Mulheres jornalistas participam de debate sobre assédio na profissão
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- Produção: João Paulo Pacheco e Marcus Vinìcíus
- Categoria: Dia Internacional da Mulher
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Profissionais da imprensa de Ponta Grossa participaram na manhã da última segunda-feira (9) da mesa de debate ''Dia de Luta das Mulheres Jornalistas''. O debate foi realizado no Campus Central da Universidade Estadual de Ponta Grossa. O encontro foi organizado pelo SindijorPR em parceria com a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e do Mestrado.
Crítica de Ponta na TV #95
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- Categoria: Crítica de Ponta na TV
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Nesta edição você confere: consumo de produtos baseados em filmes e séries é uma forma de integração em grupos sociais; análise da obra "Os empregos de Saci", que integra a coleção "pega aí - leitura grátis'; praça Santos Andrade é cercada pelos muros da UEPG; pouca divulgação do Sexta às Seis desmotiva músicos e espectadores; Museu da Imagem e do Som do Paraná relembra a trajetória do rock no estado.
Crítica de Ponta #142
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Crítica de Ponta
Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura de Ponta Grossa para você!
O CONSUMO COMO FORMA DE PERTENCIMENTO E EXPRESSÃO
Ao entrar em uma loja, quem nunca se deparou com um objeto baseado em um filme ou série favorita? Seja uma caneca, um caderno ou outro objeto? A loja de departamento Riachuelo, por exemplo, adota a estratégia de lançar camisetas baseadas em filmes e séries, como na série da Marvel Loki, lançada na plataforma Disney Plus, e nos filmes da franquia Star Wars. Pois bem, pode-se perceber que quando associado à produções cinematográficas, o consumo já não se limita apenas em assistir algo.
Produtos baseados em filmes e séries mostram a necessidade das pessoas em fazer parte de grupos sociais | Foto: Ana Barbato
Os filmes possuem sentido dentro do contexto social em que são assistidos e, por isso mesmo, ganham significado por parte do público. E a lógica capitalista, que visa o lucro, comercializa mercadorias baseadas em produções que, consequentemente, também adquirem valor simbólico. É por essa razão que os objetos têm importância pois, ao comprar um objeto, o consumidor adquire algo significativo, que promete integrá-lo em um grupo social.
Por exemplo, quando um fã de Senhor dos Anéis compra e usa um anel baseado no filme, ele indica às pessoas que conhecem que faz parte do grupo de fãs da franquia. A situação mostra que o indivíduo encontra uma forma de expressão e, pelo consumo, também reflete a necessidade das pessoas em fazer parte de algo. Isso pode ser melhor demonstrado através da teoria das trocas simbólicas, apresentada pelo ex-professor francês Pierre Bourdieu, que explica como os grupos sociais investem naquilo que os diferencia dos outros, desejando transmitir uma identidade própria.
Porém, quanto mais as pessoas compram, cada vez mais se produz. Esse é um comportamento reproduzido de forma constante, seja pelas empresas quanto pelos próprios consumidores. Talvez, por isso cabe às pessoas avaliar concretamente se alguns hábitos de consumo são realmente necessários.
Por Ana Barbato
Serviço:
Confira artigo de Maria Luiza Laufhütte e Alberto Cipiniuk (2016) sobre o consumo relacionado ao Campo do Cinema - “Um bonde chamado consumo, um objeto chamado desejo”
A IMAGEM REINVENTADA DO SACI EM LIVRO INFANTIL
Na obra de João Paulo Hergesel, a figura folclórica tem que lidar com a dificuldade de encontrar um emprego | Foto: Maria Helena Denck
Cabeleireiro, ilusionista, estilista e professor de meditação. Essas são apenas algumas das profissões que o Saci-Pererê, figura conhecida do folclore brasileiro, tenta encontrar no livro Os empregos do Saci, de João Paulo Hergesel. Na história, após ter a casa queimada, o Saci parte para uma cidade próxima em busca de abrigo. Chegando lá, ele é informado de que terá que encontrar um emprego se quiser ter dinheiro para sobreviver. A partir daí começa a aventura do personagem principal, tentando não se meter em confusão em todas as profissões que consegue achar.
Apesar da figura mitológica e da linguagem simples, o livro está longe de tratar de tópicos exclusivamente infantis. Em meio às figuras coloridas e às confusões do Saci, é possível identificar temas como a destruição florestal, a dificuldade de encontrar um emprego e manter a criatividade na sociedade atual e o esquecimento coletivo da sociedade quanto às figuras mitológicas do nosso país. O autor utiliza elementos infantis para passar uma mensagem para crianças e adultos: não está fácil para ninguém, nem mesmo para o Saci.
A leitura é breve, tranquila e divertida. As travessuras e armações causadas pelo personagem trazem leveza e identificação para uma figura já conhecida no universo literário. Apesar do reconhecimento, a obra não deixa de explorar o fato das figuras mitológicas estarem lentamente desaparecendo do imaginário do Brasil, dando espaço para personagens modernos e, às vezes, até contemporâneos, como os vampiros e os dragões.
Um destaque especial no livro fica para a ilustração colorida, e ao mesmo tempo discreta, de Alessandro Fonseca. Todos os desenhos que ilustram a história se encontram na parte inferior das páginas, logo abaixo do texto, e ajudam a dar uma imagem familiar e animada para a história do livro.
Os empregos do Saci reinventa o personagem, sem fazer com que ele perca a essência da lenda. Se você quiser conferir a história, basta passar em uma das estantes do projeto Pegaí Leitura Grátis, encontradas em diversos ambientes da cidade, e retirar um exemplar. A primeira edição do livro é de tiragem exclusiva do projeto, e foi lançada em maio de 2022.
Por Maria Helena Denck
Serviço:
Os empregos do Saci
Autor: João Paulo Hergesel
Ilustrador: Alessandro Fonseca
Disponível gratuitamente nas estantes do projeto Pegaí Leitura Grátis
A IRONIA DE UMA 'PRAÇA PRIVADA' EM UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA
De acordo com o dicionário Michaelis, a palavra ‘praça’ significa lugar aberto e espaçoso, em geral cercado de casas ou espaços comerciais. Em Ponta Grossa, nem todas as praças recebem o mesmo significado. Um exemplo é a praça Santos Andrade. Localizada no centro da cidade, a Santos Andrade é cercada pelos muros da UEPG, parecendo ser propriedade da instituição. Ao pesquisar a localização do campus central, inclusive, o endereço é Praça Santos Andrade nº 1, Ponta Grossa, Paraná.
O terreno, que deveria ser público e de uso comum, fica restrito à universidade e às pessoas que ali estudam. Já em 1970, quando a UEPG era somente uma criança, os muros já delimitavam o espaço da praça, que naquela época, servia como estacionamento. É no mínimo irônico uma universidade pública tornar privada uma praça que, por sua vez, também deveria ser pública.
Praças Santos Andrade é frequentada, em grande maioria, por universitários e docentes da UEPG | Foto: Isadora Ricardo
Na cidade, os demais espaços seguem os critérios estabelecidos pelo dicionário para serem consideradas praças, e em Ponta Grossa existem várias. Mas localizadas na região central, próximo à universidade, não se encontram com facilidade. Na pandemia, quando o isolamento social ainda era presente na cidade, a recomendação para sair de casa, era ficar de máscara e frequentar somente espaços abertos e arejados. Neste caso, a Santos Andrade é e deveria ser uma opção, mas como o prédio da UEPG ficou fechado, consequentemente a praça também estava.
Vale lembrar ainda o descaso com o local, que hoje, parece estar abandonado, com árvores sem poda e plantas crescendo sem cuidado. E mesmo parecendo ser propriedade privada da Universidade, a responsabilidade pela manutenção da praça é do governo estadual, inclusive porque a UEPG é pública. Falta cuidado, principalmente, mas falta também, retomar o conceito de praça pública, para que a Santos Andrade possa ser frequentada por todos interessados, e não somente pelos estudantes, como hoje acontece.
Por Isadora Ricardo
Serviço:
Praça Santos Andrade, Centro, Ponta Grossa-PR, 84043-450
DESCASO COM SEXTA ÀS SEIS DESMOTIVA BANDAS PARTICIPANTES E ESPECTADORES
As informações forncidadas pelas redes sociais da Fundação Municipal de Cultura dificultam a divulgação do evento | Foto: Reprodução
Um dos eventos culturais mais populares de Ponta Grossa, sexta às seis, retomou suas atividades presenciais neste ano, depois de ficar mais de dois anos suspenso devido à pandemia. Com a presença de bandas locais e bandas convidadas, o sexta às seis apresenta shows de música e entretenimento gratuito à população da cidade. Contudo, essa informação nem sempre chega a todos por ineficiência da organização.
A pouca, ou quase inexistente, divulgação dificulta o acesso e aumenta cada vez mais a defasagem que já acontece no evento. Se a população não sabe as informações básicas como as bandas estarão motivadas a participar? Sem plateia o show perde sua motivação principal. A abertura do sexta às seis aconteceu no dia 8 de julho e contou com a participação da banda Destroyer Kiss, criada em 1984 e já tendo realizado mais de 1500 shows pelo Brasil. Mesmo com tamanha relevância, a banda não teve a divulgação adequada e justa, prejudicando a participação do público.
Três dias antes do show, que como de costume ocorreu no Complexo Ambiental, nenhum cartaz havia sido espalhado pela cidade com informações tanto sobre a banda quanto sobre o evento, assim como nenhum post informativo foi feito nas redes sociais da prefeitura. Na segunda apresentação, as próprias bandas fizeram artes e divulgação própria para suprir essa falta.
Por Bettina Guarienti
Serviço:
O sexta às seis acontece no Complexo Ambiental
Site: https://cultura.pontagrossa.pr.gov.br/sexta-as-seis/
ROCK PARANAENSE OU ROCK CURITIBANO?
Quando o assunto é exposição de artes visuais, a primeira coisa que vem à mente é a necessidade de se deslocar até um museu e observar as diversas figuras expostas ao longo de corredores e salas. Mas, o avanço das redes sociais possibilitou novos meios de interação e, no caso das artes, não foi diferente. O Museu da Imagem e do Som do Paraná produziu uma exposição virtual em homenagem ao Dia Mundial do Rock, com textos e imagens relatando histórias e vertentes, com enfoque no rock paranaense.
A exposição, que lembra peças de slides, conta com 12 imagens. Ela contextualiza a história do rock no Brasil, apresenta os principais compositores e bandas e, por fim, traz um panorama geral do cenário do rock paranaense, destacando momentos e os principais representantes. O layout da apresentação conta com cores que remetem ao rock; preto e vermelho, o que não foge muito do esperado e pode ser considerado padrão quando o assunto é abordado.
Mostra do Museu da Imagem e do Som do Paraná aborda história do rock no Brasil com enfoque regional | Foto: Reprodução
Um ponto em destaque na exposição é a presença de imagens da capa dos discos da época, que possibilitam conhecer o rosto dos artistas sobre os quais a exposição trata. Através destas mesmas capas é possível conhecer a personalidade dos discos, pela observação da composição de cores e estilos utilizados. Desse modo, é simples de se imaginar naquela época, procurando entre os mais diversos discos de vinil o autor de uma música favorita.
Entretanto, quando a exposição aborda a cena musical do rock no Paraná, trata apenas de Curitiba. É possível entender os motivos, porém a abordagem leva o visitante a imaginar o rock paranaense como algo exclusivamente curitibano. Talvez, representar e avaliar a produção de cidades interioranas - ou a falta delas - tenha sido uma cereja que faltou ao bolo, ou melhor dizendo, na exposição.
Por Mariana Gonçalves
Serviço:
Para ter acesso a estas e outras produções do Museu da Imagem e do Som do Paraná, acesse. O Museu fica localizado em Curitiba, na rua Barão do Rio Branco, 395. O horário de atendimento é de terça a sexta-feira, das 10h às 19h e nos sábados, domingos e feriados, das 10h às 17h.
Crítica de Ponta #139
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CRÍTICA DE PONTA
Produzido pelo terceiro ano de jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor sobre a cultura da cidade de Ponta Grossa.
Corpos negros não encontram a paz nem na morte
Foto: Divulgação
O relatório estatístico criminal de vítimas de crimes relativos à morte no primeiro trimestre de 2022, divulgado pela Secretaria da Segurança Pública do Paraná, indica que, entre janeiro e março deste ano, 24 pessoas foram assassinadas em Ponta Grossa. Quem acompanha as notícias dos portais jornalísticos locais sabe que o perfil das vítimas de homicídios violentos na cidade é muito específico: na maioria, são jovens negros. Não somente essas pessoas são assassinadas, mas as memórias são ignoradas pela população, como se a morte de cidadãos se tornasse apenas uma estatística.
“Às vezes eu me pergunto se eu não tenho mais a ver com esses corpos, do que com os meus colegas de turma”. A fala é de Maurício, personagem principal do longa M8 - Quando a morte socorre a vida, filme dirigido por Jeferson De e lançado em 2019. Ao narrar a história de um calouro de medicina que cria uma conexão praticamente sobrenatural com os cadáveres dispostos para estudo na aula de anatomia na faculdade, M8 ultrapassa os limites do real e do imaginário, utilizando elementos de sonho e vida para guiar o espectador pelas camadas da personalidade de Maurício.
O ponto principal do filme é a desumanização de jovens negros na sociedade brasileira, já que Maurício percebe que, além de ser o único aluno negro da turma de medicina, todos os corpos dispostos no laboratório são negros como ele. Jeferson De demonstra, por meio de diálogos dos colegas de Maurício apoiados em discursos estruturalmente racistas, além de metáforas baseadas em sonhos e alucinações do personagem, como a desumanização afeta jovens que vivem e morrem sem nome, sem história e sem dignidade, forçados a viver à beira da sociedade.
Apesar de enfrentar momentos difíceis ao sustentar uma narrativa que parece ir para todos os lugares ao invés de se apoiar no ponto principal, M8 encontra força na atuação maestral de Mariana Nunes, intérprete de Cida, mãe de Maurício. O trabalho exemplar da atriz sustenta as ideias do diretor que menos funcionam, e faz com que as ideias que, sim, funcionam, sejam ainda mais apreciadas. M8 - Quando a morte socorre a vida é o resultado do esforço da equipe cinematográfica para que um enredo complexo e, muitas vezes, insustentável, consiga se manter firme pela 1 hora e meia de duração do longa.
Tanto no filme, quanto na realidade ponta-grossense, jovens negros são assassinados, ignorados e esquecidos. Viram figuras sem nome e família, sem história e sem dignidade. A ficção não precisa se esforçar muito para comprovar que imita a vida, por mais fantasmagórica que seja. A paz para uma parcela da brasileira não chega nem no berço, nem no leito.
por: Maria Helena Denck
Serviço:
Filme M8 - Quando a morte socorre a vida (2019), disponível na Netflix (em 2022)
Diretor: Jeferson De
1h24min de duração
Agora, sobe tom da crítica ao Operário?
Foto: Arquivo / Reprodução A Rede!
“Você já deve estar cansado de ler que o Operário Ferroviário tenta se aproximar do G4 da Série B e, na rodada seguinte, ter que ler que o Fantasma tenta se afastar da zona de rebaixamento”.
Foi assim que a reportagem do site de notícias DcMais começou a falar do primeiro jogo do time no mês de julho, contra o Brusque, em Santa Catarina. Após a partida, com mais uma derrota do OFEC (2x0), o portal voltou a pautar má fase do time, lembrando que beira a apatia na Série B.
Nas notícias, o descontentamento é nítido, afirmando que o ‘Fantasma’ tem se conformado com a segunda divisão do Campeonato Brasileiro. As críticas não vêm somente das redações, mas também dos torcedores. O portal ARede também desaprova a fase atual. ‘’Os jogadores devem honrar a camisa de um time centenário, respeitar a torcida e fazer jus aos salários que recebem”, diz a reportagem, ao destacar a intensificação de protestos pelo público nas arquibancadas do estádio Germano Krüger.
Trabalhar com suposições - “se o Operário vencer, sobe para tal colocação, e se perder, se aproxima do rebaixamento” - parece ignorar que ao mesmo tempo que o time da cidade joga, os outros times também se movimentam, e os resultados, a cada rodada, mudam a classificação.
Ao longo do campeonato, que começou em 8 de abril/22, as notícias dos portais da cidade não foram receptivas com o Fantasma, e as críticas e cobranças aumentam na fase atual do time. Nas rodadas recentes da Série B, inclusive, são raros os momentos em que as notícias de Ponta Grossa destacam o desempenho de algum jogador. Talvez, o problema seja a expectativa exagerada com a sonhada vaga na série A, no início do campeonato, criada pela própria mídia esportiva, desde que o Operário disputa a segunda divisão nacional, em 2019.
Por Isadora Ricardo
Serviço:
Portal de notícias A rede
Portal de notícias DcMais
Pinhão é ingrediente principal de bolo feito por sorveteria de PG
Foto: Leriany Barbosa
Qual seria o resultado se adicionasse o tradicional pinhão como ingrediente principal de um bolo? Desde o inverno de 2017, uma sorveteria de Ponta Grossa aposta no que eles chamam de Max Cake de Pinhão. A combinação do pinhão com doce de leite, sorvete de creme e massa de bolo desperta curiosidade. Ainda mais para quem só está acostumado a consumir o fruto em pratos salgados, como a paçoca de pinhão, o entrevero, pastéis e, até mesmo, coxinhas. Mas será que os ingredientes do bolo combinam? Já adianto que não!
O Max Cake de Pinhão vem servido em um copo de 400 ml e é composto por cobertura de chantilly com raspas de pinhão, duas camadas intercaladas de massa de bolo com doce de leite e também de sorvete de creme. A aparência da sobremesa é apresentável, porém a quantidade de chantilly já te deixa um pouco enjoada. Pois, até chegar de fato no bolo, você já se sente satisfeito. Sobre o principal ingrediente do bolo, que neste caso é o pinhão, em cada colherada passa a impressão de que ele não deveria estar ali.
O doce de leite rouba mais a cena do que o próprio pinhão, por ele não ter um gosto marcante. Não sendo nem doce, muito menos salgado. Conforme você chega na terceira camada do bolo, que neste caso é o sorvete de creme, todos os ingredientes se misturam, o que deixa Max Cake de Pinhão enjoativo. Mas, outro ponto positivo para a sobremesa, além da montagem, é que, por motivos óbvios, o bolo não tem como ser seco. A massa em si é fofa e chega a desmanchar na boca. Porém, fica grudenta se misturada ao doce de leite. A tentativa de criar a sobremesa com um dos principais ingredientes da culinária sulista é interessante. Entretanto, para quem não é fã de coisas tão doces, o bolo pode facilmente ser deixado pela metade.
O Max Cake de Pinhão compõe a categoria “delícias da estação” do cardápio do Mr. Max Sorvetes e Açaís. O casal de ponta-grossenses, Vitor Douglas e Ester Silva, foram os idealizadores da sobremesa. Um dos motivos da criação foi para atraírem clientes até a sorveteria, mesmo durante os dias frios. O bolo de pinhão custa R$ 20,00 e só é vendido no inverno. Devido ao preço, vale mais pegar outro ingrediente do cardápio.
por Leriary Barbosa
Serviço
Mr. Max Sorvetes e Açaís
Endereço: R. Nicolau Kluppel Neto, 1148 - Santa Paula, Ponta Grossa
Horário de funcionamento: Terça à sábado das 12h às 22h; Domingo das 14h às 22h
Fone: (42) 99875-4851
Site: mrmax.grandchef.com.br
Evento musical resgata matrizes culturais do Brasil e a união do popular com o erudito
Foto: Cassiana Tozati
A “Grande Missa Armorial”, do compositor Capiba, é a obra principal do evento que marcou o retorno da parceria entre a Orquestra Sinfônica e o Coro Cidade de Ponta Grossa no Cine Teatro Ópera. Os dois grupos, com o uso de instrumentos e ritmos característicos da música nacional, cumprem a proposta de uma noite de imersão à cultura brasileira, com ênfase na religiosidade, e expressa importantes características da cultura brasileira, relembrando as matrizes e principalmente a dualidade erudito/popular.
Para um evento com a proposta de valorizar as expressões culturais brasileiras, a escolha da obra de Louranço da Fonseca Barbosa, foi ideal. A composição faz tributo aos cantos gregorianos e a disseminação entre indígenas, durante o processo de colonização. Com a estrutura das missas cantadas em latim e estilizada para ritmos brasileiros, a obra reflete a estética nordestina da década de 70, e o Movimento Armorial.
A apresentação convida o público a relembrar um movimento baseado em raízes populares com elementos eruditos a partir da composição de Capiba. É pertinente, também, o ingresso social para o evento, de 1kg de alimento. Em vista da proposta de união entre o clássico e o popular da performance, a entrada que convida todos os públicos para participar de um evento cultural da cidade, com o propósito de doações às entidades sociais, é coerente.
Os conjuntos musicais fizeram performances separadamente, antes da união para apresentar a Grande Missa Armorial. O público confere, assim, como os grupos se expressam individualmente e como funcionam juntos, sem perder a harmonia com a temática de missa e música à moda brasileira.
O evento ocorreu no sábado, dia 9 de julho, e durou cerca de uma hora. “Brasilidades: missa e música à brasileira”, relembra a colonização, a influência europeia, as matrizes indígenas, a religiosidade, e os ritmos nordestinos. A combinação traz a riqueza cultural do Brasil ao público disposto a resgatar a história do país, sem romantizá-la, mas com consciência de que o popular se faz presente no erudito e que a variedade de expressões culturais estão presentes em todos os espaços.
Por Cassiana Tozati
Serviço
Apresentação: Orquestra Sinfônica de Ponta Grossa e Coro Cidade
Maestro Orquestra: Rafael Rauski
Regente do Coro: Édi Marques
Local: Cine Teatro Ópera
Pouco inteligentes, concurseiros e vestibulandos são os principais usuários das chamadas smart drugs
Foto: Mariana Gonçalves
Se você já estudou para vestibular, concurso ou qualquer outra prova com hiper concorrência, deve ter ouvido falar em “drogas inteligentes”.
Mas, se você não conhece, o Hospital Santa Mônica, na região metropolitana de São Paulo, definiu as smart drugs como “potencializadores da cognição, utilizadas por indivíduos que desejam melhorar o desempenho, concentração e ampliar a capacidade mental para se destacar no trabalho e nos estudos”.
Em uma enquete realizada no perfil do professor e especialista em ENEM e vestibulares, Rodrigo Artuso, que dá aula em cursinhos na cidade, muitos dos alunos afirmaram não conhecer estas drogas. Mas, dos 271 respondentes que afirmaram já tê-la usado em alguma ocasião, 38% marcou a opção “estudos”, 34% “vestibular” e 27% marcou a opção “doença”. Apenas 1% afirmou ter feito o uso destes medicamentos em função de uma melhora cognitiva no trabalho.
Mas, o que leva pessoas saudáveis a recorrer aos remédios recomendados para transtornos específicos, como por exemplo o transtorno de déficit de atenção, hiperatividade e epilepsia? A alta concorrência e o número de candidatos por vaga faz com que muitos concorrentes sintam-se pressionados a estudar cada vez mais. A cobrança por notas altas e a quantidade de matéria acumulada para estudar em alguns cursos também pode ser um dos fatores estimulantes para que estudantes considerem tomar remédios, sem receita, como uma saída para a vida acadêmica.
Os prejuízos à saúde não são poucos. Indivíduos saudáveis, por exemplo, que utilizam as drogas estimulantes correm o risco de desenvolver dependência, além dos sintomas que vão desde ataque cardíaco, pressão baixa, alucinações, ansiedade até a depressão. De acordo com estudos clínicos , o uso da substância é considerada perigosa, e deve ser evitada por aqueles que buscam uma melhoria no quesito estudantil. Boas noites de sono e uma alimentação regrada são, na verdade, uma saída saudável para atingir objetivos acadêmicos sem prejuízos à saúde.
A prática de exercícios físicos também pode ser considerada uma saída, pois auxilia no combate à ansiedade, estimulando o organismo a produzir e liberar neurotransmissores como a endorfina, serotonina e a noradrenalina, responsáveis por gerar a sensação de bem-estar, aliviando a depressão e normalizando os níveis de ansiedade. É importante evitar a automedicação, e que jovens ou adultos que sofrem com pressões de concursos e vestibulares encontrem alternativas saudáveis para manter a vida acadêmica, o corpo e a mente também saudáveis.
por Mariana Gonçalves
Serviço
Atendimento Público em Ponta Grossa:
Centro de Atenção Psicossocial (CAPS)
Ponto da Notícia #96 - 27/09/22
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Confira os destaques da edição especial eleições #96 do Ponto da Notícia: Informações sobre os procedimentos de segurança que serão adotados no dia da eleição em Ponta Grosa; Denúncias sobre desinformação sobre as eleições e entrevista com o ex-juíz do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná Roberto Ribas.
Ficha técnica:
Apresentação: Emilli Schneider e Iasmin Gowdak
Reportagem: Pamela Tischer, Rafaela Koloda, Vanessa Galvão
Sonoplastia: Maria Eduarda Kobilarz e Kauan Ribeiro
Produção: Camila Ribeiro
Chefe de Produção: João Vitor Pizani e Cristiane Melo
Professor responsável: Paula Melani Rocha
Supervisão técnica: Reinaldo dos Santos