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O espetáculo “Coração em Chagas” conta a história do médico que descobriu a Doença de Chagas
Você sabe o que é a Doença de Chagas? Sabe se existem formas de prevenção? A peça “Coração em Chagas”, que marcou a estreia do Fenata, conta a descoberta da doença, que ainda não tem nenhuma vacina testada e nem cura em estado avançado.
O espetáculo, convidado para apresentação pela Comissão Organizadora do evento, se passa no interior de Minas Gerais, nos séculos XIX e XX, e narra a história do cientista Carlos Chagas, reforçando a conscientização sobre a doença. A peça teatral foi escrita ao longo de seis meses e idealizada pelo Grupo de Teatro Científico da UEPG.
Atores encenando peça “Coração em Chagas” na abertura do Fenata. Foto: Maria Fernanda Justus/Foca Foto
Dirigida por Renan Guimarães e Jocemar Chagas, a peça inicia com uma apresentação musical do elenco. A mesma música é cantada ao longo de todo o espetáculo para indicar mudança de cenas. No elenco estão 11 atores, e há somente um personagem fixo, Carlos Chagas, que é contracenado por dois atores.
A composição do palco é simples, mas a interação que o elenco faz com ela, envolve o público. Os tablados de madeira servem como banco, para representar paredes de casas ou ainda, construção de rodovias. O coração ao fundo do palco não é só uma figura visual e fica pulsando em momentos específicos da apresentação. Também é preciso falar do jogo de iluminação e cor, que acontece no momento certo da produção.
O figurino da apresentação ganha destaque. Roupas com muitas camadas, babados e tons terrosos lembram os séculos passados e o estilo de cidades do interior. As meias vermelhas, utilizadas por todos os atores, são o único padrão e referenciam o sangue e o coração, representando a dor humana do povo brasileiro.
Com 60 minutos de duração, o espetáculo permite vários momentos de interação com o público, que se divertiu e aplaudiu sem parar ao fim da história. Em sua segunda apresentação, “Coração em Chagas” mostra o potencial de uma peça feita para ensinar e conscientizar o público. Ao fim, quando as luzes do palco apagam e a música acaba, o coração continua a pulsar na arte e na ciência.
Por Isadora Ricardo
Serviço:
Peça: “Coração em Chagas” – Teatro Convidado do 50º Fenata (8/11/22, 14h)
Direção: Renan Guimarães e Jocemar Chagas
Duração: 60min
Local: Teatro Marista
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Peça Tucumã e Buriti retrata as fomes da comunidade do Julião, em Amazonas
Créditos: Ana Luiza Bertelli Dimbarre
Do que essas pessoas têm fome? Essa é a questão central para o grupo Jurubebas de Teatro, de Manaus, na peça Tucumã e Buriti: As Brocadas do Tarumã. Com muita sensibilidade e delicadeza, o espetáculo retrata a história de duas irmãs que nasceram grudadas pelo umbigo. A peça mostra os desejos e as fomes de cada uma.
Toda trama perpassa pela comunidade ribeirinha de Julião e o Rio Tarumã, no Amazonas. O palco dá espaço à Tucumã e Buriti, e a ligação entre elas desde antes do nascimento está representada por uma corda amarrada em suas barrigas. Na peça, é expresso a todo momento a conexão forte entre ambas, visto terem crescido sozinhas ao serem abandonadas pela mãe. Além do mais, as brocadas da região fazem com que elas corram atrás para garantir o próprio sustento.
Ao ficarem mais velhas, cada uma tem sua perspectiva de vida. Buriti sonha morar em Paris e ser uma confeiteira famosa pelo mundo, querendo dar uma vida melhor à sua irmã. Já Tucumã, sonha em ficar na própria terra e ajudar a população da comunidade com condições básicas de sobrevivência. A ideia de se separarem e a fome por sucesso de Buriti cria uma resistência em Tucumã para não deixar sua irmã ir embora. Ao mesmo tempo, Buriti não se conforma com o anseio de Tucumã em querer ficar na terra. Mas depois de muita luta, a corda entre as duas é rompida e ambas decidem que está na hora de seguirem seus caminhos.
A peça contou com jogos de luzes e músicas que destacaram a todo momento as emoções dos personagens. O figurino, simples nos detalhes, representa muito bem o estilo característico da população da região. A interpretação dos atores é o que conquista o público. Do início ao fim, o envolvimento entre eles no palco, juntamente com o público, nos permite sentir as dificuldades que a comunidade apresenta. Por morarem próximo à região do Julião e terem convivido durante um mês com aquela comunidade, eles incorporam as brocadas e deixam explícito que suas fomes não são apenas de comida, mas de novas oportunidades e de terem voz e vez.
Por Ana Luiza Bertelli Dimbarre
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Com Vladimir Brichta e Julia Lemmertz no elenco, espetáculo discute arte, dinheiro, religiosidade e trabalho
“Como é que faz para não ter medo?” é a pergunta final do espetáculo ‘Tudo’, peça apresentada na abertura do 50° Festival Nacional de Teatro (Fenata), no palco principal do Cine Teatro Ópera, em Ponta Grossa. Dirigida pelo diretor paranaense Guilherme Weber, o trabalho é uma adaptação da comédia do dramaturgo argentino Rafael Spregelburd, e foi criada em um festival de teatro na Alemanha, em 2009, em comemoração aos 20 anos da queda do Muro de Berlim. A história acompanha três perguntas principais, cada uma com uma crítica moral. Logo no início, define-se a trama com uma “fábula de Esopo, só que sem os animais”.
A primeira pergunta sem resposta é “Por que todo Estado vira burocracia?”, apresentada ao público a partir de funcionários públicos que questionam as regras impostas no trabalho. Mesmo sem a presença de um cenário, o ato é compreensível através das representações corporais e faciais dos atores. Em sequência, “Por que toda arte vira negócio?” retrata uma ceia de Natal onde as personagens discutem questões comuns ao pós-modernismo, como dinheiro, falta de criatividade e fetichismo do consumo. Por fim, a peça encerra com a questão “Por que toda religião vira superstição?”, onde um casal descobre que o filho está doente e tentam ter fé, mesmo sem acreditar em nada. No elenco, conhecidos nomes como Vladimir Brichta, Julia Lemmertz, Dani Barros, Claudio Mendes e Marco Vito. A atriz Dani Barros, contudo, não pôde participar da encenação, pois testou positivo para Covid-19. Em seu lugar, Marco Vito leu e interpretou as falas no palco, com auxílio do roteiro na mão.
Peça ‘Tudo’ discute Dinheiro, Arte e Religião | Foto: Victor Schinato/Lente Quente
‘Tudo’ apresenta uma cenografia simples, sem decorações, dependendo apenas dos atores, os diálogos e o trabalho de iluminação que, por sinal, brinca com as questões de luz e sombra, fazendo com que o palco com aparência de vazio no início, se preencha ao longo das cenas. Mesmo com nomes de peso do teatro e da televisão no elenco, o que ganha destaque nas cenas é o coletivo, pois cada ação dita apresenta uma reação no palco e também no público. Um destaque especial para o primeiro ato que, mesmo simples, mostra uma realidade que pode ser vista em diversos espaços, incluindo o universitário.
A peça também avança em discussões básicas de teatro: ao se ver representado nos atores em meio a um ‘teatro do absurdo’, o público descobre um pouco sobre si mesmo. Afinal quem, em período pós-eleitoral como de 2022, gostaria de ser um burocrata conservador? Através da comédia, o teatro provoca o espectador a temas presentes na vida coletiva e, ao deixar as questões sem respostas, a apresentação conclui com maestria aquilo que foi apresentado no começo da peça: qual é a resposta pessoal de cada um ali presente para os porquês?
Como comédia, 'Tudo' apresenta um roteiro rápido, com tiradas e reflexões que destoam da cena representada. Ao fazer o público pensar e reagir, os comentários acompanham o clima do País, mesmo sem variação no roteiro desde a estreia em abril de 2022. Por fim, com apenas quatro atores no palco, o espaço ainda parece cheio: todos ocupam os papéis com desenvoltura, do narrador até uma bêbada em uma festa de Natal fracassada. Ao deixar mais dúvidas do que as apresentadas no primeiro ato, finaliza-se com "como é que nós, o público, podemos não ter medo?"
Peça: ‘Tudo’ - espetáculo de abertura do 50º Fenata (8/11/22, 21:30h)
Ficha técnica:
Dramaturgia: Rafael Spregelburd
Direção: Guilherme Weber
Elenco: Julia Lemmertz, Dani Barros, Claudio Mendes, Vladimir Brichta e Marco Vito
Classificação: 14 anos
Gênero: Comédia
Duração: 90 minutos
Produção e Realização: Quintal Produções (Rio de Janeiro/RJ)
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Tradição há 50 anos na cidade, o Festival Nacional de Teatro (Fenata) começa dia 8 de novembro em diversos espaços públicos de Ponta Grossa. O Fenata é realizado desde 1973, sem interrupção. Em 2022, o evento é totalmente presencial e vai até 13 de novembro.
Para acompanhar a 50ª edição, os estudantes da 3ª série do curso de Jornalismo realizam uma cobertura especial do Crítica de Ponta! Diariamente, a partir de 09 de novembro, são publicadas críticas de 26 espetáculos, disponíveis nos perfis oficiais do Periódico UEPG.
Durante os 50 anos do Fenata, grandes nomes do teatro nacional também já participaram, como Bibi Ferreira, Paulo Autran, Ary Fontoura e Luiz Fernando Guimarães. Um dos destaques desta Edição é a presença dos atores Vladimir Brichta e Julia Lemmertz na comédia "Tudo", que abre o Festival no palco principal do Cine Teatro Ópera.
Ao longo dos seis dias de evento, participam grupos de Ponta Grossa, Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo, Santos, Manaus e outras cidades do Brasil. As apresentações, dos mais variados gêneros, acontecem no período da manhã, à tarde e à noite para todos os públicos, em vários pontos da cidade, tais como Cine Teatro Ópera, Teatro Marista, Sesc da Estação Saudade, Praça Barão do Rio Branco, Praça Marechal Floriano Peixoto, o Parque Ambiental, Calçadão, Auditório da Reitoria na UEPG e o Lago de Olarias.
Os dias e horários dos espetáculos do Fenata 2022 estão disponíveis no site da Universidade Estadual de Ponta Grossa e no QR Code abaixo. Não deixe de conferir as críticas dos espetáculos no Instagram, Youtube e Twitter do Periódico UEPG.
Por Maria Eduarda Ribeiro
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Crítica de Ponta
Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você
Foto: Cassiana Tozatti
A visita dos mortos ao mundo dos vivos
Diferentes tradições e rituais marcam o dia de Finados
Culturas ao redor de todo o mundo e de diferentes formas cultuam seus antepassados. Uma das celebrações mais famosas, o Dia de Los Muertos no México, homenageia seus entes queridos com as comidas, músicas, flores e incensos preferidos dos familiares, pois acreditam que no dia 2 de novembro, o mundo dos mortos visita o mundo dos vivos.
Na Índia, em comemoração ao dia de Finados, o povo hindu honra sete gerações passadas da família se banhando em rios e lagos sagrados. Já a Guatemala produz grandes pipas coloridas as erguendo para o céu, simbolizando a alma das pessoas que já partiram. Eles acreditam que o barulho produzido pelas pipas afasta os espíritos ruins e permite que as boas almas estejam em paz.
O comportamento das pessoas no dia de Finados diz muito sobre a cultura de cada país. Apesar de não perceberem, no Brasil, esta comemoração possui ações muito singulares para homenagear os entes que partiram.
Os cemitérios ganham um colorido atípico em meio às lápides e jazigos, que costumeiramente são lavados no dia 2 de novembro. Flores naturais e artificiais são vendidas como forma de honrar os familiares falecidos. Quanto mais limpa e cheia de ornamentos a lápide, maior a demonstração de afeto. Outros até passam o dia em frente aos jazigos, conversando, orando e tomando café ou chimarrão. Quando uma lápide está suja, sem manutenção ou sinais da presença da família há muito tempo, esta é digna do olhar de compaixão daqueles que transitam. Situações testemunhadas nos principais cemitérios de Ponta Grossa, como o Cemitério Municipal São José, Cemitério Santo Antônio e Cemitério Parque Campos Gerais.
Embora muitos não percebam, a forma da cultura brasileira comemorar e sentir a presença de seus antepassados é tão particular quanto a de outros países. A tríade de celebrações, que começa no Dia das Bruxas, abrindo as portas do submundo, passa pelo Dia de Todos os Santos, fazendo o céu descer à terra e finaliza com o encontro dos mortos ao mundo dos vivos; permite que cada rito comemore de uma forma.
Por Valéria Laroca
Foto: David Candido
Pessoas cantam a morte, mas não sabem
Músicas famosas retratam a morte, mas nem todos sabem disso
O feriado de Finados é um dia para lembrarmos das pessoas queridas que já partiram. Assim como essa data, algumas músicas também recordam ou homenageiam aqueles que já se foram. Tenho certeza que você canta algumas dessas músicas mas ainda não sabe o real significado delas. Pois bem, não se preocupe, aqui vamos listar algumas canções e explicar o sentido delas.
“Tears in Heaven” abre nossa lista. Composta pela lenda Eric Clapton em parceria com Will Jennings, a música conta a tristeza e a dor sentida pelo próprio Clapton na perda do filho Conor. Aos quatro anos, Conor caiu da janela do 53º andar do apartamento de um amigo da mãe dele. Clapton chegou ao local alguns instantes depois e viu a cena. O fato se tornou uma das canções de maior sucesso de Eric Clapton.
A canção “Epitáfio” dos Titãs tem uma ligação mais direta com a simbologia do Dia de Finados. A palavra “epitáfio” vem do grego e significa “sobre o túmulo”. Ela descreve uma pessoa arrependida por não ter vivido como deveria. Isso é confirmado na frase mais marcante da música “devia ter amado mais, ter chorado mais, ter visto o sol nascer”. Essa frase e as demais estariam postas na lápide do túmulo de tal pessoa arrependida.
A música “See You Again”, do norte-americano Wiz Khalifa, em parceria com o cantor Chris Puth e o DJ Frank E, tem como inspiração a morte. Sim, a morte foi o que inspirou os artistas. A canção ficou por anos na liderança do youtube e retrata como os compositores lidam com a tristeza de ter perdido amigos ou parentes próximos. “See You Again” foi a principal faixa da trilha sonora do filme “Velozes e Furiosos 7”. A franquia deu o tom sensível e profundo ao filme por conta da morte de um dos principais atores, Paul Walker ele interpretava Brian O'Conner.
A canção “Estrelinha”, da dupla Di Paulo e Paulino com participação de Marília Mendonça, fala sobre o falecimento de um ente querido em geral. Com um toque suave, a música mexe com o sentimento de qualquer um que a ouve. Marília Mendonça quis participar da gravação da música porque ao ficar sabendo da letra porque ela remete a saudade que sentia do pai que morreu quando ela era criança.
“Wake me Up When September Ends” da banda Green Day foi escrita pelo vocalista Billie Joe Armstrong, que traz na letra memórias pessoais do artista. Quando tinha 10 anos Billie perdeu o pai vítima de câncer. O falecimento aconteceu em setembro e logo depois do funeral o jovem Billie se trancou no quarto e pediu para a mãe o acordar somente quando setembro acabasse. Anos mais tarde, ao explorar as experiências da própria infância, o cantor colocou poesia na melancolia sofrida e compôs a canção. Durante a composição aconteceram os ataques as Torres Gêmeas em Nova Iorque, e em alguns versos da música é possível perceber que remete aos fatos que se tornaram consequência do 11 de Setembro.
Quando ouvir estas músicas preste atenção no que dizem as letras. Agora procura elas, já coloca na sua playlist e passe o dia de Finados, essa data que tem ares de melancolia, recheado de boas canções.
Por Kadu Mendes
Foto: Matheus Pileggi
Para além do consumo que sentimos
“Cada um a seu modo” foi uma das mais de 4.200 inscritas no 64° Prêmio Jabuti
O livro “Cada um a seu modo”, de Marcelo Lotufo, é um dos inscritos na categoria contos, em Literatura, do 64° Prêmio Jabuti de Literatura. A obra, de 75 páginas, apresenta cinco contos que conversam entre si, utilizando de temas como família, morte e pássaros. O autor utiliza da ficção para representar as inquietações que os seres humanos sofrem, em conjunto da sensibilidade, com a certeza de que ainda temos muitas perguntas a serem feitas para nós mesmos.
Um exemplo é o conto “O Tempo dos Beija-Flores”, onde Lotufo trás a explicação do pássaro e da sua evolução, e depois, força o nosso imaginário questionando se sabemos realmente o que é um beija-flor ou se estamos refém daquilo que vemos. O autor também pontua os elementos em uma espécie de ordem cronológica, onde ele expressa suas opiniões com relação ao tema e à sua percepção de mundo. O livro requer uma boa interpretação durante a leitura, em que o leitor se permita viajar nas ideias que Lotufo expressa. Ele apresenta o custo de R$20 a R$30 e pode ser adquirido em sites e plataformas de leitura online.
O Prêmio Jabuti foi criado em 1958, e é considerado um patrimônio cultural e busca valorizar os escritores, destacando a qualidade do trabalho daqueles que criam e produzem livros no país. Neste ano, mais de 4.200 livros foram inscritos, batendo o recorde de inscrições e superando em 25% as de 2021, que foram 3.422.
Ao total, o prêmio Jabuti apresenta 20 categorias, as quais estão divididas entre quatro eixos: Literatura, Não ficção, Produção editorial e Inovação, e cada uma delas conta com diferentes critérios de avaliação. Os premiados de cada categoria receberão suas respectivas estatuetas juntamente do valor de R$5mil e aquele que for selecionado como o Livro do Ano, além da estatueta, é premiado em R$100mil. A data do dia em que ocorrerá a premiação ainda não foi divulgada.
Por Ana Luiza Bertelli Dimbarre
Foto: Maria Eduarda Ribeiro
Famoso em Curitiba, Janela Bar está em Ponta Grossa
Boa gastronomia e descontração em um só lugar, é o que oferece o Janela Bar
Diretamente da capital paranaense, o Janela Bar chegou em Ponta Grossa no dia 28 de julho. Localizado perto da UEPG do Centro, o público do Janela é composto por universitários e jovens adultos que aproveitam no ambiente descontraído e acolhedor, as bebidas e comidas.
Com a proposta de ser uma coquetelaria de rua diferente das demais da cidade, todos os onze drinks do Janela são feitos a base de suco de limão e refrigerante de gengibre. No cardápio há também dois tipos de chope, duas opções de shots e refrigerante e água para quem não toma bebida alcoólica.
Para aqueles que gostam de beber bons drinks comendo algo, o Janela oferece um cardápio variado de lanches. São quatro categorias de hambúrgueres: os clássicos, os smashs, as criações da casa e os veganos. O diferencial da casa são os smashburger. Para quem não sabe, o hambúrguer smash a carne não é moldada em formato de disco, mas sim, em “bolinha” que, no momento do preparo, é esmagada contra a chapa. O clássico cheeseburger é feito no pão brioche, com queijo cheddar, maionese caseira e um smash burger. O preço desse lanche é 15 reais e serve muito bem uma pessoa. Porém, dependendo do tamanho da sua fome, o cliente pode pedir o cheeseburger com dois hambúrgueres por 20 reais, o triplo por 25 ou outros lanches do cardápio, como cheese salada ou cheesebacon.
Se sua fome pede apenas petiscos, o cardápio conta com três opções: batata frita, onion rings (popularmente conhecidas como anéis de cebola), e dadinhos de tapioca acompanhado de geleia de pimenta. Todas essas opções servem até duas pessoas.
Os lanches são saborosos, o preparo é feito na hora, os produtos, de boa qualidade e o preço condiz com o que é entregue.
O estabelecimento também oferece ao cliente um ambiente acolhedor e descontraído para estar com os amigos, já imaginou sentar em volta de um barril em lata para comer, beber, conversar e se divertir? Pois é, barris são algumas das “mesas” do estabelecimento e por incrível que pareça, oferecem muito conforto e são espaçosos.
O atendimento rápido e atencioso também favorece a experiência de Janelar, expressão carinhosa que o bar utiliza para quem curte o espaço. Dá para curtir o Janela de terça a quinta das 17:30 à 00h. De sexta a sábado das 17:30 à 1h e domingo das 17:00 até 00h, basta chegar na rua Júlio de Castilho, 476.
Por Maria Eduarda Ribeiro
Foto: Divulgação | Netflix
Blonde: biografia ou ficção de Marilyn Monroe
O longa-metragem, dirigido por Andrew Dominik, está disponível na Netflix
O filme Blonde passeia entre a vida e a ficção da vida da estrela de cinema, Marilyn Monroe. O filme está na Netflix desde o dia 28 de setembro, tendo como protagonista a atriz Ana de Armas e conta com 2 horas e 46 minutos. Ele é dirigido e roteirizado por Andrew Dominik.
Durante o longa é difícil saber o que da história a Marilyn Monroe é verdade ou não, porém o filme não se compromete em ser uma biografia, até porque o filme é baseado no livro ficcional de Joyce Carol Oates. A atriz se destaca em sua atuação, principalmente nas cenas onde o diretor do longa, Andrew Dominik, quer representar os problemas psicológicos da artista e as situações que ela passa durante a sua carreira.
Outro fator de destaque no filme é a fotografia. O longa transita de preto e branco para colorido. Por exemplo, em fases em que a Marilyn está mais depressiva ou que algo mais trágico acontece na sua vida, a tela está monocromática e, quando algo alegre acontece, o filme volta a ficar colorido. Em relação aos efeitos, como a obra é focada muito no psicológico da artista e como ela vê as situações que se desenvolvem, o diretor também utiliza de efeitos de aumento de objetos e partes dos corpos para que o espectador perceba como ela estava se sentindo.
Na construção da personagem, entende-se que a Marilyn Monroe é um personagem criado para Hollywood, ou seja, no longa além de acompanhar a ascensão e morte de Marilyn, os espectadores compreendem a história de Norma Jeane, nome de batismo da artista, que ela também utilizava. Porém, o filme poderia trazer mais fatos da personalidade da artista, ultrapassando a visão sexualizada e ‘bobinha’ criada sobre Marilyn, porque o filme é todo construído em cima de uma ideia de que a Marilyn era apenas uma mulher ingênua e histérica.
Mesmo o filme não explorando outras perspectivas de Norma Jeane ou Marilyn Monroe, é bem presente a crítica à Hollywood e em como a indústria do entretenimento explorou e objetificou a atriz nos anos 50.
Agora, a pergunta que fica, a academia do Oscar gosta de indicar filmes que falem deles, porém será que desta vez indicarão um longa que critica sua história e coloca em xeque possíveis fatos sobre a vida de uma importante representante de Hollywood?
Por Catharina Iavorski