Sindicato dos professores defende retorno das aulas após 70% da população vacinada
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Associação entende que momento não é propício para ensino presencial
O Sindicato dos Professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (SindUEPG) defende publicamente que o retorno das aulas presenciais na universidade ocorra só após a vacinação de 70% da população da cidade. O Sindicato entende que o momento não é propício para o retorno das aulas, já que grande parte da população do município, incluindo os alunos, ainda não foram vacinados contra a Covid-19.
A professora da UEPG Regina Stori, membro da direção do SindUEPG, reitera que o retorno às aulas deve acontecer após a imunização em massa. Ela toma como base a pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA) que apontou 70% como o número necessário para o retorno das atividades escolares. “É somente a partir de 70% que temos a possibilidade de criar uma imunidade coletiva, antes disso o risco de retorno das atividades é grande demais”, diz.
Saúde
A infectologista Gabriela Gehring explica que a porcentagem entre 60% e 70% é a faixa em que a população de um local passa a desenvolver a chamada “imunidade coletiva”, também conhecida popularmente como “imunidade de rebanho”. Nesse momento, ocorre menor circulação do vírus graças à intensa imunização. Gabriela afirma que a primeira dose da vacina já surte um efeito imunizante na pessoa, mas apenas após as duas doses que a imunização se completa. “A pessoa está definitivamente vacinada logo depois de duas semanas após a aplicação das duas doses.”
Foto: Lucas Ribeiro
Ivan Bomfim, professor do departamento de Jornalismo da UEPG, não vê a menor possibilidade de retorno às aulas presenciais na instituição antes que toda a população de Ponta Grossa receba as vacinas. Para ele, a prudência e a responsabilidade no combate à pandemia devem ser mantidas em primeiro lugar durante este período até que, de forma segura e com vacina para todos, as aulas possam retornar. “Eu espero que a decisão de não voltar com as aulas seja mantida enquanto a situação da pandemia não estiver controlada”, comenta o professor.
A UEPG, por meio da coordenadoria de comunicação social, afirma ainda não haver nenhuma previsão de retorno das aulas presenciais na instituição durante o ano de 2021.
Este texto é parte do conteúdo da edição recém-publicada do jornal-laboratório Foca Livre, produzido pelo 2º ano de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Acesse a edição completa em https://periodico.sites.uepg.br/index.php/foca-livre
Ficha técnica
Repórter: Lucas Ribeiro
Editora de texto: Maria Eduarda Ribeiro
Publicação: Gabriel Clarindo Neto
Supervisão Foca Livre: Jeferson Bertolini, Muriel Emidio e Rafael Kondlatsch
Supervisão Site Periódico: Marcos Zibordi, Maurício Liesen
Pela primeira vez, calouros da UEPG ingressam no ensino remoto
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- Produção: Débora Kuki
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Entrada de novos acadêmicos foi adaptada por conta do isolamento social da pandemia
A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) recebeu centenas de novos estudantes no último dia 14 de junho. É a primeira vez da Instituição em que os alunos ingressam de forma remota, já que todos os outros vestibulares selecionavam para o ensino presencial.
Em função da pandemia, a universidade permanece com o ensino de forma remota desde 16 de março de 2020. A decisão foi tomada como medida preventiva contra o Covid-19, segundo as orientações da Secretaria de Saúde do Paraná.
Amanda do Prado Leal (20), caloura do curso de Ciências Contábeis, relata que sempre teve vontade de ingressar na faculdade e que isso a motivou a fazer o vestibular, além de que já possuía os equipamentos para acompanhar as aulas de casa, o que também foi algo positivo para tentar o ensino superior mesmo com as aulas online. A aluna destaca que pelo fato de estar grávida, o ensino remoto se torna uma alternativa melhor para ela e que mesmo com a gravidez, não se transformou em um obstáculo para que tentasse realizar uma graduação. “Fazer uma faculdade exige muito do seu tempo para fazer as atividades, trabalhos, estudar para as provas. Quando fui fazer o vestibular, eu já sabia que estava grávida, mas mesmo assim eu não pensei em desistir”, afirma.
Larissa Lillo Del Pozo Malinski (18), caloura do curso de Jornalismo, aponta como um desafio conseguir estudar para o vestibular durante a pandemia, o que exigiu ter muito foco e seguir uma rotina de estudos. A caloura conta que seu maior objetivo era ter uma graduação e que o ensino a distância não foi um empecilho para seguir esse sonho, mas que gostaria de ter ingressado no curso de maneira presencial. “A adaptação à vida com o EAD foi inevitável e mais segura, porém, com certeza preferiria as aulas presenciais pelo fato que, mesmo com o distanciamento, conhecer os alunos seria um refúgio para transformar a rotina monótona vivida há um ano”, destaca.
Diego Ramon Barreto Constantin (20), calouro no curso de Engenharia Civil, também conta ter tido dificuldade em estudar para a prova na pandemia. Por conta do trabalho, o aluno achou difícil manter uma rotina de estudos e se sentia desmotivado por estudar sozinho. Outro ponto relatado por Diego é a necessidade que teve de comprar um notebook para poder acompanhar as aulas e baixar os programas referentes ao curso. Por morar em Carambeí (23 km de Ponta Grossa), o estudante considera o ensino remoto uma alternativa melhor para ele, já que com as aulas presenciais teria uma rotina mais apurada em relação ao deslocamento. “Por eu morar em outra cidade, o ensino remoto é mais vantajoso, olhando pela parte da logística, mas ainda assim, preferia o ensino presencial por uma qualidade de ensino melhor tendo o contato com os professores”, afirma. O aluno também aponta que a maior dificuldade de ingressar em uma faculdade de forma remota, é aprender a usar as ferramentas que o curso utiliza e criar uma programação para acompanhar as aulas e fazer as tarefas e trabalhos.
Vestibular de Primavera
Pela primeira vez, a UEPG realiza um Vestibular de Primavera, que acontece no dia 26 de setembro. Diferente das outras vezes, nesse ano o vestibular será realizado em apenas um dia, sendo a manhã e tarde de domingo. As inscrições para o vestibular de primavera começaram no dia 1° e encerram no dia 29 de julho, pelo site da universidade. O pagamento da taxa de inscrição, de R$157, pode ser realizado até o dia 30 de julho. Segundo a programação da Instituição, a divulgação do ensalamento ocorre em 26 de agosto e o gabarito da prova sai a partir das oito da noite do dia 26 de setembro. Os resultados para a primeira chamada acontecem no dia 26 de outubro. Os pedidos de isenção foram encerrados no dia 21 de junho. O conteúdo programado para a prova se encontra no site da UEPG. Mais informações:
<https://cps.uepg.br/inicio/index.php/vestibular/vestibular-primavera>
(Foto: Divulgação UEPG)
Ficha Técnica
Repórter: Deborah Kuki
Publicação: Rafael Piotto
Supervisão: Jeferson Bertolini
Pesquisa da UEPG revela aumento no índice da cesta básica em Ponta Grossa
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- Produção: Leriany Barbosa
- Categoria: UEPG
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A pesquisa sobre a inflação da cesta básica de Ponta Grossa obteve uma variação mensal com aumento de 1,23% no mês de março. O novo boletim, realizado pelo Núcleo de Economia Regional e Políticas Públicas (NEREPP) da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), analisa a primeira semana de março com a primeira semana de abril de 2021. Para compor a pesquisa foram feitas compras nos sistemas de entrega (deliverys) dos principais supermercados da Cidade. A verificação semanal do Índice da Cesta Básica compara as taxas mensais de produtos essenciais para a alimentação e higiene dos ponta-grossenses. Itens, que tiveram um aumento nos preços, por conta da pandemia do novo Coronavírus.
Há quase três décadas, o NEREPP-UEPG elabora pesquisas mensais sobre a cesta básica de acordo com a inflação anual. O consumo básico de alimentação, higiene e limpeza, de famílias composta por três membros em média, relaciona o preço de 33 produtos com o salário mínimo atual. Desde que começou a pandemia, o preço da cesta básica assusta o consumidor. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de alimentação e bebidas dos curitibanos correspondeu a 23,8% dos gastos, se comparado aos demais grupos de produtos e serviços.
Desde o começo da pandemia curitibanos gastam 23,8% da renda com alimentação e bebidas. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Ao comparar o boletim de março deste ano com o boletim de junho de 2020, a diferença do valor da cesta básica, para quem recebe um salário mínimo, chega a quase R$ 90,00. Enquanto 21 dos 33 produtos caíram em junho do ano passado, no último boletim do NEREPP-UEPG apenas nove tiveram uma queda no valor. Em comparação, o grupo “Carne” teve uma queda de preços em março, com 2,08%. Já o grupo “Hortifrutigranjeiros”, que em junho teve uma queda de 18,29%, agora em março aumentou para 2,18%.
O economista e coordenador da pesquisa sobre a cesta básica mensal na Cidade, Alexandre Lages, explica os principais motivos que alteraram o preço da cesta básica durante a pandemia. “Por ficarem mais em casa, as pessoas recorrem aos supermercados para a compra de alimentos e a demanda influencia na procura por produtos varejistas”, destaca Lages. Sobre o aumento no valor de alguns produtos, como o arroz e o óleo de soja, o economista revela que a procura externa, os problemas na produção e alta do dólar causaram a alteração da cesta básica. “Quanto mais a pandemia durar, mais o grupo de baixa renda crescerá”, conclui o pesquisador diante da futura situação econômica do país.
Elza Rebonatto, de 68 anos, recebe um auxílio doença, equivalente a um salário mínimo mensal. Enquanto não consegue a aposentadoria, Elza se mantém da forma que pode. A idosa reside com mais duas pessoas e afirma que muitas vezes não consegue nem comprar uma cesta básica. “Pego poucos produtos para não me assustar ao passar no caixa, com o salário que recebo não compro nem frutas e verduras”, revela Elza.
Curso de Jornalismo UEPG comemora 35 anos com o lançamento de livro
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- Categoria: UEPG
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Projetos de extensão são o tema para comemorar o aniversário do curso de Jornalismo UEPG
Em comemoração ao aniversário de 35 anos, o curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa organiza coletânea de textos. A proposta em forma de livro, é coordenada pelos professores Marcelo Bronosky, Ivan Bomfim e Muriel Amaral. O material, escrito em parceria entre professores, ex-professores e acadêmicos, faz parte de uma ação em homenagem aos anos de curso, juntamente com vídeos-relatos - disponíveis nas redes sociais - e um selo comemorativo.
Criado em 1985, o curso é responsável pela formação de mais de 1000 profissionais. Ao longo da história, diversos professores e colaboradores integraram o quadro do Departamento de Jornalismo (Dejor). A ideia do lançamento surgiu naturalmente, pois a escrita é comum em comemorações da graduação a cada cinco anos. O tema escolhido para a edição foca nos projetos de extensão, os atuais e aqueles desenvolvidos em mais de três décadas. “A extensão é um dos eixos do curso e, neste momento, anda recebendo muita atenção pelos estudantes e professores”, afirma o professor Bronosky ao explicar o motivo da escolha pelos projetos.
Os artigos são de autoria dos coordenadores de projetos e alunos participantes. As páginas discutem sobre a prática da extensão, avaliando dificuldades e colaborações às comunidades atingidas, pois esse é o desafio da extensão. O livro registra seis trabalhos, alguns em conjunto entre docentes e alunos, que tematizam diversas experiências extensionistas nos 35 anos de Jornalismo UEPG e projetos específicos como o Cultura Plural e o Lente Quente.
De acordo com uma das participantes da ação, a estudante Manu Benicio, houve uma maior participação dos professores, mas foi importante para ela participar do projeto. “É importante a participação em projetos de extensão e pesquisa, pois destaca alguns momentos dos 35 anos do Curso”, conclui a coautora do texto sobre a produção fotojornalística do Lente Quente.
A obra será lançada em versão digital e está prevista ainda para o primeiro semestre de 2021. O coordenador avalia a possibilidade de lançar uma cópia impressa. “A versão física ainda está em negociação”, comenta. Outras informações sobre o projeto e o lançamento da coletânea, podem ser encontradas no site do departamento.
Ficha técnica:
Repórter: Tamires Limurci
Supervisão: Sérgio Gadini
Atletas se preparam para a 10º edição do JOIA
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- Produção: Emelli Schneider e Vanessa Galvão
- Categoria: Esporte e Lazer
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A expectativa é que os jogos reúnam um público de 15 mil pessoas entre atletas e espectadores
Novembro de 2011. Nove atléticas em busca de campeonatos esportivos. Pleno período eleitoral do Diretório Central dos Estudantes (DCE). Neste contexto surgem os Jogos Inter Atléticas de Ponta Grossa (JOIA). 10 anos depois a competição é considerada uma das maiores de Ponta Grossa. Em 2022, os jogos serão realizados entre os dias 12 e 20 de Novembro. A Arena Joia vai acontecer no Clube Verde, já as competições esportivas vão ocorrer nos ginásios, Oscar Pereira, Zucão, Arena Multiuso, nas quadras e pista do Campus Uvaranas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e nos espaços do Clube Verde.
Em sua última edição realizada em 2019, o evento contou com a participação de aproximadamente 14 mil pessoas entre atletas, participantes e espectadores em todos os seus cinco dias de competição. Este ano a expectativa é que o evento movimente 15 mil pessoas.
Foto: Gustavo Santos
Durante todo o ano, as atléticas, cheers e baterias, realizam treinamentos visando a competição. “A gente foca muito no desenvolvimento, tem que treinar, ir atrás de quadras externas. Estamos participando de campeonatos como forma de treinamento”, destacou o presidente da atlética Caóticos (Saúde - Unicesumar), Carlos Miguel de Oliveira Júnior.
O JOIA conta com a participação de 20 atléticas de universidades públicas e privadas do município, que competem na primeira e segunda divisão. Os jogos contam com 12 modalidades, sendo elas individuais e coletivas. Os esportes são atletismo, basquete, futebol de campo, futsal, handebol, natação, judô, vôlei de quadra, vôlei de praia, tênis de quadra, tênis de mesa e xadrez. Sendo o futebol de campo a única modalidade que conta apenas com a competição masculina, enquanto, o xadrez é o único esporte misto, as demais modalidades contam com competições femininas e masculinas.
Importância
O presidente da comissão organizadora do evento, Matheus Milléo, comenta que hoje em Ponta Grossa não existe nenhum campeonato como o JOIA. O atual gestor ainda explica que a organização tenta deixar o evento cada vez mais profissional, com o intuito de incentivar as atléticas a participarem da competição e que assim as mesmas acabam se profissionalizando mais.
Quem sua a camisa na disputa também reconhece a importância do evento. Francisco da Assunção Ferreira Junior, presidente da atual campeã XV de Outubro (Engenharias - UTFPR), comenta que o campeonato é importante tanto para o meio acadêmico quanto para o meio universitário. “JOIA PG é o maior Jogos inter atléticas do estado, com nível esportivo altíssimo, proporciona não só a oportunidade de integração por meio do esporte, mas também uma experiência pessoal para todos que participam”.
As atléticas que compõem as universidades privadas da cidade também reconhecem a importância da competição no município. O presidente da Associação Atlética Império Jurídico (Direito - Cescage), Eduardo Lirman, comenta que o evento é bastante relevante para a integração entre os estudantes. “A competição ajuda no crescimento dos participantes, mudando totalmente a visão que as pessoas têm das atléticas universitárias”. Lirman ressalta que o evento atualmente conta com um grande público que vem de fora da cidade apenas para prestigiar a competição.
O JOIA também influencia na economia da cidade, porque ele movimenta o comércio, sejam eles as grandes redes ou autônomos, podendo influenciar também a rede de hotéis. É o que comenta o vereador Geraldo Stocco, que propôs dentro da câmara municipal, que uma linha de ônibus atue ligando os espaços da competição. O projeto prevê a locomoção durante todo o dia para os universitários cobrando o valor de uma passagem normal, a ideia é ajudar na viabilidade entre os ginásios e a Arena JOIA.
Investimento
Em suas 10 edições o evento esportivo não contou com nenhum incentivo financeiro por parte do município, todos os gastos são arcados pela Liga e pelas atléticas. “Fazemos a cotação de árbitro, de ginásio, tentamos o máximo não gastar, utilizando ginásios públicos e a UEPG, o Clube Verde é um grande custo que temos”, comenta Milléo. As atléticas também investem na competição, pois precisam pagar a inscrição de cada esporte, no entanto, geralmente esse valor que é investido acaba sendo revertido para as atléticas. O presidente ainda explica que esse dinheiro não é pago pela CO, mas adquirido através da venda de pulseiras e produtos.
Uma iniciativa pretende conceder o título de entidade pública às Atléticas, possibilitando assim que elas recebam recursos públicos. “Tornando entidades públicas elas podem receber uma verba para comprar materiais esportivos, uniformes, reformar tabelas. Enfim elas têm a possibilidade de trabalhar e ter um preparo maior para os jogos” explicou o vereador Geraldo Stocco, um dos responsáveis pelo projeto de lei proposto.
Ficha técnica:
Reportagem: Emelli Schneider e Vanessa Galvão
Edição e publicação: Janaina Cassol
Supervisão de produção: Ricardo Tesseroli e Marcelo Bronoski
Supervisão de publicação: Cândida de Oliveira e Ricardo Tesseroli