direção, edição, produção e produção executiva: Pedro Conti
Rapper pontagrossense faz sucesso nos Campos Gerais
Lançado dia 5 de novembro em uma premiere no studio bar Baiacu.bo, a música “Voando na Party” faz parte do novo álbum Non Plus Ultra do rapper Twoclok. O disco conta com 14 músicas, todas listadas com conteúdo explícito. O single, interpretado pelo pontagrossense, tem ainda a participação de MSW, MJeff e Lippy Lizzi. A música já conta com 2614 streams no Spotify e é a segunda mais ouvida do cantor que possui 171 ouvintes mensais na plataforma.
O clipe de “Voando na Party” foi gravado no mesmo studio bar onde houve a premiere e produzido pela Winside Records. O roteiro do vídeo contou com o apoio de Bernardo Del Monaco, Twoclok, Lippy Lizzi e Leopoldo Stadler, que também foi responsável pela direção de imagem. E, para completar o trabalho, a Illuminuz ficou responsável pela edição.
Imagem do clipe de “Voando na Party” | Foto: Reprodução
A produção transmite um ambiente de balada, onde os rappers estão curtindo a noite junto com os amigos. A gravação mostra predominantemente um lugar escuro, onde várias pessoas bebem e fumam livremente, com cenas mais claras, como o momento em que o grupo canta dentro de um veículo. Tudo remete ao que a música fala, o que deixa a experiência de escutar a canção mais completa ao ouvinte.
Twoclok possui três álbuns: “Non Plus Ultra” (2021), “Mosaico” (2019) e “Delphic” (2018). Ele também já lançou quatro EPs, Pedido de Resgate (2020), Sequestraram o Relojoeiro (2020), 808S e Outras Drogas (2019) e Introspectivo (2019).
Por Ana Paula Almeida
Serviço:
Clipe “Voando na Party” está disponível no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=26ncAnhyoFU
A discografia do rapper pode ser encontrada no Spotify: https://open.spotify.com/artist/7JEGDvA6c1ok7oohL1e4Kl?si=mM1kcPwcQsa7kOzvYraK6Q
Instagram: @twoclok
'Arara, Gralha e Pinhão’, uma história com aves brasileiras no teatro em PG
Cena da peça Arara, Gralha e Pinhão | Foto: Instagram UEPG
Com uma crítica direta à caça de pássaros, a peça 'Arara, Gralha e Pinhão' aborda também a preservação da natureza. O espetáculo inicia mostrando a Arara e a Gralha em seu dia-a-dia. Logo em seguida, surge um homem, que caça pássaros ilegalmente, e a filha, que maltrata as aves. A peça alerta para não prender os pássaros em gaiolas e a importância de deixar as aves livres na natureza. A personagem Gralha explica como os pássaros ajudam no crescimento das árvores, como por exemplo, os pinheiros do Paraná, enquanto a Arara ressalta a preocupação pela espécie estar em extinção, devido à caça realizada pelos humanos.
O espetáculo continua com o caçador posicionando uma armadilha para a captura de um novo pássaro. Quando as duas personagens passam pelo local, a Arara é capturada, mas é salva quando a Gralha acerta o caçador e o faz desmaiar. As duas aves, então, resolvem se vingar do homem e o prendem em uma gaiola. Com a iniciativa, as personagens fazem o caçador refletir e aprender que os pássaros precisam e devem ser livres para viver na natureza, onde é o seu lugar.
Um ponto do espetáculo que chama atenção são as músicas. Cada uma combina com a sensação que a cena quer passar. Seja uma música calma para representar o cotidiano natural dos pássaros, ou uma música amedrontadora, para ilustrar a maldade do caçador. As luzes também acompanham a mesma ideia, transmitindo o sentimento da cena. A peça flui de maneira agradável e traz uma história importante e envolvente, que faz com que o público queira saber o que vai acontecer a seguir.
O espetáculo faz parte da 49° edição do Festival Nacional do Teatro (Fenata), que foi realizado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) entre os dias 08 e 13 de novembro. As apresentações aconteceram de maneira híbrida, com a presencial no Cine-Teatro Ópera e através de transmissão on-line no Youtube da UEPG. Na edição 2021, foram duas mostras apresentadas, com premiação do júri popular. Na Mostra Paralela, o prêmio ficou com a peça ‘Lune’ e na Mostra Principal o vencedor foi o espetáculo ‘A Borboleta da Colina’.
Por Deborah Kuki
Serviço:
Peça: Arara, Gralha e Pinhão
Disponível em: https://youtu.be/tVg_CQ3mQQ4
Duração: 34 min
Artista utiliza diferentes técnicas e cores em exposição presencial
Quadros da série Abstratos que integram a mostra ‘Ecléticos’ | Foto: Divulgação/Arte PG
Segundo o Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, eclético é aquele que seleciona e/ou adota o que há de melhor nas várias doutrinas, ideologias, métodos e estilos. O artista contemporâneo Celso Parubocz desenvolveu a exposição ‘Ecléticos’, onde se utiliza de técnicas e tendências variadas na produção das pinturas, que são divididas em duas séries.
A exposição conta com as séries “Abstratos” e “Mulheres e Homens da Minha Vida”. “Abstratos” tem como ponto principal um desfile de cores, formas e sombras de maneira criativa, se utilizando de giz, colagens e tinta acrílica. Ao apostar no uso do jogo de cores e a própria troca entre elas, a série “Mulheres e Homens da Minha Vida” retrata pessoas admiradas pelo artista, como Pelé, Chico Xavier e Marilyn Monroe.
Celso Parubocz nasceu em Ponta Grossa, é licenciado em Educação Física pela UEPG, fez extensão em História da Arte pela PUC, pós graduado em Poéticas Contemporâneas no Ensino da Arte pela Universidade Tuiti do Paraná, Arteterapia pelo Instituto Tecnológico e Educacional de Curitiba e passou pelo Centro de Arte Contemporânea Edilson Viriato. O artista já participou de exposições e salões de arte em Curitiba, Vancouver, Madrid, Paris e Barcelona, recebendo prêmios como o troféu Dom Quixote do Rotary Clube Ponta Grossa e prêmio na Mostra Regional do Governo do Estado do Paraná.
A exposição, que faz parte do calendário da Fundação Municipal de Cultura, é aberta ao público. As obras permanecem em exibição até o dia 17 de dezembro, na Galeria do Departamento de Artes da Fundação Municipal de Cultura no Memorial do Ponto Azul, localizada na Praça Barão do Rio Branco. O horário de funcionamento é das 9h até às 17h e a entrada é gratuita.
Por Gabriel Ryden
Serviço:
Exposição: Ecléticos
Autor: Celso Parubocz
Local: Praça Barão do Rio Branco, Memorial do Ponto Azul - Galeria do Departamento de Artes da Fundação Municipal de Cultura
Em PG, portal Agora1 pretende ser opção de informação
Fundado em 2015, o portal Agora1 iniciou as atividades jornalísticas primeiramente através da rede social do Facebook, com o intuito de levar a notícia aos moradores de Ponta Grossa e demais cidades dos Campos Gerais. Em poucos anos, o canal cresceu e, atualmente, as informações são publicadas no site do jornal, que tem como diretor Jefferson Flize.
Segundo o portal, o eixo editorial do projeto tem como fundamento promover a notícia em tempo real, a partir da credibilidade e imparcialidade. Em 2019 o Agora1 fechou o site com mais de 26 milhões de acessos, no Youtube atingiu mais de 8 mil inscritos e mais de 7 milhões de views, e no Facebook o portal alcançou mais de 28 mil curtidas.
Os textos publicados possuem diferentes autorias, com isso, o jornal acaba recebendo matérias prontas, como releases da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Governo do Paraná, Prefeitura de Ponta Grossa, entre outros canais, além de obterem notícias de jornalistas freelancer (jornalistas independentes). As editorias são celebridades, curiosidade, esporte, eventos, geral, mundo, música, patrocinados, polícia, política, saúde, social e tecnologia.
Logo do portal Agora1 | Foto: Divulgação
Questionado sobre o critério editorial do veículo, o coordenador destaca que possui regras para a divulgação das notícias, partindo do pressuposto de que não tem partido político e apenas são divulgadas matérias que são verificadas.
A estrutura do portal conta com jornalistas em contratos temporários, e na redação apenas um publicitário. Constata-se, assim, a falta de jornalistas na redação do veículo. Mesmo mantendo uma frequência na divulgação de notícias, nota-se que a maioria é release de diferentes entidades (públicas ou privadas) municipais e estaduais.
Por Larissa Godoi
Serviço:
Portal: Agora1
Facebook: https://www.facebook.com/portalagora1/
Site: https://agora1.info/
Cervejaria se torna opção de parada aos amantes de cerveja em PG
A cultura da cerveja se tornou presença frequente em Ponta Grossa, diversos estabelecimentos são especializados na produção de cervejas artesanais na cidade. As pequenas ou micro cervejarias, além de agregar valor na economia local, são marcas culturais de PG e acabam atraindo visitantes de outros municípios para conhecer os variados sabores e ofertas.
De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, o estado do Paraná é o maior produtor nacional de cevada. Além disso, do total de cevada produzido no Paraná, 30% vêm dos Campos Gerais. Pelas informações, é possível entender a paixão de muitos pontagrossenses pela produção e pelo consumo de cerveja.
Estabelecimento é especializado em cervejas artesanais, nacionais e importadas
A cervejaria Frederico - Cervejas & Cervejas é uma das pequenas cervejarias da cidade com produção artesanal. O estabelecimento fica localizado na Avenida Ernesto Vilela 404. A cervejaria oferece uma variedade de cervejas e chopps, além dos pratos exclusivos da casa. Outro diferencial do Frederico é a junção de comida com a música, onde em dias específicos os clientes podem escolher o que querem ouvir.
Com apresentações musicais ao vivo, espaço estilizado, ambiente acolhedor, atendimento atencioso e obviamente a variedade nos pratos e bebidas, o Frederico se estabelece como uma agradável opção para os amantes da cervejaria. Um ponto negativo é que não é possível fazer o pedido de cervejas e chopps através de aplicativos digitais. O Frederico está presente nas redes sociais através do Facebook e Instagram.
Por Levi de Brito
Serviço:
Frederico - Cervejas & Cervejas
Rua Ernesto Vilela, 404 - Centro, Ponta Grossa
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Crítica de Ponta
Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você
Após 20 anos de estréia, A Pedra Filosofal volta aos cinemas
Foto: Divulgação
Para comemorar o vigésimo aniversário do primeiro filme da saga Harry Potter, cinemas do mundo inteiro exibem o longa na data comemorativa. Em Ponta Grossa o Cine Araújo disponibilizou uma sala para reprodução de A Pedra Filosofal, nos dias 19 e 20 de novembro.
Os bilhetes foram vendidos online pelo site ingressos.com e esgotaram em menos de 2 horas. No cinema não havia posters nem nada que indicasse uma sala específica para Harry Potter, a divulgação foi realizada apenas nas redes sociais.
As sessões especiais lotaram a capacidade do cinema e os fãs da franquia aproveitaram o encontro para fazer Cosplay dos personagens. No local havia espectadores vestidos de Harry Potter, Hermione, Dumbledore, Voldemort e outros. O momento também foi usado para brincadeiras com feitiços e varinhas, como na história de ficção. Um compilado de momentos marcantes dos oito filmes de Harry Potter foi exibido no mundo inteiro antes do longa em forma de homenagem aos 20 anos de estreia.
A Pedra Filosofal faz parte da série de sete livros de sucesso da escritora J.K Rowling, que retratam a história do garoto órfão que se tornou o maior bruxo de todos os tempos. O livro já possui mais de 100 milhões de cópias vendidas e é febre entre os amantes de literatura de todas as idades.
O filme foi exibido dublado e pela primeira vez em 3D nos cinemas, tornando a ação mais emocionante para os amantes da trama. As sessões foram exibidas ao meio-dia, duas horas da tarde, 5 da tarde e 8h da noite com o bilhete custando 27,48 inteiro e 13,74 meia.
Inicialmente, o Cine Araújo abriu apenas duas sessões no domingo, mas depois, por conta da alta demanda, foram abertas mais duas exibições.
A HBO Max anunciou um encontro do elenco também para comemorar os 20 anos de estreia, trazendo um lançamento da franquia, Harry Potter: de volta à Hogwarts e estreia na HBO Max no Dia de Ano Novo, 1.º de janeiro de 2022.
Por Marcella Panzarini
Serviço:
Duração: 2h30 min
Direção: Chris Columbus
Lançamento: 23 novembro 2001
Produção: David Heyman
Filme online:
https://www.hbomax.com/br/pt/feature/urn:hbo:feature:GXssCvwxYD76jiAEAAAAy
Aos 39 anos, V de Vingança ainda é uma sátira atual
Ilustração: Dave Gibbons
Lançada entre os anos de 1982 e 89, e sob roupagem comemorativa da editora Panini, a Graphic Novel V de Vingança ainda é capaz de chocar pelo diálogo com a realidade brasileira.
A obra acompanha Eve, habitante de uma Inglaterra dominada pelo autoritarismo que se instaurou após uma misteriosa crise social escondida no passado. Ao ser resgatada das ruas pelo pitoresco V, ela embarca em uma trama que a obriga a investigar a estabilidade de seu mundo. Atormentada pelo conhecimento, a moça vivencia uma jornada para rever o que foi ensinada a considerar normal, ou mesmo aceitável.
O vigor do texto de Allan Moore vem do modo como o autor destaca a força de pequenas crises, sociais, econômicas ou comportamentais. Paulatinamente elas criam instabilidades que resultam na insurgência do autoritarismo e um discurso simplista que apenas o prolonga no poder. Na visão de Moore, em meio a uma crise, a massa populacional, aturdida pelas necessidades básicas, opta por representantes autoritários na esperança de que a bravata deles se traduza em eficiência.
Não é necessário sair da cidade de Ponta Grossa para notar que tais sementes do caos em setores chaves já estão instauradas e exploradas há alguns anos no Brasil. Um exemplo é que, desde o início do segundo semestre de 2021, o preço da cesta básica cresceu mais de 9%, segundo dados do Núcleo de Economia Regional e Políticas Públicas da UEPG. Mas o governo federal não ousa mudar o cenário em que alguns poucos lucram com o padecimento do resto da população. Como é o caso dos investimentos offshores do ministro da economia Paulo Guedes.
Através de V, na transmissão de uma mensagem na BBC, a obra convida a ver que há “algo extremamente errado com o país”. Como Eve, trata-se de um povo que cresceu sob falsas histórias do passado e condicionado a viver sob o medo. E assim como ela, Moore defende que todos devem abrir os olhos e ver que o caminho da mudança é mais complexo do que apenas discursos enfurecidos e primitivos.
Por Yuri A.F. Marcinik
Serviço:
V de Vingança está disponível em plataformas como Amazon, Submarino, Mercado Livre e Skoob.
Selo cultural propõe resgate de formato físico do CD através de financiamento coletivo
Imagem do selo cultural Lambrequim | Ilustração: Divulgação
Fruto de idéias nascidas durante a pandemia, o escritor Marco Aurélio de Souza fundou o selo Lambrequim, voltado à produção de discos inicialmente e, no futuro, também de livros. O selo tem como uma de suas propostas o resgate da experiência com a mídia física, ao produzir CD’s de artistas regionais.
Marco lembra o recente revival com o disco de vinil e não descarta, futuramente, também prensar discos. Porém, o alto custo inviabilizaria o projeto, que viu no CD um formato mais democrático e acessível para o público. Além da facilidade, o CD é a mídia mais estimada por Marco. “É o formato que mais me apeguei, tem uma praticidade que o vinil não tem, e ainda ouço música através do CD, pois não é apenas uma coleção parada na estante”, conclui.
O selo foi lançado através de um financiamento coletivo, aberto em novembro de 2021. A expectativa é manter pequenas tiragens (150 cópias) para cada álbum dos seguintes artistas: Charme Chulo, Os Remanescentes e Giovanni Caruso. Mesmo em contexto moderno, de serviços de streaming e audição “relaxada”, como diz Marco, o interesse pelo formato físico pode ser visto em mais de 90% da meta inicial alcançada na campanha. O selo representa, para os dias atuais, uma das poucas manifestações favoráveis a uma audição envolvente e profunda com a obra de um artista.
No atual contexto brasileiro, o CD caiu em desuso aos poucos, visível em edições simplórias e meramente de “utensílio” que foram lançadas recentemente. Marco defende que essa não é a imagem correta do formato e que, através do selo, oferece encarte completo com letras, ficha técnica e demais informações relevantes da obra. Com isso, o Lambrequim se diferencia em trazer de volta uma experiência cultural que foi deixada de lado pela incansável busca por comodidade: a audição de maneira atenciosa e sensorial.
Por Cássio Murilo
Serviço:
Lambrequim - Inuntensílios
Facebook: https://www.facebook.com/lambrequimcultural
Instagram: https://www.instagram.com/lambrequimcultural/
A natureza e a sutileza de um retrato artístico dos Campos Gerais
O traço sutil de Sansana que realça a imponência do cenário que retrata | Crédito da Imagem: Reprodução/FMC
Com um traço marcante, trabalhando com luz e sombra, o artista plástico Emanuel Sansana apresenta uma nova visão sobre os Campos Gerais com a exposição “Tesouros da Nossa Terra”. Marcado por paisagens, com representações de longos campos, florestas e rios, Sansana mostra com sutileza e elegância a flora da região, passando também por figuras emblemáticas como os tropeiros que transportam o gado.
Casas e abrigos também ganham espaço na exposição, com um tom nostálgico, mas aprazível, algumas das pinturas passam tranquilidade com a escolha por um tom amarelado. Opção interessante, uma vez que um dos mais reconhecidos artistas também expressou através das cores a calma que desejava, com O Quarto em Arles, van Gogh deixou que as cores manifestassem a calmaria e o sono que desejava representar. E sem comparar um ao outro, Sansana transmite uma sensação semelhante com “Abrigo” e “Folhas de Outono”.
Outro aspecto que se sobressai nas obras do artista é o modo como retrata a mudança das estações e, através da arte, o avanço do tempo sobre o local. E com ele a noção de que a realidade retratada por Sansana ficou para trás, o que valoriza e destaca o trabalho do artista que permite revisitar alguns locais e momentos.
De forma criativa, Sansana transmite através das telas uma aura de tranquilidade e contemplação, ao passo que retrata a “sua terra” como a vê, apresentado a imposição da natureza que retrata, algo que está presente nas obras, mas também a calmaria expressa pela paleta de cores utilizada e a forma como compõe as telas.
Por João Gabriel Vieira
Serviço:
A exposição “Tesouros da Nossa Terra” está disponível online e de forma gratuita no site da Fundação Municipal de Cultura de Ponta Grossa.
Portal de notícias busca informar moradores de pequenas cidades dos Campos Gerais
O site Portal Curiúva busca informar as pequenas cidades dos Campos Gerais | Crédito: Portal Curiúva
O deserto de notícias é um problema em várias regiões do país. No Paraná e nos Campos Gerais a situação não é diferente: muitas cidades do interior principalmente moradores de pequenos municípios sofrem com a escassez de notícias locais e ficam à mercê dos portais regionais ou nacionais que pouco informam, a não ser sobre temas de onde está localizada a sede de redação.
O Portal Curiúva da cidade de Curiúva busca amenizar a disparidade e a falta de informação. Com cobertura nas cidades menores dos Campos Gerais e Norte Pioneiro, o portal possui 34 editorias que variam de saúde, esporte, cotidiano e outros. Há também blogs de colunas com assuntos de famosos, receitas, TV, dicas de saúde, enquetes e outros.
Apesar de parecer um site completo, a proposta editorial apresenta vários problemas estruturais. O excesso de propagandas atrapalha na leitura dos informes e até mesmo na escolha do que se vai ler. Os textos não possuem assinaturas de jornalistas e são sempre assinados pela ‘redação’ do portal. São poucas as notícias em que se percebe ser realmente produzidas da redação, muitas são releituras de textos publicados em outros sites. Percebe-se também uma tendência sensacionalista nos materiais veiculados na página no Facebook, muitas publicações são memes ou de pré-julgamento a situações locais ou do momento.
Apesar das problemáticas citadas, o Portal Curiúva consegue informar, mesmo que de maneira superficial, sobre fatos que dizem respeito aos moradores de diversas cidades da região. A falta de estrutura de jornalismo das produções mostra não só uma limitação de notícias, mas também a situação do atual mercado do jornalismo.
Por Leonardo Duarte
Serviço:
Portal Curiúva: https://www.portalcuriuva.com.br/
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Crítica de Ponta
Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você
Cantora de PG conhecida por participar do The Voice Brasil lança primeiro EP
Legenda: Capa do EP Subverso de Isabela Huk I Foto: Reprodução
Lançado em abril de 2021, Subverso é o primeiro EP da cantora ponta-grossense Isabela Huk. O trabalho conta com 5 músicas inéditas e autorais, além de trazer a participação da cantora Bianca Hoffman, na quarta faixa do álbum. Pela conta no Spotify, Isabela destaca que passou a vida estudando música e que busca trazer canções autorais no cenário nacional.
Subverso inicia com a música “Não quero te ouvir”, que fala sobre ser livre e quebrar padrões para ser você mesmo. Em seguida, a faixa “Ausência” aborda a falta de alguém. A terceira faixa, intitulada como “Sinais”, traz uma sonoridade calma e com muitos vocais da cantora. Na quarta faixa do trabalho, Isabela divide os vocais com Bianca, que completa a música com um rap. A última canção, que traz o nome de “Lugar Algum”, é a maior faixa do EP e se caracteriza pela sonoridade calma.
A música “Não quero te ouvir” ganhou um clipe lançado em maio no Youtube. Nele, Isabela aparece triste no começo, com cenas em preto e branco. Porém, logo tudo ganha cor, mostrando a cantora feliz quando canta a própria aceitação. Algo interessante no trabalho de Isabela é que o estilo das músicas combina com a voz da cantora, o que causa uma vontade de querer ouvir e procurar outros trabalhos musicais.
Isabela ficou conhecida nacionalmente em 2016, quando participou da quinta temporada da competição The Voice Brasil, onde apresentou a música “Vapor Barato”. A cantora integrou o time de Lulu Santos, mas acabou eliminada na fase das batalhas. As apresentações estão disponíveis no canal oficial do programa no Youtube.
Por Deborah Kuki
Serviço:
EP: Subverso
Cantora: Isabela Huk
Disponível em: https://youtube.com/playlist?list=OLAK5uy_mJck5AVZ3f-JVSz0zqBODsH1LFymfr5JA
Exposição virtual registra 50 anos de extensão da UEPG
A foto Euzinho III, de Valdir Heitkoeter de Melo Junior, é uma das imagens premiadas pelo concurso.
A exposição virtual de fotografias, “50 anos de extensão: perspectivas de futuro'', apresenta a história e a memória dos programas e projetos de extensão que fazem parte do acervo fotográfico da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), com o objetivo de valorizar os registros ao longo dos 50 anos dos projetos.
Em comemoração a data, a mostra traz diferentes reflexões e perspectivas de futuro, a fim de promover debates sobre a contribuição das práticas extensionistas para a formação acadêmica e profissional de estudantes. Temas como cultura, inovação, tecnologia, trabalho e saúde fazem parte da ação. Ao todo foram apresentadas 17 fotografias no concurso, sendo três premiadas e uma com menção honrosa.
A fotografia que ganhou o primeiro lugar é de Valdir Heitkoeter de Melo Junior, do projeto de extensão Laboratório e Núcleo de Pesquisa em Mídia e Educação (LUME). Com o título de Euzinho III, a foto de 2017 mostra os alunos da periferia da cidade de Telêmaco Borba que vieram até a UEPG para participar de um concurso e ver os trabalhos em exposição . Mesmo sendo um retrato em preto e branco, o fotógrafo conseguiu transmitir a felicidade dos alunos ao exibirem seus troféus.
Para conferir as outras fotografias premiadas e as inscritas no concurso, basta acessar o site da Pró- Reitoria de Extensão e Assuntos Culturais (Proex). O projeto conta com a curadoria de Adriana Rodrigues Suarez e Sandra Bosoi, professoras da UEPG e é organizado por Adriana Rodrigues Suarez e Ariadene Caillot.
Por Larissa Godoi
Serviço:
Exposição: 50 anos de extensão: perspectivas de futuro
Curadoria: Adriana Rodrigues Suarez e Sandra Bosoi
Organização: Adriana Rodrigues Suarez e Ariadene Caillot
Pista de skate em Olarias reúne esporte e diversão
A pista localiza-se entre a avenida dos Vereadores e a rotatória, próximo da sede da OAB/PG
Um espaço que integra atividades esportivas e lazer! A pista de skate Quadrinha foi inaugurada no complexo esportivo da Arena Multiuso em 2019. Desde a abertura o espaço já foi palco de diversos eventos esportivos, principalmente de skate. A localização central da pista contribui para o movimento de jovens e até mesmo famílias que visitam o local no dia-a-dia.
A pista conta com 11 obstáculos de concreto e 900 metros quadrados. O que deixa o visual do local diferenciado é a arte urbana que toma conta não só da pista como também da arquibancada que fica ao lado. O local também possui iluminação para que os usuários da pista possam usá-la durante a noite.
Quem utiliza o espaço conta com a vantagem da proximidade da pista com um supermercado, que fica a aproximadamente 600 metros de distância do local. Na realidade não é raro ver jovens exaustos de tanto andarem de skate indo comprar lanche no mercado. O local pode ser considerado seguro tendo em vista que não existe somente a pista, ali também se encontram: uma quadra de basquete, quadra de vôlei, quadra de futebol e ainda uma mini pista de skate separada da pista principal.
O espaço oferece lazer não somente para os skatistas, mas também para todos que procuram algum lugar para passar tempo ou praticar esportes. A localização do espaço contribui para o fácil acesso, até mesmo de carros que usam o estacionamento que fica ao lado da pista. A Quadrinha localiza-se na Rua Maria Rita Perpétuo da Cruz, em Olarias.
Por Levi de Brito
Serviço:
Pista de skate Quadrinha
Rua Maria Rita Perpétuo da Cruz, Olarias
A história do quilombo na visão de Carolina Maria de Jesus
A importância de Carolina Maria de Jesus no meu Quilombo, texto da autoria de Ligiane Ferreira, é uma palestra que relaciona a apresentação entre as histórias que o pai da autora (Wilson Ferreira) contava e a vida de Carolina Maria de Jesus.
Wilson Ferreira era um homem negro que cresceu e viveu até se casar no Quilombo Colônia Sutil, que fica entre Ponta Grossa e Palmeira. Ele sempre fazia questão de visitar a família que ainda morava lá, fazendo percurso de bicicleta, debaixo de sol e chuva.
A história muda quando, em 2018, o pai de Ligiane adoece e teve como último pedido a vontade de voltar para casa, sendo enterrado na Colônia Sutil junto com a mãe. A palestrante conta que a cerimônia foi linda, com um coro de moradoras do quilombo. Foi, então, nesse momento que ela percebe que aquela também era sua casa. “Esse é meu povo,minha história e narrativa”, conclui a autora.
Nesse momento da apresentação, Ligiane conta um pouco da história de Carolina Maria de Jesus, autora de várias obras, sendo a mais conhecida “Quarto de despejo: o diário de uma favelada”. Carolina nasceu em Sacramento (MG) em 14 de março de 1914 e teve a infância na área rural com um povo muito simples. A menina betita, seu apelido, tinha apenas dois anos de escolaridade e era obrigada a trabalhar como empregada na casa de um médico de São Paulo. No local, a autora teve contato com uma biblioteca que havia na casa e permaneceu lá até que engravidou de sua filha Vera Eunice.
A autora teve a obra descoberta por um jornalista que visitou a favela onde morava. Carolina Maria de Jesus passou fome, recebia pouco e o que conseguia comprar com o dinheiro era inteiramente para os filhos comer. Admirada por Clarice Lispector e ignorada por Jorge Amado, Carolina faleceu aos 62 anos de insuficiência respiratória.
Ligiane Ferreira, ao criar A importância de Carolina Maria de Jesus no meu Quilombo, objetiva mostrar como Carolina Maria de Jesus simplificou e exemplificou através das experiências pessoais a história do próprio pai. Ambos negros, humildes e com histórias para contar, mas que não tiveram oportunidade ou não foram reconhecidos em vida. Wilson Ferreira viveu a fome de Carolina e, assim como ela, deixou uma das coisas mais importantes para os filhos: o estudo. “Eu quero que nasçam mais Carolinas e que elas resistam”, finaliza a palestra. O trabalho de Ligiane Ferreira conta com apoio do edital público Culturas Populares, através do Conselho Municipal de Política Cultural de Ponta Grossa em 2021.
Crítica por Ana Paula Almeida
Serviço:
Palestra A importância de Carolina Maria de Jesus no meu Quilombo
Realizada por Ligiane Ferreira
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Crítica de Ponta
Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você
Com luzes e música, A Borboleta da Colina mostra transformações no teatro
Entre as diversas peças da mostra principal de apresentações da 49° edição do Festival Nacional do Teatro (FENATA), A Borboleta da Colina mostra, de forma poética e cativante, as transformações humanas na vida.
Com movimentos sincronizados, a peça se desenvolve de forma agradável, apresentando ao público, de maneira leve e divertida, pontos sobre a vida, os indivíduos e a sociedade. Com muita dança e movimentos corporais, a peça transmite um tom leve, mesmo tratando de temas pesados como a morte.
A história mostra os preparativos de um jantar, onde os quatro personagens discutem questões da vida cotidiana e principalmente as mudanças que todos passam, como as transformações, tendo como eixo condutor uma borboleta azul.
Grupo ponta-grossense performa a peça a Borboleta na colina | Foto Yasmin Orlowski
Reflexões sobre a intensidade registrada na existência humana e a importância ao se observar o macro da humanidade são levantadas pelas personagens, através de um texto sutil, mas que carrega consigo uma vasta carga reflexiva.
“Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”. Falas como a citação filosófica ressaltam os diálogos sobre a ciências. Sem medo, a mostra aborda temas diversos e expõe o público a reflexão, em meio a sons e um ambiente construído em sintonia com a narrativa, materializando as falas das personagens.
Bem executada tecnicamente, a mostra se sustenta e transmite sua mensagem, resultando no público uma sensação de questionamento, tudo de uma forma leve, com humor sutil e bem encaixado no contexto e no desenrolar do espetáculo. No fim, as reflexões ficam e com elas a ideia de que somos passageiros e que estamos em constante transformação, por influência daqueles que conhecemos e daquilo pelo que passamos.
Por João Gabriel Vieira
Serviço:
Peça da Mostra do 49. Fenata: A Borboleta da Colina
Grupo: DIpHuso (Ponta Grossa, 2021)
Realização: UEPG; Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Culturais (Proex); Diretoria de Assuntos Culturais (DAC) e Núcleo de Tecnologia e Educação Aberta e a Distância (Nutead).
Promoção: Festival Nacional de Teatro
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=LlnFag9Vj44
Sintonia, uma série brasileira envolvente como a batida do funk
Novembro marca o lançamento da segunda temporada da série Sintonia na plataforma Netflix. A trama conta a história de Doni, Nando e Rita, um trio de amigos moradores da Vila Áurea, bairro fictício na periferia de São Paulo, que buscam realizar sonhos em meio às dificuldades impostas pela realidade que vivem. A primeira temporada saiu em 2019.
Doni sonha em ser um MC de sucesso e vai contra o futuro que os pais desejam na mercearia da família. Rita trabalha como vendedora ambulante e busca recomeçar a vida com apoio da igreja. E Nando almeja um cargo na facção criminosa ligada ao tráfico de drogas, que comanda o bairro onde as personagens moram. Apesar de trilhar caminhos diferentes, os três batalham juntos para conquistarem objetivos de vida, levando como lema “a família a gente que escolhe”.
Da esquerda para a direita, os personagens Nando, Doni e Rita, protagonistas da série Sintonia. Crédito da foto: Netflix/ Divulgação.
Sintonia retrata a realidade nua e crua dos jovens que residem nas comunidades de São Paulo ao relacionar música, religião e crime. É uma produção envolvente desde o primeiro episódio. Com funks contagiantes escritos exclusivamente para o programa e um roteiro recheado de gírias usadas no dia a dia dos jovens paulistas, a série causa um sentimento de identificação até mesmo no telespectador, que nunca teve contato com uma comunidade. Afinal, não há um jovem que não carregue um sonho dentro de si.
A segunda temporada chegou à Netflix em 4 de novembro, mesmo dia em que se celebra, no Brasil, o Dia da Favela. Em Ponta Grossa, a data foi comemorada pela Central Única das Favelas (CUFA), que distribuiu mais de 4.000 mil máscaras, frascos de álcool e 200 cestas básicas para moradores de comunidades carentes do município. Também foram oferecidos gratuitamente cortes de cabelo, aulas de capoeira e torneio de betes de rua para as crianças.
Sintonia retrata uma realidade não tão distante de Ponta Grossa. Segundo dados do Cadastro Único para Programas Sociais, mais de 13 mil pessoas vivem na linha da pobreza na cidade. As desigualdades sociais não existem só nos grandes centros. A favela, portanto, está logo ao lado. A pergunta que fica é: quantos sonhos ficam esquecidos dentro dela? E o que está sendo feito para que eles tenham uma chance de ser realizados?
Por Manuela Roque
Serviço:
Série: Sintonia
Criação: KondZilla Filmes
Temporadas: 2
Duração: Aproximadamente 40 minutos cada episódio (12 ep.)
Ano: 2019/2021
Disponível em Streaming: Netflix
Chocotone da Vanilla Doces é uma opção de presentes para natal
O natal está chegando! Faltam apenas 40 dias para a esperada festa familiar, que celebra o nascimento do menino Jesus. Após quase dois anos de pandemia, graças ao avanço da vacinação e a consequente flexibilização das normas de restrição, a expectativa é de que as famílias poderão se juntar presencialmente para comemorar.
E um dos produtos queridinhos do natal tanto para consumo, quanto para presentear são os panetones e chocotones! Cada vez mais, as docerias buscam se reinventar para deixar os produtos atrativos para os clientes. A loja de doces Vanilla Doces & Salgados existe desde 2020 e, nos dois anos em meio a pandemia, criou produtos voltados especialmente ao natal.
Em 2021, as donas Marianne Antunes e Giulia Vieira prepararam um cardápio especial de doces natalinos. O principal produto é o chocotone, que pesa 1,1 kg e está à venda nos sabores de ninho com nutella, kinder e strogonoff de nozes, pelo valor de R$79,90. Para quem quer/precisa economizar, os minis chocotones marcam presença nos mesmos sabores, porém com o peso de 220 gramas por R$24,90. Nesta opção, o produto vem em uma caixinha decorativa com um pingente e uma tag, em que o cliente pode escrever um bilhetinho.
Chocotone sabor Kinder de 1,1kg da doceria Doces Vanilla
Nos mercados, os panetones também estão presentes. A diferença é que os recheios são limitados e não são decorados, com caixas e apliques natalinos, por exemplo. Nas principais redes de supermercados de Ponta Grossa, os panetones variam de valor de acordo com a marca e o peso. Como exemplo, o panetone da Nestle que, pesando 400 gramas, custa 34,98 reais, e o panetone da Arcor, pesando 530 gramas ao custo de 26,98 reais. O preço entre os produtos disponíveis no mercado e na doceria são semelhantes, ficando para decisão do consumidor qual o produto melhor se encaixa, se prefere algo bem elaborado, ou simples, de uma marca tradicional, ou artesanal.
A Vanilla Doces também possui no cardápio natalino opções de lembrancinhas para aqueles que querem economizar, mas não querem deixar o natal passar em branco. São os brigadeiros preto e branco, com apliques de formatos natalinos em chocolate, por 6,50 reais a unidade. E para encerrar o cardápio de natal, a loja tem a caixa com 6 doces em diversificados sabores, com apliques natalinos em chocolate, além de uma sacola, tag e pingente, por 22,90 reais. A outra opção de caixa tem 9 mini barras de chocolate ao leite e com pedaços de nozes por 25,90 reais.
“Feito para criar água na sua boca” é o principal emblema da loja de doces Vanilla Doces & Salgados. Os pedidos podem ser feitos pelo direct ou WhatsApp, através da conta no Instagram @ _docesvanilla
Por Yasmin Orlowski
Serviço:
Instagram Vanilla Doces & Salgados: https://www.instagram.com/_docesvanilla/
Página no Instagram pública jornalismo de dados através de infográficos
A página do Instagram “Infografando” foi criada no dia 29 de julho de 2020 pela acadêmica do então terceiro ano de jornalismo da UEPG, Denise Martins. Em sua primeira postagem se diz “apaixonada por jornalismo digital guiado por dados e infografia”. A página surgiu para reunir o trabalho produzido pela acadêmica no curso e para ampliar seus estudos em infografia através das publicações.
O foco da página é a produção de infográficos e jornalismo de dados voltados para a cobertura jornalística local, como também nacional. Um ponto interessante da página é ver a evolução das produções de Denise através das postagens, e o desenvolvimento de uma identidade visual em seus infográficos.
Uma das postagens que representa a qualidade da cobertura jornalística local do Infografando, é a “Escala Kinsey aplicada à população paranaense para estimar o número de gays, lésbicas e transexuais no estado”, em que Martins publica três infográficos, aplicando a escala kinsey para estimar o número de LGBTQIA+ no Paraná. O interessante do infográfico está no uso de cidades paranaenses como comparação ao número de cada grupo existente no Paraná, facilitando a compreensão da dimensão destes grupos no estado para os leitores.
O ponto forte da página é sua capacidade de traduzir dados de difícil compreensão para o público geral, com uma linguagem visual esteticamente bonita e de fácil entendimento. Por exemplo a publicação sobre a quantidade de doses da vacina contra a covid aplicadas no Brasil, Denise utiliza de um gráfico para mostrar a disparidade entre aqueles que receberam a primeira dose e aqueles que receberam as duas doses. Ao visualizar os números no formato do gráfico é possível perceber a proporção da disparidade.
O jornalismo de dados produzido pelo Infografando é um exemplo da importância do trabalho jornalístico e de design para levar informações que de outra forma não chegariam à população.
Por Lucas Müller
Serviço:
Infografando no Instagram: @infografando
Projeto Arte Sesc exibe ao público fotografias e poemas na Estação Saudade
Está aberto ao público na área externa da Estação Saudades o projeto Arte Sesc com exposições de poemas e fotografias. Escritos por autores de diversas idades, as obras reúnem coleções da Academia Ponta-grossense de Letras e Artes. São mais 14 textos que junto a imagens e quadros formam um conjunto que exalta a beleza de Ponta Grossa, da região, da natureza, dos campos, do amor e de sentimentos carinhosos.
O poema ‘Jóia Nossa’, de Maria Helena Costa, exemplifica o retrato. “E, nesse momento, na festa das copas, cantando com brio, o vento faceiro saudou Ponta Grossa num doce assobio: Joia nossa!”. Homenageando a cidade e ao Parque Vila Velha, o texto tem formato da taça, cartão postal do município, chamando atenção de quem passa pelo caráter único à escritura.
Nas fotografias há espaços para a paisagem, a feição pelos traços do corpo humano, composições do pôr do sol e fotografia artística que faz quem passa pela estação parar e pensar sobre o que se passa na situação em que foi registrado o momento.
Estação Saudades conta com exposições na área externa que valoriza obras locais e outras regiões do país. Créditos: Leonardo Duarte
Nas telas, as técnicas são mistas e muitos são quadros premiados. O ponta-grossense Marcelo Schimaneski possui três exposições. O quadro ‘Resistindo à modernidade’ foi premiado em 2010 na Bienal Naifs do Brasil . As pinceladas mostram casas de madeiras resistindo ao movimento de um pequeno centro urbano. Suas outras duas obras, 'Ovelhas' e ‘ O sabiá’ também foram premiadas, sendo o último em 2019 na Bienal Internacional de Art Naif Totem CorAção.
Os artistas não são somente de Ponta Grossa, o que gera espaços para ter um contato com a cultura massiva e plural que o país tem. Pelo projeto, o Sesc colabora com a diversificação artística ao trazer mostras públicas e de fácil acesso a todos, valorizando não só o ambiente cultural da Estação Saudades, mas também o lazer de quem passa pelo centro da cidade.
Por Leonardo Duarte
Serviços:
Exposição: projeto Arte Sesc
Localização: Estação Saudade
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Crítica de Ponta
Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você
Duna é uma experiência que honra o legado de Frank Hebert
O cineasta franco-canadense Dennis Villenueve sempre prezou em suas obras por uma sensação atmosférica que alinhe a empatia do espectador ao ‘calvário’ dos protagonistas. Em Duna (2021), lançamento que chega em Novembro, ao serviço de streaming HBO MAX, o modus operandi do diretor tem carta branca para fazer um filme idiossincrático e, ainda assim, acessível.
No filme, o clã dos Atreides é designado pelo imperador universal para substituir os Harkonnen na extração de melánge, substância primordial para viagens intergalácticas, no planeta Arrakis. Ao lidarem com colonos traumatizados pela gestão anterior, uma terra hostil, uma demanda de extração e sabotagens dos rivais, Paul Atreides (Timothee Chalamet) e a família se veem presos a um espiral de beleza e violência em que a magia e tecnologia são inúteis para aplacar o medo que ronda a empreitada.
Arte da Divulgação
Em Duna, é nítido o interesse de Villenueve de criar um épico fantástico nos moldes de David Lean, onde a eminência do caos é mais contagiante do que a erupção. Das imagens lavadas e densas ao ritmo lento, o filme faz de tudo para se definir como o oposto a fantasias space operas enraizadas na cultura pop como a franquia Star Wars.
A abordagem é corajosa. Optando por fazer de cada exposição um banquete para olhos e ouvidos às custas de uma dramaturgia convencional, Villenueve e equipe constroem tal universo baseado na obra de Frank Hebert com primor nos detalhes e particularidades.
O resultado é ambivalente. Para os que anseiam por algo dinâmico e leve certamente saíram decepcionados com o hermetismo sombrio do filme. Já para os que se deixarem conduzir pelo olhar único de Villenueve, terão uma formidável experiência sensorial.
Por Yuri A.F. Marcinik
Serviço:
Duna está disponível nos cinemas Lumiére e Cine Araújo, em Ponta Grossa/PR, e na plataforma de streaming HBO MAX.
Site da Diocese é opção informativa para católicos de PG
Com um formato interativo e organizado, o site da Diocese de Ponta Grossa permite aos usuários acesso a múltiplas informações. A página explora desde notícias das paróquias locais até um contato com comunidades de outras regiões. Os textos publicados, de um modo geral, são bem estruturados e abordam temas ligados às comunidades religiosas, como a chegada de imagens às igrejas, festividades, eventos filantrópicos (bazares) e entre outros temas.
O site é uma ótima opção para os frequentadores da igreja que desejam visitar outras congregações, além do mapa interativo das paróquias da cidade de Ponta Grossa e demais municípios que integram a diocese na região dos Campos Gerais do Paraná. Na aba ‘paróquias’ é possível ver fotos de outras igrejas da região e, ao selecionar a igreja, pode-se consultar a programação das missas, horário para confissões conhecer as pastorais e os párocos de cada localidade.
Outras abas também são interativas, como a que apresenta o ‘clero’ e possibilita conhecer o quadro secular, diáconos permanentes e os sacerdotes falecidos que atuaram na igreja. O leitor encontra também a foto com o nome de cada religioso e, ao clicar na foto, é possível acessar uma ficha com informações pessoais, como formação presbiteral e ministérios recebidos.
O usuário também pode acessar o calendário anual da diocese, informações da campanha da fraternidade, artigos e documentos. A equipe da Assessoria de Comunicação da Diocese de Ponta Grossa é quem produz, tanto as matérias jornalísticas, como os demais conteúdos que estão disponíveis no site.
Reprodução do site da Diocese.
Por Rafael Piotto
Serviço:
Diocese de Ponta Grossa: http://diocesepontagrossa.org.br/index.php
Vocalista da banda Krafka homenageia Erasmo Carlos em single
Matheus Vaz, guitarrista e vocalista da banda Krafka, possui projeto solo paralelo à banda, intitulado Huan Cayo. Como primeiro lançamento do projeto, Matheus escreveu a canção “Carlos, Erasmo” e a lançou pela Abrigo Records, em setembro de 2021.
Na ocasião do lançamento, Erasmo se encontrava internado com Covid-19, mesmo após tomar duas doses da vacina. Mesmo que não seja a intenção original da música, a obra possui um tom melancólico tanto liricamente quanto no arranjo. “Do jeito que eu tô, pode trazer banda alegre e me chamar pra festa que eu não vou” e “Não ta fácil, meu amigo”. São alguns trechos que reforçam o teor entristecido da canção, aliados à atmosfera criada pelo fuzz e chorus das guitarras. “Deixa a terça ser menor” pode soar como alguém que deseja encurtar o dia, mas também faz referência à terça da escala musical que, quando diminuída (menor), gera sensação introspectiva. Segundo a gravadora, “Carlos, Erasmo” é uma canção com timbres oitentistas, sintetizadores, melodias cativantes e um ritmo “pra lá de envolvente”.
Matheus Vaz (Huan Cayo), autor do single “Carlos, Erasmo” / Foto: Tarcisio Razori Leal
A homenagem retrata a maneira como o artista vê Erasmo. A obra não segue o estilo musical de Erasmo Carlos, mas aposta em uma sonoridade próxima à banda que Matheus faz parte, a Krafka, além de mencionar um clássico do cantor da Jovem Guarda ("é preciso dar um jeito, meu amigo").
Aos ouvidos externos mais sensibilizados pela situação, a canção pode soar como uma pequena conversa entre o artista e Erasmo, lamentando a situação em que o consagrado cantor da Jovem Guarda se encontrava no momento. Afinal, chamar Erasmo de “meu amigo” (coisa que Roberto fazia) sugere proximidade e comoção ao clima criado durante a música.
Por Cássio Murilo
Serviço:
Artista: Huan Cayo
Título: Carlos, Erasmo
Duração: 3:05
Instagram: https://www.instagram.com/huancayobr/
Youtube: https://youtu.be/6zGYOg81Q7U
Alternativa do setor cultural na pandemia, o fenômeno live já saturou?
Quando as incertezas com a chegada da Covid-19 reinavam e o isolamento social se fez imediato para conter o avanço do novo vírus, o setor cultural foi um dos mais prejudicados. Fechados em casa, artistas e grupos culturais tiveram que se reinventar. Foi nesse contexto que surgiu um novo palco para se apresentar e dialogar com o público: as transmissões de lives via internet.
O termo, que traduzido do inglês significa ao vivo, se popularizou ao longo de 2020 e logo se tornou um fenômeno da pandemia: todo artista tinha o próprio calendário de transmissões para entreter o público através das telas. As lives também proporcionaram que muitos trabalhadores do setor cultural continuassem empregados na pandemia, produzindo, mesmo com as limitações do online, e substituindo eventos que geravam aglomerações inviáveis no momento.
O 33° Festival Universitário da Canção (FUC), realizado em formato híbrido, contou com transmissão ao vivo no Facebook da UEPG e também com salas virtuais para a deliberação entre os jurados, de diversas partes do Brasil, da fase competitiva do festival./ UEPG/ Divulgação.
A partir das experiências positivas de 2020, praticamente todo artista e grupo cultural entrou no mundo das transmissões ao vivo. Contudo, em 2021, o recurso passou a ser cada vez menos atrativo ao público e o fenômeno se tornou saturado, repetitivo e, em alguns casos, desinteressante. A qualidade foi, aos poucos, engolida pela quantidade de produções. A exaustão ocasionada pelo isolamento social também é um fator decisivo. Com o trabalho e o estudo remoto, ocorre uma fuga do ambiente online após o fim de expediente e as lives se tornam um segundo turno em frente às telas.
Todavia, alguns grupos ainda conseguem resultados positivos com o recurso. O 33° Festival Universitário da Canção (FUC), realizado em 6 de outubro pela UEPG, fez a premiação de júri popular em uma transmissão ao vivo interativa com votos computados em tempo real. Já o projeto de extensão Cultura Plural, que completa 10 anos em 2021, só pôde reunir ex-integrantes, professores e repórteres da equipe, hoje espalhados pelo país, por uma live.
É improvável que o fenômeno das lives se torne obsoleto após o fim da pandemia. O recurso veio para ficar, mas é preciso aprimorar a comunicação interativa, conectando emissor e receptor. Caso contrário, serão feitas cada vez mais transmissões que lotam agendas e que chamam cada vez menos atenção do público que ainda as consome.
Por Manuela Roque
Serviço:
Acesse o 33° Festival Universitário da Canção (FUC) na íntegra: https://www.facebook.com/oficialuepg/videos/565343138071112/?__so__=channel_tab&__rv__=all_videos_card
Casa do Divino Espírito Santo retoma atividades presenciais com flexibilização da pandemia em PG
Com mais de 139 anos de fundação, a Casa do Divino é um dos patrimônios históricos e culturais de Ponta Grossa. Além de um espaço religioso para visitação, o templo reúne fiéis toda segunda-feira para louvar, orar e pedir graças ao Divino Espírito Santo. Por conta da pandemia, a casa suspendeu as novenas presenciais E, a partir de novembro, com a flexibilização da pandemia, as atividades foram retomadas.
De acordo com informações disponibilizadas no site da prefeitura, a Casa do Divino foi fundada em 1882, quando Maria Júlia Xavier vagou por meses pela região dos Campos Gerais sem memória. Quando parou para se banhar em um rio, encontrou a imagem do Divino Espírito Santo litografada num pedaço de madeira e, no mesmo instante, lembrou quem era e onde morava.
Novena do Divino Espírito Santo antes da pandemia. Foto: Rafael Piotto
Pela graça recebida, Maria montou um altar dentro da própria casa para expor a imagem e agradecer todos os dias da vida pelo milagre. A notícia se espalhou na região e as pessoas passaram a visitá-la para pedir graças ao Divino. Devido ao grande número de pessoas que chegavam ao local, D. Maria abriu as portas da casa, que passou a se chamar Casa do Divino.
Um dos atrativos turísticos religiosos é o acervo da casa do Divino com mais de 14 mil fotos, e aproximadamente 200 cartas datadas desde 1886, além de várias obras sacras. O acervo é composto por itens que, aos poucos, foram doados por fiéis, como: fitas, fotografias, imagens, fios de cabelo, objetos de cera,velas, cartas entre outras.
Segundo as responsáveis pelo cuidado da casa, os frequentadores pertencem a todas as classes sociais e o movimento é constante, oscilando entre 10 e 50 visitas diárias. Um dos períodos de maior movimento é a semana de Pentecostes. A sala do Divino continua sob os cuidados de mulheres da mesma família, que se comprometeram a dar continuidade à devoção religiosa.
Serviço:
Localização: Rua Santos Dumont, 524 (próximo da Catedral) - Centro - Ponta Grossa\PR
Horário de Visitação: segunda à sexta-feira das 10hrs às 17hrs e sábado das 10hs às 13hs. Toda segunda-feira às 15hs é realizada a Novena do Divino.
Entrada: Gratuita.
Telefone: (42) 30252667– (Dona Lídia)
E-mail: casadodivino@hotmail.com.