Vídeo: Jornalistas correm risco de contaminação por Covid-19

Jornalistas têm 52% de chance de contrair Covid-19 durante o exercício da profissão, de acordo com dados do Instituto Alberto Luiz Coimbra. Foram registradas 199 mortes desses profissionais em 2021; no Paraná, morreram 21 jornalistas em decorrência do vírus.

 

 

Ficha técnica
Reportagem: Matheus Gaston
Publicação: Larissa Onorio
Supervisão: Cíntia Xavier, Marcos Zibordi e Maurício Liesen

Vídeo: Prefeitura pretende coletar exame de Papanicolau até dezembro

A Prefeitura Municipal de Ponta Grossa realizou no dia 21 de agosto a coleta do exame preventivo Papanicolau. A intenção é realizar a coleta desses exames por, pelo menos, um sábado por mês, até dezembro, para mulheres entre 25 e 64 anos. Essa ação, em conjunto com a Fundação Municipal de Saúde, é para atingir mulheres que já realizaram esse exame há mais de um ano e necessitam refazer. Pretende também alcançar aquelas que não conseguem procurar o serviço de saúde durante os dias de semana. Para realizar o agendamento, basta preencher os requisitos e acessar o site da prefeitura.

Ficha Técnica

Reportagem: Mariana Fernandes Gonçalves

Publicação: Maria Eduarda Eurich

Supervisão: Cintia Xavier, Marcos Zibordi e Maurício Liese

Na pandemia, doenças cardiovasculares matam 40 pessoas por dia em Ponta Grossa

Em 2020 foram 455 mortes; em 2021, até o início de agosto, 310

 

 

Em Ponta Grossa, segundo a Fundação Municipal de Saúde, 455 pessoas morreram por problemas do coração em 2020. Até o início de agosto de 2021 foram 310. Em 2019, último ano com dados fechados pelo Ministério da Saúde, 343,1 mil pessoas morreram no Brasil por problemas cardiovasculares.

As doenças do coração são a principal causa de morte no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). São mais de 1,1 mil mortes por dia, ou 46 por hora. De acordo com a SBC, doenças cardiovasculares causam o dobro das mortes provocadas por todos os tipos de câncer juntos, o triplo das doenças respiratórias e 6,5 vezes mais que todas as infecções, incluindo a AIDS.

O cardiologista e professor Miguel Morita da Silva, diretor-científico da Sociedade Paranaense de Cardiologia, diz que as doenças do coração também são a principal causa de anos perdidos de vida com qualidade.

Ele acrescenta que as doenças cardiovasculares e cerebrovasculares são as de maior incidência na população geral. Até os 60 anos de idade, as que mais causam morte são o infarto e a doença coronariana, que afeta o fluxo sanguíneo nas artérias coronárias. Nos maiores de 60, as doenças cerebrovasculares, como os acidentes vasculares cerebrais, são as que mais matam.

Morita acredita que, durante a pandemia de covid-19, houve uma menor preocupação com as doenças cardiovasculares. Entretanto, elas não só continuaram gerando número elevado de mortes, como afetaram pacientes infectados pelo novo coronavírus. Isso porque aumentam o risco de morte e deixam o tratamento de pacientes com doenças crônicas mais complexo. 

Segundo Morita, pessoas que tiveram problemas cardíacos como infarto e insuficiência cardíaca e que buscaram internação tiveram o risco de morte aumentado em duas a três vezes. Os motivos, diz ele, são a mudança do sistema de atendimento, que acabou focando totalmente em casos de covid-19 e deslocou funcionários que deveriam atender os pacientes com problemas cardíacos para áreas de tratamento de covid; a queda dos cuidados crônicos, com a redução dos atendimentos ambulatoriais; e o receio em buscar tratamento e acabar se expondo ao risco de contrair o novo coronavírus. 

De modo geral, o médico acredita que muitas pessoas estavam com medo de ir ao hospital por causa da covid e acabavam descobrindo tarde demais problemas no coração. “Com a pandemia, a gente tinha de pesar muito. Não só o paciente estava com medo. Esse receio era geral porque existia o risco real de pegar covid-19 no hospital”, completa.

Em Ponta Grossa, pacientes também deixaram de tratar os males do coração na pandemia. Na Santa Casa, por exemplo, no início de 2020 houve redução no tratamento de casos de infarto e de derrames cerebrais, diz o cardiologista Leandro Zardo. A situação voltou ao normal no início de 2021.

 

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Hospital Santa Casa | Foto: Roseli Stepurski Arquivo Lente Quente

OMS

Pesquisa da Organização Mundial de Saúde (OMS) de abril de 2021 aponta que 71% das mortes pelo mundo anualmente são em decorrência de doenças crônicas, também conhecidas como doenças não transmissíveis. Diabetes, problemas do aparelho cardiovascular e respiratório são as complicações mais comuns.

Segundo o estudo, as doenças não transmissíveis matam 41 milhões de pessoas a cada ano, o equivalente a 71% das mortes globais. Dentro desse grupo de doenças, os problemas cardiovasculares são responsáveis pela maioria das mortes, com 17,9 milhões de óbitos anualmente, seguidos pelo câncer, 9,3 milhões, doenças respiratórias, 4,1 milhão, e diabetes, 1,5 milhão.

 

Ficha técnica

Reportagem: João Gabriel Vieira

Edição: Malu Bueno

Publicação: Malu Bueno

Supervisão: Profs. Jeferson Bertolini, Marcos Zibordi e Maurício Liesen

Vídeo: Cuidados com idosos continuam na Pandemia

Técnicos de enfermagem precisam redobrar os cuidados com a pandemia na rotina de trabalho e lazer para garantir a segurança dos idosos.

 

Ficha técnica:

Repórter: Lucas Ribeiro

Publicação: Yasmin Orlowski

Supervisão: Cíntia Xavier, Marcos Zibord e Maurício Liesen

Vídeo: Lotação em escolas preocupa alunos e direção

Com o novo decreto em julho de 2021, escolas de Teixeira Soares retomam treinamentos de modo presencial, seguindo os protocolos de segurança contra a covid-19.

Ficha técnica
Repórter e editor: Kadu Mendes
Publicação: Cássio Murilo
Supervisão: Cíntia Xavier, Marcos Zibordi e Maurício Liesen

Campanha Julho Amarelo alerta sobre risco das hepatites virais

Doença atinge mais de 30 mil brasileiros por ano; no Paraná são cerca de 2 mil


No calendário de campanhas que usam cores para incentivar o tratamento de doenças, julho aparece como o mês que busca conscientizar sobre a hepatite viral, doença que atinge cerca de 33 mil brasileiros por ano
O Julho Amarelo existe desde 2019, por meio da Lei Federal nº 13.802. A campanha se intensifica em 28 de julho, Dia Mundial de Luta Contra Hepatites Virais.
A hepatite viral é uma inflamação das células do fígado causada por vírus, que podem gerar alterações leves, moderadas ou graves. A doença é dividida em cinco variações: A, B, C, D e E. No Brasil, as categorias mais comuns são os vírus A, B e C.
O hepatologista Rafael Ximenes diz que a principal dificuldade para identificar a doença é a demora na manifestação de sintomas. Quando eles surgem, são acompanhados por outros problemas de saúde. "As hepatites são doenças silenciosas. Podem não gerar sintomas. Os pacientes demoram a procurar assistência médica, e quando procuram, muitas vezes os casos já são graves.”
O médico afirma que, mesmo sendo menos comum, quando manifestados na fase aguda os sintomas costumam ser febre, náuseas, desconforto e fraqueza. Em alguns casos o paciente pode apresentar os olhos e a pele amarelados (icterícia).
De acordo com o hepatologista, após a fase aguda o paciente pode ficar sem sintomas durante anos e até mesmo desenvolver cirrose ou câncer no fígado. “No caso de avanços para demais doenças, podem surgir outros sintomas, como o acúmulo de água na barriga (ascite), vômitos com sangue, devido ao sangramento de veias dilatadas no estômago, e confusão mental (encefalopatia hepática)”, acrescenta.
Segundo Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde divulgado em 2020, nos últimos 20 anos foram notificadas 673.389 pessoas com hepatites virais no país, o que corresponde a cerca de 33.669 portadores dos vírus por ano.
No Paraná, de acordo com o documento, durante os anos de 1999 e 2019 o Estado notificou 12.228 quadros de hepatite A, 29.860 de hepatite B, 12.871 de hepatite C e 116 de hepatite D.

 

Paciente
O representante comercial Erick Hireman, que foi infectado pelo vírus da hepatite A na infância, relata que, por não existir um tratamento específico para a doença, ele realizava exames com frequência para acompanhar o quadro de infecção. Segundo Hireman, durante os dois meses de recuperação, foi necessário o repouso quase absoluto devido aos sintomas. “Precisava realizar exames de sangue a cada dois dias e seguir as recomendações médicas. Devido ao cansaço e enjoo, adaptei a minha alimentação para hábitos mais saudáveis, além de passar o dia em descanso”, conta. Hoje ele afirma não sofrer com nenhuma sequela da infecção, podendo levar uma vida normal, sem precisar de acompanhamento médico.

 

Testes
Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece testes para diagnósticos das hepatites de duas formas: exames laboratoriais e testes rápidos. A vacinação, também ofertada pelo SUS, está disponível contra os vírus A e B.
No caso de tratamentos, para a hepatite A recomenda-se repouso e cuidados com a alimentação. Em quadros de hepatite C, a intervenção é feita com antivirais de ação direta (DAA) durante 8 ou 12 semanas. As hepatites B e D não possuem cura, mas o tratamento com medicamentos específicos pode reduzir o risco de progressão e complicações.

Este texto é parte do conteúdo da edição recém-publicada do jornal-laboratório Foca Livre, produzido pelo 2º ano de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Acesse a edição completa em https://periodico.sites.uepg.br/index.php/foca-livre.

Ficha Técnica
Repórter: Victória Sellares
Editor de Texto: Carlos Solek
Publicação: Leonardo Duarte
Supervisão Foca Livre: Jeferson Bertolini, Rafael Kondlatsch e Muriel Emídio Amaral
Supervisão Periódico: Marcos Zibordi, Maurício Liesen

Doações de sangue caem 50% em Ponta Grossa

Principal motivo para a queda foi a pandemia, segundo o Hemepar

 

As doações de sangue em Ponta Grossa durante a pandemia caíram 50%, segundo o Hemepar da cidade. Isso prejudica pacientes de tratamentos contínuos, como é o caso dos portadores de talassemia (uma forma de anemia crônica, de origem genética) e de alguns tipos de câncer, como leucemias e linfomas. Além disso, pessoas com quadros de tromboses venosas e arteriais, doenças hemorrágicas e hemoglobinopatias precisam, de maneira contínua, de uma quantidade significativa de sangue.

Danielle Chiarello Oberg da Cruz, técnica administrativa do Hemepar de Ponta Grossa, diz que o estoque do banco de sangue se encontra em estado crítico por causa da queda das doações. "Estamos contando com doadores de repetição, aqueles doadores que ligamos para que venham doar." Danielle explica que o Hemepar de Ponta Grossa tinha uma média de 30% de doadores de primeira doação e que esse número caiu para 5% depois da pandemia. "Aqueles que não conhecem o serviço não estão vindo", conclui.

Foto Maria Fernanda de Lima Foca Foto Agosto de 2018

Crédito: Maria Fernanda de Lima

Doadores

Apesar da baixa procura, doadores como Hevelyn Villalba Santos continuam comparecendo aos hemocentros. Hevelyn conta que a inspiração para a atitude veio de seu pai, que foi doador assíduo dos 18 aos 50 anos. Para ela, a importância de doar está em retribuir a saúde que Deus lhe deu. "Uma bolsa de sangue pode ajudar até quatro pessoas, e isso é incrível!". 

Hevelyn, que doa de uma a duas vezes por ano, afirma que mesmo com a pandemia se sente segura. "O ambiente no Hemepar é limpo, a doação é feita por agendamento, assim não tem filas nem aglomeração. Os materiais usados são todos lacrados, abertos na nossa frente. É tudo muito higienizado e sempre foi assim", explica.

O que levou Maria Helena Denck Almeida para as salas de doação foram as campanhas espalhadas pela cidade. "Quando comecei a doar sangue foi para ajudar as pessoas, já que sempre via na cidade recados avisando o quanto era necessário, e o quanto algumas pessoas estavam precisando de doações para sobreviver." 

Maria Helena, que doa pelo menos uma vez por ano desde que começou, compartilha da opinião de Hevelyn sobre a segurança em doar em meio à pandemia. "No local onde retiramos o sangue, podia entrar apenas uma pessoa por vez. O lanche foi mais rápido que o normal para evitar contato sem máscara. Me senti muito segura", conclui.

Além de contribuir com tratamentos contínuos, a doação de sangue ou plasma de pacientes que se recuperaram da Covid-19 é um dos recursos utilizados no tratamento da doença. Até o momento, o Paraná registra mais de 10 mil transfusões de sangue, sendo 3 mil aplicadas em pacientes de Covid-19, que apresentaram melhora em 65% dos casos, segundo a Divisão de Hemoterapia do Hemepar. 

 

Serviço

As doações de plasma podem ser feitas de maneira convencional, por meio da doação de sangue. Nesse processo, o sangue é centrifugado para separar o plasma de outros componentes. Outra forma disponível é a retirada apenas do plasma convalescente (hiperimune) do doador. A coleta de sangue pode ser feita em qualquer unidade da Hemorrede no Paraná. Já a coleta do plasma, nas doações por aférese, é feita apenas em Curitiba.

Para evitar aglomerações, o Hemepar pede que as doações de sangue sejam agendadas pelo site da Secretaria de Saúde do Paraná, ou pelo telefone (42) 3223-1616. Para doar, a pessoa deve ter entre 16 e 69 anos, pesar no mínimo 51 quilos e estar em boas condições de saúde. Entre os protocolos de segurança adotados pelo Hemepar estão o agendamento, a recepção de apenas seis pessoas a cada meia hora, higienização dos espaços comuns e a utilização de álcool gel 70%, além dos equipamentos de proteção individual utilizados pelos profissionais do atendimento.

 

Este texto é parte do conteúdo da edição recém-publicada do jornal-laboratório Foca Livre, produzido pelo 2º ano de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Acesse a edição completa em https://periodico.sites.uepg.br/index.php/foca-livre 

 

Ficha técnica

Repórter: Mariana Gonçalves

Editor de texto: Carolina Olegário

Publicação: Yasmin Orlowski

Supervisão Foca Livre: Prof. Jeferson Bertolini, Rafael Kondlatsch e Muriel Emídio Amaral.

Supervisão de Publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen

Risco de morte reforça necessidade de higienização na gestação e pós-parto

Desde janeiro, 105 grávidas e puérperas morreram por coronavírus no PR

 Foto Carlos Eduardo Mendes EDITADO

Para proteção de bebês, rigor com limpeza deve ser do hospital até a casa da criança Foto: Kadu Mendes

 

Dados do informe epidemiológico divulgado diariamente pela Secretaria da Saúde do Estado revelam que, de janeiro a julho de 2021, 105 gestantes e mulheres que tiveram filhos há menos de 45 dias faleceram por complicações do coronavírus no Paraná. Além das mortes, outras 943 pessoas deste grupo foram hospitalizadas pela doença no mesmo período. Por conta da preocupação com a segurança de gestantes na pandemia, providências sanitárias mais rígidas no decorrer da gravidez e do trabalho de parto começaram a ser adotadas para garantir que mães e acompanhantes não sejam infectados. 

De acordo com o médico ginecologista e obstetra Diego Damasio, algumas medidas de higienização aplicadas na sala de cirurgia e durante a estadia da gestante no hospital devem ser reforçadas para a segurança dos pais, acompanhantes e da criança recém-nascida. "Em casos de infecção da gestante, são necessários cuidados extras, como o uso da proteção com viseira, além da higienização das mãos mais constante e o seguimento para o isolamento após o procedimento", explica. Segundo o médico, os leitos destinados às pessoas que recém saíram do parto têm dois metros de distância e a máscara, que também é utilizada pela mãe durante o nascimento, deve ser trocada de duas em duas horas. "As mães devem higienizar as mãos com mais frequência para realizar a amamentação", adiciona.

Algumas medidas básicas de higiene empregadas em ambientes hospitalares se mantiveram importantes, como a utilização dos equipamentos de proteção individual (EPIs), como luvas, aventais e óculos de proteção. Além disso, a limpeza das superfícies com álcool 70% é indispensável. Antes do parto, as gestantes recebem o teste do coronavírus para confirmar seu estado de saúde, proporcionando maior estabilidade ao procedimento. 

 

Relato

As inseguranças diante da pandemia afetam diariamente gestantes que temem se infectar pelo vírus durante a gravidez ou após darem à luz, correndo o risco de não poder conviver com seus filhos nos primeiros momentos de vida. Rebeca Bernardi teve sua filha em maio de 2021 e enfrentou inúmeras dificuldades durante a gravidez, como o fato de ter que utilizar o transporte público para ir trabalhar, o que causava crises de ansiedade. Para o dia do parto, ela reforça a importância do apoio da equipe médica para não sentir medo e o quanto a higienização foi importante para que sua segurança fosse preservada. “No hospital, tudo estava muito bem higienizado e todos os profissionais foram responsáveis quanto a essa questão”, afirma.

Emanuele Mensen Inglez, que tornou-se mãe em junho de 2021, se adaptou à pandemia e evitou as saídas para a compra do enxoval, recorrendo às compras on-line. Para ela, o coronavírus foi um fator constante de preocupação, pois, mesmo ficando em casa no final da gravidez, seu esposo ainda precisava sair para trabalhar. Emanuele expressou confiança no hospital e nas medidas de segurança tomadas para que tudo ocorresse da melhor maneira possível. “Como é inevitável ir para o hospital durante o parto, confiamos na equipe, sabendo que eles estavam tomando as medidas de precaução”, conta.

 

Vacinação

Entre os dias 21 e 23 de junho, foi realizada a aplicação da primeira dose da vacina contra a covid-19 nas gestantes e puérperas de 18 a 55 anos em Ponta Grossa. A medida de incluir os grupos no plano de vacinação contra a covid-19 também foi seguida pelos outros estados. Diante da inclusão, há esperança na diminuição de casos fatais do vírus em gestantes.

 

Este texto é parte do conteúdo da edição recém-publicada do jornal-laboratório Foca Livre, produzido pelo 2º ano de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Acesse a edição completa em https://periodico.sites.uepg.br/index.php/foca-livre

 

 

Ficha Técnica: 

Repórter: Helena Denck

Editor de Texto: Kathleen Schenberger

Postagem: Rafael Piotto

Supervisão Foca Livre: Jeferson Bertolini, Muriel Emidio e Rafael Kondlatsch

Supervisão Site Periódico: Marcos Zibordi, Maurício Liesen

Serviço de fisioterapia pós-covid atende oito por dia em Ponta Grossa

As sessões podem ser agendadas nas Unidades Básicas de Saúde ou diretamente na Central de Atendimento

 

O serviço de fisioterapia criado pela prefeitura de Ponta Grossa para reabilitar pessoas que ficaram com algum tipo de sequela após ter covid tem atendido até oito pessoas por dia.

Na maioria dos casos, diz a fisioterapeuta Lúcia Lebioda, são pessoas na faixa dos 50 anos de idade. Mas já teve pacientes com 27 anos, o que mostra o efeito da doença entre os mais jovens. O atendimento é feito por fisioterapeuta e dura em média 45 minutos. “Cada profissional atende um paciente por horário”, acrescenta Lebioda.

Edher Antunes, profissional de educação física que também atua no serviço, diz que a maioria dos pacientes apresenta redução das capacidades físicas e pulmonar. Além disso, é observado um grande impacto emocional nos pacientes.

Diego Chila Fisioterapia
Foto: Diego Chila

A fisioterapeuta Lúcia Lebioda, comenta que a principal queixa observada é a fraqueza muscular generalizada: “São pacientes que passaram por longos internamentos, por Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e que possuem consequências relacionadas tanto ao tempo de internamento quanto à própria doença ou comorbidades. A fraqueza muscular tem sido relatada pela maioria deles, sendo esta a queixa principal, dificultando atividades de vida diária e atividades instrumentais.”

De acordo com Lebioda, as atividades desenvolvidas no ambulatório são pensadas em função de cada tipo de sequela. Para evitar risco de contaminação, os profissionais que prestam o serviço usam equipamentos de proteção, como máscara de proteção facial e luvas cirúrgicas.

O serviço de reabilitação é prestado nas clínicas Francine Bello, SHS e Hidrofisio e no Hospital Universitário Regional. O atendimento é pago pelo SUS.

Além dos atendimentos nas clínicas conveniadas, é ofertado o tratamento em casa para quem, por exemplo, não pode sair da cama. Ele só é realizado por meio de pedido médico atestando a necessidade de atendimento na residência.


Inscrição


Para usar o serviço, os pacientes que têm guia do médico especialista do SUS ou que receberam alta hospitalar deverão ir até a Central de Agendamentos, próximo à rodoviária, nos períodos da manhã e tarde, munidos com seu cartão SUS, RG e a guia do especialista para o agendamento imediato das sessões de fisioterapia.

Os pacientes que não têm a solicitação de fisioterapia devem procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência para que o médico insira o paciente no sistema e o pedido seja regularizado e agendado nas clínicas credenciadas pelo SUS.

 

Este texto é parte do conteúdo da edição recém-publicada do jornal-laboratório Foca Livre, produzido pelo 2º ano de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Acesse a edição completa em https://periodico.sites.uepg.br/index.php/foca-livre

 

Ficha técnica

Repórter: Diego Chila
Editor de Texto: Mariana Real 

Publicação: Lucas Müller
Supervisão: Prof. Jeferson Bertolini, Rafael Kondlatsch e Muriel Emídio Amaral

Investimentos para combater Covid-19 caem 21% em 2021

No primeiro semestre deste ano, prefeitura gastou R$ 5,9 milhões; semestre anterior foram R$ 7,5 milhões.

Foto: Vinicius Sampaio

 

O investimento da prefeitura de Ponta Grossa para combater a pandemia diminuiu 21% no primeiro semestre deste ano em comparação com o segundo semestre do ano passado.

De acordo com dados publicados no Portal de Transparência, entre julho e dezembro de 2020 foram empenhados R$ 7.566.547,14. Entre janeiro e junho de 2021, foram destinados R$ 5.931.282, 72.

Seringas, kit nebulização, máscaras cirúrgicas, contratos para fornecimento de oxigênio, álcool em gel e medicamentos são alguns dos principais itens presentes na lista de gastos da prefeitura durante o primeiro semestre.

A redução nos investimentos acontece em um momento em que a pandemia cresce em Ponto Grossa. Em março de 2021, o município registrou 8794 casos e 256 mortes. Foi o pior resultado desde o início da pandemia. Em abril, houve uma queda no índice de novos casos confirmados, mas em maio (4628 casos) e junho (6134 casos) as estatísticas voltaram a aumentar.

 

Testagem

Para Isaías Cantoia, especialista em saúde pública, o município deveria investir em testagem em massa e na compra de oxímetros para controlar a pandemia: “Aumentar a testagem é muito importante para que haja o controle da transmissão do vírus e de novas variantes entre a população’’, afirma.

Segundo o especialista, o oxímetro evitaria que pacientes procurassem o serviço de saúde quando os pulmões já estivessem comprometidos pela doença, evitando possíveis óbitos: “O equipamento poderia ser disponibilizado aos pacientes para o acompanhamento em domicílio, para que, caso haja agravamento, o paciente procure o sistema de saúde. Haveria a devolução do equipamento assim que recebesse alta’’, explica. 

O epidemiologista Péricles Martim vê a queda nos investimentos como algo normal: “Em primeiro momento, a adequação, ampliação e compra de equipamentos hospitalares faz com que os gastos sejam maiores com a infraestrutura’’, diz. Ele afirma que após isto, os gastos tendem a ser menores: ‘’O investimento que é destinado à manutenção, materiais médicos hospitalares e medicamentos tende a ser menor do que os gastos com a infraestrutura’’, diz Péricles.

 

Prefeitura

A Prefeitura  de Ponta Grossa informou em nota que a redução de 21% nos gastos ocorreu pois no mês de janeiro não houve valor aplicado, devido à transição de governos, entre o ex-prefeito Marcelo Rangel (PPS) e a prefeita Elizabeth Schmidt (PSD). 

A administração municipal não especificou valores a serem direcionados à Covid-19 durante o segundo semestre de 2021. Informou apenas que os valores investidos neste ano também englobam a manutenção da UPA Santa Paula e de Unidades de Saúde do município.

A UPA Santa Paula notificou falta de insumos, como medicamentos, respiradores e leitos para atender pacientes com Covid-19, durante os meses de maio e junho deste ano. A reportagem entrou em contato com a UPA para questionar se ainda há falta de insumos e superlotação de leitos, mas a unidade apenas informou que, após a restrição de atendimento a casos considerados moderados e graves da Covid-19, a UPA Santa Paula voltou a atender todos os pacientes com problemas respiratórios a partir do dia 9 de julho. 

Este texto é parte do conteúdo da edição recém-publicada do jornal-laboratório Foca Livre, produzido pelo 2º ano de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Acesse a edição completa em https://periodico.sites.uepg.br/index.php/foca-livre

 

Ficha Técnica

Repórter: Vinicius Sampaio

Editor de Texto: Sabrina K. da Luz

Supervisão Foca Livre:  Prof. Jeferson Bertolini, Rafael Kondlatsch e Muriel Emídio Amaral

Supervisão Site Periódico: Marcos Zibordi e Mauricio Liesen

Campanha Julho Amarelo alerta sobre risco das hepatites virais

Doença atinge mais de 30 mil brasileiros por ano; no Paraná são cerca de 2 mil


No calendário de campanhas que usam cores para incentivar o tratamento de doenças, julho aparece como o mês que busca conscientizar sobre a hepatite viral, doença que atinge cerca de 33 mil brasileiros por ano. O Julho Amarelo existe desde 2019, por meio da Lei Federal nº 13.802. A campanha se intensifica em 28 de julho, Dia Mundial de Luta Contra Hepatites Virais.


A hepatite viral é uma inflamação das células do fígado causada por vírus, que podem gerar alterações leves, moderadas ou graves. A doença é dividida em cinco variações: A, B, C, D e E. No Brasil, as categorias mais comuns são os vírus A, B e C.


O hepatologista Rafael Ximenes diz que a principal dificuldade para identificar a doença é a demora na manifestação de sintomas. Quando eles surgem, são acompanhados por outros problemas de saúde. "As hepatites são doenças silenciosas. Podem não gerar sintomas. Os pacientes demoram a procurar assistência médica, e quando procuram, muitas vezes os casos já são graves.”


O médico afirma que, mesmo sendo menos comum, quando manifestados na fase aguda os sintomas costumam ser febre, náuseas, desconforto e fraqueza. Em alguns casos o paciente pode apresentar os olhos e a pele amarelados (icterícia).


De acordo com o hepatologista, após a fase aguda o paciente pode ficar sem sintomas durante anos e até mesmo desenvolver cirrose ou câncer no fígado. “No caso de avanços para demais doenças, podem surgir outros sintomas, como o acúmulo de água na barriga (ascite), vômitos com sangue, devido ao sangramento de veias dilatadas no estômago, e confusão mental (encefalopatia hepática)”, acrescenta.


Segundo Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde divulgado em 2020, nos últimos 20 anos foram notificadas 673.389 pessoas com hepatites virais no país, o que corresponde a cerca de 33.669 portadores dos vírus por ano. No Paraná, de acordo com o documento, durante os anos de 1999 e 2019 o Estado notificou 12.228 quadros de hepatite A, 29.860 de hepatite B, 12.871 de hepatite C e 116 de hepatite D.

 

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Infografia: Victória Sellares

 

Paciente
O representante comercial Erick Hireman, que foi infectado pelo vírus da hepatite A na infância, relata que, por não existir um tratamento específico para a doença, ele realizava exames com frequência para acompanhar o quadro de infecção. Segundo Hireman, durante os dois meses de recuperação, foi necessário o repouso quase absoluto devido aos sintomas. “Precisava realizar exames de sangue a cada dois dias e seguir as recomendações médicas. Devido ao cansaço e enjoo, adaptei a minha alimentação para hábitos mais saudáveis, além de passar o dia em descanso”, conta. Hoje ele afirma não sofrer com nenhuma sequela da infecção, podendo levar uma vida normal, sem precisar de acompanhamento médico.

 

Testes
Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece testes para diagnósticos das hepatites de duas formas: exames laboratoriais e testes rápidos. A vacinação, também ofertada pelo SUS, está disponível contra os vírus A e B.
No caso de tratamentos, para a hepatite A recomenda-se repouso e cuidados com a alimentação. Em quadros de hepatite C, a intervenção é feita com antivirais de ação direta (DAA) durante 8 ou 12 semanas. As hepatites B e D não possuem cura, mas o tratamento com medicamentos específicos pode reduzir o risco de progressão e complicações.

  

Este texto é parte do conteúdo da edição recém-publicada do jornal-laboratório Foca Livre, produzido pelo 2º ano de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Acesse a edição completa em https://periodico.sites.uepg.br/index.php/foca-livre.

 

Ficha técnica

Repórter: Victória Sellares

Editora de texto: Carlos Solek

Publicação: Leonardo Ribeiro

Supervisão Foca Livre: Jeferson Bertolini, Muriel Emidio e Rafael Kondlatsch

Supervisão Site Periódico: Marcos Zibordi, Maurício Liesen