O Tribunal Superior Eleitoral registrou em 2020 mais de 2 mil novos títulos para eleitores entre 16 e 17 anos. Além disso, outras informações estão disponíveis no site para direcionar o jovem eleitor. Confira mais detalhes na reportagem de Diego Chila.

 

Ficha Técnica

Reportagem: Diego Chila

Edição: Teodoro Anjos

Supervisão: Professores das disciplinas de Áudios 1 e 2, NRI 1, 2 e 3.

“A limitação de tempo na tv é compensada pelas redes sociais”, sustenta o candidato a vereador Edson Gil, do PV


Neste ano, candidatos a vereador podem fazer uso regulamentado de impulsionamento de conteúdos digitais em campanha eleitoral, de acordo com a Lei 13.488, publicada em 2017. É a primeira vez que o uso desta ferramenta é válida para campanhas municipais.


O uso do impulsionamento e das redes sociais neste ano é uma resposta ao tempo limitado que muitos candidatos têm na TV e em rádios, de acordo com a jornalista Danielle Farias, que trabalha com marketing político. “A internet (ao contrário da TV e do rádio) possibilita maior interação com o público, fazendo com que ele acesse, assista, curta, comente e compartilhe o conteúdo. Algumas campanhas utilizaram até mesmo a tecnologia de realidade aumentada, para de fato estar mais próximo do eleitor”, destaca.


Conforme a Lei 9.504, o tempo destinado à propaganda eleitoral gratuita na TV e em rádios é proporcional à representação dos partidos políticos na Câmara dos Deputados. Ou seja, quanto maior a expressividade do partido na Câmara, maior o tempo distribuído para propaganda gratuita.
A lei estipula ainda que, do tempo total destinado à propaganda, 90% é distribuído ao número de representantes que os partidos têm na Câmara. Os outros 10% são distribuídos entre todos os partidos. Nas eleições municipais, do total, 60% do tempo é dividido para candidatos a prefeito e 40% para vereadores.
Isso justifica porque muitos candidatos têm poucos segundos para se apresentarem nos meios de comunicação. Com as restrições de tempo e as recomendações do distanciamento social por conta da pandemia de Covid-19, os candidatos têm-se valido de estratégias digitais nas redes sociais para conseguirem chegar até o eleitor.


“A limitação de tempo na TV é compensada pelas redes sociais”, sustenta o candidato a vereador em Ponta Grossa, Edson Gil, do Partido Verde. “[A campanha] não chega para todas as pessoas, varia do público que se quer atingir, mas usei as redes sociais como principal fonte de difusão das nossas ideias [...] e esse tempo [para fazer campanha] não teria na TV”, relata.
Gil revela que usou impulsionamento em todos os conteúdos da campanha e que tem mensurado a sua estratégia pelo thruplay*. “Tivemos uma boa audiência [durante a campanha]. Estava trabalhando com vídeos de 50 segundos no online e pelo thruplay* pude ver que muitas pessoas assistiram de 15s pra cima”, comenta.


Para o bacharel em Direito e candidato a vereador em Ponta Grossa, Laroca Neto (PSB), por mais que neste ano a campanha corpo a corpo tenha sido prejudicada, as redes sociais digitais permitiram a aproximação com o eleitor. “A pandemia dificultou conversar com o eleitor, mas encontramos um mecanismo de comunicação [...] que democratizou a forma de se fazer campanha. O que antes era inacessível, por conta do custo, hoje é possível”, considera.
Por não entender como funciona o algoritmo nas redes sociais (Instagram e Facebook), Faynara Merege (PSDB), engenheira civil e candidata à vereadora em Ponta Grossa, conta que até patrocinou algumas publicações na pré-campanha, mas focou o trabalho da campanha na rua. “Na pré-campanha, eu fiz algumas publicações patrocinadas, mas não vi engajamento, então não sei até que ponto é viável ou não, mas estou cogitando agora no final da campanha em fazer um ou dois impulsionamentos para ter mais alcance”, conta.


No entanto, para o cientista político Emerson Cervi, “há um certo fetiche, que é bobagem, achar que a ferramenta digital resolve tudo. Tem um perfil que foi bem-sucedido numa eleição nacional, mas não dá para repetir para uma eleição municipal”, defende.
O que do mesmo modo é ressaltado por Márcio Carlomagno, também cientista político, quando diz que as campanhas políticas extrapolam a estratégia digital, visto que “ao falar sobre vereadores, temos que pensar em todos os municípios do Brasil e é impossível existir um [parâmetro] geral que funcione para todos”, avalia.


Carlomagno aponta que a estratégia no uso dos impulsionamentos nas redes sociais depende do contexto que o candidato tem campanha e do perfil de seu eleitorado. Apesar disto, em todo o Paraná já foram investidos R$2.209.403,56 em impulsionamento, e em Ponta Grossa R$77.392,06, segundo a prestação de contas parciais das campanhas de vereadores ao TSE.


“Em um município pequeno, o contexto local é inteiramente diferente de um município de médio porte e metrópoles [...] Para candidatos que sustentam suas campanhas com causas específicas, como a defesa dos animais, defesa da vida e da segurança pública, por exemplo, as redes sociais podem ter mais importância [do que para outros candidatos]”, analisa Carlomagno.


Para Cervi, o contexto em que a candidatura acontece também interfere na condução da campanha. Para o pesquisador, não há como avaliar a importância de se ter uma campanha digital. “Em metade dos 5.570 municípios brasileiros, existe um eleitorado de apenas dez mil pessoas. Nesses locais, o contato pessoal é muito mais importante do que campanhas digitais”. E ainda acrescenta: “Mesmo nos municípios maiores, dependendo do perfil do eleitorado, o candidato pode abrir mão do contato digital porque o eleitor pode ser mais velho e localizado geograficamente, como o eleitor do bairro ou da região”, completa.


A grande diferença de campanhas para o legislativo, segundo o pesquisador, é que os candidatos a vereador definem um recorte a ser atingido para o eleitorado e trabalham em cima disso, desde o perfil social a termos geográficos, nos casos de campanhas em bairros e comunidades. “Nas campanhas majoritárias, os candidatos precisam atingir toda a população, então se usa todos os meios de comunicação: rede social, televisão, panfletagem. Tem que adotar todos os recursos possíveis para atingir todas as faixas de eleitores. Nas campanhas para o legislativo não é assim”, argumenta.
*Thruplay é um indicativo do Facebook Ads (usado em campanhas e impulsionamento de conteúdo) que contabiliza o número de vezes que um vídeo foi visto acima de 15 segundos.

Ficha técnica
Reportagem: Francielle Dallazen Ampolini
Edição: Ane Rebelato e Milena Oliveira
Supervisão: Profa. Fernanda Cavassana

 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou orientações para a votação em tempos de pandemia. A médica Edvânia Lima afirma que o protocolo sanitário para as eleições de 2020 é adequado. Para ela, as orientações estão de acordo com as determinações do Ministério da Saúde, e foram elaboradas a partir de consultoria com especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e os hospitais Sírio Libanês e o Albert Einstein.


Lima ressalta que as recomendações devem ser observadas durante o primeiro e o segundo turnos. É obrigatório o uso da máscara durante a permanência no local de votação. Da mesma forma, não é permitido comer, beber ou realizar qualquer atividade que necessite a retirada do acessório. Em caso de desobediência, o eleitor poderá ser impedido de acessar o local de votação. Diferente de pleitos anteriores, neste recomenda-se não levar crianças.


Outra recomendação é que eleitores com Covid-19, durante o primeiro e o segundo turnos, ou que tenham sido diagnosticados com a doença nos 14 dias que antecedem a data de votação, devem permanecer em casa. Todas as orientações estão disponíveis no site do TRE (https://www.tre-se.jus.br/imprensa/noticias-tre-se/2020/Setembro/justica-eleitoral-apresenta-o-protocolo-sanitario-para-as-eleicoes-2020 ).


O primeiro turno ocorre no próximo domingo (15), das 7 às 17 horas. O período das 7 às 10 horas é preferencial para idosos.

Reportagem: Bettina Guarienti e Isadora Ricardo
Edição: Eder Carlos
Supervisão: Professores que ministram as disciplinas práticas do curso

 
Medidas de segurança sanitária foram adotadas para as eleições 2020

 

Com o aumento dos casos de COVID-19 no Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabeleceu um plano de segurança sanitária com medidas de prevenção aos eleitores para as eleições municipais de 2020. Com ações de proteção à saúde, tem o objetivo de minimizar os riscos de contaminação da doença durante as eleições. A transmissão do coronavírus se dá por meio do contato de uma pessoa não infectada com secreções respiratórias de uma infectada, seja por meio da proximidade física, contato com objetos ou superfícies contaminadas.

Entre as medidas de proteção, está o fornecimento de álcool em gel aos eleitores nas seções eleitorais, para a realização da higienização das mãos antes e depois de votar. Torna-se obrigatório o uso de máscaras nos locais de votação. Os eleitores devem levar a sua própria caneta para assinatura do caderno de votação e o distanciamento mínimo deve ser respeitado para reduzir os pontos de contato entre eleitores e mesários. Pessoas que apresentam febre ou tenham sido diagnosticados com COVID-19 nos 14 dias anteriores à data da eleição não precisam comparecer à votação. A ausência deve ser justificada após os dias de isolamento. Não será utilizada a medição de temperatura, tendo em vista que esta medida causaria um possível aumento das filas.

A fim de reduzir os riscos de aglomerações e diminuir o fluxo de eleitores, o horário de votação foi ampliado em uma hora, e acontecerá das 7 horas às 19 horas. No início da eleição, será estabelecido horário preferencial os eleitores com mais de 60 anos. As estatísticas realizadas pelo TSE apontam que o horário preferencial deve ter duração de três horas, com início às 7 e com término às 10 horas.


De acordo com o professor na área de saúde pública na Universidade Estadual de Ponta Grossa, Carlos Eduardo Coradassi, os protocolos adotados pelo TSE são seguros. “Eles orientam de uma maneira bastante simples com uma linguagem facilitada, para que a população realmente tenham o entendimento da necessidade da manutenção do isolamento social, e da utilização de produtos que auxiliam na redução do risco de contágio como a máscara e o face shield”. Coradassi ainda aponta que além das medidas estabelecidas, para evitar o contágio, os eleitores devem evitar ir em grupos e comparecer em horário que tenha pouca movimentação.

 

Ficha Técnica
Reportagem: Larissa Godoi
Edição: Matheus Gaston
Supervisão: Professores que ministram as disciplinas práticas do curso

 

FICHA TÉNICA:

Reportagem: Katheelen Borges

Edição: Carolina Olegario

Supervisão: Professores que ministram as disciplinas práticas do curso