Estudantes de Jornalismo acompanham de perto Rondon regional

Entre os três anos da edição regional, 2017 teve o maior número de pessoas atendidas.

Gincanas e brincadeiras realizadas em Santo Antônio da Platina. Foto: João Guilherme Castro.

A Operação Rondon 2017 percorreu, entre os dias 23 de julho e 5 de agosto, dez cidades do norte pioneiro paranaense. Jacarezinho, Siqueira Campos, Cambará, Wenceslau Braz, Santo Antônio da Platina, Barra do Jacaré, Joaquim Távora, Conselheiro Mairinck, Carlópolis e Ribeirão Claro receberam o projeto, que promoveu uma troca de experiências entre estudantes, professores e comunidade. Estudantes de Jornalismo participaram do registro e da cobertura das atividades, e tiveram a oportunidade de conhecer a realidade dos municípios do interior do estado.


A Operação é coordenada pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), em parceria com a Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) e a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Outras 11 instituições também auxiliam o projeto. Neste ano, o Portal Periódico acompanhou as atividades de perto: as repórteres Scarlet Rodrigues e Kethlyn Lemes participaram das duas semanas de operação.


Intercâmbio de experiências
Nesta terceira edição regional, a operação atendeu aproximadamente 37 mil pessoas em 1,2 mil oficinas. Wellington Inácio da Silva, morador de Barra do Jacaré, diz que as atividades desenvolvidas pelos voluntários contribuem para a população. “Trazem conhecimento e informações para todas as idades. A comunidade pode aprender mais em diversas áreas, seja na educação, saúde ou outras”, diz.


Assim como para a comunidade, o Rondon pode ser uma experiência para os universitários que participam da operação. O rondonista Pedro Colito, estudante de Engenharia Ambiental da UTFPR/Londrina, afirma que o Rondon regional o permitiu conhecer realidades que estão ao lado dos acadêmicos diariamente, mas não são percebidas. “Com o Rondon regional, conseguimos ver os problemas do nosso lado, no nosso Estado, e sabemos que não precisamos ir longe para ver a quantidade de desigualdade que ainda temos".


Segundo Ana Veber, professora e coordenadora da Operação, o maior desafio da edição foi atender as demandas dos dez municípios. Ela destaca que, nesse sentido, a conquista de novas instituições apoiadoras foi fundamental. “A ideia é que os novos parceiros voltem para suas Universidades e possam organizar por si mesmos novas operações em suas regiões", explica a professora.

 

Estudantes e rondonistas constroem horta em escola de Cambará. Foto: João Guilherme Castro.

Repórteres-Rondonistas
“Quando escolhi participar do projeto, não tinha a noção que seria também uma experiência profissional. Fiquei responsável pela divulgação das atividades das duas semanas em Barra do Jacaré, uma cidade pequena que tem cerca de 3 mil habitantes. É uma realidade diferente da correria que vivemos em Ponta Grossa. Na minha perspectiva, o Rondon vai até as cidades para auxiliar e melhorar aquilo que já existe, criando multiplicadores de ideias. O ganho que tive como estudante de Jornalismo foi a possibilidade de conhecer uma região que desconhecia, uma realidade diferente da minha, e ainda ter contato com diferentes pessoas e histórias” – Kethlyn Lemes, repórter do Periódico.


“Consegui colocar em prática tudo o que aprendi na Universidade, e um pouco mais. Conheci coisas com as quais não tinha contato diário. São outras realidades, outra cultura.” – João Guilherme de Castro, repórter fotográfico do Periódico.


“Dez cidades, 15 dias e realidades tão próximas e tão distantes ao mesmo tempo. Com a equipe de comunicação da operação Rondon, conheci 240 rondonistas e diversas situações que fogem aos olhos de quem está dentro da universidade. A prática do Jornalismo nesses municípios possibilitou conhecer as demandas da região do Norte Pioneiro e perceber que existem diversas necessidades em lugares tão próximos no nosso estado.” – Scarlet Rodrigues, repórter do Periódico.


“Uma das coisas que mais contribuiram [para a experiência] foi o fato de conhecer tantas cidades num curto período de tempo. Também, a diversidade de fontes, que ajudou a desenvolver nossa capacidade de conseguir informações. O Rondon serviu como uma grande janela para o mundo, para entender realidades que não estão tão distantes de nós fisicamente.” – Gabriel Neto, repórter do Periódico.

 
O que é o Rondon?
A Operação Rondon é um projeto do Governo Federal, em parceria com estados, municípios e instituições de ensino superior reconhecidas pelo Ministério da Educação. Os principais objetivos do Rondon é promover o desenvolvimento sustentável da região atendida e a promoção e o fortalecimento da cidadania, tanto da comunidade que recebe o projeto como dos acadêmicos que participam voluntariamente.


Segundo o portal oficial, até 2016 o projeto registrou mais de 119 mil rondonistas, que atuaram em 844 municípios, com o apoio de 291 instituições. Em 2017, a primeira ação do Rondon, batizada de Operação Zero, completa 50 anos.

Agosto Dourado enfatiza importância do aleitamento materno

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Foto: Verônica Scheiffer

Nesta quarta-feira (9), o Ponto da Notícia Entrevista iniciou uma série de entrevistas sobre o tema Mulher. Na primeira rodada, o programa recebeu a doula Ana Maria Bourguignon, doutoranda em Ciências Sociais Aplicadas e co-fundadora da Associação em prol da Maternidade Ativa e Segura (AMAS), para falar sobre questões que envolvem a maternidade.

Ana Maria abordou a 25ª Semana Mundial do Aleitamento Materno, que aconteceu entre os dias 1º e 7 de agosto, e faz parte do Agosto Dourado, mês dedicado à promoção do aleitamento. Ela também esclareceu mitos e verdades sobre a amamentação e a importância do leite materno para o bebê até os seis meses de vida. Confira a entrevista:

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Reforma prejudica trabalhadores e empresas, diz presidente do SindServ

Foto: Nathasja Rotter

Na segunda-feira (7) o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ponta Grossa (SindServ), Leovanir Martins, falou ao Periódico sobre os limites e possibilidades da reforma trabalhista do Governo Federal aprovada pelo Senado em 11/07.

Para Leovanir, o “sindicato vai ter que se reinventar” e “haverá danos a médio prazo tanto para o trabalhador quanto para as empresas" por conta da reforma, que altera a relação do sindicato com os trabalhadores. Uma das mudanças significativas se dá no caso do funcionário com curso superior e salário acima de R$ 11 mil, que perde o direito de ser representado por um sindicato, passando a negociar diretamente com o empregador. “O único beneficiado nesta negociação é o patrão”, exclama Leovanir.

Entre os principais pontos da proposta aprovada no Senado estão a alteração do período de descanso, a contabilização salarial, indenizações, processo de rescisão contratual e o fim do imposto sindical. Com este último ponto Leovanir concorda, pois “nada deve ser imposto, e sim conquistado”.

Confira os áudios da entrevista:

Bloco 1

Bloco 2

 

Bloco 3

 

Bloco 4

"É preciso reinventar a forma de organização política", afirma Mazer

Foto: Lorena Panassolo

Nesta quinta-feira (03), o militante do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) Guilherme Mazer esteve no Ponto da Notícia Entrevista. O ativista comentou sobre o cenário político brasileiro, após a Câmara dos Deputados rejeitar o prosseguimento da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB). Mazer abordou a impopularidade do governo e as reformas propostas. Para ele, o cenário político é de reinvenção, nao bastando a troca de partidos do governo.

Confira a entrevista:

Bloco 1

Com a votação dos deputados sobre a análise da denúncia contra Michel Temer, Guilherme Mazer aborda a repercusão dos votos e como o resultado influencia a relação do Planalto com a Câmara dos Deputados, bem como a necessidade de organização popular.

 

Bloco 2

Mazer explica a diferença de votos para torcida e de votos que realmente querem a investigação do Temer. O militante defende que o poder popular é o único que pode dar uma resposta pra o cenário político.

 

Bloco 3

Guilherme ressalta que a legitimidade da aprovação das reformas fica comprometida se aprovada em um cenário de corrupção. Evidencia que é uma prioridade revogar as reformas e que, além disso, os partidos políticos também podem atuar organizando e influenciando as pessoas a manifestarem nas ruas.

 

Leia também: Manifestantes em Ponta Grossa pedem "Fora Temer" em dia de votação de denúncias

 

Atualizado em 06/08/2017 às 16h38.

Decisão do TSE gera impactos no cenário político

Foto: divulgação TSE

 

Na noite de sexta-feira (09) o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou o resultado do julgamento da chapa Dilma-Temer. Com quatro votos contrários e três favoráveis, não houve a cassação do mandato. A ação alegava abuso de poder político, econômico e fraude na campanha eleitoral de 2014.
O cientista político Emerson Urizzi Cervi afirma que a decisão de ontem fortaleceu o governo Temer no cenário político. “Como a chuva ajudou e a safra no Brasil foi boa, é possível que a economia comece a dar sinais positivos. Se isso acontecer, Temer pode recuperar algum espaço na sociedade. Veja, é a chuva que aumenta a safra, que aquece a economia, que deixa a população feliz. O governo Temer apenas se aproveitará disso”, analisa.
Até então, movimentos favoráveis à saída de Temer se intensificaram e ocuparam as ruas do país nos últimos meses. Durante os protestos manifestantes pediam por “Diretas Já!”, mas para que isso ocorra é necessário que Temer renuncie ao cargo ou que um dos processos de impeachment que tramitam no Congresso seja aceito. “Se houver intensificação de protestos, será contra as reformas diretamente e contra o governo Temer indiretamente”, ressalta Cervi.
Durante a sessão votaram contrários a cassação da chapa Dilma-Temer, os ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Admar Gonzaga, Tarcisio Vieira de Carvalho Neto e Gilmar Mendes. O relator do processo Herman Benjamin e os ministros Luiz Fux e Rosa Weber votaram a favor.
A decisão do TSE deve gerar diretamente, segundo o cientista político Emerson Cervi, fôlego para o governo Temer continuar com base no Congresso e executar as reformas. “De longo prazo, é possível gerar uma tendência do TSE se limitar a fatos anteriores e não incorporar novos elementos em julgamentos futuros, isso impacta principalmente em denúncias contra prefeitos e vereadores”, afirma.
A investigação da chapa Dilma-Temer iniciou em 2014, após uma denúncia da coligação do PSDB, foi arquivado por falta de provas em 2015, retomando apenas em outubro do mesmo ano.