Crítica de Ponta #147
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Crítica de Ponta
Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você
Faltam filmes brasileiros nos cinemas de PG
Se você estiver a fim de assistir algum filme brasileiro, em um dos dois cinemas de Ponta Grossa, é melhor se programar direito. Pois, há somente um espaço por vez para cada filme nacional nas salas de cinema das franquias da cidade. E, um detalhe, os horários das sessões não passam de dois. Atualmente, estão dois filmes brasileiros em cartaz, um em cada empresa cinematográfica. Um deles é o longa 45 do Segundo Tempo, protagonizado por Tony Ramos, lançado em 18 de agosto. Já o outro é o Pai é Pop, que conta com Lázaro Ramos e Paolla Oliveira no elenco.
A comédia de Fábio Porchat, intitulada como O Palestrante, também estava em cartaz na cidade, mas deixou de ser divulgada logo na terceira semana de lançamento. Ao que tudo indica, filmes brasileiros, independente do gênero, só ficam em cartaz nos cinemas para cumprir cota. Entretanto, filmes hollywoodianos, como Thor: Amor e Trovão e Minions 2 ocupam cada vez mais salas. O filme do super herói da Marvel foi lançado no início de julho, já Minions está em cartaz desde o final de junho. E, mesmo assim, ambos os filmes possuem três sessões por dia, em cada um dos cinemas.
Cartaz do filme Thor: Amor e Trovão em cinema de Ponta Grossa. | Foto: Ana Luiza Bertelli Dimbarre
A explicação do filme que retrata as aventuras de personagens amarelos e fofos estar mais tempo em cartaz, em vez do filme de Porchat não ter durado nem um mês nas franquias da cidade, gira em torno da economia. Enquanto O Palestrante teve um orçamento de cerca de R$ 6 milhões, Minions 2 custou 80 milhões de dólares, que convertido para real passa dos R$ 413 milhões. Não é atoa que tem preferência nas salas de cinema, não só de Ponta Grossa, mas do mundo.
Outro exemplo interessante de investimentos milionários é o filme de Thor, em que a Marvel desembolsou 100 milhões de dólares somente para promovê-lo. Agora, o filme brasileiro considerado mais caro pela Agência Nacional do Cinema (Ancine), foi o “Xingu” (2012), que quase chegou aos R$ 10 milhões. Talvez você prefira ir ao cinema para assistir a filmes estadunidenses. Mas, será que se os filmes brasileiros fossem mais divulgados, você também não acabaria por assisti-los?
Por Leriany Barbosa
Serviço:
Cine Araújo - Multiplex Palladium Shopping
Rua Ermelino de Leão, 703 – Olarias – Ponta Grossa – PR
Telefone: (42) 3223-1137 / Site: https://cinearaujo.com.br/pr_pontagrossa_palladium.asp
Cinex – Shopping Total
Av. Dom Pedro II, 350 – Nova Rússia – Ponta Grossa – PR
Telefone: (42) 3238-8090 / Site: https://www.cinex.art.br/cinemas/shopping-total/09-08
Projeto Dança UEPG promove arte em Ponta Grossa
A dança é uma forma de expressão que serve para motivos religiosos, ritualísticos e artísticos. Além das funções clássicas, é possível associar a prática da dança com a saúde física e mental.
O Projeto de Extensão Dança UEPG do curso de Educação Física promove aulas de modalidades diferentes, como o ballet, o jazz e a dança contemporânea. O público para o qual as aulas são destinadas também é diverso, abrangendo crianças e a comunidade acadêmica, além de abertas ao público em geral. Atualmente, o projeto de extensão promove três grupos: Jazz e Ballet Kids, para crianças a partir de 6 anos de idade, e Companhia Jovem de Dança e Dance Mix, destinados para todos os públicos.
Cartaz do projeto Dança UEPG. | Foto: Divulgação
O preço das aulas varia de acordo com a pessoa interessada. Todas as pessoas que desejam participar de algum dos grupos pagam o mesmo valor de matrícula, R$25,00. Porém, quando se trata do valor mensal das aulas, começam as variações: para acadêmicos da Universidade Estadual de Ponta Grossa, o valor é de R$30,00; para servidores da universidade, R$35,00; e para a comunidade externa, sem vínculo com a universidade, o valor é de R$45,00. A diferença nos preços pode fazer com que aqueles ligados à UEPG se sintam motivados a participar, porém, também podem acabar afastando quem vem de fora.
Com preços relativamente baixos e uma diversidade de modalidades de dança exploradas, Dança UEPG busca promover um diálogo entre a arte e o exercício físico. A existência de um projeto de dança na comunidade acadêmica é importante, considerando os níveis de estresse que os estudantes enfrentam diariamente. A oportunidade de relaxar, mover o corpo e esquecer das preocupações é atrativa, e faz bem à saúde.
As inscrições para as aulas promovidas pelo projeto de extensão podem ser feitas a partir do contato feito pelo Instagram, no @danca_uepg.
Por Maria Helena Denck
Serviço:
Projeto de extensão Dança UEPG
Inscrições pelo Instagram: @danca_uepg.
Valor de inscrição: R$25,00
Valor mensal: R$30,00 para acadêmicos da UEPG, R$35,00 para servidores da universidade e R$45,00 para a comunidade externa
Mídia pontagrossense não cumpre proposta do Setembro Amarelo
Cartaz do campanha Setembro Amarelo. | Foto: Reprodução
Setembro Amarelo é uma campanha criada com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre o suicídio. Todo ano, são várias as palestras, cartazes, posts em redes sociais e notícias sobre. Porém, em Ponta Grossa, os portais jornalísticos se limitam a promoções de eventos ou, no máximo, uma notícia simples relembrando a data. A escassez das notícias demonstra pouco interesse sobre o assunto pela mídia, o que significa perda de um gancho jornalístico importante para que se discutam problemáticas das áreas da psicologia e psiquiatria.
Ao pesquisar “Setembro Amarelo” e “Ponta Grossa” na Internet, são encontradas algumas notícias sobre eventos e muitas são de anos atrás, mostrando que não se trata de uma pauta anual. Na pandemia, aumentou a discussão sobre saúde mental diante dos problemas desencadeados, e é incompreensível que portais da cidade não demonstrem interesse no assunto.
Existe, também, superficialidade, e o suicídio parece se limitar à depressão. Resistência em relação a assuntos da psicologia e psiquiatria é evidente, ainda mais em regiões com ideologias conservadoras ou com grande influência religiosa, onde é comum encarar a saúde mental como “frescura”. É um comportamento perigoso, pois a relutância e preconceito atrapalha descobertas de problemas e, consequentemente, tratamentos.
Exemplo do risco de não se colocar em pauta o Setembro Amarelo e as causas de suicídio, é o esquecimento de transtornos. Ao pesquisar “Transtorno de Bipolaridade” e o nome da cidade, não há uma matéria que o explique, ou como ele é uma das maiores causas de suicídio, em vista que, de acordo com a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos, aumenta a chance em até 20 vezes. Assim, não é informado que no estado de euforia (erroneamente associado à felicidade) existe a chance do suicídio, ou que é um transtorno desafiador para o diagnóstico e, quanto menos é abordado, maior o risco para os portadores.
A campanha é assunto de saúde pública e é inconcebível a escassez de discussões na mídia. Neste ano, fique atento à abordagem midiática, e não permita que a superficialidade restrinja seu conhecimento!
Por Cassiana Tozati
Serviço:
Site oficial da Campanha: https://www.setembroamarelo.com/
Fatos sobre o Transtorno Bipolar: https://www.abrata.org.br/principais-fatos-sobre-o-transtorno-bipolar/
Contato com o Centro de Valorização da Vida: https://www.cvv.org.br/
Site oficial Conselho Federal de Psicologia: https://site.cfp.org.br/
Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) em Ponta Grossa: https://fms.pontagrossa.pr.gov.br/caps-ii/
Aladdin tem novo espaço e aumenta variedade de alimentação próxima a UEPG centro
O cardápio do restaurante conta com a clássica comida árabe, muito popular na cidade. Opções como shawarmas e beirutes, assim como o lanche infantil que conta com frango empanado, uma porção de batata frita e um refrigerante, são oferecidos no cardápio da casa. A principal diferença entre os shawarmas e os beirutes é a forma que é utilizado o pão sírio, no shawarma ele fica fechado, como um wrap, já no beirute o pão sírio é aberto. Os recheios variam entre frango até os clássicos da culinária típica, kafta e falafel.
Todos os pratos disponíveis são bem temperados e retratam as características da comida árabe. Para quem não gosta de comidas com sabores diferenciados é recomendado começar pelas opções com frango, mesmo que tenham os temperos típicos como o cravo e o anis, são mais parecidos com o paladar brasileiro. Já para quem deseja experimentar a culinária árabe, o shawarma de kafta é uma escolha para imergir na cultura do país mesmo estando em PG. Os beirutes custam trinta e oito reais e os shawarma vinte quatro.
O local já é referência no centro de Ponta Grossa há muito tempo, contudo após o retorno das aulas presenciais da universidade estadual de Ponta Grossa, o local passou por uma reforma e agora conta com um espaço mais moderno. O Alladin abre apenas no período da noite, das 18 até as 23 horas, então seu público se restringe aos universitários noturnos em intervalo, trabalhadores e moradores da região.
Por Bettina Guarienti
Serviço:
Comida árabe no restaurante Alladin. Rua Coronel Bitencourt, 650. Centro de Ponta Grossa/PR. Horário: Diariamente, das 18 às 23 horas.
Espaço Baiacu-Bö cria oportunidade para gêneros musicais diversos
Rap, Indie, Funk e música eletrônica. Estes são quatro dos gêneros presentes no centro cultural Baiacu-Bö, em Ponta Grossa. A casa traz shows de diversos artistas, como a banda Terno Rei, de São Paulo, e de artistas locais, como DJ Rosso e a banda LIZELIZE.
Show da banda Terno Rei no Baiacu-Bo. | Foto: Lilian Magalhães/Cultura Plural
A maior parte das atrações musicais é de Ponta Grossa, o que abre oportunidades para um maior número de artistas divulgar o trabalho. O rap, por exemplo, é um dos ritmos mais presentes na programação, gênero este que ainda é alvo de preconceito na Região. Muitas vezes, uma das únicas formas dos artistas se apresentar na cidade é por meio de batalhas organizadas pelos próprios artistas. Foram elas umas das principais responsáveis por incentivar novos artistas e chamar atenção para o rap local.
Em anos anteriores, o rap quase não era visto na cidade, talvez por conta da falta de oportunidades de participação em festivais e eventos de Ponta Grossa. Um dos mais conhecidos da cidade, o festival Sexta Às Seis, por exemplo, é mais voltado para bandas e fãs de rock, o que dificulta a circulação de outros estilos musicais.
Ao incluir diversos gêneros musicais e público variado, o Baiacu tem a capacidade de dar suporte e apoio ao rap que já foi (e ainda é) criminalizado. Outro ponto a se destacar sobre o local é a entrada gratuita. Até as 22h30, é possível acessar o espaço sem pagar, bastando preencher uma lista virtual disponibilizada nas redes sociais da casa, o que amplia a possibilidade de participação para um maior número de pessoas prestigiar os artistas.
Por Ana Barbato
Serviço:
Endereço centro cultural Baiacu-Bö - R. Comendador Airton Plaisant, 607 - Centro, Ponta Grossa - PR, 84010-550.
Instagram: @baiacu.bo
Twitter: @baiacu_bo
Crítica de Ponta #146
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Crítica de Ponta
Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você
Sintonia arrendada em Ponta Grossa
Maioria das rádios locais arrendam horários para igrejas
Quem ouve rádio de Ponta Grossa, pode se sentir incomodado com a crescente venda de horários para igrejas evangélicas e neopentecostais ao longo do dia.
A maioria das estações locais arrenda parte da grade de programação para cultos e outros programas religiosos, principalmente nas madrugadas e fins de semana.
A exceção fica com duas emissoras: a rádio T e Mundi. Emissoras que operam em rede, como a Jovem Pan, Mix, Massa e CBN, também não veiculam programações religiosas, por exemplo, além da rádio comunitária Princesa. Fora as que vendem, ainda há as rádios que são dedicadas 24h à programação de cultos e não apresentam nenhum conteúdo fora deste meio.
É louvável, porém, algumas emissoras como a Rádio Clube, que eram dependentes de programação arrendada, conseguir se manter com programação própria, em música, programações jornalísticas e demais conteúdos e programas ao vivo durante todo o dia, o que é a verdadeira essência da rádio.
Segundo a legislação brasileira de radiodifusão, o rádio deve veicular conteúdos educativos, culturais, mesmo em seus aspectos informativos e recreativos. Pela constatação do Crítica de Ponta, pode se questionar se a crescente ocupação de programação nas emissoras locais por instituições religiosas atende a que prevê a legislação federal.
Por Amanda Martins
Serviço: Os prefixos das sintonias das emissoras de Ponta Grossa citadas são: Rádio Clube FM 94.1; Rádio T FM 99.9; Rádio Mundi FM 99.3; Rádio Jovem Pan FM 103.5; Rádio Mix FM 94.7; Rádio CBN 98.1; Rádio Massa FM 101,1; Rádio Princesa 87.9.
Novos sabores de frango frito e grelhado conquistam os pontagrossenses
Porções de filé de peito empanados com cream cheese e bacon possuem sabor surpreendente
Créditos: Janaina Cassol
Cada vez mais o frango frito passou a ser o carro chefe no cardápio de muitos restaurantes. É comum encontrar estabelecimentos que servem frango no pote e no balde, no entanto, a Its Frango é na caixa. Com uma proposta diferente, a loja serve filés de peito crocante por fora e macio por dentro, além do tempero que é natural. Entretanto, o que decepciona é o tempo de espera, pois para quem estiver com pressa ou muita fome, se prepare, pois o pedido leva entre 1h a 1h20 para ficar pronto, extrapolando o tempo de espera definido no site.
O cardápio contém quatro opções de sabores. O frango tradicional é suculento e possui uma crosta sequinha por fora, diferente das outras opções encontradas no mercado, onde o frango é mole tanto por fora como por dentro. Para os amantes de queijo, a porção Stuff Cheese é recheada com cream cheese com toques de Gorgonzola e Brie. Já a porção Meats Bacon possui tiras de bacon empanados no frango, no entanto, para quem ama bacon, essa opção pode ser decepcionante, pois a quantidade de bacon é mínima. A última opção de frango possui um toque picante agridoce, difícil de descrever, pois os pedaços de frango possuem um misto de sabores com um toque de mel.
As porções também acompanham molhos, sendo de produção própria que realçam o sabor. Dentre as opções estão mostarda e mel, creme de limão, defumado com ervas, barbecue, agridoce levemente picante, cheddar, creme de alho e molho à base de queijo gorgonzola.
A Its Frango atende por delivery de segunda a domingo das 11h até as 15h e à noite das 18h às 23h. E os preços das porções que servem até duas pessoas variam de R$ 35 a R$ 40.
Por Janaina Cassol
Serviço:
Endereço: Rua Quinze de Novembro, 591 - Centro, Ponta Grossa/PR
Site: https://itsfrango.goomer.app/menu
Preço: Porções de 500g variam de R$ 35 a R$ 40
Horário de funcionamento: segunda a domingo das 11h até as 15h e à noite das 18h às 23h
Rappers de PG lançam música com críticas à indústria cultural
Falta de visibilidade e apoio entre artistas fazem parte dos versos dos artistas
Lançada no mês de agosto, a música “Dispara” dos rappers Viramundo e Rayan pauta desigualdade social, tecnologia e a disputa pela visibilidade na indústria da música. Os rappers trabalham juntos desde 2020 e, além da nova canção, planejam lançar um álbum em conjunto ainda em 2022, intitulado “Cumulonimbus”.
Dispara é uma produção do DJ Nany com base no gênero do trap e influências do funk brasileiro. Na primeira metade da canção, Viramundo faz versos sobre política, conformismo social e tecnologia. Ao fim da participação, o rapper destaca como o metaverso, tecnologia que transforma a realidade em mundo virtual. No verso, Viramundo elogia o avanço, mas teme que a mesma ferramenta torne a população mais submissa ao sistema capitalista.
Foto: Reprodução
A colaboração de Rayan dialoga com o que Viramundo defende ao cantar as desigualdades na indústria da música, como por exemplo no verso “Todo mundo está pela arte, não só pelo cifrão”. Rayan parafraseia diversas vezes a necessidade de apoio entre artistas, principalmente os novos. Naturais de Ponta Grossa, os artistas reconhecem que a cena musical em uma cidade onde o apoio à cultura de periferia, como a arte do hip-hop, não é valorizada, poucos são os músicos que conseguem um espaço de visibilidade.
Acompanhada de um videoclipe onde os rappers cantam diretamente para a câmera, a música expressa força pela mensagem consciente e, apesar de não possuir um refrão, não perde a potência da perspectiva comercial para o cenário do rap. Viramundo chama a atenção pelos versos fluidos e dominância da batida, que é cativante para quem aprecia o som do trap.
Por Lilian Magalhães
Serviço:
Dispara Autoria dos rappers Viramundo e Rayan, com produção de Nany, está disponível em todas as plataformas de streaming. O videoclipe pode ser conferido no canal da produtora pontagrossense 96Filmes, no Youtube.
https://www.youtube.com/watch?v=wwwCK28EZOI
Visita guiada à Mansão Villa Hilda aproxima população da história de Ponta Grossa
Agenda de visitação orientada ao local, no centro da Cidade, ainda é pouco divulgada
Créditos: Maria Luiza Pontaldi
A Mansão Villa Hilda, suntuosa construção na Rua Júlia Wanderley, no centro de Ponta Grossa, é conhecida por muitos que passam diariamente pela região. Seja por seu destaque entre os prédios modernos ou pelas histórias fantasmagóricas, a mansão marca a história de Ponta Grossa, justificando o tombamento como Patrimônio Imaterial e conservação do prédio. Porém, poucos sabem da possibilidade diária e gratuita de conhecer a parte interna da construção por meio de visitas guiadas.
Construída em 1926 por Alberto Thielen, comerciante e personalidade importante na história do município, a Mansão Villa Hilda é organizada em três níveis: o pavimento principal, o porão e o sótão. A visita começa no pavimento principal, onde se conhece os 11 cômodos e se pode entender a função na residência da família Thielen. O hall de entrada, escritório, quartos, sala de estar, cozinha, copa, banheiros e jardim de inverno ainda possuem peças originais, como as janelas e o piso, recuperados durante o restauro.
As pinturas e quadros nas paredes e teto do local possuem inúmeros elementos, dos quais nem todos desvendados com o tempo. Depois da visita ao pavimento principal, escadas estreitas levam até o sótão, que foi reformado para contar a história do fantasma da mansão, uma das lendas contadas por moradores locais. A visita também passa pelo porão, com um espaço contando mais sobre a história da família Thielen em Ponta Grossa e da construção e restauro da Mansão Villa Hilda.
Ao todo, a visita guiada dura cerca de 30 minutos. A mansão é, hoje, a sede administrativa da Secretaria Municipal de Cultura e, pois, as áreas de visita ao prédio histórico e de trabalho dos funcionários são as mesmas, o que pode atrapalhar a visitação da população e também o serviço dos trabalhadores. Além disso, apesar de aberta ao público, a visita não é para todos. Devido a antiguidade da construção, a acessibilidade deixa a desejar. Para subir e descer entre os cômodos do pavimento principal há apenas escadas e para o sótão, os degraus são bastante estreitos, dificultando a passagem.
A Mansão Villa Hilda é aberta de segunda a sexta, das 9h às 17h. Em grupos com poucas pessoas, não é necessário fazer agendamento. Basta chegar durante o horário de atendimento e pedir por uma visita guiada. Assim, é possível que o público não só observe a mansão por fora, mas também possa conhecer um dos pontos mais icônicos da cidade por dentro do prédio.
Serviço:
Mansão Villa Hilda. Rua Júlia Wanderley, 936 - centro de Ponta Grossa/PR
Visitas guiadas à Mansão Villa Hilda – de segunda à sexta-feira, das 9h às 17h.
A volta do estilo Y2K e a magreza excessiva nas lojas de departamentos
Um dos marcos da moda é a rotatividade e, neste caso, as modelagens cada vez menores das calças jeans ganham destaques
A moda, assim como a história, é cíclica. Nas passarelas não faltam resgates dos ícones dos anos 2000: calças de cintura baixa, gargantilhas, lantejoulas e uma moda mais casual. Entretanto, mesmo com o retorno de estilos cultuados pelo público, os ultrapassados padrões de beleza da época, como a magreza excessiva, não deveriam estar presentes, o que, infelizmente, não aconteceu.
A sigla Y2K significa os anos 2000, sendo que o “y” se refere a year (palavra ano, em inglês) e “2K” a dois mil. Recentemente, diversas peças e tendências do início do milênio ressurgiram no cenário fashion, graças a plataformas como o tiktok e às influenciadoras digitais do universo da moda.
Amado por uns e odiado por outros, a moda dos anos 2000 faz parte da revolução da moda e traz um discurso que vai além da reciclagem de tendências e roupas, visto que os brechós também apresentam um aumento na procura dos looks. Será que, em um período marcado pela aceitação e amor próprio, é necessário um padrão de beleza magro que ocupou tanto espaço no mundo da moda?
Cada vez menores, as modelagens dos jeans causam estranheza nos consumidores. Foto: Print do Twitter/Tamires Limurci
Para perceber o retorno basta utilizar as modelagens das calças jeans como exemplo. Variando dos números 34 a 56, para o feminino adulto, as calças jeans apresentam uma variação básica de marca em marca, porém, nos últimos meses, as modelagens aparentam estar cada vez menores. O que antes era um 42, virou 38 e um 36 em um 34. A mudança parece pequena, quando comparada a outros problemas no mundo fashion. Contudo, o reforço negativo de que as pessoas necessitam ser magras para estar na moda, é um outro problema da sociedade contemporânea, com impacto na saúde e qualidade de vida.
É necessário cobrar um posicionamento das empresas de moda, principalmente as fast-fashion que são responsáveis por propagar as tendências em todo o território nacional. Em tempos de inflação nas alturas, alimentos cada vez mais inacessíveis e uma economia respirando por aparelhos, será que também é preciso se preocupar com a dismorfia corporal novamente?
Serviço:
A volta estilo Y2K na roupa feminina!
Crítica de Ponta #145
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Crítica de Ponta
Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura de Ponta Grossa para você!
A noite de um crime que nunca acabou
Três décadas após o assassinato, documentário da morte de Daniella Perez discute crime contra mulher
A noite que nunca acabou; os assassinos; mãe investigadora; de onde vieram e justiça. Estes são os temas dos episódios de “Pacto Brutal: O assassinato de Daniella Perez”. O documentário da plataforma HBO Max narra o crime e toda investigação de um dos casos de feminicídio que mais movimentou a mídia e a política no país.
Após quase 30 anos do ocorrido, os episódios revisam o caso de uma forma diferente da compartilhada no ano do assassinato, dando voz à família, amigos e profissionais de direito relacionados. O roteiro de Guto Barra dá o protagonismo de fala a Glória Perez, mãe e principal investigadora do ocorrido.
Créditos: HBOMAX/Reprodução
O terceiro capítulo, em especial, exibe como a luta de conscientização pelo fim da violência contra a mulher e feminicídio, pauta da campanha do mês de agosto, marcou a lei brasileira. Movida pela dor do luto e a indignação do crime, a mãe de Daniella moveu o país com abaixos assinados para incluir homicídio qualificado na Lei dos Crimes Hediondos. O episódio mostra como Glória, junto com outras mães afetadas pela impunidade de assassinos, conseguiu 1,3 milhões de assinaturas para alterar a lei, fazendo com que a partir daquele momento casos similares ao de sua filha permitam a prisão imediata e não admita pagamento de fiança.
Os episódios seguintes mostram o desfecho do julgamento após quatro anos, o último capítulo “justiça?” deixa, desde o título, o questionamento direto aos telespectadores se de fato a lei se cumpriu para os assassinos, transformados em estrelas pela mídia. Além disso, outras questões são levantadas, como o sensacionalismo, um crime frio por machismo, inveja e ciúmes e a impunidade por trás dos holofotes.
Por Victória Sellares
Serviço:
Disponível na HBO MAX
Yeti Tropical tem força no nome e na música
O primeiro EP da banda traz influências do rock psicodélico unido à música brasileira
A música instrumental alcança cada vez mais notoriedade na cena musical de Ponta Grossa. Hoje, é comum encontrar pessoas que citam bandas instrumentais como grandes nomes da música da cidade. Apesar de não cair no gosto de todo mundo, por conta da falta de palavras, a música instrumental tem muita riqueza, e, quando se sai do senso comum de falar somente sobre essa falta de letras, é possível encontrar uma produção forte e qualificada.
O primeiro EP da banda Yeti Tropical foi lançado no primeiro dia de maio deste ano e conta com cinco músicas. O título é o próprio nome do grupo e os nomes das canções fazem referência à tecnologia, como “Automatron”, e aos animais, como “Doguin Caramelo”. É possível identificar os elementos que fazem parte da premissa da banda, como o rock psicodélico e progressivo. Faixas como a primeira do EP, “Escaravelho”, retomam elementos da música brasileira, como a parte do movimento da Tropicália que também se baseava na psicodelia e no som ardido do rock.
Créditos: Divulgação Yeti Tropical
O trio foi formado em 2019 e é composto por Augusto Aguieiras (baixista), Henrique Russo (guitarrista) e Vinícius Piralinda (baterista). A cumplicidade dos membros é demonstrada musicalmente pela capacidade de fazer com que nenhum instrumento atropele o outro, dando o destaque necessário para cada uma das sonoridades que são responsáveis pela composição de uma música, o que faz com que as músicas que fazem parte do EP sejam uma experiência completa.
O EP demonstra a grande capacidade da cena instrumental na cidade, abrindo espaço para novas inspirações e fazendo, também, com que o trio se junte àqueles grupos já conhecidos pelos apaixonados por música em Ponta Grossa. Yeti Tropical tem muito a dizer, e consegue fazer isso sem nenhuma palavra.
Por Maria Helena Denck
Serviço:
Banda: Yeti Tropical
Início: 2019
EP: “Yeti Tropical”, de 2022
Disponível em todas as plataformas de streaming
Artesanato em palha materializa a identidade de PG
Artesãs utilizam referências não paranaenses para popularizar a arte, sem excluir valor regional
A transformação da palha em arte é o processo que define o artesanato que usa o resíduo agrícola do milho como matéria-prima. A relevância do trabalho manual para Ponta Grossa fez com que o artesanato em palha fosse tombado como bem imaterial, apesar das obras não expressarem elementos típicos paranaenses.
Três mulheres ponta-grossenses assumem, hoje, o trabalho de materializar a memória e cultura da cidade na representação de personagens, lugares, elementos da flora e fauna da região. Odete de Paula, Vanderli Santos e Maria Eugênia Zuraski não se restringem, porém, a elementos históricos e geográficos na produção, utilizando de referências populares. O personagem do folclore Saci, espantalhos, gralha azul, Nossa Senhora e o personagem hollywoodiano Indiana Jones são algumas das criações.
A necessidade das artistas de recorrer a personalidades externas ao Paraná é um indício da falta de valorização de elementos regionais pela população, comportamento comum no Brasil. A utilização de tais referências atribui maior capacidade de atração ao material, por recorrer a uma memória mais frequente à população, promovida pela mídia.
Foto: Cassiana Tozati
O movimento de buscar personalidades amplamente reconhecidas é útil para divulgar o artesanato em palha, e não faz com que o mesmo perca a característica de representar a regionalidade. O Paraná é um dos Estados com maior produção de milho, o que faz da palha um material atrelado a aspectos regionais. Outro exemplo é uma coruja, que apesar de não ser um animal típico paranaense, com o rosto feito de palha e o corpo de pinha, ela se torna uma obra de arte composta por elementos sulistas, materializando uma cultura regional.
O artesanato em palha foi, pela maioria dos votos, tombado como patrimônio imaterial na primeira Sessão de Salvaguarda de bens imateriais em Ponta Grossa. A ação fez parte da Semana do Patrimônio Cultural, organizada pela Prefeitura, e o compromisso que advém dela é de eternizar, de forma simbólica, a produção da expressão artística atrelada à cultura e identidade da cidade.
Por Cassiana Tozati
Serviço:
O que é um bem imaterial de acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico e Nacional (Iphan): http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/234
Programação da Semana do Patrimônio Cultural: https://cultura.pontagrossa.pr.gov.br/category/patrimonio-cultural/
Sem lanchonete, UEPG restringe opções aos Estudantes
Após o retorno das aulas presencial, a Universidade não concederá mais o espaço da lanchonete
Os dois campi da Universidade Estadual de Ponta Grossa encontram-se sem lanchonete própria. A situação gera reclamações de estudantes, que precisam optar por alternativas fora da universidade, muitas vezes com preços não acessíveis e alimentos não saudáveis.
No Campus de Uvaranas, quem frequenta o local precisa se deslocar para fora da instituição para acessar algum bar ou lanchonete. Com a extensão do Campus de Uvaranas, é praticamente impossível utilizar intervalos de aulas para a alimentação, assim como se torna difícil armazenar comida trazida de casa, devido ao longo período de permanência na universidade.
Os dois campus contam com a opção do Restaurante Universitário, popularmente conhecido por RU, que oferece refeições de almoço e jantar. Contudo, a UEPG tem inúmeros cursos com funcionamento integral, em que os alunos precisam passar mais de um turno no local. A situação explicita a necessidade de uma lanchonete na universidade. A alternativa aos estudantes é trazer alimento de casa ou optar pelas refeições em ambientes mais caros.
Após o retorno das atividades presenciais a UEPG central não concederá mais o espaço para lanchonete, atualmente o lugar foi disponibilizado ao curso de turismo.
As opções próximas ao campus central são fast-foods e padarias, o que nem sempre garante uma alimentação saudável aos estudantes. A necessidade de uma lanchonete em ambos os campi da UEPG mostra-se urgente para melhorar o convívio tanto dos estudantes quanto de professores e funcionários da instituição.
Por Bettina Guarienti
Serviço:
RU Campus Central: Almoço das 11h às 12h30 e Jantar das 17h45 às 18h30
RU Campus Uvaranas: Almoço das 11h às 13h e Jantar das 17h45 às 18h30
No século XXI, jovens assistem e vestem moda dos anos 1980/90
Cinema e moda revivem a cultura de décadas passadas
Seja através do cenário, edição, enredo ou vestuário, é inegável que a estética de anos passados continua cada vez mais presente. O chamado estilo vintage ou retrô conquista o gosto das novas gerações, principalmente entre jovens de 13 a 25 anos.
No cinema, em 2022, pode-se observar o retorno de aclamados títulos, como Top Gun e Dragon Ball. Mas não é somente a volta de produções que sustentam o estilo de vida dos anos 1980 e 90, versões atualizadas no cinema também fazem sucesso, como Stranger Things, que passa em 1983, trazem várias referências nos cenários e vestuários.
Na moda a história não é diferente, pois algumas peças que marcaram as décadas anteriores estão em alta tanto nas passarelas quanto nas ruas. Wide legs, mangas bufantes, jaquetas de couro e ombreiras tornaram-se cada vez mais comuns no vestuário, especialmente feminino.
No estilo popular, os anos 1980, que antes era chamado por muitos de “época brega” por causa das cores e cortes, e até pareciam já esquecidos, ressurgem com a virada do milênio em versão atualizada e cobertos de saudade. Não é a primeira vez que o estilo cultural de uma década é revivido em outra, a diferença é o quanto, agora, está durando a temporada. Normalmente, a nostalgia ocorre, mas, depois de um curto
tempo, dá lugar a outro período. Em 2022, ao menos aparentemente, a retomada demonstra um tempo superior à média que dá o tom da moda, hábitos e consumo.
Por Victória Sellares
Crítica de Ponta #144
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Crítica de Ponta
Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura de Ponta Grossa para você!
Cemitério São José: um mundo de arte, cultura e história
Crédito: Eder Carlos
Pode até parecer macabro ou de mau gosto para alguns, mas visitar um cemitério é entrar num mundo de história, arte e cultura. Claro, os túmulos são a última morada dos que já deixaram a vida como a conhecemos. Mas são os vivos que dão aos cemitérios um aspecto encantador. Jazigos luxuosos, estátuas, capelas e outros cuidados, feitos pelos vivos, preservam a lembrança dos que já partiram.
Em grandes cidades, como Roma, Buenos Aires, São Paulo ou Curitiba, catacumbas e cemitérios fazem parte de roteiros turísticos. Túmulos de personalidades do mundo artístico ou histórico são pontos de visitação. O mesmo acontece com os chamados santos de devoção popular, não reconhecidos pela Igreja Católica, mas cultuados pela população.
Ponta Grossa, oficialmente, não tem nenhum cemitério como roteiro turístico. Mas não são poucos os que visitam os campos santos para conhecer um pouco da história e cultura da cidade. O mais visitado é o Cemitério São José, no centro da cidade. Em especial, a região que fica à direita do portão principal, onde ficam os túmulos mais luxuosos e históricos. E ali há de tudo um pouco, numa convivência pacífica. Lado a lado estão túmulos cristãos, judeus, muçulmanos e ateus. Também lá estão túmulos suntuosos, com 30 metros quadrados, como a Capela que contém os restos do Barão de Guaraúna, ou simples marcos com uma cruz, lembrança de algum recém-nascido desconhecido.
Crédito: Eder Carlos
E há obras de arte para todos os gostos. Nas capelas tumulares, estão imagens de santos, quadros produzidos pelos falecidos, ou lindos vitrais que dão um colorido especial em dias de sol. Sobre os túmulos, a imagem de Jesus Cristo é a que mais aparece. E há diversas variações. Pietás também estão presentes. Num túmulo, um grande São Jorge está sobre a capela. Em outro, há detalhes que remontam ao antigo Egito. Um túmulo tem detalhes que parecem saídos de um templo grego. E outro uma ligação com a aeronáutica.
Visitar um cemitério e ver como os vivos homenageiam os mortos é algo especial. E o Cemitério São José é um prato cheio. Vale a pena ir ao local, com tempo, caminhar entre os túmulos, ver como foram construídos, ler as lápides, ver os detalhes das capelas tumulares, observar as obras de arte que os adornam. Uma primeira visita vai deixar a vontade de voltar. E a cada retorno, outros detalhes vão ser descobertos. Mais que um local que causa temor, cemitérios também são cultura, história e arte.O cemitério São José está aberto diariamente, das sete horas da manhã às seis horas da tarde.
Por: Eder Carlos
Pizzaria Domino's tem espaço de consumo interno apertado
A maior pizzaria do mundo tem um espaço pequeno em Ponta Grossa
Crédito: Kadu Mendes
Nascida em Michigan, nos Estados Unidos, por volta dos anos 60, a Pizzaria Dominino’s abriu as portas em Ponta Grossa em 18 de abril deste ano.
A empresa oferece um bom serviço de atendimento ao cliente, sobretudo no que diz respeito aos pedidos de entrega. Além de pizza, também vende sobremesas, sanduíches e outros acompanhamentos. Os preços das pizzas são acima da média da concorrência, partindo de 30 reais para a pizza média de 30 cm, até ultrapassar os 95 reais para as pizzas gigantes super premium. O preço se justifica ao degustar dos produtos da casa. Provei as pizzas premium dos sabores 4 queijos e frango com cream cheese. Estavam deliciosas.
Créditos: Reprodução Pizzaria Domino’s
Mas a maior franquia de pizzarias do mundo tem, na loja física, um problema no ambiente interno. A área para os clientes é pequena. O espaço entre as poucos mesas deixa o freguês com uma sensação de aperto, o que dá a impressão de que a Domino’s almeja que os consumidores comam rapidamente e deixem o local para não ocupar lugar à mesa que pode ser utilizada por outras pessoas. Ou a aposta está no serviço de entregas.
A Domino’s Pizza se localiza na Avenida Bonifácio Vilela, número 666, em frente à UEPG do centro. E atende de domingo a domingo, das 17h às 23h30.
Os pedidos para entrega ou para retirada na loja podem ser feitos pelo site www.dominos.com.br, pelo Whatsapp (21) 97301-5191 ou pelo aplicativo da Domino’s.
Por Kadu Mendes
Até os anjos pecam
Espetáculo “Mirra” traz descontração e bom humor aos teatros de Ponta Grossa
Crédito: Redes Sociais Festival Prosiá
O terceiro dia de apresentações do Festival Prosiá contou com a encenação da peça “Mirra”, na sala do Teatro SESC. O espetáculo, apresentado no dia 28 de julho, contava o dilema de três anjos da guarda que tinham a missão de cuidar de três grandes pecadores na terra enquanto precisavam resistir às próprias vontades carnais para não cometerem pecados e serem expulsos do paraíso.
Durante a apresentação, Ana Almeida, Levi Hilgemberge e Paulo Henrique interpretavam cada um um dos anjos da guarda que sempre estavam em apuros devido aos vários pecados cometidos constantemente pelos seus humanos. O Ápice da trama é quando os humanos atingem o número recorde de pecados que alguém pode cometer, fazendo os anjos pagarem uma humorada punição.
O local de apresentação era um espaço, similar a uma sala de estar, onde o público podia ficar bem próximo e interagir com os atores. A decoração, que remetia ao paraíso, casava com a interação dos atores com o cenário. Para completar a experiência, o jogo de luzes contrastava com o fundo escuro, o que trazia um destaque maior para as atuações e causava uma maior imersão nos espectadores.
Crédito: Redes Sociais Festival Prosiá
As atuações merecem destaque. Com um humor voltado ao público LGBTQIA+ e sempre muito expressivos, os atores dançavam, gritavam e choravam conforme os personagens mergulhavam em mais confusões por causa dos seus humanos. Seus figurinos de anjos, com asas, vestimentimentas e aréolas
A peça foi uma das nove encenadas durante a Semana do Festival de Teatro Prosiá, que durou dos dias 26 à 31 de julho. Foi a segunda edição do festival na cidade, encenado em alguns dos principais locais de teatro da cidade, como no auditório da UEPG central, e no Teatro SESC.
Por Lucas Ribeiro
Yogo age como aliado para melhora da saúde mental
Em momento de crise pós-pandemia, serviços de Yoga buscam novas alternativas para sobreviverem
Crédito: Carla Amaral / Arquivo
Uma prática que tem como objetivo trabalhar a mente e o corpo de forma interligada e que busca conquistar a hiperconsciência. O Yoga tem sido uma alternativa encontrada por algumas pessoas que queiram melhorar o físico, como flexibilidade, resistência e funcionamento dos órgãos internos, e a saúde mental, controlando a ansiedade, inquietações e reduzindo os níveis de estresse. Atletas, por exemplo, procuram o Yoga a fim de melhorar a mobilidade e a relação com seus adversários durante o jogo.
A cultura do Yoga surgiu há mais de 5 mil anos na índia e foi difundida ao longo do tempo para os demais países. Hoje, existem mais de 108 fundamentos do Yoga, sendo eles ligados à cultura e à religião, ou apenas à prática, como é o caso da maioria dos que são oferecidos em Ponta Grossa. Segundo Carla Amaral, instrutora de Yoga há mais de 18 anos na cidade, ainda são poucas as pessoas que realizam a prática e que se interessam em conhecer a cultura.
Crédito: Carla Amaral / Arquivo
Qualquer pessoa pode realizar o Yoga, visto que as aulas são pensadas seguindo as necessidades e limitações de cada corpo. Mas apesar de ser uma alternativa para a melhora da saúde mental, ele não cumpre o papel de uma terapia ou tratamento com medicamentos, e dependendo do caso de cada indivíduo, é preciso o acompanhamento com especialistas na área.
Nesse pós-pandemia, a procura pelo esporte teve uma queda. De acordo com Carla, o principal motivo se deve pelo financeiro, uma vez que ultimamente tudo está mais caro e as aulas acabam sendo vistas como algo não essencial. Dessa forma, algumas pessoas que ainda continuam realizando o Yoga acabaram optando por aulas apenas uma vez na semana ou de maneira remota, que são mais baratas.
Em Ponta Grossa, a Secretaria Municipal de Esportes oferece a prática do Yoga de forma gratuita. A iniciativa faz parte do projeto Oscar Pereira de Portas Abertas, onde as aulas têm duração de uma hora e contam com 15 participantes por turma. Elas são ofertadas nas segundas e quartas às 08h e ao meio-dia, e nas terças e quintas, nos horários das 09h, 10h e meio-dia. Para participar é preciso de autorização médica e a ficha de cadastro disponível no site da Secretaria. Até o momento a procura tem sido grande e conta com lista de espera assim que novas vagas estejam disponíveis.
Por Ana Luiza Bertelli Dimbarre
Koto projeta a cultura japonesa através de doces notas
Instrumento milenar japonês representa a música tradicional no Japão e no mundo
Crédito: Fundação Japão em SP
Provavelmente você já escutou notas semelhantes em filmes que trazem para as telas histórias sobre o Japão, especialmente, um Japão mais antigo. O instrumento que produz esse som se chama Koto e se assemelha a uma harpa. Estima-se que o instrumento tenha chegado ao Japão através da China por volta do século VIII. Então, uma antiga orquestra da corte inseriu o koto em seu repertório. Dessa forma, o instrumento chegou a outros músicos e foi cultivado pela nobreza até sua popularização no século XVII.
Crédito: Fundação Japão em SP
A harpa japonesa, como é conhecida no ocidente, possui 13 cordas extensas que são fixadas em duas pranchas de madeira de 1,80m que é deitada no chão para ser tocada. Normalmente, as pranchas vem da árvore kiri, também conhecida como árvore imperatriz, moldada para ter um corpo oco e ressonante. Antigamente, as cordas eram feitas com seda, mas agora os instrumentos usam o nylon. Além disso, o koto é usualmente tocado por mulheres com vestimentas tradicionais japonesas.
Um fato interessante sobre o instrumento é que não se pode fazer a afinação das cordas, elas apenas ficam tensionadas. Para obter as notas, utiliza-se de pequenos cavaletes colocados entre as cordas por todo o corpo do koto. Por conta desse detalhe, existem limitações de notas quando os cavaletes ficam próximos e isso traz um grau de dificuldade para quem quer aprender a tocar esse instrumento milenar.
Infelizmente são poucos os músicos que dominam esse instrumento, seja pela complexidade ou pela falta de incentivo à música japonesa. Quase não se encontram professores habilitados e há muita dificuldade para adquirir o instrumento vendido apenas no Japão. O cenário pontagrossense não difere do nacional, lojas de instrumentos na cidade não dispõe do koto ou outros instrumentos asiáticos. Porém, apesar de o koto ser pouco conhecido, os sons produzidos pelo instrumento são melódicos e harmônicos. Facilmente as notas transportam os ouvintes para um lugar de calmaria. Quem toca as 13 cordas do koto também toca a alma dos apreciadores da cultura japonesa.
Serviço:
De acordo com Associação Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira de Ponta Grossa, o instrumento koto não é ministrado na instituição.
Por Kathleen Schenberger
Quem tem medo de escrever sobre cultura?
Dois principais jornais ponta-grossenses possuem defasagem na produção de pautas críticas e culturais
Crédito: Iolanda Lima - Lente Quente
Quando se trata de temáticas relacionadas à cultura e conteúdos que fomentam a crítica de mídia, o jornalismo ponta-grossense nutre a prática sintomática de evitar estes temas ou falar sem aprofundamento ou reflexão, não apenas oferecendo à população uma visão superficial da agenda cultural da cidade, mas também tornando-se refém de releases de assessoria e cópias de outros sites.
Seja em grandes metrópoles ou em pequenas cidades, as iniciativas culturais são parte importante da construção identitária da comunidade local. Entretanto, a cobertura jornalística destes acontecimentos em Ponta Grossa apresenta problemas que se repetem.
Em uma semana de publicações, os dois principais jornais da cidade, aRede e DC+ publicaram apenas três matérias relacionadas à crítica e à cultura, sendo duas no portal aRede e apenas uma no site DC+.
Dos dois conteúdos publicados no portal A Rede, uma noticiava oficinas de cinema e a outra analisava a primeira temporada da série Sandman, da Netflix, no qual diversas partes da crítica são cópias de um site de resenhas, o que não foi sinalizado pelo portal. Com relação ao site online do jornal Diário dos Campos, a única publicação era material de assessoria.
Crédito: Vitória Teste - Lente Quente
A mídia é um importante vetor de fomento à cultura e ter um espaço cedido dentro de portais jornalísticos permite aos leitores ampla construção de pensamento crítico. De maneira geral, o que fica perceptível é a notória falta de prioridade na cobertura destes eventos por parte dos dois veículos. Apesar de possuírem grande alcance do público de Ponta Grossa, a lacuna deixada pela falta de diversidade de pautas relacionadas ao ambiente cultural, tem por consequência a defasagem de divulgação da cultura local que acarreta também na dificuldade de conhecimento e acesso da população a eventos como peças de teatro, mostras de dança e concertos musicais.
O apoio dos veículos de grande abrangência é parte fundamental para o crescimento do cenário cultural da cidade e a valorização da comunidade que a promove.
Por Valéria Laroca
Crítica de Ponta #143
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Crítica de Ponta
Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você
Documentário Borell, uma escola restaurativa enfatiza importância do diálogo em ambiente escolar
Obra traz entrevistas com Estudantes e Professores do Colégio que participaram do processo de conscientização
Lançado em 2020, o documentário “Borell, uma escola restaurativa”, conta a história do processo de implementação da prática da Justiça Restaurativa no Colégio Estadual Professor João Ricardo Von Borell du Vernay, localizado no Bairro Uvaranas, em Ponta Grossa. A produção, direção e edição do longa são de responsabilidade de Angelo Rocha, que, a partir do incentivo do Programa Municipal de Incentivo Fiscal à Cultura (Promific), fez o registro e destaca os efeitos das rodas de conversa restaurativas em produto audiovisual.
Foto: Reprodução
O documentário traz vozes plurais entre os depoimentos, desde atuais estudantes até ex-diretores e professores que participaram dos espaços onde a prática foi implementada, a partir de 2014. É interessante observar que personagens do documentário em que a trajetória no Borell registra mais tempo reconhecem os efeitos positivos da Justiça Restaurativa no colégio, de forma honesta, com erros de administração e coordenação anteriores ao procedimento. Antes da ação, o colégio era cenário de violência, indisciplina e acesso à drogas.
Focado na parte da estética visual entre um conjunto de depoimentos em formato de entrevista, a peça não trouxe elementos de trilha sonora ou efeitos visuais, pois não é necessário. A atmosfera esperançosa sobre conscientização da importância de diálogo nos ambientes de educação, principalmente quando os espaços são compostos por pessoas jovens, onde a inserção social pode ser complicada, se faz completa pela variedade de personagens, que, em consenso, identificam melhorias no ambiente do colégio. É possível perceber a destreza do diretor e reoteirista na produção estética e narrativa do documentário, e, apesar da duração de quase 60 minutos, não se torna maçante.
Por Lilian Magalhães
Serviço:
A produção pode ser conferida gratuitamente na plataforma de streaming FocaPlay, site produzido pelos estudantes de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa.
História do skate em Ponta Grossa registrada em uma HQ
Conheça os personagens que marcaram a cena do skate no município
Foto: Janaína Cassol
O livro Histórias do skate em Ponta Grossa é uma obra em quadrinhos, de autoria da jornalista e skatista, Erica Fernanda. Como o próprio nome diz a obra conta a história do skate, como surgiram os primeiros skatistas e as pistas em Ponta Grossa. No total o livro conta com relatos de 28 personagens, que contextualizam desde a criação da primeira pista de skate nos anos 1980, como se deu a popularização do skate na cidade e como está atualmente a prática esportiva.
A obra é dinâmica, rápida e estimulante, pois para quem não está inserido no mundo dos skates, ela instiga o leitor a imaginar cenas descritas nas páginas do livro. No entanto, para um leigo no assunto, algumas descrições são mais difíceis de imaginar, como a própria autora lembra no texto que é “difícil explicar o que a gente sabe visualmente”, mas isso acaba despertando curiosidade para o leitor buscar imagens e vídeos que mostram as manobras citadas no livro.
As fontes, ilustrações, imagens e até o vocabulário possuem um estilo característico do street, marca registrada dos skatistas, o que deixa o livro agradável visualmente e colabora para o aprofundamento do leitor nesse estilo de vida. A obra não conta apenas com as ilustrações em quadrinhos, ela também possui imagens de arquivos e registros documentais, deixando o completo.
O livro será lançado na segunda quinzena de setembro, custando R$ 30,00. Para adquirir basta entrar em contato com a autora através das redes sociais @aclickerica, ou adquirir o e-book através do site da Editora Casa Flutuante.
Serviço:
Livro: “Histórias do skate em Ponta Grossa”
Autoria: Erica Fernanda
Número de páginas: 120
Editora: Casa Flutuante
Lançamento: 2022
Valor: R$ 30,00
Por Janaina Cassol
História de PG em imagens
Exposição registra memórias da cidade no mês do patrimônio cultural
Um passeio cultural pelos arquivos da cidade. A exposição Registros da cidade de Ponta Grossa: Corpo e Alma traz referências visuais sobre a história do municipio, através de fotografias e de plantas arquitetônicas de grandes construções do município. As imagens são do ateliê Foto Bianchi, projeto de extensão da UEPG e do acervo da Casa da Memória Paraná.
No conjunto de fotografias e plantas de casarões antigos do século XX apresentadas na exposição, é possível notar que a representação da cidade está integrada a um espaço de convivência social, onde ao andar pelas galerias pode-se viajar no tempo, conhecendo imóveis históricos de Ponta Grossa que foram de grande importância no passado, como o Clube de Poloneses e o Centro de Cultura.
A exposição transmite uma sensação de curiosidade e de nostalgia, mesmo para aqueles que não eram nascidos quando os retratos foram feitos. O sentimento de pertencimento fica cada vez mais evidente quando se identifica quais lugares são representados, o que reforça a importância dos arquivos na memória afetiva regional.
A importância da exposição na Semana de Patrimônio Cultural, comemorada no mês de Agosto, é justamente resgatar imagens e arquivos da cidade num momento onde a preservação da cultura material do município cada vez mais se perde com a falta de políticas públicas para conservação histórica, que são o corpo e a alma dos quase 200 anos de Ponta Grossa.
Serviço: Registros da cidade de Ponta Grossa: Corpo e Alma. Exposição realizada no mês de agosto de 2022, na galeria do Ponto Azul, na Praça Barão de Guaraúna, no centro de Ponta Grossa.
Por Amanda Martins
Terras paranaenses em letras e notas musicais
Grupo Terra Vermelha homenageia cidades do Paraná através de canções autorais
O Grupo Terra Vermelha é uma equipe artística paranaense que compõe músicas em homenagem ao estado e às cidades do Paraná desde 2015. O grupo é composto por Beto Capeletto, Paulo César Oliveira, Júlio César de Lima e Rogério Saiz. Pelo reconhecimento do trabalho, as obras são publicadas até mesmo pelas prefeituras dos municípios, como foi o caso de Francisco Beltrão, homenageado pelo grupo em dezembro de 2021.
As músicas destacam referências culturais e o orgulho do paranaense, valorizando as características das terras do público. Também com o objetivo de preservar as raízes paranaenses, as obras são produzidas em diferentes variações de gênero, como sertanejo caipira, sons regionais e, em alguns casos, com influência do nativismo dos festivais do Sul do País, o que torna as canções próprias pelas marcas regionais, principalmente mais próximas do público do interior do Estado.
Um detalhe interessante das músicas é a paixão que as letras transmitem. Existe a busca do amor na infinidade do interior paranaense, a valorização da beleza do povo, das terras e dos frutos cultivados nos municípios. A valorização das raízes é uma forte característica do trabalho do grupo.
Mesmo com diversas músicas publicadas desde o início do trabalho, o Grupo Terra Vermelha referencia praticamente todas as 399 cidades do estado do Paraná em letras musicais. As músicas de homenagem a cada município estão mais voltadas às cidades do Oeste, Sudoeste e Norte do estado, com exceção da Região Metropolitana de Curitiba. Em breve, e com uma canção pronta, o Grupo promete homenagear as mulheres dos Campos Gerais do Paraná.
Serviço:
As músicas podem ser ouvidas no Youtube ou na página do Grupo Terra Vermelha, no Facebook, pelo link: https://www.facebook.com/terravermelhaoficial/
Por: Vinicius Sampaio
Animais domésticos em pauta geram maior interação do público
De projetos envolvendo animais a furtos e desaparecimento dos bichinhos, matérias do tema são as preferidas na audiência regional
No Jornalismo, as notícias podem ser consideradas hard news, de grande atualidade e impacto ou soft news, que são notícias mais leves. Comumente, ambas aparecem em jornais impressos ou telejornais, fazendo com que o ritmo informativo seja equilibrado, sem pesar tanto para um lado ou para outro. Quando se fala em jornalismo regional, em contraste com as hard news apresentadas, as soft news com maior frequência são pautadas nos animais domésticos.
O Meio-Dia Paraná, edição de Ponta Grossa, é um dos principais produtos do telejornalismo da região. Em um período de três semanas, entre os dias 19 de julho e 5 de agosto, quatro matérias sobre animais domésticos fizeram parte da grade do jornal. A maioria delas ocupou em média 4 minutos da grade, enquanto uma delas teve 10 minutos de duração por se tratar de uma situação de maior impacto – o furto de um papagaio de estimação após apreensão do IAT em Ponta Grossa.
Post no Facebook do DCMais. Imagem: print de tela.
Cada uma das matérias apresenta um gancho jornalístico, com relevância, e valor de noticiabilidade, como o inusitado ou comovente, sendo compreensível a posição na grade do jornal. Nos dias em que as matérias foram ao ar, o público utilizou o espaço disponível para participar do jornal e comentar sobre os próprios animais domésticos ou reagir às notícias. Assim, a emissora registra mais interação do público com o veículo de comunicação, aproximando-se dos telespectadores e garantindo um maior consumo da programação por parte deles.
Nos jornais impressos e online da região, a situação se repete. No mesmo período de três semanas, seis matérias sobre animais domésticos foram publicadas no site do DCMais e divulgadas no Facebook do veículo. De longe, são as que geraram a maior interação dos leitores. Em uma delas, sobre uma pinsher ter sido encontrada após quase uma semana desaparecida, mais de 5 mil pessoas reagiram à publicação, além de comentarem 115 vezes.
Ao comparar com matérias da editoria de política, por exemplo, que receberam pouquíssima interação, é evidente que o público prefere consumir algo mais tranquilo. Já cansados dos altos e baixos da realidade pontagrossense, o povo parece gostar de se comover com histórias sobre animais domésticos, talvez mais que com pautas sobre problemas sociais que afetam a maioria dos moradores.
Serviço:
Mídia regional pautam animais domésticos para um maior engajamento do público.
https://www.facebook.com/portaldcmais/posts/pfbid084K7uU2a4hdP61869FfZwJgkvKN6N3awfzoGggPXK5PTVbF9WDgYdHknMZevjFksl
https://globoplay.globo.com/v/10792892/
Por Maria Luiza Pontaldi
Redes de cafeterias entram no gosto do público e não surpreendem no sabor
Para quem buscam um café para viagem, ‘portinhas’ podem ser uma opção, mas o valor cobrado ainda assusta
O café é parte da rotina dos brasileiros. E, talvez, no mundo! Desde um café puro pela manhã ou um café com leite durante a tarde, o ato de tomar um cafezinho é mais do que satisfazer um desejo ou matar a fome: o café é símbolo de união, conversa e relacionamentos. Entretanto, como a correria do dia-a-dia acelera a vida, as cafeterias ‘to go’ encontram, aí, um nicho de mercado.
Com pouco ou quase nenhum espaço para se sentar, um único funcionário, auto-atendimento através de tablets e com a promessa de um café de qualidade e rápido, as cafeterias ‘de rede’ ocupam a paisagem urbana de forma curiosa. O The Coffee, por exemplo, é apenas uma portinha entre os prédios, capaz de não ser notado por aqueles que estão com pressa. Já o Mais1 Café possui de uma a duas mesas para os clientes que querem aproveitar os pedidos ali mesmo. Porém, mesmo com as vantagens de um café para levar, a qualidade e os preços deixam a desejar.
Foto: Tamires Limurci
Com valores que variam de R$ 4,60 reais, dos cafés mais básicos com 36ml, até R$ 13 reais, da linha gourmet de em média 330ml, os preços se comparam a cafeterias tradicionais, só que sem o ambiente e as produções que valem o preço. Já os cafés gelados possuem uma consistência de muita água e gelo para pouco café. Os alimentos que são vendidos como acompanhamentos, os preços são padrão de lanchonetes e cafeterias. Mas, infelizmente, o gosto deixa a desejar. Pão de queijo murcho, cookie duro e bolo sem sabor completaram a experiência nada agradável ao consumidor.
Por fim, as cafeterias ‘to-go’ são uma opção para quem tem pressa e precisa de uma bebida rápida, média e não tem problema em pagar mais do que vale. Já para aqueles que querem um café de qualidade, manter o tradicional expresso pode ser uma boa pedida.
Serviço:
The Coffee:
Endereço: R. Quinze de Novembro, 354 - Centro, Ponta Grossa - PR.
Horário de funcionamento:
Segunda-feira a sábado: 08h às 19h
Domingo: 10h às 18h.
Mais 1 Café:
Endereços: R. Augusto Ribas, 735 - Loja 2 - Centro, Ponta Grossa - Pr R. Dr. Colares, 174 - Centro, Ponta Grossa - PR
R. Balduíno Taques, 876 - Estrela, Ponta Grossa - PR
Horário de funcionamento:
Segunda-feira a sexta: 07h às 19h
Sábado: 08h às 18h
Domingo 13h30 às 18h30 (Unidade Dr. Colares)
Por Tamires Limurci
Uma atitude nada joia em PG
Prefeitura padroniza horários de treinos em espaços públicos e gera reclamações entre alunos
Com a aproximação dos Jogos Inter-Atléticas (JOIA), muitos cursos universitários começam a procurar locais disponíveis para realizar os treinos para os acadêmicos conseguir se preparar e participar das diversas modalidades da competição. Porém, muitas atléticas enfrentam dificuldade com a falta de espaços e horários incompatíveis.
Este problema se deve à regulamentação de horários e dias dos usos de quadras e ginásios públicos para treinos, como a Arena Multiuso e o Ginásio Oscar Pereira, gerado pela normatização definida pela Prefeitura de Ponta Grossa em julho deste ano. Atualmente, os espaços estão liberados para uso às terças e quintas-feiras, em três horários: das 20h às 21h, 21h às 22h e 22h às 23h.
A situação provoca reclamações entre as entidades e estudantes ouvidos pela reportagem do Crítica de Ponta, principalmente por conta dos horários tardios delimitados pela Prefeitura, o que impossibilita muitas vezes a ida aos treinos, tanto pelo deslocamento até o espaço quanto pela segurança. São 18 associações atléticas que têm direito ao uso dos ginásios para treino, o que, com dois dias disponíveis na semana, limita o treinamento para uma vez ao mês, prejudicando a preparação para os jogos anuais.
Há de se entender que é preciso que o Executivo municipal tenha um controle sobre os espaços e os disponibilize para outros grupos, que também precisam utilizá-los, mas é nítida a falta de cuidados da Prefeitura de PG com as atléticas, que muitas vezes não têm onde treinar, o que dificulta e causa desigualdades entre as equipes, prejudicando o próprio Joia, que cada vez mais, ganha importância no cenário esportivo municipal.
Serviço:
Em 2022, o JOIA acontece presencialmente após 2 anos de pandemia. O evento está previsto para os dias 12 à 15 de novembro, com a participação de todas as atléticas universitárias de Ponta Grossa.
Por Carlos Solek