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Crítica de Ponta

Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você. Nesta edição especial você confere cinco perfis dos mais variados tipos de personalidades dos Campos Gerais.

 

Cultura chopper e sensibilidade na história de Luiz Guilherme Divardin

Ao caminhar pela avenida Balduíno Taques, em frente ao ginásio Oscar Pereira, um jovem rapaz se depara com algumas bicicletas antigas à venda por preço baixíssimo. Ao conferir os modelos, se interessa por uma Monark Brisa que custava 50 reais. Sem condições de uso, o jovem Luiz Guilherme Divardin se empenhou em reformar a bicicleta, aprendizado que começou a ter com um primo. Seria o começo de um longo envolvimento com a customização e a cultura das bicicletas antigas.

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Foto: Acervo Pessoal de Luiz Guilherme Divardin

Mesmo com uma bicicleta de marchas comum para uso diário, o interesse pelas mais antigas chegou ainda na infância para Diva (um dos vários codinomes). Seu avô possuía uma com freio no pedal e o antigo costume de pedalar “por dentro” do quadro, para poder alcançar o pedal quando criança, foi vivido em plenos anos 1990 pelo jovem garoto. Para Diva, essa é a mais antiga lembrança envolvendo as bicicletas.
Aos catorze anos, Diva dá início ao principal projeto que o acompanharia nos próximos anos: decide transformar a ortodoxa bicicleta de marchas em uma chopper, um estilo de customização que ganhou popularidade após o lançamento do filme Easy Rider, em 1969. O processo inicia com o prolongamento do garfo (feito com a ajuda de um mecânico amigo) e, por um tempo, rodou com aro 26 na dianteira. Ao sentir a necessidade de mudança, Diva logo colocou uma roda aro 20 e adaptou as posições de banco e guidão. Não satisfeito, Diva cortou a caixa de direção e soldou inclinada, mesmo sem gabarito, para finalizar a customização.

Em 2010, além da troca das alavancas de marcha, Diva conta que a chopper passou por uma revitalização e ficou mais “utilizável”. Pintou de verde militar, trocou rodas, cubos e raios e passou a usá-la com freqüência. E, assim, Diva embarcou em uma primeira ida para Curitiba. Motivado pela ideia de um amigo (e para ver um show em Curitiba), Diva conta que a hipótese rondou a cabeça por uma semana e, por fim, resolveu ir. Empurrando em subidas, embalando em descidas, Diva chegou à capital movido apenas por duas rodas e uma inquieta sede por vivências.

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Foto: Acervo Pessoal de Luiz Guilherme Divardin

Em 2013, a chopper recebe finalmente uma motorização. Por um breve tempo foi toda preta (em referência a Mad Max) e, logo em seguida, recebeu um visual definitivo como réplica da moto usada por Peter Fonda no já mencionado filme Easy Rider. O quadro foi pintado de prata e o tanque recebeu as cores da bandeira dos Estados Unidos. Formado em Artes Visuais pela UEPG, Diva expôs a bicicleta com a customização em uma exposição na galeria da Proex.

A dedicação pela customização e o interesse visceral nas bicicletas se reflete em cada história contada por Diva: cada ocasião é lembrada com nitidez e riqueza de detalhes por ele, desde roupa que estava usando a pneus furados durante um percurso. Dono de personalidade leve e amorosa, Diva é facilmente associado pelos amigos a tudo que ama e à maneira como relata as próprias experiências. Na atual realidade regida por instantaneidade de informação, Diva é uma reserva de calma e sensibilidade em meio ao caos (ou simplesmente uma bicicleta em trânsito de metrópole).


Por Cássio Murilo

Uma volta às aulas aos 50 anos

 Nascido em Ponta Grossa, em 16 de dezembro de 1962, Éder Carlos começou os estudos em 1969, alfabetizado em casa pela mãe, uma ex-professora de escola rural. Ela fez o mesmo com os quatro filhos. Assim, desde a infância, Éder foi incentivado a estudar. Com 15 anos, ele começou a trabalhar atuando em diversos setores, desde comércio a indústria metalúrgica, mas conta que sempre gostou muito de ler, lia uma média de quatro livros por semana, além de dezenas de revistas em quadrinhos.

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Éder no estúdio da Rádio Santana no Jornal da Manhã. Foto: Acervo pessoal de Éder Carlos.

No final de março de 1982, Éder relata que ouviu numa rádio que estavam selecionando candidatos para repórter e redator em um jornal da cidade. Mesmo sem ter as qualificações que pediam, ele acabou selecionado e encaminhado ao Jornal da Manhã, fez o teste e foi aprovado. Depois da aprovação, Éder voltou para a casa e ficou o dia todo lendo jornais. No dia seguinte, 1 de abril de 1982, saiu fazer a primeira reportagem, com o ex-vereador, Beraldo Brito Costa, presidente da – Associação Pontagrossense de Amparo à ‘Criança Defeituosa’ (APACD), como era chamado na época. A matéria foi publicada no final de semana seguinte, ocupando uma página inteira.

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Éder no estúdio da Rádio Santana no Jornal da Manhã. Junto com o Adail Inglês, entrevistando o detetive Edson Stadler, na época chefe da seção de Furtos e Roubos da 13ª Sub Divisão Policial. Foto: Acervo pessoal de Éder Carlos.

Desde então, Éder não parou mais, começou a estudar teologia e, em 1994, se formou. Em 2013 se formou em uma segunda graduação: Gestão Pública. E em 2019 começou a terceira, em Jornalismo na UEPG. Com o gosto por pesquisa em 2021, Éder é aprovado no Mestrado em Jornalismo, que cursa atualmente. Aos 59 anos, Éder pretende se dedicar aos estudos e aprender mais. Ele relata que, na década de 1980, há 40 anos, aprendeu jornalismo na prática e hoje tem a oportunidade de estudar teorias e entender melhor a profissão. Quando perguntado sobre o futuro, Éder diz que é incerto, mas acredita que ainda pode colaborar muito e espera pelo que ainda está por vir.

Por Evelyn Paes

A UEPG e a vida pelos olhos de Tere

Assim como tudo na vida, momentos e histórias envolvem personagens que participaram tão ativamente do enredo que podem até transmitir certas vivências melhor do quem as teve ou que elas propiciaram. Esse é o caso de Teresinha Semkiv, 59, há quase 29 anos trabalhando como servidora na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Tere como é conhecida, e carinhosamente chamada, por quem com ela conversa nos intervalos de aulas e trabalhos, está atualmente atuando nas bibliotecas dos campi da UEPG, de segunda a sexta, das 10h às 21h.

A experiência e o uso do UEPG

Tendo passado por diversas funções dentre seus anos de UEPG, seu período de maior permanência em uma função foi entre 2002 e 2015, quando foi chefe do Restaurante Universitário (RU) no Campus Central da universidade, lá era responsável por organizar e servir diariamente o almoço para a comunidade universitária. E o que era para ser um momento de felicidade acabou sendo marcado com tristeza, pois, no mesmo período que assume o cargo no restaurante, nos mesmos dias, têm a notícia da piora do quadro de saúde do pai e consequente falecimento. Mas a vida tem de seguir. E ela seguiu, por bons anos foi a responsável pelo restaurante e tem como orgulho o bom relacionamento com sua antiga equipe de funcionários.

Tere também aproveitou cada momento de tempo livre para se aprimorar, ainda em 1998 e 1999 terminou seu ensino médio, via supletivo, no antigo colégio São Luiz. Entre 2001 e 2012 passa no vestibular em três graduações da universidade: história, economia e letras. Não finalizou nenhuma. Sendo a de letras a que mais tempo cursou, durante três anos. Sua paixão era o espanhol e por isso insistiu pela formação.

O convívio com alunos e filhos

Os alunos são tratados sempre com carinho e afeto por Tere, que lembra com alegria das diversas turmas e pessoas que conheceu naqueles anos. Assim como os colegas de RU, muitos deles que ainda trabalham na mesma função, outros entretanto já se aposentaram ou até faleceram. Tere fala de turmas específicas, como algumas do curso de direito, muito animados e espontâneos, recorda.

O convívio e entrosamento com os alunos foi evoluindo ao longo dos anos. Como gosta de dizer, Tere tem facilidade em fazer amizades, mas entender em muitos momentos o que os alunos passam e sentem era difícil para ela. Nesse momento a relação com o filho Rafael foi preponderante para seu amadurecimento e no trato e acolhimento aos alunos. Mãe de três filhos, Rafael é o filho do meio, o artista da vida de Tere, sua inspiração e motivo de amor imensurável. Apesar da ótima relação que sempre tiveram, foi somente aos 21 anos que Rafael se assumiu gay para sua mãe, um momento descrito com muito carinho e doçura por ela. Desde então, tanto a relação com Rafa, quanto a com os alunos só evoluiu, assim como o entendimento de cada situação e de cada momento.

Para Tere os alunos continuam os mesmos nesses quase 30 anos, sempre com as mesmas preocupações e atitudes. Já a universidade, ah a universidade, essa não tem melhorado. Tem piorado, por ter passado por diversos setores nesses anos, Tere acompanhou muitas mudanças e precarizações nas instalações e teme pelo futuro da instituição.
Próxima de se aposentar, não vislumbra uma continuidade após o período necessário. Não se sente valorizada e deseja voltar a atuar no arquivo, órgão extinto da universidade e responsável por realizar a manutenção de documentos dos mais variados cursos e anos, para finalizar seu percurso.

Para quem fica e para quem ainda passará, fica a vivência de alguém que já experienciou muito o que é a comunidade e o convívio universitário. “A UEPG vai estar aqui, sempre vai. As pessoas mudam, se vão e apesar de tudo tenho muito orgulho em dizer que construí e conquistei tudo o que tenho através da UEPG”.
Uma vida pelos olhos de Tere.

Por João Gabriel Vieira

O ensino público ponta-grossense na história do Regente Feijó

Um presente de aniversário pelos 95 anos de história? Foi uma briga generalizada, em frente ao prédio principal do Colégio Estadual Regente Feijó que marcou a primeira semana de abril de 2022 na Cidade. Fundado em abril de 1927, o ‘Regente’ registra a satisfação de formar seguidas gerações de famílias pela garantia do ensino público em Ponta Grossa.

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Foto: Leonardo Duarte

As histórias marcadas são muitas. Nos anos de 1950, ainda na época do Ginásio, quando meninos estudavam pela manhã e meninas pela tarde, já começavam as traquinagens de adolescentes. Os trotes eram pesados com os calouros, que logo ficavam sem uniformes, isso porque os veteranos sempre os sujavam de terra. Não dá para deixar de rememorar os namoros entre os alunos, as meninas com saias aos joelhos davam um jeito e jogavam chamegos aos meninos. Chamegos que custavam uma entrada no então existente Cine-Império, demolido em 2014 por risco de desabamento.

De volta aos anos recentes. Até 2019, os horários do intervalo eram os mais desordenados. Dois pavimentos e quase mil alunos ocupando o pátio do colégio. O amarelo da quadra central perde a cor original e se torna vermelho como os uniformes. São vários os gritos, conversas e fofocas. No horário do recreio não se pode esquecer da fila da cantina que somente quem estudou na instituição sabe o que realmente é a disputa por “um lugar na fila do pão”. Os inúmeros estudantes buscando uma cadeira em um refeitório que não cabe sequer 100 pessoas.

As gerações não são marcadas apenas pelas emoções de adolescência, mas também por professores que deram aulas aos pais dos atuais estudantes do colégio. As lembranças rememoradas pelos próprios professores com orgulho em ver ex-alunos com êxito nas escolhas da vida.

Por Leonardo Duarte

 

Um passeio pelo mundo mágico da poesia de Edi Tozetto

A escritora Edi Tozetto ganhou notoriedade em Ponta Grossa pela vasta produção de poesias e teatros no início dos anos 2000. Nascida em 05/10/1956 , a poetisa entrou no mundo da literatura de forma acidental. Ao ajudar a filha Débora Bueno Tozetto em uma tarefa escolar, Edi enviou uma poesia para a filha recitar na escola. A professora responsável pela atividade demonstrou interesse pela leitura e solicitou mais textos da autora que, naquele momento, escrevia apenas de maneira informal e particular.

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"Sou pequena, sou criança, sou menina sorridente" , diz Edi Tozetto. Foto: Acervo Pessoal da família de Edi Tozetto. 

 As poesias de Edi Tozetto eram usadas durante as aulas no Colégio Sant'Ana, instituição onde a filha Débora estudava no período. O interesse pela escrita da autora tomou proporções maiores e a diretora Irmã Maria Luiza chamou a poetisa para lecionar no colégio. Edi trabalhava com Ciências Contábeis no período e iniciou o estudo em Letras quando decidiu mudar o rumo da vida.
Em 2002 Edi Tozetto lançou o primeiro livro de poesias (Fazendo Ecoar), que tem 100 poemas, entre os quais "Tilivisão", "Genésio", que ganharam adaptações para teatro, e "Sou Criança", primeiro poema escrito pela autora aos 30 anos de idade. A trajetória literária, no entanto, surgiu no ensino primário por incentivo da professora, onde o gosto de recitar obras da Cecília Meireles se tornou desejo de escrever os próprios poemas.

Edi trabalhou com o ensino de língua portuguesa, poesia e teatro de 2000 até 2010 no colégio Sant'Ana. Ao longo do período, publicou cinco livros e mais de 800 poesias. Fez parte da academia ponta grossense de letras, palestrou em inúmeras escolas e ganhou diversos prêmios e declamou em concursos. A escritora teve os poemas recitados em Jogos Estudantis Municipais, competições de poesia, teatro e shows de talentos.

Hoje, aos 66 anos de idade, Edi está se preservando: aposentou, após passar por um aneurisma cerebral seguido de AVC. A autora ainda escreve em momentos especiais e lembra com felicidade da própria história e escolha pela escrita. o momento mais marcante da história? “Foi o início da carreira”, diz, quando foi incentivada e apoiada por inúmeras pessoas, amigos, familiares e leitores.

Por Marcella Panzarini Silva

Serviço:

Livros: Fazendo Ecoar (2002); No Mundo Mágico da Peraltice (2005); No Amanhecer de Um Dia Novo (2005); ; No Mundo Mágico da Imaginação (2008); Quero ser Feliz (2008) 

Cartilha: Meu Brasil é Assim (2007);  Reforma Ortográfica em Forma de Poesia (2009)

Acesso: Recanto das Letras

 

 

 

 

 

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Crítica de Ponta 

Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você

 

 

 

MUSICA

 

Laura Ferbit lança primeira música: ‘Amor Amor’

 

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Capa da música “Amor Amor” usado na plataforma Spotfy

 

Com ritmo calmo e relaxante, ‘Amor Amor’ é a primeira música lançada pela cantora ponta-grossense Laura Ferbit. Disponível na plataforma Spotfy, são mais de 6.245 acessos na música de 2min e 34s. No estímulo MPB, a melodia relaxante e o tom de voz calmo trazem um momento suave à mente para quem procura relaxar.

A composição da cantora mostra sentimentos de encanto e “borboletas no estômago” durante toda a música. “Esse seu senso de humor. Nossa vibe é parecida. Eu que prometi não me apaixonar, agora tô perdida”. O trecho da música reflete quando uma pessoa está apaixonada e não sabe como agir com a outra pessoa.

A produção musical de Matheus Stiirmer e mixagem de Pedro Peixoto deixam o refrão da música pegajosa, mas não cansativa. “Amor, amor. Eu posso te dar o melhor da vida. Só por favor, peço que me aceite decidida como eu sou”. O trecho sugere que uma pessoa não deve mudar a personalidade por outra e que mesmo assim pode oferecer muitos momentos bons.

Graduanda no curso de direito da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Laura tem 22 anos. Aos quatro anos passou a cantar no coral da escola, fez aulas de teclado e aos 13 anos se tornou destaque no colégio em que estudava. Após isso fez aulas de canto, passou a tocar outros instrumentos e aos 17 anos começou a cantar em bares e restaurantes. Atualmente a cantora faz parte do Caveirão, grupo de bateria do seu curso.

Por Leonardo Duarte

 

Serviço:

Música: Amor Amor

Disponível em: https://open.spotify.com/track/6xX50qnzncIm9W2yuacZXx?si=d936973cdfb94b89

 

 cinema art

 

Cidade de Deus completa 20 anos e continua um filme atual e necessário

 

O longa-metragem é uma das obras audiovisuais consagradas no Brasil e traz em discussão temas necessários como a criminalidade e a desigualdade social. O filme, que completa duas décadas de lançamento em 2022, foi dirigido por Fernando Meirelles. A história também revela as consequências da violência na Cidade de Deus, bairro carioca que foi, por um longo período, classificado como uma das regiões mais perigosas do Rio de Janeiro.

O longa possui diversas cenas de crianças pegando em armas e participando de ações criminosas dentro da favela. Uma das cenas pesadas no filme é onde o personagem Zé Pequeno pergunta se um menino prefere receber um tiro no pé ou na mão como punição. O que se pode analisar com a cena é a criminalidade imposta às crianças como forma de ascensão social, como status e até poder na periferia. Outro tema abordado no longa é a desigualdade social, que pode ser vista nas relações dentro da Cidade de Deus, onde o caos, a repressão e a violência extrema levam as pessoas ao tráfico de drogas e ao mundo do crime.

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Foto: Divulgação

Um dos meninos que integrou o elenco do filme foi Douglas Silva que agora é um dos participantes do Big Brother Brasil, um dos Reality’s shows mais assistidos do País. O filme se desdobrou mais tarde na série Cidade dos Homens, onde Douglas, que interpretava Dadinho na infância, ganha o papel de Acerola.

O longa-metragem Cidade de Deus segue atual e a cada vez que se assiste é possível tirar aprendizados, principalmente sobre a realidade de muitas cidades do Brasil. O filme teve quatro indicações ao Oscar de 2004: Melhor Diretor, Roteiro Adaptado, Edição e Fotografia.

 

Por Evelyn Paes

Serviço:

Filme online no Globo Play

https://globoplay.globo.com/cidade-de-deus/t/5vXVkLJN1R/#:~:text=Assistir%20Cidade%2 0De%20Deus%20online%20no%20Globoplay

 

COMPORTAMENTO

 

Possível bloqueio de aplicativos desafia comportamentos de usuários

 

Na quinta-feira (17), àqueles que contrataram o serviço da Copel Telecom no Paraná estavam incertos se teriam acesso ao aplicativo de mensagens Telegram no próximo dia. Alvo do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o aplicativo foi bloqueado no país por não acatar a uma lista de exigências, que incluíam a desmonetização e bloqueio de contas que espalharam fake news.

O aplicativo de mensagens, criado pelos russos Nikolai e Pavel Durov em 2013, vem ganhando usuários no Brasil. Dentre as funções do app estão a troca de mensagens, capacidade de criar grupos e a criação de canais, que podem ser assinados pelos usuários para receber notificações das publicações realizadas pelos administradores. O atrativo está nos canais que abrangem notícias, cultura pop, atualizações sobre reality shows e muito mais, os donos destes canais conseguem monetizá-los, através de propagandas e publicações pagas.

Durante o curto período em que o app ficou bloqueado para algumas operadoras, como a Copel Telecom no Paraná, diversos usuários ficaram sem condições  de se comunicar com amigos e familiares, se informar pelos  canais de preferência ou ganhar dinheiro através do trabalho que exercem pelo app.  Muitos possuem o app como plano B, mas para aqueles que usam o Telegram como principal aplicativo de mensagens formam um senso de comunidade.

Mesmo durando apenas dois dias, antes de ser revogado pelo próprio STF, após cumprimentos da decisão judicial, o bloqueio afetou alguns usuários, impossibilitando a comunicação e a capacidade de se informar pelos canais. Com o bloqueio superado, os usuários voltaram  à normalidade, mas a partir de agora o medo sempre estará no fundo da mente, pois os gestores do app atenderam exigências legais do STF, mas se um dia algum aplicativo  for excluído das redes, como reagir e mudar rapidamente determinados hábitos adquiridos com o uso de aplicativos digitais?

Por Lucas Müller

 

 

MIDIA REGIONAL

 

Cobertura da situação da TVE é irregular e não envolve público em Ponta Grossa 

Com mais de 20 anos de existência, a TV Educativa (TVE) de Ponta Grossa registra um período delicado. Desde o final de 2021, a TVE enfrenta frequentes tentativas, por parte do poder executivo da cidade, de encerrar as atividades. O pretexto é de que a instituição gera mais gastos do que retornos ao município.

A situação, que já se prolonga desde 15 de dezembro de 2021 e foi retomada em meados de fevereiro na câmara de vereadores, causou comoção nesse meio tempo. Docentes dos departamentos de jornalismo da UEPG e da UniSecal, além de órgãos como o Sindicato dos Jornalistas do Estado, formaram uma frente em defesa da TVE enquanto o posicionamento da prefeita Elizabeth Schmidt continua inflexível.

Por ser uma situação complexa, espera-se uma cobertura jornalística constante e contextualizada para que o público compreenda o que está em jogo e, assim, possa cobrar uma posição dos representantes políticos. Em maior ou menor grau, tal cobertura vem sendo realizada pelos mais variados veículos da cidade, exceto por aquele que detém o maior alcance.

Entre os meios escritos, a cobertura de tais eventos é irregular. Enquanto o Diário dos Campos consegue trazer os dois lados e contextualizar as causas e as consequências da situação ao leitor, os veículos associados aRede e Jornal da Manhã seguem na contramão. Enquanto o primeiro emprega uma linguagem sem objetividade para falar do problema, o último deixa a desejar na forma como contextualiza o assunto.

Mas é a cobertura do Meio Dia Paraná, principal jornal televisivo regional da RPC, que se mostra menos presente. Com o alcance de mais de 153 mil espectadores que acompanham o noticiário - sem contar os outros 424 mil da região, segundo dados do IBOPE - a escolha por noticiar a pauta em um link, sem destaque ou qualquer referência posterior, é, no mínimo, uma opção pelo silêncio por parte da produção editorial da emissora.

Por Yuri A.F. Marcinik

 

LITERATURA

 

A polícia que mata, agora também em tela de streaming

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Rota 66 estreia no segundo semestre de 2022

Consagrado livro-reportagem de Caco Barcellos ganhará série no ano em que comemora duas décadas do lançamento. Produzida pelo Globoplay e baseada na obra homônima, a estreia está marcada para o início do segundo semestre de 2022.

O livro Rota 66 foi lançado em 1992 e conta a história do batalhão intitulado Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA), unidade de elite da polícia paulista. A narrativa de Barcelos conta a história do assassinato de três jovens de classe média-alta, todos com idade entre 17 e 22 anos, durante os anos 1970 e 80.

Padrão de trabalho da unidade, as perseguições, assassinatos, com as vítimas geralmente alvejadas, são relatadas de forma elegante, mas crua quando necessário por Barcellos. A forma como apresenta Francisco, Augusto e Pancho, o modo como conta a história de vida das vítimas e, o principal, como relata o dia em que foram perseguidos e brutalmente assassinados pelos ‘matadores’, termo como o autor se refere aos integrantes da unidade. O cenário sempre era o mesmo, os matadores abordavam uma pessoa, que se recusava a cooperar e, então, iniciava uma perseguição policial, que resultava em troca de tiros, sempre iniciada pela vítima, que por um acaso era baleada em um órgão vital mas imediatamente levada ao hospital mais próximo pelas Veraneios dos matadores. Ironias à parte, os crimes seguiam um padrão definido e meticulosamente ensaiado que chocam e revelam o lado mais doentio da ROTA.

Além das minuciosas descrições das perseguições e assassinatos realizados pelos matadores, o livro apresenta a vivência de Caco nas redações, onde tinha acesso ao jornal Notícias Populares, que destacava com ênfase os assassinatos. Os corredores do IML também foram importantes, pois lá Caco apurou a maioria dos assassinatos, conseguindo identificar cerca de 4.200 pessoas executadas pela ROTA.

Mesmo com a repercussão da obra, que forçou Caco a sair do País devido à perseguição à qual virou alvo, nenhum matador foi condenado. Por pressão das famílias das vítimas, inquéritos foram abertos pela Polícia Militar, mas nada além disso. E, ainda hoje, muitos dos traços continuam presentes em abordagens policiais. Agressiva e preconceituosa em muitos momentos, e infelizmente as vítimas que ainda existem na atualidade seguem o perfil denunciado por Caco em 1992: jovens negros, de periferia e sem antecedentes criminais.

Por João Gabriel Vieira

 

Serviço:

Livro: Rota 66: A história da polícia que mata

Autor: Caco Barcellos

Editora: Record

Ano: 1992

Páginas: 336

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Crítica de Ponta

Produzida pelos alunos do terceiro ano do curso de jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você

 

 

 

CINEMA

Oficina de cinema de PG lança curta metragem de terror

 

O curta-metragem A Persistência é uma produção realizada pela Oficina de Cinema Cine Boa Praça de Ponta Grossa. O roteirista, diretor e editor da obra audiovisual é o estudante de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Yuri Marcinik.

Em um mix de terror e suspense, o curta retrata uma mulher que trabalha em casa, editando fotos tarde da noite. A personagem relembra memórias de uma criança. Ao deitar, a mulher escuta ruídos fora do quarto e, ao investigar, percebe que a câmera sumiu do tripé. Ela procura pela câmera em todo canto da casa. A obra dá a entender que a mulher mora sozinha. Então como o objeto poderia ter sumido?

O curta metragem A persistência constrói um suspense para o espectador.

Em seguida, ouve-se algum barulho vindo de outro cômodo. Tensa, a mulher segue o barulho e abre a porta. É aí que o susto que o telespectador espera aparece. Som alto de flash e luzes piscando no rosto da mulher, que encontra a câmera. Um urso de pelúcia a segura e pergunta com voz de criança “estava onde mamãe?”. Mesmo assustada, a mulher fala manso com o ursinho e, enquanto o pega no colo, explica que trabalhou até tarde e que está na hora de dormir.

Desde o início, a obra constrói um clima de suspense. A iluminação fraca e a trilha sonora são os principais fatores para o clima tenso. A partir daí, o susto já é esperado. A questão é quando. O curta deixa o espectador reflexivo e com perguntas sem explicação. Quem era a criança nas fotos e nos flashbacks? Será que era filho da mulher? A criança morreu? Como e por que o ursinho fala com a voz da criança? Vale conferir o curta, mesmo para aq ueles que não gostam de terror.

 

 

Por Larissa Onorio

Serviço:

Curta metragem: A persistência

Produção: Oficina de cinema Cine Boa Praça

Duração: 7 minutos

Disponível em: Curta 'A Persistência' - Oficina Ponta Grossa/PR - YouTube

 

LITERATURA

 

Estreante na literatura, Maikon Scheres publica livro por editora independente em PG

 

“O que me faz escrever é saber que numa única frase de efeito ofendo o mundo por inteiro.”. Essa poesia se chama No Fundo e foi escrita por Maikon Scheres no livro Passarinho que come pedra sabe o cu que tem. A poesia em questão é somente um dos diversos momentos de autoconsciência e humor que fazem a obra se destacar em meio aos demais lançamentos independentes em Ponta Grossa.

Passarinho que come pedra sabe o cu que tem não é nem de longe um livro “comum”. Para começar, a obra é publicada pela Olaria Cartonera, selo independente formado por pessoas que buscam contribuir com as produções de poesia e literatura de Ponta Grossa. A obra faz parte da coleção Fundo do Vale e foi lançada em outubro de 2020.

 

A imagem da capa do livro é feita de papelão e possui diversas colagens. Foto: Levi de Brito

Com 44 páginas, o livro de Maikon Scheres se caracteriza pelo texto direto e sem “adornos”, tanto pelo conteúdo literário como no formato e apresentação editorial. Aqui não são encontradas palavras “difíceis” ou metáforas eventualmente difíceis de entender. Pelo contrário, é justamente o linguajar nada rebuscado que marca o trabalho. Embora, o que para para alguns leitores pode ser um ponto negativo, a linguagem informal se destaca como uma característica positiva na leitura, imprimindo um ar “caseiro” ao livro.

Passarinho que come pedra sabe o cu que tem é um caso ilustrativo de obra literária produzida de modo independente e publicada por pessoas que não visam somente o lucro, mas escrevem por amor à arte de produzir magia com as palavras. E, de fato, é isso que Maikon Scheres faz no livro autoral ao colocar nas páginas as alegrias, as angústias e tristezas de um poeta pontagrossense.

 

Por Levi de Brito

 

Serviço:

Título: Passarinho que come pedra sabe o cu que tem

Autor: Maikon Scheres

Número de Páginas: 44

Selo: Olaria Cartonera

Ano de Publicação: 2020

 

MUSICA

Coro em Cores retoma atividades em PG

 

O setor cultural foi diretamente afetado pelas medidas de proteção impostas pela pandemia de coronavírus. Mesmo com a migração de atividades para a internet, o prejuízo foi inevitável. Segundo pesquisa da UNESCO feita em 2020, a área da música está entre as que mais perderam receita. No entanto, com o avanço da vacinação contra a covid-19, chegou a hora de subir aos palcos novamente.

Em 22 de Março, o grupo musical Coro em Cores voltou a se apresentar depois de dois anos sem atividades, em razão da pandemia. Criado em 2010, o projeto de extensão é resultado de uma parceria entre o Conservatório Municipal Maestro Paulino e o curso de Licenciatura em Música da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

 

Em 2022, o projeto de extensão do curso de Licenciatura em Música completa 12 anos | Foto: Matheus Gaston

 

O show de retomada aconteceu no pátio da Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Culturais da instituição. Com o evento intitulado “Canto na Praça”, cantoras e cantores de diferentes idades apresentaram um repertório com clássicos da música brasileira. Eu quero um xodó, Azul da cor do mar e Esperando na janela estão entre as sete canções que aqueceram os ouvidos do público, que também participou da cantoria.

A iniciativa do "Canto na Praça" é um caminho para que os ponta-grossenses conheçam os projetos culturais frutos da universidade pública. Por outro lado, é preciso pensar nos espaços em que ocorrem as apresentações. O debate sobre descentralização da cultura em Ponta Grossa não é recente. Assim, é necessário que este tipo de intervenção musical não fique restrita apenas ao Centro da cidade. O segundo dia do evento, por exemplo, aconteceu no campus central da UEPG. É importante que as melodias cheguem até os bairros e vilas e aproximem a população da música e da extensão.

 

Por Matheus Gaston

 

Serviço: 

Projeto de extensão Coro em Cores

Regência: Carla Irene Roggenkamp

Facebook do projeto: fb.com/coroemcores

 

EXPOSICAO

Portal destaca mulheres no automobilismo em PG

 

A página Women in MSport foi criada em junho de 2021 e, no início, possuía outro nome: WSeries Brasil. A troca aconteceu devido à vontade de cobrir categorias maiores, sem se limitar apenas à W Series e trazendo visibilidade para as mulheres.

O portal conta com uma equipe de três pessoas. Larissa Rudnik é a responsável pelos conteúdos das redes sociais. Já Isabela Katopodis cuida dos posts e das relações públicas do perfil. E na função de escrita e tradução dos artigos fica Clarice Juliano.

Com um design clean e bem construído, Women in MSport entrega posts sem qualquer resquício de poluição visual. As  cores principais são o rosa e o lilás, criando uma marca registrada para os perfis. A capa das redes sociais contém cores mais fortes e diferentes da logo e também o ícone muda de fundo branco para preto, sem formar um padrão em todas as redes sociais.

 

Women in MSport produz posts informativos e realiza lives em suas redes sociais | Foto: Divulgação

 

No Instagram é possível encontrar notícias curtas sobre automobilismo, vídeos das pilotos contando sobre trabalho, história de mulheres do ramo e também lives com presenças femininas importantes dos maiores campeonatos. O Twitter segue o mesmo padrão, porém misturando fatos curiosos e interações com os seguidores. No canal de Youtube, é pode-se assistir entrevistas com figuras do automobilismo, assim como lives. Já o papel do Tiktok é levar um pouco do trabalho e da presença feminina, através de trends da rede.

Outra plataforma usada pela equipe da Women in MSport é o Medium, site onde são postadas entrevistas realizadas com pessoas que trabalham no setor do automobilismo nas mais diferentes funções. Algo curioso é a linha-fina que se repete em todos os textos e também o uso de aspas nas falas já demarcadas com o nome do portal e da entrevistada.

A iniciativa das três meninas é algo  identificado como necessário, há tempos: dar destaque para a presença feminina num ambiente que muitos ainda acreditam ser apenas masculino. As  mulheres fazem história, marcando  presença nas pistas e nos feeds dos brasileiros. Women in MSport cresce cada dia mais, mostrando que mais pessoas querem conhecer o poder das pilotos na história do automobilismo.

Por Ana Paula Almeida

Serviço:

Site: medium.com/@womeninmsport>

Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCh0y5W12y8t90FBKV7fff9A

Instagram e Tiktok: womeninmsport

Twitter: womeninmsportbr

 

GIROS URBANOS

Símbolo da história de PG, Maria Fumaça é alvo de vandalismo e depredação

Conhecida como “250”, a Maria Fumaça é um monumento da cidade de Ponta Grossa. Mesmo que seja um símbolo da história do município, a locomotiva não escapou de ser alvo de vandalismo e furtos. Para tentar preservar o patrimônio, a Prefeitura de Ponta Grossa estuda mudar a localização. A “250” seria transferida para a Estação Saudade, no próprio parque central, mas até o momento nada foi feito.

A partir de uma visita à locomotiva, percebe-se que o efeito da chuva e do sol já danificaram as partes de madeira e a tinta está descascada. A depredação da “250” ocorre tanto pelo fato de estar exposta a céu aberto, o que dificulta a conservação pelos estragos causados com a ação do tempo, quanto por não haver câmeras de segurança no local em que se encontra, o que poderia evitar tais atos.

 Locomotiva n° 250, a Maria Fumaça de Ponta Grossa. Foto: Deborah Kuki

Foi em 1942 que a Maria Fumaça iniciou as atividades. Os seis a oito vagões da locomotiva sempre estavam lotados com as mercadorias que carregava e, durante muito tempo, também serviu na construção da Estrada Ferro Central do Paraná, que ligava Ponta Grossa a Apucarana. Com o passar dos anos, a “250” precisou ser substituída por máquinas mais potentes e modernas. Após ser desativada em 1972, a locomotiva ficou em exposição permanente.

Hoje, a Maria Fumaça está na plataforma de embarque e desembarque de passageiros da antiga “Estação Paraná” e faz parte do acervo da Casa da Memória Paraná. A locomotiva lembra uma antiga máquina que ajudou  a construir o progresso de Ponta Grossa, podendo ser admirada pelas pessoas que passam pelo local.

 

Por Deborah Kuki

 

Serviço:

Maria Fumaça

Local: Complexo Ambiental Governador Manoel Ribas, R. Benjamin Constant, 388 - Centro, Ponta Grossa - PR

 

TEATRO E DANCA

Edição 2022 do Encontro para dançar apresenta arte inclusiva em PG

A mostra internacional de dança apresenta mistos de artistas e um elenco composto por professores, terapeutas, coreógrafos e empreendedores. No elenco estão presentes pessoas com e sem deficiência. Em Ponta Grossa, a obra apresentada chama-se Um pedaço de mim, que trata de vínculos afetivos, independente das diferenças entre os sujeitos. A coordenação é de Maria Adriana Neves. As ações, que tem apoio do ministério da cultura, foram desenvolvidas em teatros, espaços públicos como teatros, espaços culturais, praças e pontos turísticos da cidade.

A dança, uma das sete artes tradicionais, apresentou na mostra, algo que vai além da diversidade de corpos e expressões e saiu do comum. O elenco, garantiu à mostra um caráter inclusivo. A dança, por ser uma arte de movimentação, onde a expressão ocorre pelo ato de se movimentar em ritmo, em geral a música, torna algo que pode ser desencorajador para portadores de deficiência, principalmente os que dependem de cadeira de rodas. No entanto, o que pode parecer até impossível para muitos, a obra consegue incentivar e mostrou que existem opções de dança para todos.

 

A obra Um pedaço de mim foi apresentada  no CRAS Santa Luzia, durante o evento na Cidade. Foto: Bruno Martins | Divulgação

A dança, que é uma arte que complementa muitos elementos artísticos como a música e o teatro, também é uma ferramenta que pode ser usada para inclusão, o que também é considerada um desafio. Em detalhes, e com variados significados, o 4° Encontro Para Dançar vai além da arte, encorajando pessoas que podem se sentir excluídas e impossibilitadas de praticar uma das artes da expressão corporal.

 

Por Tayná Lyra

 

Serviço:

Encontro para dançar (4ª edição, 2022)

Site: https://eventos.ababtg.org.br/encontro-para-dancar
Contato da coordenação do evento em PG: (42) 9 8411-0844.

 

GASTRONOMIA

 

Variedade de sabores de Donuts fazem sucesso em PG

Através do termo inglês “doughnut”, que significa rosca frita em português, os donuts (também conhecidos como rosca ou rosquinha) são populares nos Estados Unidos em sua forma tradicional. Já no Brasil, o sucesso está entre as opções recheadas e cobertas com diversos sabores.

Em Ponta Grossa, a empresa My Donuts é uma das opções para quem é fã ou deseja experimentar o famoso “bolinho com furo no meio”. Criado no início da pandemia após uma vontade da proprietária Jessika Paola Woinaroski de testar uma receita de comida diferente, My Donuts abriu nesta sexta-feira (25) sua segunda unidade em PG, localizada na Av. Bonifácio Vilela, 172.

 

Foto: Reprodução Instagram My Donuts

O cardápio conta com sete donuts tradicionais (como Homer, brigadeiro e leite ninho) nos valores de R$10 e R$11, sete sabores Premium (como Nutella, paçoca e churros) com valores de R$11 e R$12. Por fim, os donuts Supreme (Ouro Branco, Ferrero, Kinder e sensação) com valores que variam de R$12 a R$15.

A equipe de reportagem do Crítica de Ponta fez o pedido de um donuts Supreme de sensação para experimentação e análise, a retirada foi feita na unidade da rua Dr. Colares, número 172. O donuts é grande, saboroso e a massa com produtos de qualidade, recheado e com uma cobertura generosa, fazendo com que o custo benefício seja positivo.

Por Gabriel Ryden

 

Serviço:


My Donuts
Endereço: Rua Dr. Colares, 172 – Centro. Ponta Grossa PR

Funcionamento: Segunda a sexta das 12h às 18h

Av. Bonifácio Vilela, 172 – Centro. Ponta Grossa PR

Funcionamento: Segunda a sexta das 12h às 18h45min
Instagram: https://www.instagram.com/mydonutspg/ 

Crítica de Ponta no Rádio Logo

 

Crítica de Ponta

Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você

 

 

 

mídia regional art

 

Blog do Doc aborda cenário político em Ponta Grossa e região

 

 

O Blog do Doc foi criado em 2011 e tem, como principal área de atuação, a política em Ponta Grossa e nos Campos Gerais. No início, era produção complementar do programa TV Doc, transmitido pela TV Vila Velha e, posteriormente, pela TV Educativa. No site, há uma sessão audiovisual intitulada TV Doc, mas as publicações são reproduções de vídeos oficiais do poder público, não contando com produções do portal.
O jornalista responsável pelo site é Eduardo Farias. Com design sóbrio e bem apresentado, o portal não revela poluição visual na home e é facilmente navegável entre as seções. Grande parte das publicações vem da assessoria de órgãos públicos ou políticos em atividade, o que faz da política uma editoria presente.

 

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Reprodução Home Page do Blog do Doc

 


Embora compromissado com os fatos e não ter apelos de caça clique, problemas textuais em algumas matérias podem comprometer a leitura e, assim, a maneira como os fatos chegam à população. A falta de vírgulas, em alguns casos, afeta o ritmo e a compreensão da notícia.
Quanto à aba audiovisual, espera-se a produção própria de VT’s quando se lê o nome “TV Doc”. Na verdade, há publicação de textos com vídeo, retirados de páginas oficiais, inserido ao final de cada matéria.
O portal é funcional quanto a levar as informações ao leitor e entregar um bom panorama do que acontece no setor político da região. O “fio condutor” das publicações é capaz de manter o leitor, mas peca quanto aos problemas de escrita já mencionados (inclusive, no texto de apresentação do site). Melhor revisão de texto poderia dar ao Blog do Doc condições melhores de apresentar os fatos à população.

 


Por Cássio Murilo

 

Serviço:
Site: https://www.blogdodoc.com/

 


 

MUSICA

 

A esperança na 'Alvorada' de Hoovaranas

 

 

Músicas que refletem a luz do amanhecer. Esse é o mote de Alvorada, o novo disco da banda pontagrossense Hoovaranas, formada em 2018. Depois de ‘Isolamento’, um projeto mais sombrio e introspectivo, o trio formado por Eric Santana, Rehael Martins e Jorge Bahls segue para uma sonoridade mais esperançosa e colorida em ‘Alvorada’, segundo disco da banda.
Lançado em fevereiro de 2022 pelo grupo de Ponta Grossa, o novo álbum traz influências dos movimentos shoegaze e math rock, como também do rock progressivo e alguns momentos de jazz. Nos 43 minutos de duração, divididos em 10 faixas, a banda aborda temas de esperança, coragem e seguir em frente.

 

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A arte de capa do disco da Hooavaranas é uma produção de Riko Silva

 

 

Apesar do otimismo presente no tema e sonoridade do disco, Hoovaranas ainda traz certa melancolia em momentos pontuais , destaque para a faixa ‘Mantra IV’, que usa ambientação sonora sombria e caótica para imergir o ouvinte na música.
Em meio de diversas inspirações e influências, o grupo encontra uma identidade sonora e a executa com coesão ao longo do álbum, o single 'Coragem' escolhido para o disco representa a identidade, com escalas de guitarra inspiradas no jazz, mudanças de tempo da bateria, e o baixo amarrando todos os elementos da faixa.
Como um todo, Alvorada explora o otimismo e a esperança de um amanhecer, mas também traz as complicações enfrentadas na caminhada, como nas músicas 'Obstaculos' e 'Contratempos' que, como na vida real, são interconectadas uma consequência da outra. Apesar dos enfrentamentos, as músicas convidam a, tal qual a capa do disco, olhar em frente e ver a Alvorada.

 

 

Por Lucas Müller

 

Serviço:
Álbum: Alvorada
Lançamento: 22 de Fevereiro de 2022
Artista: Hoovaranas
Duração: 43:32
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=1ePzobR9zKs

 


 

cinema art

Ajoelhem-se pois, Colin esteve aqui

 

 

Não tem como começar de outro jeito! Colin Kaepernick é muito mais do que um quarterback, a posição mais importante e gloriosa do futebol americano, de sucesso. Mesmo que não tenha conseguido manter a carreira com a regularidade e anos merecidos, ele sempre vai estar na história.
Colin não era o padrão, nunca foi e nunca quis ser. Um atleta na acepção da palavra, que explodiu no início dos anos de 2010 com a franquia San Francisco 49ers, uma das mais tradicionais dos esportes americanos. Mas, ter sido vencedor por um período não é o que faz de Colin o que ele é: ele é muito maior que isso.
O ano era 2016, Colin já estava longe do auge na liga e o time passava por um recomeço. E foi aí contexto que tudo mudou. Como “Colin in Black & White”, produção de 2021 da Netflix, mostra, Kaepernick sempre esteve revoltado. E os recentes, crescentes e repletos casos de violência policial contra jovens negros sucitou nele o que sempre esteve lá. E sem remediar ou calcular o que poderia causar na carreira, ele liderou os protestos contra a violência policial nos Estados Unidos, com um símbolo tão marcante quanto a trajetória. Ao se ajoelhar durante o hino estadunidense, rito tradicional e patriótico, Colin chocou uma sociedade desacostumada a esportistas socialmente engajados, e gerou desconforto e visibilidade sobre um tema latente e ignorado na sociedade americana tradicional.
É óbvio que os atos custaram muito à carreira de Colin. Mas isso, talvez, nunca esteve entre principais preocupações, mesmo que esteja sem jogar profissionalmente a mais de cinco anos e treine todos os dias esperando sua chance, ele já conquistou seu MVP, prêmio dado ao jogador mais valioso de cada temporada nos esportes americanos, e sua relevância dentro da história.

 

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Divulgação Netflix

 

 

A produção da Netflix, na qual Colin é produtor, apresenta através de uma minissérie biográfica toda a jornada de descobrimento e autoafirmação de Colin e sua negritude. Um jovem negro, adotado por uma família branca, inserido dentro de todos os esteriótipos atribuídos a atletas negros dentro da sociedade americana.
De 2016 para cá, o legado de Colin cresceu e se consolidou. Outras lideranças surgiram, Lebron James e Lewis Hamilton são os maiores exemplos de esportistas históricos ainda em atividade e socialmente engajados. Mas a caminhada teve trechos importantes construídos e suportados por aquele que sempre será lembrado nos campos da National Football League (NFL) por ter feito algo tão relevante e por marcar sua trajetória independente das franquias e da própria liga. Colin sempre estará lá.
Ao aproximar a história da realidade, percebe-se o custo de estereótipos. Ao contrário dos Estados Unidos, no Brasil o esporte popular é o futebol e não football. Mesmo tendo uma população de maioria negra, reporduz-se no País o racismo estrutural, que reflete nos esportes. Não à toa, esportistas brasileiros negros que alcançam o sucesso são tão desmerecidos e alvo de tantas críticas. Está aí, para todos verem. E, voltando a Colin, nem precisa dizer nada, pois a trajetória fala por si. Ou nem fala, grita e explode.

 

Por João Gabriel Vieira

 

Serviço:
Série: Colin in Black & White
Ano de lançamento: 2021
Criado por: Colin Kaepernick e Ava DuVernay
Disponível em: Netflix

 


 

EXPOSICAO

 

Peça online A Bela e a Fera acerta ao usar carnaval brasileiro como cenário

 

 

A beleza do conto de fadas A Bela e a Fera sempre se renova no imaginário popular pela mensagem de amor além das aparências de apelo universal. A Companhia do Abração de Curitiba readaptou o texto original de Jeanne- Marie Leprince de Beaumont para integrar o catálogo de apresentações da segunda edição do festival online Abraçando o Paraná.
A adaptação troca os vilarejos nevados do interior francês pelo mundo burlesco do carnaval brasileiro concentrado no samba. A protagonista Bela se oferece para ser prisioneira no lugar do pai, ex-sambista, que tenta ficar com a rosa da Fera. Um ser recluso e amaldiçoado pela aparência deformada por conta dos pecados da vaidade e da mesquinharia que cometeu no passado.

 

Credito Divulgação

 

Foto: Divulgação

 

 

A mescla entre culturas funciona de modo contagiante na maior parte da peça. Contudo, ainda que voltada ao público infantil, o espetáculo por vezes exagera no número de referências e repetições de termos ligados ao samba.
Algumas referências orais a outro clássico infantil, O Pequeno Príncipe de Saint Exupéry, soam um pouco deslocadas dentro do contexto. Mas tais tropeços soam insignificantes quando comparado ao trunfo da peça que é adaptar de forma oportuna, com figurinos burlescos, uma história sobre a beleza além das aparências em um contexto de carnaval. Data típica por promover o uso de máscaras, sejam elas materiais ou figuradas.

 

 

Por Yuri Marcinik 


Serviço:
O projeto Abraçando o Paraná termina no fim de março/22 e as peças podem ser vistas no canal do youtube da Cia do Abração.

 


 

TEATRO E DANCA

 

Para onde foi a tradição teatral da Paixão de Cristo em PG?

 

 

Há três anos, rompeu-se uma tradição religiosa da encenação da paixão de Cristo em Ponta Grossa. Com o fim do Carnaval, começa a quaresma e os preparativos para a festa da ressurreição de Cristo, marcada pela Páscoa. O período de 40 dias desperta nos fiéis votos de renovação, promessas e sacrifícios, simbolizando o amor pelo sagrado.
Em Ponta Grossa o período de quaresma também é marcado pela encenação teatral da Paixão de Cristo. Teatro que representa a vida de Jesus, desde o nascimento até o dia da morte e ressurreição. Composto por atores profissionais e amadores, o elenco já alcançou mais de 120 participantes em montagens na Cidade.

 

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O sofrimento anterior ao julgamento/ Kimberly Safraid - Lente Quente

 

 

Por conta da pandemia do Covid-19 o ato foi suspenso em 2020 e até o momento não retornou. A última apresentação foi em 2019, organizada pelo grupo de teatro Passio Christi, marcando a 30ª edição do evento. Em diversas situações, o grupo encenou no Centro de Eventos, na Universidade Estadual de Ponta Grossa, Estação Saudade e já alcançou a lotação de 8 mil espectadores.
O teatro da Paixão de Cristo também foi recebido na cidade de Guarapuava e tinha incentivo da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa. Em 2022 a comunidade Shalom, pertencente à igreja católica, explica que a organização dos eventos relacionados à Semana Santa são realizados em conjunto entre diversas paróquias, proporcionando um retiro religioso e uma encenação para simbolizar o amor de Jesus. A expectativa do grupo é pelo retorno em 2023, retomando uma tradição cultural e religiosa na Cidade.

 

 

Por Marcella Panzarini

 

Serviço:
Grupo de Teatro Passio Christi
Atuação do grupo em 2017: Vídeo
Foto: Kimberly Safraid/ Lente Quente: Flickr

Crítica de Ponta no Rádio Logo

 

Crítica de Ponta

Produdizo pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você.

 

 

 

CINEMA

Mães Paralelas discute maternidade e marcas da ditadura na Espanha

 

Qual a importância de se conhecer o passado e a própria origem? É em torno dessas questões que o recente trabalho de Pedro Almodóvar, Mães Paralelas, gira. A princípio, o longa parece ser somente um filme sobre duas mães que têm as crianças trocadas, mas à medida que a trama avança percebe-se a vontade do diretor de pensar sobre a importância da genealogia.
O filme tem aproximadamente duas horas de duração e conta com Penélope Cruz (Piratas do Caribe) no papel de Janis, uma das personagens principais. O filme aborda duas mães solteiras que se conhecem quando estão prestes a dar à luz. Enquanto uma é jovem e mais “inocente” a outra é madura e empoderada.

Imagem filme Levi

O filme é distribuído na América Latina exclusivamente pela Netflix | Foto: divulgação.

O longa prende a atenção não somente pela trama das mães, mas também pelo pano de fundo que aborda uma das diversas consequências do regime político ditatorial que vigorou na Espanha entre 1939 e 1976, o Franquismo. Janis (Penélope Cruz) está decidida a encontrar os restos mortais do bisavô, que foi sequestrado e morto pela ditadura espanhola.
No Brasil o 31 de março é considerado, até hoje como um dos dias sombrios da história brasileira. Foi em 31 de março de 1964, há 57 anos, que iniciou a ditadura militar. Por isso a data é um momento para “descomemorar” o golpe de 64. O filme de Almodóvar tem apelo atual, sincero e lembra a importância de ligar o passado, mesmo que seja triste e até mesmo sangrento.

 

Por Levi de Brito

Serviço:
Filme: Mães Paralelas
Direção: Pedro Almodóvar
Disponível em: Netflix
Duração: 2 horas
Data de lançamento: 18 de fevereiro de 2022 (Brasil)


 LITERATURA

Ebook gratuito reúne dramaturgias escritas por ponta-grossenses

 

Crítica Literatura Matheus

Projeto tem incentivo do Programa Municipal de Incentivo Fiscal à Cultura (Promific) | Foto: Reprodução/Ateliê Criativo

É comum associar a palavra ‘dramaturgia’ às apresentações de teatro e até mesmo às telenovelas, bastante consumidas no Brasil. Em Ponta Grossa, as dramaturgias tiveram destaque durante o Festival Nacional de Teatro de 2020. Naquele ano, o Fenata foi transformado em um concurso de textos dramatúrgicos. Ainda hoje, esse formato de produção escrita movimenta o cenário das artes cênicas na cidade.
Lançado em dezembro do ano passado, o ebook Ensaios Dramatúrgicos reúne 10 dramaturgias escritas por participantes do Laboratório de Estudos em Dramaturgia Teatral (LEDT), projeto vinculado ao Ateliê Criativo. O livro digital foi organizado pelo ator e diretor Gabriel Vernek e tem curadoria de Ligiane Ferreira e Fernando Meira.
As peças abordam diferentes temáticas, como tradições indígenas-brasileiras, violência doméstica, Alzheimer e histórias de vida dos escritores e escritoras. Ao folhear as 130 páginas do ebook, o leitor tem a oportunidade de conhecer a estrutura de um texto dramatúrgico, desde as falas das personagens, a descrição dos cenários, até as orientações para o comportamento em palco. Por meio destes detalhes, também é possível se sentir em cena, quase como se fizesse parte da história.
Quem não está inserido no campo teatral, dificilmente irá consumir e ter familiaridade com a escrita dramática. Para quem tem curiosidade pela área, o ebook Ensaios Dramatúrgicos é um caminho para se aproximar desse formato de produção textual. Apesar da presença de elementos técnicos, a escrita simples facilita a compreensão das dramaturgias e da dinâmica das peças.

 

Por Matheus Gaston

Serviço:
Ebook Ensaios Dramatúrgicos
Organização: Gabriel Vernek
Realização: Ateliê Criativo
Editora e projeto gráfico: ABC Projetos Culturais (Ponta Grossa, 2021)
Disponível em: encurtador.com.br/hyEW4


MUSICA

Projeto com música desperta lado artístico de crianças de PG em vulnerabilidade social 

 

Desde 2016 o projeto Música Para Todos leva atividade cultural às crianças amparadas pela Vara da Infância e Juventude de Ponta Grossa. A partir do programa, que conta com parceria da Batukarte, as crianças e adolescentes que estão em vulnerabilidade têm acesso a aulas de violão, teclado, flauta doce e percussão. Crianças a partir dos 5 anos de idade e adolescentes até os 18 anos são bem vindas a participar do projeto. A iniciativa disponibiliza ainda os instrumentos usados nas aulas para que os alunos tenham a opção de treinar e praticar o que aprenderam fora das salas de aula.

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Projeto Música para Todos retorna em 2022 de maneira presencial | Foto: Divulgação

Lançado nas dependências do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania, CRJUSC em Ponta Grossa, o programa torna possível o contato das crianças com o mundo artístico e cultural. A formação musical, além de ajudar na educação criativa, é uma ferramenta para desenvolver o olhar social dos alunos e ainda é considerado terapêutico. As aulas são realizadas no Centro da Música, ao lado da Biblioteca Pública Municipal Profº Bruno Enei, e tem incentivo do Programa Municipal de Incentivo Fiscal à Cultura (Promific).
Outro ponto que destaca a relevância do projeto nos jovens participantes é a possibilidade de um trabalho futuro. O Música Para Todos busca divertir e entreter as crianças e adolescentes e também capacita para que eles tenham opções de áreas no futuro, quem sabe seguir no setor musical.

 

Por Tayna Lyra

Serviço:
Angela - Assistente Social do projeto: (42) 3309-1794
Centro de música: 3220 - 1000
Endereço: R. Operários, sn - Olarias, Ponta Grossa - PR, 84035-210
Crianças: A partir dos 5 anos
Adolescentes: Até os 18 anos


 EXPOSICAO

Projeto revive memórias em fotos de PG

 

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Luiz Bianchi (1876-1943), fundador do ateliê Foto Bianchi, em um autoretrato | Reprodução: Instagram Fundo Foto Bianchi (@fundofotobianchi)

Um achado para os amantes de fotografia e também de história. O Fundo Foto Bianchi é um projeto proveniente dos arquivos da família Bianchi que envolve caixas de negativos, objetos, cadernos de anotações e documentos relacionados ao atêlie Foto Bianchi, em Ponta Grossa. O nome do acervo deve-se ao fato de que não foram encontrados registros feitos por outros fotógrafos, além de Luiz, Rauly e Raul Bianchi. Localizado na Casa da Memória Paraná, o FFB é um dos maiores fundos do gênero no Brasil.
Atualmente, as chapas de vidro do ateliê Bianchi estão sob responsabilidade da Casa da Memória Paraná - Fundação Municipal de Cultura e algumas das fotos podem ser visualizadas pelo perfil oficial do Fundo. É possível também conhecer o acervo pelo site do Museu Campos Gerais, acessando os vários cadernos de Bianchi.

Com crescente recepção pelo público virtual, o projeto conta com um perfil no Instagram. Com 700 seguidores, os arquivos de 1911 a 1973 podem mostrar para mais pessoas as mudanças sociais, culturais, políticas e tecnológicas ocorridas durante o período na Cidade. O material do acervo mostra a evolução da fotografia no século XX desde os equipamentos até a forma de trabalhar.
As fotografias, que contam o dia a dia e o trabalho da família Bianchi, carregam uma parte da história dos Campos Gerais.. Fotografias de eventos, momentos comuns e prédios da região são representadas na visão dos três fotógrafos. Luiz Bianchi foi um dos primeiros fotógrafos a se instalar na cidade e iniciou a carreira no município da Lapa (cerca de 100 km de PG) e parte do acervo foi vendido para a prefeitura de Ponta Grossa em março de 2001.

 

Por Ana Paula Almeida

Serviço:
Fundo Foto Bianchi - Casa da Memória Paraná
R. Cel. Dulcídio, 1085 - Centro de Ponta Grossa
Visitas/Pesquisas devem ser agendadas por telefone: (42) 3220-1000
Segunda a sexta das 9h às 17h


 MIDIA REGIONAL

Portal Boca no Trombone oferece espaço ao público com jornalismo participativo

 

Colocar a “boca no trombone” pode ter vários significados. Desde denunciar algo que não está certo, revelar algo que se saiba para todos, contar uma novidade ou ainda falar sobre um assunto que as outras pessoas não têm coragem de opinar. E é com os diversos significados que trabalha o portal de notícias Boca no Trombone.
O BNT, como também é conhecido, tem como característica principal o jornalismo participativo. Na apresentação, o portal afirma que busca “ouvir as pessoas nas suas diferentes demandas, expectativas, problemas e compartilhar com elas a esperança por solução, a fé em dias melhores”. Com foco de público em Ponta Grossa, que representou 72% da audiência em 2021, o portal também traz notícias da região dos Campos Gerais, do Paraná e do Brasil.

Crítica Mídia Regional Deborah

Logo do Boca no Trombone disponível no perfil do Facebook

Uma característica interessante no site é a produção de vídeos. O portal apresenta entrevistas exclusivas e transmissões ao vivo sobre diversos temas. Além disso, ao cumprir com a proposta do nome que traz, o BNT recebe material da audiência para produzir as matérias. Um exemplo é a notícia sobre as fortes chuvas e a dificuldade para transitar dos moradores do bairro Gralha Azul, em Ponta Grossa. O material foi enviado ao portal por uma moradora do bairro, que testemunha a situação do local.
As notícias no portal são diárias e informam desde o entretenimento, previsão do tempo, vagas de emprego até matérias hard news, com teor político e policial. Além do site, o Boca no Trombone possui página no Facebook, Instagram, Twitter e grupos no WhatsApp. O envio de material para matérias do portal pode ser feito por qualquer uma das redes.

 

Por Deborah Kuki

Serviço:
Portal Boca no Trombone
Disponível em: https://bntonline.com.br/


 GASTRONOMIA

De origem holandês, e com nomes regionais, cookies fazem sucesso em PG

 

Crítica Gastronomia Larissa Godoi

Os famosos cookies existem desde o século XVII. A palavra vem do holandês e significa “pequeno bolo”. O bolo era utilizado para testar a temperatura do forno antes de inserir o bolo final.
Porém, o que se conhece atualmente com gotas de chocolates e diversos outros recheios, foi criado em 1930. A receita americana leva farinha de trigo, açúcar granulado, açúcar mascavo, manteiga, ovo, bicarbonato de sódio ou fermento químico, baunilha e o mais importante: gotas de chocolate.Com unidades em diversas cidades, a empresa My Cookies criou uma receita inovadora inspirada no cookie americano. O biscoito é crocante por fora e macio por dentro.
Em Ponta Grossa, para atrair os clientes, a marca criou combos especiais com as gírias conhecidas na cidade. O combo “Pia de prédio” possui quatro cookies premium, o All Black, Nutella Velvet e o de Trufa com Amêndoas. No combo “Jaguara” o cliente pode optar por 6 cookies. O combo “Pia pançudo” oferta oito sabores, mas o cliente pode escolher seis. E, enfim, no combo “La vai borduada”, são oferecidos cookies tradicionais, clássicos, premium, brookie ( brownie com cookie), brownie e bebida.
Os preços unitários do biscoito variam entre R$6 e R$12, já os combos estão em volta de R$38 a R$85, conforme as escolhas.
A equipe de reportagem do Crítica de Ponta adquiriu cinco sabores diferentes para experimentação e análise do serviço: doce de leite, ninho, dark, oreo e brigadeiro. A companhia possui variedades de produtos artesanais no cardápio, e todos chegaram quentes e crocantes. A empresa está localizada no Shopping Palladium e também faz entregas pelo delivery do IFood, ao custo de R$10 o serviço.

 

Por Larissa Godoi

Serviço:
Empresa: My Cookies
Custo de entrega: R$10.
Valor dos produtos: consultar informação disponível no Instagram: https://instagram.com/mycookiespontagrossa?utm_medium=copy_link