Carlos Garletti, de Ponta Grossa, representará o Brasil em sua terceira Paralímpiada competindo na modalidade Tiro Esportivo (Foto: Arquivo)

A tocha dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro chega em Ponta Grossa nesta sexta, dia 15. O atleta Carlos Garletti, 42 anos, de Ponta grossa, irá carregar a tocha e representará o Brasil pela terceira vez consecutiva em uma Paralímpiada, sendo a primeira em Pequim (2008), a segunda em Londres (2012), e esta terceira no Brasil, na modalidade Tiro Esportivo. O atleta, que também é médico, interessou-se pelo esporte após assistir uma competição e achar o esporte interessante, e em 2003, começou a atuar de forma competitiva. Dentre as principais conquistas do atleta estão: prata na Copa do Mundo de 2013 e Ouro no Campeonato Brasileiro de 2015. A Paralímpiada deste ano ocorre no Rio de janeiro, entre 7 e 18 de setembro.


Como está a tua expectativa para participar dos Jogos Paralímpicos neste ano, aqui no Brasil?
A oportunidade de participar da Paralímpíada, neste ano, está me abrindo muitas portas, e ampliando novos horizontes, principalmente por ser no Brasil, já que envolve muito mais a cidade e as pessoas que estão ao meu redor. Nesta eu estou com mais expectativa de ganhar uma medalha, pois o tiro esportivo é um esporte em que conta muito a experiência, e ao longo do tempo estou evoluindo cada vez mais.

 

Como você consegue conciliar a tua vida profissional como médico e a tua vida de atleta?
A vantagem do tiro é que se pode praticá-lo em horários que são no período noturno treino o meu esporte, mas não digo que é fácil conciliar. Sei que treino menos do que muitos concorrentes meus, mas eu preciso me dedicar e trabalhar com o que tenho. Eu preciso trabalhar, já que vivo disto, enquanto o esporte é apenas um ‘hobby’, que eu gosto muito. Agora que está se aproximando da competição estou me dedicando um pouco mais na prática do Tiro.

 

Quais são tuas principais lembranças das competições que você participou?
Uma das principais foi a abertura da minha primeira Paralímpiada, em Pequim. Foi uma emoção maravilhosa estar ali representando o meu país, e o esporte que gosto em uma competição mundial. Uma que me marcou muito também foi uma conquista em uma competição internacional de uma medalha de prata, ano passado na Alemanha. Fiquei empatado até o último tiro com um outro competidor, e em um tiro extra consegui desempatar e conquistei o segundo lugar da competição.

 

Qual a sensação de saber que carregará a Tocha Olímpica na tua cidade?
Estou bem ansioso. Inclusive, estou voltando da Alemanha, onde estava me preparando, para carregar a Tocha. Tive que abrir mão de vários compromissos para poder participar do evento, e é ruim porque quebra minha programação, mas sei que será algo inesquecível e fabuloso, que eu não poderia deixar de aceitar.

 

O que você acredita que a passagem da Tocha nos municípios brasileiros e a realização dos Jogos Olímpicos no Brasil podem trazer de bom para o esporte do país?
A passagem da tocha nos municípios incentiva os atletas das cidades a buscarem seus objetivos. A população vai ter mais acesso a muito mais esportes do que antes, pois estes eventos possibilitam que se possa ter contato com atletas de muitos esportes, ao vivo, e abrirá novas portas para que outros esportes sejam praticados e valorizados no país.

 

Quais são tuas principais dificuldades na carreira de atleta?
Quando se lida com qualquer coisa relacionado à arma no país é extremamente difícil e burocrático. A principal dificuldade é na questão do acesso aos equipamentos, com toda essa burocratização. Além disto, Ponta Grossa é uma cidade que, embora tenha três clubes de tiro, nenhum deles servem para a modalidade que pratico, e, muitas vezes, tenho que que ir para Curitiba e ficar o dia inteiro treinando lá, já que aqui isto é difícil. Então a maior dificuldade é a de desenvolver o esporte, o acesso aos equipamentos, e também a realização de importações de munições, já que uma vez chegou a demorar 3 anos e meio para consegui-la

 

PAPO PERIÓDICO

A cidade do Rio de Janeiro se prepara para receber as Olimpíadas entre os dias 5 e 21 de agosto, enquanto isso cidades do Brasil inteiro recebem a passagem da tocha Olímpica, que é o símbolo do evento. Ponta Grossa é uma das cidades onde a tocha vai passar. Clique para ouvir a entrevista com Carlos Zaremba

Ficha técnica:
TEMPO: 10 min e 40 seg
LOCUÇÃO: Jaqueline Andriolli e Giulia Garbelotti
DIREÇÃO:  Kethlyn Lemes
PESQUISA: Yuri Silva, Giulia Garbelotti, Danielle Farias
SCRIPT: Jaqueline Andriolli e Giulia Garbelotti
EDIÇÃO: João Guilherme Castro

 

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