Crítica de Ponta #137
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CRÍTICA DE PONTA
Produzido pelo terceiro ano de jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor sobre a cultura da cidade de Ponta Grossa.
Pontagrossenses têm pouco contato com quadrilhas juninas
Foto: Gildo Antonio/Acervo Lente Quente
Assim que o mês de junho chega, as festas juninas logo começam a ser organizadas por todo país. A dança é parte importante das celebrações, sendo a quadrilha o principal estilo. Original da Inglaterra no século XIII, a quadrilha foi disseminada por todo o mundo até que atingiu o Brasil, um século depois. A popularização começou entre a nobreza, até que conquistou toda a população. Mais tarde, a quadrilha se tornou uma dança em forma de agradecimento a santos populares como São João, Santo Antônio e São Pedro. Assim, as quadrilhas passaram a ser parte essencial nas festas juninas.
Existem alguns elementos que compõem a quadrilha, como a dança em pares, vestimenta “caipira” – com diferentes texturas e cores – e um ritmo dançante, como forró ou baião. Apesar de popular em todo o Brasil, não existem muitas opções para que a população pontagrossense possa conhecer, assistir e prestigiar a dança.
Em Ponta Grossa, os locais que geralmente organizam festas juninas contando com quadrilhas estão fora do perímetro urbano, em chácaras ou clubes fechados, por exemplo, ou no centro, longe das periferias. Quem gosta de acompanhar a tradicional dança precisa percorrer grandes distâncias, além de pagar ingressos com preços altos demais para o lazer da população. Em escolas públicas e particulares, as festas juninas também são organizadas, sendo uma alternativa para aqueles que desejam participar da tradição. Porém, na questão da dança, é voltada apenas para os estudantes da instituição, e não para comunidade geral. As opções de festas juninas abertas ao público são escassas, com foco apenas na gastronomia. A dança, apesar de ser uma parte essencial para as festas juninas, está disponível apenas para parte da população.
Até 2018, a Prefeitura de Ponta Grossa organizava o evento “Arraiá da Estação”que, além de oferecer gastronomia e música para todos, também oferecia uma pista de dança para quem quisesse participar, além de quadrilhas coreografadas para os espectadores. Porém, o evento não faz mais parte da agenda cultural da cidade, deixando de ofertar uma das únicas oportunidades da população geral conhecer e participar de quadrilhas juninas de forma gratuita.
Por Maria Luiza Pontaldi
Serviço
População tem poucas opções de festas juninas acessíveis a todos, dificultando o contato com as tradicionais quadrilhas juninas. O Cultura Plural organizou um roteiro com algumas celebrações em Ponta Grossa e região.
Um ‘jornal’ pautado por assessoria de imprensa?
Foto: Reprodução
Portais diários de notícias em Ponta Grossa registram uma frequente presença de matérias de assessoria de imprensa institucional para atualizar o site. Fazer Jornalismo, na história e prática profissional, exige apuração, criação de pautas e visão de trabalho específico das rotinas e empresas de mídia. Por isso, a simples republicação de matérias prontas de assessoria, sem mudanças na estrutura e sequer complementação, deixam sob suspeita a autonomia jornalística.
Um levantamento do Crítica de Mídia junto ao site do Jornal Diário dos Campos, ao longo do dia 24 de junho de 2022, aponta que, das 20 matérias publicadas da meia noite (00:01’) até às 18h30, oito eram de assessorias. Para fazer a marcação, foi visualizado o codinome supostamente autoral publicado pelo próprio portal: ‘das Assessorias’ e os nomes das empresas divulgadas nas matérias. Entre os temas presentes, destacam-se as realizações da Prefeitura de Ponta Grossa e o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), organizado pela 5a Cia do Batalhão da Patrulha Escolar Comunitária, da Polícia Militar. Além disso, três matérias ocupam o espaço de divulgação de eventos e acontecimentos, indicadas como da ‘Redação’ e ‘Cidades’.
Considerando que o jornal publica matérias no site DCMais de segunda-feira a sábado, mantendo um padrão na quantidade de publicações, pode-se calcular aproximadamente 48 matérias de assessorias por semana, sem contar as que não identificadas como ‘assessoria’. Percebe-se, assim, uma escolha (ou seria falha?) na produção de matérias do site que, ao preferir quantidade ao invés de qualidade, corre o risco de apenas publicar notícias de outras pessoas sem a devida apuração editorial e nem mesmo apresentar informações contextuais e com outras versões sobre o assunto.
Por Tamires Limurci
Serviço
Portais locais produzem jornalismo ou priorizam divulgação de assessorias? Confira análise exclusiva do Crítica de Ponta.
Sopa servida no pão é opção aos dias frios nos Campos Gerais
Foto: Isadora Ricardo
Com a chegada do frio, nada melhor que comidas quentes para se aquecer. Polenta, caldos e massas são receitas indicadas para o inverno, mas o tradicional prato de sopa é sempre o preferido! Em Ponta Grossa, o Espaço Domein oferece novidade em sopas artesanais servidas em pães de fermentação natural. Com padaria própria, todas as refeições servidas no pão italiano são produzidas no local.
O espaço oferece noites de sopa a partir das 18h, de terça à sábado, e é uma boa opção para quem quer conhecer um local aconchegante, com música ambiente agradável e comidas gostosas. O restaurante ainda conta com uma varanda e deck a céu aberto mas, se devido ao frio o cliente optar pelo ambiente fechado, o espaço interno é amplo e confortável.
A combinação das sopas servidas em pães é criativa e motivadora. A sugestão é cortar o pão e molhar na sopa, ou então tomar a sopa e depois experimentar o pão, que terá absorvido o molho e fica com sabor agradável. O pinhão, comida típica da região Sul, é uma das combinações de prato. Servido junto com batata salsa e bacon, é um pedido frequente na casa. Combinações como mandioca e frango desfiado ou ainda feijão com calabresa são outras opções para os clientes.
Os preços variam de 29 a 36 reais. A sopa leve é um bom contraste para a massa do pão que, inclusive, é crocante. Se você ainda pensa que “sopa não é janta”, precisa conhecer o espaço e curtir os pratos recheados e bem servidos, pois pode mudar de opinião.
Por Isadora Ricardo
Serviço
Espaço Domein
Endereço: R. Dr. Paula Xavier, 854 – Centro de Ponta Grossa
Horário de Funcionamento: Terça à sexta das 11h às 23h; Sábado das 9h às 23h; Domingo das 9h às 20h. 11h às 23h
Telefone: (42) 3087-5731
Uma alvorada musical em PG
Foto: Reprodução
O novo CD Alvorada, da banda Hoovaranas, mostra uma pegada voltada ao Jazz, psicodelia, Math-rock de uma maneira sóbria, diferente das outras propostas de CD e EP lançados anteriormente, e que possuíam um estilo rock alternativo, surf rock, post-rock, shoegaze, rock progressivo e punk-rock.
A proposta de alvorada é basicamente sobre o enfrentamento das lutas diárias, contando com a turbulência cotidiana, pensamentos profundos, crises de ansiedade, expectativas e uma absolvição de atos humanos
A capa do disco remete ao próprio gênero musical de psicodelia, trazendo elementos visuais dispostos, que chamam a atenção do ouvinte, despertando a curiosidade e interesse para saber quais sensações o produto pode trazer.
A faixa número 1, chamada de ego, traz melodias calmas, remetendo à própria conexão interna, voltada à essência humana. Já a faixa 4 lembra calmaria e mudança súbita na melodia, enquanto a faixa 9 remete a uma percepção psicodélica, que vai progredindo a um tom agressivo.
Para aqueles que são fãs ou já conhecem a banda, o estilo neo-psicodélico Instrumental não surpreende com a acústica do CD, mas para aqueles que não fazem ideia de como é o gênero ou não tem costume de ouvir, podem curtir as melodias ou, talvez, desaprovar algumas faixas por ser extensas com melodias similares.
A banda do gênero de neo-psicodelia instrumental, Hoovaranas, é da cidade de Ponta Grossa e conta com três integrantes, Rehael Martins (Guitarra), Eric Santana (Bateria) e Jorge Bahls (Baixo).
Por Amanda Martins
Serviço
Banda: Hoovaranas
Início: 2018
Álbuns: Poluição Sonora, Isolamento e Alvorada
Disponível em: Todas as plataformas musicais de streaming, Youtube e forma física (CD).
Falta espaço público aos moradores do Cará Cará
Foto: João Maciel
O quarto bairro mais populoso de Ponta Grossa, o Cará Cará, registra falta de acesso ao espaço público local para ações comunitárias. Localizado há cerca de 17 km da área central da Cidade, o Cará Cará possui, de acordo com dados do Censo mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 25 mil habitantes.
Na versão de quem mora e vive no local, nada justifica a falta de espaços para o lazer dos moradores no bairro. Inclusive, o único espaço existente, que é a sede do Centro do Idoso, não permite acesso da população para atividades de interesse comunitário. Porém, de acordo com residentes do Cará Cará, a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa restringe o acesso ao local.
Segundo João Maciel, que vive no bairro, inicialmente, o espaço era para ser da Associação de Moradores do Cará Cará. Mas, atualmente, o local é utilizado somente uma vez por semana para ações voltadas aos idosos da comunidade. João Maciel revela que o lugar está abandonado, mal aproveitado e, por isso, ele ainda questiona porque os moradores do Cará Cará não podem usar o local para ações, como o Clube de Mães, a Pastoral da Criança e bazares beneficentes.
O presidente da Associação de Moradores, Renato Santos, explica que além de realizar manifestações e um abaixo-assinado, o próximo passo é encaminhar um ofício à Fundação Municipal de Assistência Social (FASPG). O presidente destaca a importância do apoio comunitário à causa dos moradores do Cará Cará. Afinal, segundo os próprios moradores da região, o bairro não tem sequer um campo de areia para a prática esportiva. E, portanto, nada mais justo que o espaço abandonado seja de uso comunitário. A FASPG foi questionada sobre uma possível solução para a comunidade do Cará Cará, porém até o momento não se teve um retorno.
Por Leriany Barbosa
Serviço
Centro do Idoso
Rua Carajás, nº 207, Bairro Cará Cará - Ponta Grossa/PR
Tradução de livro infantil para braille amplia proposta de interpretação
Foto: Cassiana Tozati
“Acreditava que todas as flores tinham alma”. É assim que a escritora Dione Navarro descreve a personalidade de Zazá, protagonista sonhadora da história infantil A galinha que queria ser perfumista, escrito por ela em 2021. A sensibilidade da personagem despertou o interesse da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Visuais (Apadevi), que realizou a tradução do livro para o braille após conhecer a história pelas redes sociais.
A obra retrata a galinha com um talento, que é o de distinguir perfumes das flores do sítio em que mora. Desacreditada e oprimida pelos outros animais por ser um objetivo atípico do que é esperado para uma galinha, Zazá enfrenta dificuldade para concretizar o sonho de ser perfumista. Entretanto, a escritora e ex-professora do departamento de Ciências Farmacêuticas da UEPG, explica a magia da profissão: “poucas pessoas têm a capacidade olfativa de distinguir perfumes, por isso ser perfumista é um talento”.
Quando Zazá percebe o valor da própria habilidade, se sente incluída entre os outros animais retratados na história. Assim, a proposta da autora é destacar que diferentes aspectos da personalidade de um indivíduo podem agregar no contexto social em que vivem. A narrativa lembra, a princípio, O Patinho Feio, clássico infantil escrito pelo dinamarquês Hans Christian Andersen, em 1843. Porém, um diferencial na obra de Dione que vai além do conceito de pertencimento tratado no conto, é ressaltar uma habilidade olfativa da protagonista, o que é pertinente para um livro traduzido em braille que contempla crianças com deficiência visual.
É de conhecimento público que pessoas cegas ou com baixa visão têm os outros sentidos mais apurados, como o olfativo. E a história de Zazá reconhece um diferencial das crianças com deficiência, uma habilidade ou talento único que as destacam em um grupo de forma positiva. A narrativa, portanto, cumpre sua proposta inicial de uma história infantil que valoriza diferenças e, ao ser traduzida em braille, salienta uma habilidade de deficientes visuais, e o talento que agrega nas experiências da vida cotidiana.
Por Cassiana Tozati
Serviço
Livro: “A Galinha que queria ser Perfumista”
Autoria: Dione Navarro
Ilustração: Cristina Donasolo
Número de páginas: 24
Editora: Texto e Contexto
Site Associação: apadevipg.wixsite.com
Tudo misturado é uma nova atração Gastronômica de Ponta Grossa
Foto: Divulgação
Ponta Grossa ganhou recentemente mais uma opção gastronômica, o tudo misturado beer garden, em frente ao lago de olarias, que oferece diversos tipos de chopp, cervejas e porções e espetinhos. No cardápio encontra-se desde a mais tradicional, como a batata frita, até opções mais ousadas como bolinha marguerita e bolinho de charque, além de espetinhos de carne e queijo. Para quem gosta de uma sobremesa, churros e a venda terceirizada de brownie são as ofertas do local. O tudo misturado conta ainda com atrações musicais, mesas em espaço aberto, quadra de beach tennis, e você pode também levar o seu pet. Além disso, sessões de narguilé são oferecidas de quarta a domingo. O horário de funcionamento é, de terça à quinta, a partir de 12h, e de sexta à domingo, a partir das 9h, no endereço Rua Lagoa dos Bandeirantes, 31, em frente ao lago de olarias.
Com uma pequena demora no atendimento, as porções de batata frita e bolinho de charque, com preço de 14 e 16 reais, respectivamente, chegaram em boas condições, quentes e crocantes, de maneira geral, recomenda-se a visitação do espaço, que conta com boa infraestrutura e ambiente propício para conversas, família e happy hour. Você confere tudo sobre o “Tudo Misturado Beer Garden” no Instagram: Instagram/TudoMisturado. Para mais informações, o contato é o (42) 998805-5706.
Por Diego Chila
Crítica de Ponta #136
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CRÍTICA DE PONTA
Produzido pelo terceiro ano de jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor sobre a cultura da cidade de Ponta Grossa.
Imagem pessoal vai além daquilo que se pode enxergar
Foto: Ana Barbato
A imagem pessoal diz muito sobre a personalidade de uma pessoa. Na sociedade contemporânea, a aparência pode chegar antes dos indivíduos em qualquer situação. Por isso, a busca por cursos que ajudem na construção da imagem vem crescendo, tanto por parte de pessoas que desejam consultar com um especialista, quanto por aqueles que pretendem se profissionalizar na área.
De acordo com o Centro Europeu, a procura pelo curso de Consultoria de Imagem e Estilo na instituição aumentou 2 mil e 42 por cento nos últimos sete anos, e mais de 300 alunos estão matriculados nas sedes de Curitiba e Ponta Grossa. Em determinados eventos, o estabelecimento conta com a presença de consultores renomados como ocorreu no último mês de março, quando a renomada colunista, Rachel Jordan, compareceu à sede de Ponta Grossa para palestrar.
Em uma consultoria é feita a análise de estilo, tipo físico, formato de rosto e coloração pessoal, para que o cliente possa construir uma autoimagem estratégica que vá de encontro com seus objetivos. Dessa forma, ganha-se consciência de quais peças de roupa, cores e cortes de cabelo harmonizam com as características físicas e estilo individual.
A imagem pessoal vai muito além daquilo que se pode ver, pois ela também abrange a forma com que as outras pessoas vêem uns aos outros. Com ela, é possível se expressar sem necessariamente iniciar um diálogo com alguém, e comunicar visualmente a personalidade própria aos demais. Além disso, ao ter conhecimento do que é harmônico com a aparência, pode-se fugir dos padrões impostos pelas tendências do mercado, principalmente da área da moda, e assim, adquirir peças que conversem entre si para montar um guarda roupa mais consciente.
Por Ana Barbato
Serviço
Centro Europeu de Ponta Grossa - (42) 3224-6669
Mal. Deodoro, 473 - Centro, Ponta Grossa - PR, 84010-030
https://centroeuropeu.com.br/portal/pontagrossa/
Ruptura questiona invasão do trabalho na vida pessoal
Foto: Reprodução
Ruptura, lançada neste ano pela Apple TV, aborda uma questão destacada pela pandemia: a separação entre vida profissional e pessoal. Com o isolamento em 2020, o termo home office ficou conhecido entre os trabalhadores de todo o mundo, por ser a alternativa encontrada para que o trabalho não parasse no período. Em 2022, com o avanço da vacinação, o trabalho presencial retorna, e as consequências da época do home office, onde os limites entre vida pessoal e profissional foram ultrapassados, ganham evidência.
Enquanto na ficção as pessoas têm as memórias separadas para que a vida pessoal não interfira no trabalho, e vice-versa, na realidade essa “ruptura” pode se apresentar emocionalmente, onde as pessoas têm um estado emocional diferente nessas situações. Em janeiro, a Síndrome de Burnout foi classificada pela Organização Mundial de Saúde como doença do trabalho, considerando o esgotamento mental que a caracteriza. Pessoas que sofrem com a síndrome podem apresentar depressão e ansiedade no contexto trabalhista, mas estão bem emocionalmente, quando afastadas. A relação da Síndrome, no home office, adquiria maior complexidade, a partir da mesclagem do local de trabalho e de lazer.
O distanciamento emocional em relação ao trabalho, abordado em Ruptura, se apresenta como um dos sintomas da síndrome, com a despersonalização. A indiferença em relação ao trabalho, característica de Burnout, assemelha-se a desumanização proposta na série, onde as personagens assumem uma personalidade diferente na vida pessoal e profissional.
Além de trazer as reflexões, Ruptura entretém os telespectadores por ser uma série densa, com mistério, mas mesclado com comédia. A fotografia relembra a série de ficção Black Mirror, junto de alguns elementos das clássicas sitcoms, “Situações de Comédia”, para que quem assiste se identifique com as personagens. Todos os elementos utilizados para o entretenimento dos telespectadores são úteis para que a atenção dos mesmos permaneça do início ao fim. E o propósito da série, de fazer com que a sociedade reflita acerca da forma que se identifica no contexto trabalhista e no pessoal, seja atingido.
Por Cassiana Tozati
Serviço
Série Ruptura na Apple TV
1 temporada
9 episódios de cerca de 40 minutos
O 34º FUC destaca canções sobre fuga e liberdade
Foto: Isadora Ricardo
A 34ª edição do Festival Universitário da Canção (FUC), realizado pela UEPG em 11 de junho, premiou as melhores canções inscritas de acordo com música, letra e interpretação. Com composições cantadas somente na voz e violão, e outras com participação de banda, o festival revelou variedade de gêneros musicais e, das 12 músicas apresentadas, destacam-se as que falam de sentimentos de fuga e expressão no pós-pandemia.
Diferentemente dos anos anteriores onde o festival ocorria em três dias, já em 2021, devido a pandemia, foi realizado de maneira online em somente um dia. No mesmo modelo, em 2022, em formato presencial no Cine Teatro Ópera, também foi realizado em noite única. O evento mantém apenas a fase regional e espera-se que em breve, retome a etapa nacional.
A música vencedora do festival foi apresentada por Vivian Bueno e a banda Você, Eu e os Isqueiros. A canção ‘Fé, Menino’ a canção fala de uma luta diária, de opressão ao feminino, e foi um desabafo da artista, que inclusive, já foi premiada em outras edições do FUC. O segundo lugar ficou com Scilas Augusto, com a música ‘Acende a Luz do Lampião’, que também venceu o prêmio júri popular. Scilas foi vocal da banda Mandau, de Ponta Grossa.
O Festival Universitário da Canção foi um show, onde cantores não pensaram somente em subir no palco e cantar uma música, mas tiveram uma preocupação com figurino, qualidade da canção e presença de palco. Eventos do gênero, reafirmam a necessidade da valorização cultural no âmbito regional como forma de fortalecer vínculo entre artistas e comunidade.
Por Isadora Ricardo
Serviço
Festival Universitário da Canção (FUC)
Realização: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Local: Cine Teatro Ópera - Centro de Ponta Grossa
Um olhar observador sobre a vida urbana
Foto: Mariana Gonçalves
Se você conhece a realidade da UEPG, pode pensar que seria pouco ou nada seguro fazer uma crítica sobre o livro de um professor. Lançado em 2022, o livro Invariáveis, coletânea de crônicas da autoria de Rafael Schoenherr, narra andanças pelos bairros da Princesa dos Campos, observações particulares sobre uma manhã nada anormal em uma panificadora local e descreve algumas pacatas tardes de fim de ano na cidade.
As crônicas trabalham o imaginário de quem já se aventurou pelas vielas de Ponta Grossa: o que foi feito do bar Panorama? Como deve ter sido participar do Fenata em meio ao Calçadão? E o Pub Underground? Quem frequentava o lugar? Por que o “Tim” é uma personagem lendário e por que as bebidas eram armazenadas em garrafas de plástico?
São questões que motivam olhar a cidade, buscando desvendar o que ela já foi, que histórias já produziu e quais são os lugares do passado, ainda presentes em 2022. As frações de momentos registradas pelo autor expõem uma observação acerca dos acontecimentos e, é possível, a partir do mapa traçado por Rafael, refazer os passos ao longo dos anos, dialogando com pensamentos a respeito do que se via e ouvia.
Invariáveis é, de certo modo, uma biografia não autorizada de Ponta Grossa, que traça o perfil do ponta-grossense e relembra alguns momentos triviais. Apesar de trazer diversas histórias, é necessário que o leitor se atente às referências, que são constantes na leitura. O olhar poético a partir do qual as crônicas são escritas também merecem atenção – se você é um leitor desatento, terá de ler mais de uma vez alguns trechos de alguns relatos. A crítica, entretanto, diz respeito ao valor de comercialização: vendido por R$30,00, o livro acaba se tornando inacessível para algumas pessoas, e, por conta do valor, pode desinteressar outros leitores.
Por Mariana Gonçalves
Serviço:
Para ter acesso à obra basta entrar em contato com o autor, através de seu Instagram @rafaelschoenherr, ou se dirigir à biblioteca do campus da UEPG centro, onde o livro está disponível para empréstimo.
Falta de fiscalização do uso de máscara preocupa em circos
Foto: Betania Ramos
Uma opção de lazer a baixo custo em Ponta Grossa, mas que por falta de fiscalização preocupa a saúde pública. Para os que apreciam a arte circense, o Ferrari Circus vem a Ponta Grossa para oferecer um espetáculo para todas as idades. Na cidade desde o dia 20 de maio, o grupo está localizado em frente ao Ministério Público, próximo do centro e realiza apresentações diariamente às 20h30.
Em cada espetáculo, o circo realiza entre 18 e 20 apresentações. Para as crianças, o Ferrari exibe artistas fantasiados de Homem Aranha, Patrulha Canina e outros personagens infantis. Já para prender a atenção do público adulto, há exibições de malabaristas, equilibristas e outros artistas, além do tradicional palhaço que arranca sorrisos de todos.
O circo oferece lazer e entretenimento a um valor acessível aos moradores de Ponta Grossa, o espetáculo varia entre 9,90 para cadeiras populares e 20,90 reais para as cadeiras vips. A diferença no ingresso reflete na visibilidade e proximidade do palco. Para os ingressos vips, há à disposição cerca de 300 cadeiras próximas do palco, e para as populares estão cerca de 600 lugares. Devido a distribuição das cadeiras em um espaço plano, os espectadores que ocupam os últimos lugares acabam tendo dificuldade para prestigiar as apresentações, em especial os que ficam nos espaços de trás das colunas de suporte da lona.
O fator preocupante está na saúde pública, pois o local pode concentrar cerca de 900 pessoas em um espaço fechado por mais de duas horas sem a obrigatoriedade ou recomendação do uso de máscaras por parte da Prefeitura. Ambientes assim tornam-se propícios para a contaminação com a covid-19 e outras doenças respiratórias que estão em alta com a chegada do inverno e baixas temperaturas.
Por Victória Sellares
Serviço:
Ferrari Circus
Local: Rua Ermelino de Leão, em frente ao Ministério Público.
Apresentações: segunda à sexta 20h30 / sábado e domingo 16h, 18h e 20h30.
Quando portais locais optam por likes ao invés de informar com precisão
Foto: Reprodução
Todo jornalista sabe que não se deve divulgar informações de caráter mórbido, sensacionalista ou contrário aos valores humanos, especialmente em cobertura de crimes e acidentes, como destaca o inciso II do artigo 11, do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros. Entretanto, parte da mídia de Ponta Grossa parece esquecer do compromisso. Ao noticiar a queda de uma jovem do quinto andar de um prédio, na região central da Cidade, próximo a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), os portais de notícias Boca no Trombone e Mz Notícias deixaram de lado a informação e optaram por dar espaço à especulação.
Os portais não perderam tempo e resolveram noticiar o ocorrido ao vivo. Os dois veículos divulgaram lives, em páginas do Facebook, no momento em que os médicos socorristas estavam prestando os primeiros atendimentos à vítima. Diversos aspectos da cobertura incomodam, pois enquanto o repórter da Mz Notícias estava próximo das ambulâncias, o repórter do Boca no Trombone chegou até “matar” a jovem de 20 anos. Mesmo que as informações tenham sido corrigidas nos minutos seguintes, o repórter do Boca (BNT) gerou tumulto na rede social.
A live do Mz Notícias possui cerca de 6 minutos, já a live do Boca no Trombone se estende por 11 minutos e 20 segundos. Tanto o Mz Notícias como o Boca no Trombone divulgam informações confusas. Um exemplo é o andar que a jovem supostamente teria se jogado, pois ambos os repórteres falam ter sido do sexto andar. O repórter do Boca no Trombone depois muda o discurso e diz que a queda ocorreu do quinto andar. E, aí, no meio da live, surgem especulações das pessoas que estavam online e o repórter até questiona a possibilidade de a jovem estar grávida.
Em meio a contradições e incertezas, ambos os portais divulgaram uma matéria que aparenta mais ser uma nota, devido a quantidade de caracteres. A matéria do Boca no Trombone traz a idade da jovem, o local da queda e reforça que ela sobreviveu mesmo com as fraturas registradas. As mesmas informações estão na matéria do Mz Notícias, porém, ao final, informa-se que o caso seria investigado pelas autoridades locais, por não saber se a vítima tentou ou não suicídio.
Por Leriany Barbosa
Serviço:
Agenda da mídia regional.
Blog Boca no Trombone - Boca no Trombone
Portal de notícias da Rádio Mz - Mz Notícias
Crítica de Ponta #135
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CRÍTICA DE PONTA
Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura de Ponta Grossa para você!
Após morto, nem o texto ressuscita
Créditos: Reprodução
Créditos: Reprodução
Ponta Grossa é uma cidade grande, com uma imprensa centenária e atuante. A existência de duas faculdades de Jornalismo informa que há bons profissionais disponíveis no mercado. Após essas constatações, não há o que justifique a forma como os títulos são redigidos. Exceto a tentativa de fazer com que a palavra signifique o que não significa. Afinal, após sempre foi depois, nunca no momento.
Após morto, nem o texto ressuscita. O uso abusivo e errôneo de algumas palavras, tentando dar-lhes um sentido que não possuem, destrói a manchete. Já a criatividade morreu antes de nascer. Ou, como diria a manchete: Criatividade nasce após morrer.
Por Eder Carlos
Nem só de queijo e álcool vive o vegetariano
Créditos: Catharina Iavorski
Ao som de uma boa música e de um ambiente aconchegante, o Phono Pub consegue entregar um cardápio diversificado, principalmente para os vegetarianos e veganos que além de beber, querem comer bem. Com três opções de porções vegetarianas e um lanche, o Pub tem como base do seu cardápio o grão de bico e o queijo, tendo pastéis de queijo, dadinhos de tapioca com queijo coalho e nuggets de grão de bico, todos acompanhados por geleia de pimenta ou maionese vegana.
A porção de dadinho de queijo coalho crocante por fora e macio por dentro entrega tudo com a geleia de pimenta e é ideal se acompanhado com um quentão. Tendo uma opção pequena com cinco unidades e outra com doze. A segunda, é ideal para duas pessoas. Para acompanhar, os nuggets de grão de bico são bem temperados e muito parecidos com os tradicionais nuggets de frango e a maionese que acompanha que é feita de grão de bico, azeite, sal e limão deixa a porção bem leve e saborosa. As porções variam de R$ 12,00 a R$ 25,00, dependendo do preço e da quantidade que o cliente deseja.
Créditos: Catharina Iavorski
Já o lanche, tem como recheio os nuggets de grão de bico, alface, tomate, picles e maionese. Num comparativo, o lanche se aproxima muito do sabor e da textura do "Chicken" feito no Jerônimo Burguer ou até mesmo do lanche de frango da franquia Burguer King. Então mesmo quem come carne, se quiser experimentar algo vegetariano ou vegano, não vai sentir tanta diferença. O lanche custa R$19,00 e fica muito saboroso se acompanhado com uma cerveja gelada.
É um lugar onde os pratos estão na média de preço dos bares e pubs da cidade em relação aos vegetarianos e veganos, já que tem outros lugares na cidade que cobram mais caro por essas opções. Além disso, o atendimento, o ambiente e a música conseguem completar a experiência de quem quer sair para beber, se divertir e ainda comer bem, mesmo não comendo carne ou produtos de origem animal.
Serviço
O Phono Pub fica na Rua Doutor Penteado de Almeida, 158, na lateral da UEPG Campus Central e funciona de terça-feira a domingo das 17 horas até a meia noite. Para contato é só ligar para (42) 99127-6569 ou entrar no instagram @phonopub.
Por Catharina Iavorski
O consumo de Vapes entre a alternativa e a necessidade
Créditos: Lucas Ribeiro
O cigarro eletrônico é um aparelho que simula o tabagismo. Popular entre jovens, os dispositivos são utilizados principalmente para substituir o cigarro convencional e também o consumo da nicotina.
O uso do cigarro eletrônico tornou-se uma alternativa ao do cigarro convencional entre jovens no país. Conhecido como vape ou POD, o aparelho leva uma bateria e um depósito onde são despejados líquidos contendo nicotina e outras substâncias, aquecidas e inaladas através de uma saída.
O uso do cigarro eletrônico entre jovens aumentou durante a pandemia, como consta no relatório Covitel (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia), onde um a cada cinco jovens de 18 a 24 anos fazem o uso do cigarro eletrônico. Esse aumento ocorre principalmente pela vontade de substituir o cigarro convencional. Nessa troca, o usuário inicia um processo de diminuição do uso da nicotina.
O processo para se livrar do tabagismo nem sempre dá certo, já que os cigarros eletrônicos também contém alta quantidade de nicotina, que pode ser diminuída aos poucos, mas na prática não é isso que ocorre. Além da diminuição da nicotina, o cheiro do cigarro tradicional também motiva a troca pelo cigarro eletrônico, que não deixa um cheiro desagradavél.
O uso do cigarro em festas e baladas também ocorre pela influência de amigos e conhecidos que já usam o aparelho. Quem não costuma consumir passa a usar os vapes após sentir curiosidade, experimentar o gosto das essências ou a sensação de utilizar os cigarros eletrônicos junto a amigos. Quem consome o produto com mais frequência, apesar de destacar os benefícios do seu uso, normalmente não recomenda para aqueles que não tem o hábito de fumar, pelo risco da pessoa se tornar dependente da nicotina.
A importação, comercialização e propaganda dos aparelhos são proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009, mas não é difícil encontrar lugares ou pessoas vendendo os produtos. As essências, conhecidas como “juice”, também são de fácil acesso. Elas variam de sabor e preço, de acordo com que o usuário deseja consumir. Apesar de durarem mais que uma cartela de cigarro, o uso de cigarro eletrônico não representa uma melhora no bolso desses jovens, já que os preços altos das essências equivalem à compra de várias cartelas de cigarro ao longo do mês, principalmente para aqueles que consomem alta quantidade de cigarros.
Por Lucas Ribeiro
Nem só de festas, bares e saídas vive o universitário
Créditos: Victória Sellares
A vida de quem mora nas redondezas da UEPG campus central aos finais de semana é movimenta por conta das diversas opções de lugares para ir. Aqui, tem desde lanchonetes, pizzarias, barzinhos universitários até casas noturnas. Todos esses lugares são do jeito que o universitário gosta: bom e barato. No estabelecimento rola uma música, a comida e a bebida são boas e dá para juntar todos os amigos para aproveitar a noite.
Mas essa diversão toda dura apenas os dois dias do final de semana. O difícil mesmo é o dia a dia e como sobreviver no básico morando no centro. A padaria – aquela que tem o nome de um pão – até que é perto, mas não pode se enganar dizendo que o preço do que é vendido no lugar cabe no orçamento da maioria dos estudantes que moram na região. Quanto as farmácias, não dá para reclamar pela falta, pois é até um exagero a quantidade que tem. Se for preciso comprar algo para a sua alimentação, produtos de higiene ou de limpeza em um supermercado, se prepare para andar, pois o mais próximo fica cerca de um quilômetro de distância da Universidade e nem sempre tem o que você procura.
Para suprir as necessidades básicas morando nessa região privilegiada da cidade é preciso se empenhar um pouco e ir em um bairro mais próximo para encontrar supermercados com uma grande variedade de produtos, padarias com um preço acessível e restaurantes que vendem marmitas que salvam muito em dias que acabou a comida em casa. Nesse caso, a salvação para esses dias está ao alcance. Uma possibilidade de lugar para realizar uma alimentação adequada perto da UEPG campus central é o Gorillaz Universitário que serve prato feito a quinze reais e o restaurante Vó Coruja realiza delivery de marmitas e o preço varia de doze a dezessete reais.
O Gorillaz atende de segunda a sábado das onze da manhã até às duas horas da madrugada na rua Riachuelo, número 514. Outra opção é o restaurante Vó Coruja que aceita pedidos das marmitas pelo whatsapp apenas de segunda a sábado das onze da manhã até duas horas da tarde. E vale lembrar que os dois lugares são daquele jeito que eu falei no começo: bom e barato.
Por Maria Eduarda Ribeiro
Uma lacuna no rock regional
Créditos: João Paulo Bacchiega
“Eu vejo que Ponta Grossa tem muito a perder. Eles chegaram em lugares que você não imagina que um músico da região possa chegar. Como fã sinto um orgulho imenso do caminho que percorreram”. “A Cadillac mostrou que há qualidade sonora fora da capital, suas músicas me trazem reflexão acerca do mundo. É isso que os faz únicos”. “As composições são de extrema inteligência, nosso estado perde uma grande banda que ultrapassou as fronteiras dos Campos Gerais, se apresentando em vários outros estados. Não há opções equivalentes”.
Estas são as declarações de fãs ponta-grossenses da banda Cadillac Dinossauros, a designer Juliana Veiga, a cantora de rock Jéssica Amanda e a enfermeira Letícia Duarte, acompanharam a trajetória musical do grupo durante 7 anos, e juntam-se aos sentimentos de centenas de fãs que vivenciam seu fim, após 16 anos de carreira.
Com 5 discos e 8 videoclipes gravados, a despedida publicada no Instagram ressalta acontecimentos marcantes do grupo, a importância do público consolidado ao longo dos anos e a data do último show, que aconteceu em 22 de maio.
As composições estruturadas, com grandes críticas sociais e reflexões políticas, cativaram o público de uma forma única. Com ironia e humor ácido, a Cadillac Dinossauros foi pioneira no cenário da música alternativa na cidade e é grande incentivadora de novos grupos e projetos musicais, permitindo que o legado continue.
Para aqueles que vibraram ao som da banda no saudoso Sexta às Seis, eternizaram trechos das músicas na pele e se emocionaram com os arranjos instrumentais, o grupo deixará uma eterna lacuna no rock em Ponta Grossa, e a singularidade de cada integrante não poderá ser preenchida.
As memórias e a história da Cadillac permanecerão sempre vivas no imaginário daqueles que a conheceram. E aos novos fãs, resta a curiosidade e a experiência de vê-los tocando ao vivo.
Serviço
A banda está disponível nas plataformas Spotify, Deezer e Youtube. E nas redes sociais @cadillac_dinossauros.
Por Valéria Laroca
Microdocumentário retrata belezas da Escarpa Devoniana
Créditos: Reprodução - Projeto EspeleoPiraí
O potencial ecológico e turístico da Escarpa Devoniana é novamente valorizado, agora com uma série de microdocumentários. O produto é um dos primeiros resultados do projeto EspeleoPiraí, que estuda o patrimônio espeleológico arenítico da Escarpa Devoniana. A Escarpa é uma área de preservação do Estado do Paraná, mas em anos recentes teve sua área questionada por organizações e empresas ligadas ao agronegócio.
O micro documentário levanta a importância de se realizar pesquisas em locais como a Escarpa Devoniana, com vistas à preservação da vegetação e animais, além da história, com a revelação de pinturas rupestres encontradas nas cavernas e abrigos da região.
O projeto EspeleoPiraí é coordenado pelo Grupo Universitário de Pesquisas Espeleológicas (GUPE), fundado em 25 de agosto de 1985 em Ponta Grossa, e que trabalha com preservação, prospecção e topografia das cavernas da região. O projeto EspeleoPiraí conta com financiamento do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (CECAV-ICMBIO), órgão do Ministério do Meio Ambiente. O objetivo dos pesquisadores é realizar um inventário espeleológico, arqueológico, biogenético e cultural da região.
Neste primeiro episódio, pesquisadores comentam sobre a iniciativa e a importância de se estudar o patrimônio espeleológico arenítico da região. Por falar sobre temas importantes, como a Escarpa Devoniana, a produção se mostra bastante interessante e revela aspectos mais profundos dos Campos Gerais. Com imagens de drone e tripé, o documentário explora imagens muito bonitas, mas esquece de mostrar algumas informações importantes sobre os locais apresentados na produção, como localização das cavernas e se elas são abertas a visitação do público em geral, o que pode causar confusão para aqueles mais desatentos.
Por Heryvelton Martins
Crítica de Ponta #134
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CRÍTICA DE PONTA
Produzido pelo terceiro ano de jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor sobre a cultura da cidade de Ponta Grossa.
O eterno reinado de Elvis Presley no rock n’roll
50 músicos da orquestra estavam presentes no espetáculo, além dos integrantes da banda de Etcheverry | Foto: Amanda Martins
O ritmo contagiante do rock n’roll de Elvis Presley fez a plateia, que lotou o Cine-Teatro Ópera, se levantar das poltronas e dançar no domingo, dia 12/06. O músico Etcheverry Santi e a Orquestra Sinfônica de Ponta Grossa se juntaram para realizar uma apresentação de quase duas horas, seguindo um repertório de canções marcantes para a carreira do rei do rock.
O palco do Cine-Teatro Ópera também estava lotado, pois a orquestra sinfônica teve a companhia da banda de Etcheverry, contando com guitarra, violão, bateria, pratos, piano, entre outros instrumentos. A música erudita da orquestra e o rock produzido pela banda se misturaram, resultando em uma apresentação emocionante. O som dos instrumentos era agradável, mas por vezes sobressai a voz de Etcheverry. Apesar disso, a qualidade técnica do cantor Etcheverry Santi impressiona, a voz se assemelha a de Elvis Presley, fazendo do tributo um evento sensível. A presença de palco Etcheverry contagia a plateia com animação, recebendo aplausos a cada canção.
Embora as músicas com uma batida mais alegre são as que mais movimentaram a plateia, o destaque fica para as baladas românticas como “Love Me Tender” e “Always On My Mind”, que combinaram com o clima do dia dos namorados, mesmo data do tributo ao cantor. Por isso, a ausência da música “Can’t Help Falling In Love” desapontou àqueles que esperavam pela interpretação de uma das canções românticas do astro, que também foi trilha sonora do filme “Feitiço Havaiano”.
Todos os elementos fizeram da noite um espetáculo aos olhos do público, que pediu bis e teve a reprodução de três músicas da apresentação. Ao fim, a plateia se tornou uma pista de dança ao som de “Jailhouse Rock”, uma das canções famosas do rei do rock. Em comemoração ao Dia Dos Namorados de 2022, Etcheverry Santi e Orquestra Sinfônica de Ponta Grossa apresentam Tributo ao Elvis - 12/06/2022, às 20 horas, no Cine-Teatro Ópera.
Por Maria Luiza Pontaldi
Serviço:
Etcheverry Santi e Orquestra Sinfônica de Ponta Grossa - Tributo ao Elvis
Data: 12/06/2022
Horário: 20h
Local: Cine Teatro Ópera - R. Quinze de Novembro, 468 - Centro, Ponta Grossa - PR.
O primeiro Festival Universitário da Canção em perspectiva virtual
Foto: Vinicius Sampaio
O Museu Cenas de Ponta Grossa disponibiliza, em forma de exposição virtual, imagens sobre o Festival Universitário da Canção com o tema “1° FUC: Momento, Movimento e Música”. Com 12 fotografias cedidas pela Diretoria de Assuntos Culturais (DAC), da Universidade Estadual de Ponta Grossa, a exposição integra a série ‘Cenas do Bicentenário’, em preparação comemorativa aos 200 anos da cidade, em 2023.
Nas imagens, que retratam o primeiro ano do festival ocorrido em abril de 1980, no Auditório da Reitoria no Campus Central, é possível encontrar fragmentos de uma história de resistência e luta do Diretório Central dos Estudantes (DCE) para a realização do festival e marca a conquista da aprovação do projeto que instituiu o novo Campus da Instituição, atualmente no bairro de Uvaranas. As legendas escritas por Eduardo Godoy completam a narrativa que celebra o Festival Universitário e mantém viva uma tradição que, em 2022, registra a trigésima quarta edição.
Mesmo com poucas fotos disponíveis, sendo uma delas o cartaz de divulgação do evento, as imagens encantam o espectador que pode se conectar ao cenário cultural da cidade. Outro ponto importante é a qualidade da digitalização das imagens, que são nítidas e sem nenhuma danificação, facilitam a imersão e permitem a tentativa de encontrar rostos conhecidos entre as 1000 pessoas presentes no Auditório.
O Museu Cenas conta com mais de 2 mil fotografias históricas disponíveis ao público, advindas de diversos acervos públicos e privados. A iniciativa é da ABC Projetos Culturais em parceria com a Estratégia Projetos Criativos com financiamento do Programa Municipal de Incentivo Fiscal à Cultura, o PROMIFIC. Para acessar, basta entrar no site: www.museucenas.com.br .
Por Tamires Limurci
Publicidade de deputados na imprensa de PG gera conflito com valores do jornalismo
“Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade”. A frase, atribuída a William Randolph Hearst, revela um dos preceitos básicos da profissão. Mas, principalmente em tempos eleitorais em nível estadual e federal, é comum aumentar o investimento em publicidade e divulgação de atividade dos parlamentares. Isto é, pagam a veículos de imprensa para que se publiquem matérias favoráveis aos candidatos.
Segundo o Portal da Transparência da Câmara Federal e da Assembleia Legislativa Estadual, em Ponta Grossa e região, ao menos sete veículos de imprensa (jornais impressos, sites noticiosos e rádios) receberam verbas destinadas a publicações de materiais de assessoria de deputados federais e estaduais, principalmente dos que possuem base eleitoral na região. O total gasto ultrapassa 30 mil reais somente entre janeiro e junho de 2022.
Apesar de ser uma prática legal, pode-se interpretar como uma questão de ética e moral um veículo receber verbas de publicidade oriundas do dinheiro público, embora também seja compreensível que a verba seja um sustento para as redações jornalísticas. Mas, o problema existe quando um departamento comercial foca no lucro com propagandas de pessoas públicas, pautando editorias do veículo de acordo com os interesses financeiros, deixa, muitas vezes, de lado o jornalismo de apuração e os questionamentos aos representantes políticos sem qualquer publicidade eleitoral ou partidária, contrariando algumas orientações básicas da profissão.
Por Carlos Solek
Serviço:
Informações sobre os gastos de parlamentares da região com a divulgação de suas atividades e outras despesas podem ser consultadas através do Portal da Transparência do Congresso Nacional e da Assembleia Legislativa do Paraná.
Moda outono/inverno em Ponta Grossa aposta em cores vivas para a temporada
Foto: Lilian Magalhães
Com o início da temporada de inverno a partir de junho, o vestuário do dia a dia passa a ser composto por moletons, casacos, botas e luvas. Além da atribuição de proteger do frio, a função estética das roupas também é valorizada. Tradicionalmente, as cores do outono/inverno são em tons mais quentes, como o marrom, bordô e azul escuro.
Entretanto, no ano de 2022, peças em neon se tornaram mais evidentes nas lojas que seguem com as tendências da moda. Agora é comum utilizar um item colorido na composição da roupa do dia, como uma bota verde fluorescente, um sobretudo pink ou um moletom azul cobalto. Essas cores, normalmente associadas à temporada de verão/primavera, estão em alta nas novas coleções das grifes.
Em Ponta Grossa, lojas de departamento produzem réplicas destas marcas e aplicam um valor alto nas roupas que remetem ao estilo de grife. Como se sabe, a moda é cíclica, ou seja, é questionável se algumas destas peças valem a pena pelo seu alto custo quando compramos um item pensando apenas em sua estética, uma vez que a próxima temporada pode desvalorizar essa peça de roupa por estar em uma tendência ultrapassada, ou até mesmo, quando comprada em uma loja de fast-fashion, a qualidade do tecido pode ser inferior, fazendo com que o consumidor compre novas peças em um ritmo acelerado para se sentir na moda constantemente, mesmo que isso custe o próprio conforto e estilo.
Para entender mais sobre moda na cidade, os pólos de consumo renovam suas vitrines em uma frequência semanal, onde são disponibilizados manequins e cabides com peças de diversas cores.
Por Lilian Magalhães
Crítica de Ponta #133
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Crítica de Ponta
Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você
Um descaso com a obra de arte a céu aberto em Ponta Grossa
Azulejos quebrados no chão, pichação e sujeira nos murais são alguns problemas encontrados no Memorial do Tropeirismo | Foto: Manuela Roque.
O Memorial do Tropeirismo, localizado na rotatória da Rua Silva Jardim, é um dos marcos da cidade de Ponta Grossa. A obra, de autoria do artista plástico ponta-grossense Douglas Mayer, homenageia a rota dos tropeiros, a qual deu início à fundação do município. Por se tratar de uma produção a céu aberto, a obra carece de cuidados há anos pelo poder público.
Inaugurado em 2003, o Memorial do Tropeirismo é composto por quatro murais com pinturas em cerâmica nos tons de azul e uma escultura de cimento, que engloba um totem vertical com desenhos em alto relevo e uma estátua de aço de um tropeiro, apontando na direção do morro que originou a cidade, onde atualmente se encontra a Catedral Sant’Ana.
Talvez, poucos moradores percebam a obra na correria do dia a dia. Já os mais corajosos, que se atrevem a atravessar a rotatória movimentada para vê-la de perto, encontram um memorial destruído pelo descuido, tempo e pela própria população.
A pilha de azulejos quebrados e caídos no interior da obra e uma pichação no desenho de um dos tropeiros são os primeiros aspectos que chamam a atenção. O Memorial também teve uma placa de cobre furtada, ficando apenas o buraco que a mesma ocupava no totem vertical. A natureza também domina o espaço: além do limo e da sujeira acumulada nos murais, o cuidado com a jardinagem do local é precário.
Além da falta de manutenção, a inacessibilidade ao Memorial é outro empecilho. A rotatória não possui uma faixa de pedestres para acesso à obra. Quem quiser ver com calma deve passar correndo pela rua. E para chegar até a escultura, é preciso enfrentar um trajeto de pedras, pois não há escadas ou rampas.
O descaso do poder público local com o Memorial do Tropeirismo gera certas questões. Por que as produções artísticas a céu aberto em Ponta Grossa carecem tanto de cuidados? Até quando monumentos como este ficarão à mercê do tempo, da falta de manutenção e da dificuldade de acesso? E quando será dado o primeiro passo para preservar uma obra que se aproxima do vigésimo aniversário? São muitas perguntas sem respostas e, mesmo assim, a imponência do monumento mostra que se trata de uma obra que, a cada dia que passa, perde um pouco da beleza original, mas nunca a importância.
Por Manuela Roque
Serviço:
Título: Memorial do Tropeirismo.
Artista: Douglas Mayer.
Ano de instalação: 2003.
Endereço: Rua Silva Jardim, Centro – Ponta Grossa.
Kpop: Cultura coreana é a nova febre entre jovens pontagrossenses
Grupo musical de K-pop "Blackpink" | Foto: Reprodução.
Um movimento musical coreano ganha adeptos em Ponta Grossa. O k-pop, a música pop coreana, já não se limita ao mundo musical, pois se caracteriza como uma atitude e um estilo de vida. A cultura oriental vinda da Coreia do Sul, que inicialmente ganhou destaque do outro lado do globo, hoje domina praticamente o mundo todo.
Além das músicas, os fãs do estilo copiam os asiáticos nas vestimentas, estilo, moda e comportamento. Os fãs se inspiram nos idols que, na maioria das vezes, são integrantes dos grupos de k-pop. Alguns dos grupos famosos do mundo são BTS, Blackpink, Twice e Exo.
Os grupos coreanos possuem grandes acessos e visualizações nos trends, são bandas que chegam a ter bilhões de acessos como o clipe de “DDU-DU DDU-DU” de Blackpink. O MV, assim chamado os clipes pelos kpoppers, é o mais assistido do girlgroup, com 1,8 bi de reproduções no youtube.
Os fãs denominados kpoppers baseiam o estilo pelo visual dos idols. O que é utilizado em shows e clipes são altamente buscados nas lojas. João Vinicius, 21 anos, é fã do gênero desde 2015 e conta que todas as vezes que a banda favorita (Exo) lança clipe e o idol Sehun utiliza, por exemplo, uma calça estilo cargo, ele busca nas lojas da cidade um modelo parecido.
O gênero existe desde 1992 na Coreia, mas no Brasil chegou em 2013 com Gangnam Style do Psy. Joanna dos Santos, 22 anos, é fã do gênero desde 2009, conta que gostar de kpop sempre foi normal. “Escutava desde nova, o que foi um boom nos últimos anos foi apenas uma novidade no cenário da música ocidental”, explica.
Joanna ressalta o motivo de gostar do gênero: "é como o mundo pop da música norte-americana, mas o k-pop entrega uma história com grupos que vão além de ouvir a música”. A fã comenta também sobre as características que esses artistas entregam, o que mais encanta Joanna é a parte artística, as inovações nos conceitos de álbuns e performances.
Em Ponta Grossa pode-se identificar características do movimento kpop pelas ruas, por meio dos visuais, com adornos como meia calça arrastão ou rasgadas, luvas curtas, penteados como dois coques na cabeça e roupas na cor pastel.
A cidade já recebeu eventos privados dedicados ao k-pop. No entanto, jovens que se encontram para treinar coreografias, conversar sobre as bandas favoritas marcam encontros no Parque Ambiental através das redes sociais e amigos. Os encontros não possuem periodicidade e, até início de março, não houve nenhum encontro em 2022.
Por Maria Eduarda Eurich
Serviço:
Gênero musical e movimento cultural: Kpop
Origem: Coreia do Sul
Expressões em PG: hábitos, vestes e música.
Comunidade exclusiva sobre K-pop: https://aminoapps.com/c/kpoppt/home/
Soda italiana é opção de bebida em cafés de PG
Bebida original italiana faz sucesso em cafés de Ponta Grossa | Foto: Duckbill.
Existem várias comidas e bebidas típicas nos cardápios brasileiros que são de origem estrangeira, alguns pratos são cópias adaptadas e outras são idênticas. Esse é o caso da soda italiana, bebida de origem italiana, feita com água gaseificada e xarope com sabor. Segundo o portal Italianismo, uma invenção de italianos na américa. A bebida foi uma alternativa para aliviar o calor da cidade de São Francisco, na califórnia.
A reportagem do Crítica de Ponta, experimentou a soda de três cafés, o Duckbill, Café Ferrara e Tortas Wolf. Os três estabelecimentos atendem pelo aplicativo e em lugar físico. O diferencial entre eles é o valor e os sabores. Segundo os representantes do estabelecimento o sabor mais pedido é o de Maçã Verde, sabor que foi experimentado.
Em relação ao gosto, é literalmente uma água com gás, com o gosto da fruta. É refrescante por ser gelado e suave se comparado com o refrigerante, que tem outros vários ingredientes artificiais. Único ponto é que, por ter gás, precisa ser consumido rápido, como as demais bebidas.
Os sabores encontrados foram Pêssego, Tangerina, Cranberry, Morango, Framboesa, Jabuticaba, Lichia, Maracujá, Morango, Limão Cravo e Siciliano, kiwi e frutas vermelhas. Em relação ao valor, eles vão de R$9,00 a R$17,00, geralmente em 300 ml.
Em Ponta Grossa a soda pode ser encontrada tanto no Ifood, como em outros sete estabelecimentos e também em comércios presenciais. Pode ser uma opção para acompanhar outros pratos.
Por Rafael Piotto
Serviço:
DuckBill
Rua Doutor Paula Xavier, 1275 - Centro de Ponta Grossa.
Tortas Wolf
Rua Theodoro Rosas, 1074 - Centro
Ferrara
Rua Santos Dumont, 945 - Centro
Banda ponta-grossense Castanheira lança primeiro disco: ‘Tô por Aí’!
Capa do álbum "Tô por Aí!" | Foto: Banda Castanheira.
O álbum Tô por Aí, com cinco músicas autorais da banda Castanheira, retrata os anseios da juventude em conquistar a própria liberdade, viajar, conhecer lugares novos e se aventurar no amor. As cinco músicas do EP se encaixam ao estilo musical reggae e possuem uma vibe praiana, recheadas de instrumentos musicais, melodias suaves, lentas e dançantes.
E, por falar em praiana, esta é uma referência que não falta no álbum! A praia é citada em três das cinco músicas, inclusive na capa do EP, retratando o amor da banda pelo litoral. Tô por Aí está disponível nas plataformas digitais desde fevereiro/22 e o lançamento oficial acontece em março, no bar CBGBar.
A primeira canção intitulada “Sexta-feira” fala da vontade de se mudar e viver em outro lugar, principalmente no mar e relaxar com o amor, “Correnteza” também segue a linha romântica. Já a música “To Por Aí”, mesmo título de EP, fala sobre uma pessoa jovem e livre, que luta para construir um futuro, mas sem esquecer das suas raízes. Já as músicas “Não vai” e “Outro lugar” retratam algumas das crises da juventude, em que você se vê repleto de mudanças com problemas, saudades... vivendo constantemente em uma montanha russa de emoções e de vontade de viver, onde “tudo muda quando você decide mudar”.
A banda Castanheira é formada por Matheus Dallas (vocal e violão), Gabriel Padilha (baixo), David Vulcanis (guitarra), Bruno Willian (percussão) e Patrick Vasconcelos (bateria). Eles formaram a banda em 2021, numa brincadeira durante o encontro entre amigos que se reuniam para tocar por pura diversão no CBGBar.
Por Yasmin Orlowski
Serviço:
Álbum: ‘Tô por Aí’
Artista: Castanheira
Produção autoral independente. Ponta Grossa, 2022.
Disponível em: https://www.youtube.com/playlist?list=OLAK5uy_mAIozk2KwE_TMT4kc0uF4SJS1Ci_nyTmA
Balaclava se torna tendência de moda na pandemia, mas que nem todos conseguem usar
Balaclava, gorro feito de lã que cobre a área do rosto é uma das principais tendências de moda para 2022 | Foto: Manuela Roque.
Entre os mais antenados nas semanas internacionais de moda, a reinvenção de um acessório do século XIX chama a atenção: a Balaclava, uma espécie de gorro, geralmente feito de lã ou crochê, que cobre toda a área do rosto, deixando apenas os olhos à mostra.
Historicamente, a Balaclava está relacionada à cidade ucraniana de mesmo nome, palco de diversas batalhas durante a Guerra da Crimeia, onde tropas britânicas e irlandesas usaram o acessório para lutar contra os russos no inverno. Anos depois, manifestantes separatistas pró-Rússia no Leste Europeu se apropriaram do gorro, que até pouco tempo atrás, era relacionado a um comportamento ameaçador.
Com a chegada da pandemia, a Balaclava ganha outro significado e passa a ser vista como um acessório que disfarça as máscaras usadas contra a Covid-19. A peça também se torna uma das principais tendências de passarela e é composta por adereços, como pedrarias, orelhas de bichinhos e logomarcas de grifes.
Contudo, a popularização da Balaclava vem gerando debates sobre estereótipos raciais e religiosos nas redes sociais. Ativistas do movimento negro alegam que, quando usado por pessoas negras, o gorro é associado à criminalidade e pode ocasionar situações de racismo. Internautas também fizeram comparações entre ela e o hijab, veste usada por mulheres muçulmanas que cobre todo o rosto. Enquanto a Balaclava é considerada um acessório prático e estiloso, o hijab é visto de maneira preconceituosa.
Aos poucos, a Balaclava também está caindo no gosto dos jovens ponta-grossenses. Nas ruas, ela já é vista, mas de forma tímida. Afinal, o acessório ainda causa polêmica. Artesãs da cidade também já expõem alguns modelos para venda, mas a procura é pequena, pois nem todas as pessoas podem usar a peça com tranquilidade nas ruas. Vale questionar se o mundo da moda realmente é inclusivo ou se ainda continua reproduzindo tendências e recriando peças segregadoras.
Por Manuela Roque
Serviço:
Dicas de como usar a Balaclava: https://stealthelook.com.br/balaclava-a-tendencia-de-inverno-polemica-que-esta-fazendo-a-cabeca-das-fashionistas/
Confira em detalhes as polêmicas por trás da Balaclava: https://www.metropoles.com/colunas/ilca-maria-estevao/balaclava-na-moda-entenda-a-polemica-sobre-o-acessorio-de-vestuario
Killing Eve e a problemática da popularidade dos Serial Killers
Pôster oficial de divulgação da série Killing Eve | Foto; Globoplay
A série televisiva britânica Killing Eve teve a estreia da quarta temporada em fevereiro deste ano. A trama, que gira em torno dos encontros e desencontros entre a assassina em série Villanelle e a espiã do governo britânico Eve Polastri, retrata a crescente popularidade de pessoas que cometem crimes brutais.
Entre os tópicos discutidos na quarta temporada está o mistério sobre quem são os 12 membros da organização secreta envolvida no financiamento dos assassinatos ocorridos na série. A série também trabalha a crise de identidade de Villanelle, em que a personagem mostra vontade de mudar de vida, buscando respostas na religião e na terapia. Enquanto isso, Eve investiga a organização secreta, ao mesmo tempo em que luta contra o sentimento que nutre pela assassina.
A trama se desenrola de forma lenta, porém atrativa. O interessante é que a personagem Villanelle é rotulada diversas vezes como psicopata, por possuir características como não sentir empatia ou remorso, ser calculista e sentir-se vazia. Mesmo que Villanelle seja a vilã da trama, o carisma, humor, sedução e sarcasmo da personagem fazem com que os telespectadores torçam por ela e se comovam com a história. Outra série que traz personagens psicopatas que cativam o público é You, da Netflix, lançada em 2018. O suspense psicológico tem como protagonista Joe, um stalker assassino que, pelo charme e obsessão, conquista diversos fãs.
Um aspecto que ganha destaque na mídia é o crescimento de “adoração” por serial killers, que chegam até a virar ícones da cultura pop, roubando a cena em diversos filmes, séries e livros. Um exemplo de conteúdo produzido em Ponta Grossa sobre o assunto é o canal “Jaqueline Guerreiro”, centrado em narrações de casos criminais e que já soma mais de 3 milhões de inscritos.
Porém, uma das discussões que permeiam o fascínio por serial killers é quando a simples curiosidade vira fanatismo. Um pouco mais longe, nos Estados Unidos, existe um site em que você pode comprar itens reais pertencentes a assassinos em série. Voltando ao Brasil, pode-se citar como exemplo Suzane Von Richthofen, que ganhou visibilidade após o lançamento do filme A menina que matou os pais” e O Menino que matou os meus pais. A assassina possui diversos fãs clube no twitter, e ganhou até tatuagem de fã! A principal pergunta aqui é: até onde o fascínio deixa de ser saudável?
Por Yasmin Orlowski
Serviço:
Série: Killing Eve
Lançamento: Fevereiro de 2022 (Brasil)
Emissora: BBC America
Gênero: Drama/Suspense
Temporadas: 4
Duração: Aproximadamente 50 minutos cada episódio (8 ep.)
Ano: 2018/2022
Disponível em Streaming: Globoplay
Culinária oriental conquista adeptos em Ponta Grossa
Peças de sushi Orientali no cardápio de restaurantes da Cidade | Foto: Maria Eduarda Eurich
Para quem aprecia a culinária oriental, Ponta Grossa possui mais de 30 opções de restaurantes que servem sushi. Um dos estabelecimentos que oferecem comida japonesa e também comida chinesa é a franquia Orientali. O restaurante possui três lojas na cidade, uma localizada no Shopping Palladium, outra no Shopping Total e a terceira no mercado Muffato do bairro Uvaranas. O restaurante trabalha com buffet, que custa R$89,90 o quilo/livre nos shoppings. No mercado, o livre custa R$54,90 por pessoa e o buffet por quilo R$69,90.
A pista de comidas conta com diversas opções, as que ganham destaque são niguiri, um bolinho de arroz com salmão por cima, temaki, um cone de alga com arroz e recheio de salmão e cream cheese. O hossomaki é o sushi enrolado em alga e arroz com diversos recheios como salmão, pepino, kani, etc. O uramaki sushi enrolado ao contrário, diferente do hossomaki, é a alga colocada por dentro e o arroz por fora. Outra opção é o sushi hot roll, uma criação brasileira, que é conhecida como sushi frito, empanado com alga frita e farinha panko. Outro diferencial são os sushis doces, o de morango com goiabada traz um sabor leve e diferenciado com a mistura de arroz e alga.
O restaurante Orientali escolhido para avaliação foi o da praça de alimentação do Shopping Palladium. O serviço é eficiente, a pista de sushi apresenta as comidas de maneira organizada por categorias gastronômicas orientais, sem filas para escolher as peças com calma. Além dos sushis são servidos também itens da culinária chinesa como o yakissoba e guioza, além de pratos da culinária brasileira, como camarão à milanesa.
O valor de R$ 89,90 em um buffet não é acessível para o padrão socioeconômico da maioria da população da Cidade, mas considera-se um cardápio vasto com opções de frutos do mar, um item caro da culinária. O horário de atendimento varia de acordo com as unidades, nos shoppings o horário de funcionamento é das 11h às 21h. No mercado Muffato, em Uvaranas, o atendimento é das 11h15 às 20h45. Para quem prefere pedir para entrega, o restaurante também está no iFood .
Por Maria Eduarda Eurich
Serviço:
Unidades: Orientali - Shopping Palladium, Shopping Total e Muffato Uvaranas
Endereço: Ermelino de Leão, 703 / Av. Dom Pedro II, 350 / Vicente Sposito, 205
Instagram: @orientalipg
Telefone: 42 98870-2023
iFood: www.ifood.com.br/delivery/ponta-grossa-pr/orientali-shopping-total-nova-russia/d952ba50-e840-40cc-bff0-3eaeb48d257e
Jornalismo especializado em agronegócio fomenta formas de manejo sustentáveis
As notícias do portal abrangem agricultura, pecuária bovina e suínos | Imagem: Reprodução do site
O site DigitalAgro oferece notícias diversificadas relacionadas ao agro, com um foco maior nas áreas de inovação dentro da agricultura. Na busca de parâmetros ligados à produtividade, sustentabilidade e consumo consciente do meio ambiente, o site é alimentado pela área de estratégia e inovação da Cooperativa Agroindustrial Frísia, em Carambeí.
O principal espaço de informação do site para quem consome notícias ligadas ao agronegócio é a aba News. Na plataforma é possível acessar as mais diversificadas notícias, ligadas às formas de trabalho nas lavouras, tendências, e outras notícias que impactam no mercado, como por exemplo, os atuais conflitos entre Ucrânia e Rússia e as consequências na economia.
Em relação aos textos, o site segue um formato predominante de notícias, poucos materiais são reportagens. Já a linguagem do texto, carrega termos característicos de quem está inserido no agro, outros públicos podem ter um pouco mais de dificuldade na leitura, mas nada que impeça o consumo das matérias.
No site, existe também o espaço nomeado como Connection, focado em selecionar ideias e startups que possam colaborar com novas formas de plantar, colher, produzir e distribuir os alimentos. Além da produção de notícias, o portal realiza um evento anual focado em inovação. Nos anos anteriores, por conta da pandemia, o evento foi online, mas para 2022 já está sendo planejado com realização presencial ao mês de Julho.
Interessados podem conferir as notícias tanto no site, como acompanhar por meio da plataforma do Instagram. Se preferir receber notícias semanais, é possível se inscrever na newsletter ‘Café com inovação’, que veicula com conteúdos inéditos semanais pelo email.
Por Rafael Piotto
Serviço:
https://digitalagro.com.br/
Instagram: @Soudigitalagro
Escritoras pontagrossenses lançam coletiva infantil
Coletânea Memórias Afetivas por Alessandra Perrinchelli Bucholdz e Sofia Pirroncello Cavalheiro | Foto: Maria Eduarda Eurich
A coleção de livros infantis Memórias Afetivas, da autoria de Alessandra Perrinchelli Bucholdz e Sonia Pirroncello Cavalheiro, traz cinco histórias baseadas em fatos reais com memórias de diversas infâncias relacionadas com a vida das escritoras. A coleção foi ilustrada pelo artista pontagrossense Élio Chaves.
Fazem parte da coletânea os livros Coisas de Sofia, Reinações de vô Tonico, Um aniversário especial, A lata de cortar cabelo e Brunices - história do pensamento infantil. A proposta dos livros é interessante, pois as histórias são escritas de uma maneira que o leitor se identifica com alguma situação descrita, despertando memórias experiências.
Outro ponto a destacar é a interatividade que os livros trazem, além da história e imagens ao decorrer de cada narrativa, as páginas contêm um QR Code, que leva o leitor a fotos, dados, receita, gifs, músicas, documentos, depoimentos e outras informações das histórias dos personagens. Todos os livros da coletânea possuem como medida de acessibilidade audiolivros, que são acessados também por QR Code.
Mesmo inéditos, os livros já agrupam premiações. Reinações de vô Tonico e A lata de cortar cabelo venceram o prêmio Outras Palavras de literatura infantil no Paraná. Um aniversário especial ganhou o prêmio “Leia Mais MS” da Fundação de Cultura do Mato Grosso do Sul e o livro Coisas de Sofias foi selecionado no edital “Cultura feita em Casa”, do estado do Paraná.
O projeto recebeu apoios da Lei de Incentivo à Cultura, Secretaria Especial da Cultura e Ministério do Turismo, Programa Municipal de Incentivo Fiscal à Cultura (PROMIFIC) e todos com produção da ABC Projetos Culturais.
Por Maria Eduarda Eurich
Serviço:
Coleção: Memórias Afetivas
Livros individuais: R$ 20,00 cada. Cinco livros: R$ 90,00.
Ponta Grossa: ABC Projetos Culturais, 2021.
Autoria: Alessandra Perrinchelli Bucholdz e Sonia Pirroncello Cavalheiro
Ilustração: Élio Chaves