Pesquisadores brasileiros alertam para crise de saúde mental no pós-pandemia

Em seis meses de isolamento social, mais de 471 mil pessoas tiveram tratamentos suspensos

 

Um estudo realizado antes e durante a pandemia de covid-19 revelou não apenas uma redução no número de consultas e de internações psiquiátricas, mas também um aumento na quantidade de atendimentos domiciliares e consultas de emergência. A pesquisa concluiu ainda que essas mudanças podem causar uma “pandemia paralela”, gerando uma crise de saúde mental no Brasil por mais tempo que a própria covid-19.
O trabalho, publicado pela revista científica The Lancet, analisou pessoas com algum tipo de transtorno mental (de casos que passam por um tratamento de leves a graves) através de um banco de dados disponibilizado pelo Governo brasileiro.
Para a psicóloga Jéssica Machado, no início da pandemia os atendimentos presenciais diminuíram tanto na rede pública quanto na privada. Para realizar o auxílio online, Jéssica precisou incluir outros métodos para as consultas. “No caso de consultórios particulares como o meu, teve uma diminuição muito grande, porque as pessoas estavam com medo e não queriam sair tanto”.

 

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Foto: Pamela Tischer Lima

 

A psicóloga destaca que houve aumento de 80% nos casos de ansiedade entre maio e junho do ano passado no Brasil, além de ter identificado este crescimento também em seu consultório. Segundo ela, os sintomas relatados pelos pacientes eram relacionados à depressão, ansiedade e problemas conjugais ou familiares.
Ainda de acordo com ela, houve uma redução na quantidade de pessoas que faziam o tratamento, pois muitas tiveram problemas financeiros durante a pandemia e acabaram escolhendo suspender as consultas. “A expectativa é que ocorra um retorno e o aumento no número de atendimentos após todos estarem vacinados com a segunda dose”, pondera.
É aconselhável que as pessoas procurem ajuda quando notam que sintomas como tristeza, ansiedade, raiva ou desânimo se tornaram constantes. Segundo a psicóloga, quanto mais cedo for procurado um atendimento médico especializado, mais rápida a recuperação. Pessoas interessadas podem buscar atendimento psicológico e psiquiátrico de forma gratuita por meio dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), vinculados ao do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Ficha Técnica
Repórter: Pamela Tischer Lima
Edição: Gabriel Ryden e Larissa Godoi
Publicação: Gabriel Ryden
Supervisão de Produção: Vinicius Biazotti
Supervisão de publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen

Procura por exames de mamografia cresce 52% em Ponta Grossa

Apesar do aumento, média de agendamentos é menor do que antes da pandemia

 

Resumo

  • Busca por exames de mamografia aumenta entre os meses de julho a setembro em Ponta Grossa;
  • Na região Sul, o câncer de mama é a principal causa de morte da população feminina;
  • Conheça a história da ponta-grossense que enfrentou e superou a doença;
  • A Rede Feminina de Combate ao Câncer é uma das principais entidades de conscientização sobre o câncer de mama em Ponta Grossa. 

 

Após queda em 2020 por causa da pandemia, a procura por exames preventivos contra o câncer de mama tem apresentado crescimento em Ponta Grossa neste ano. Segundo o DataSus, até o início de novembro foram agendadas 2.367 mamografias na cidade, aumento de 52% comparado com o mesmo período do ano anterior.

A médica radiologista Fabiana Ceolin, que atende pelo SUS em Ponta Grossa, diz que a procura por mamografia passou a se intensificar entre os meses de julho a setembro, período no qual foram feitos mais da metade dos procedimentos de 2021 na cidade. 

Para a radiologista, a redução antes da pandemia ocorreu não apenas nos exames preventivos para o câncer de mama, mas também nos exames diagnósticos, o que ocasionou resultados tardios. “Muitas pacientes não fizeram seus exames por medo da pandemia e quando vieram, já apresentavam lesões mais agressivas, então poderíamos ter evitado muitos agravamentos e perdas de pacientes se a prevenção tivesse sido feita”. 

O câncer de mama é a principal causa de morte na população feminina da região Sul, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). São 15,08 óbitos a cada 100 mil mulheres. 

 

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Foto: Danilo Schleder

 

Superação 

Josemare Machado é uma das ponta-grossenses que enfrentou a doença. A contadora de 45 anos, que atualmente trabalha com o filho em uma doceria, carrega uma história de lutas contra o câncer há quase dez anos. Em 2012, Josemare recebeu o diagnóstico positivo e precisou realizar uma mastectomia parcial. Após a cirurgia, foram oito quimioterapias e trinta radioterapias. 

Em 2014, durante o processo de recuperação, os médicos constataram o surgimento de um câncer de tireoide em Josemare. Novamente submetida à cirurgia, a contadora nunca perdeu a fé de que venceria a luta novamente. E venceu. 

Em 2018, curada dos dois cânceres, Josemare foi convidada pelo hospital em que fez seu tratamento a “bater o sino”, uma cerimônia que simboliza a alta oficial do paciente e a superação da doença. O que ela menos esperava era que, no final de 2019, se depararia novamente com o diagnóstico positivo para um novo câncer, desta vez no linfonodo axilar. 

Nesta terceira vez, foi recomendada a retirada total da mama direita, como forma de prevenção para o desenvolvimento de novos cânceres. Para ela, este foi o pior de todos os momentos, pois boa parte do tratamento foi feita durante a pandemia. “Eu não podia levar ninguém comigo, eu tinha que ficar sozinha fazendo a quimioterapia, e eu tinha muito medo porque eu sempre passei muito mal, e não ter ninguém ali me amparando como antes me preocupava muito, então foi muito diferente e muito mais assustador”.

Atualmente, Josemare está curada, mas segue realizando exames preventivos e se protegendo contra o vírus. “Quando veio a pandemia eu me isolei do mundo por conta da minha imunidade, usava máscara dentro de casa para evitar uma possível contaminação do meu marido ou do meu filho, e isso me afastou muito das pessoas, fiquei até sem ver os meus pais, que moram na casa ao lado”. 

A ponta-grossense conta que sua família e os grupos de apoio a mulheres que estão na batalha contra o câncer foram seus principais apoios durante a pandemia. “Quando uma pessoa na família adoece, adoece a família inteira, porque eles sentem sua energia e o seu sofrimento, então é uma doença muito cruel, mas você não pode achar que o câncer é mais forte que você, a gente é sempre mais forte, precisamos ter fé e acreditar que vamos conseguir sobreviver”.  

Como forma de retribuir aos profissionais que a ajudaram na luta contra o câncer, Josemare e o filho Lucas preparam todos os anos, em outubro, brownies para a ala de oncologia do hospital em que foi tratada. É um momento de agradecer pela vida e por aqueles que a ajudaram a superar a doença. “Ficou muita coisa comigo após o câncer, a gente carrega todas as lembranças, mas cada dia é um dia, sempre traz uma lição e aprendizado sobre a vida e sobre como precisamos sempre cuidar de nós”.

 

Campanha

O tratamento contra o câncer de mama acontece o ano inteiro, mas no calendário da saúde o incentivo e a conscientização sobre a doença ocorrem no mês de outubro, com as campanhas de Outubro Rosa. Em Ponta Grossa, uma das principais entidades que trabalham em prol da causa é a Rede Feminina de Combate ao Câncer. 

Segundo Vani Fadel, presidente da Rede e voluntária há mais de 40 anos, a instituição, que fornece acolhimento e atendimento gratuito para a população de Ponta Grossa e região para a realização de exames e tratamentos, teve que se adaptar financeiramente para continuar aberta ao longo da pandemia. “Para nós, o Outubro Rosa são todos os meses do ano, nós nunca paramos de trabalhar na luta contra o câncer de mama, mas durante a pandemia as pessoas ficaram fechadas em casa e pararam de fazer suas doações. Tivemos que fechar nossos dois bazares e enfrentamos sérias dificuldades financeiras para sustentar os gastos com nossos assistidos”. 

Atendendo atualmente mais de 210 pacientes, sendo 73% diagnosticados com câncer de mama, a presidente relata que foi preciso criar alternativas para arrecadar verbas, como a comercialização de mais de 1,2 mil pizzas artesanais e a confecção de decorações e ornamentos em datas festivas pelos trinta voluntários da entidade. 

A presidente também destaca a criação e venda de um calendário para homenagear as pacientes da Rede recuperadas do câncer de mama, com fotos registradas nos mais diversos pontos turísticos de Ponta Grossa e estampadas por mulheres que superaram a doença. Toda a arrecadação com o calendário está sendo destinada para financiar os gastos de outras pacientes que seguem em tratamento. 

Na visão de Vani, uma das principais dificuldades durante a pandemia foi manter o financiamento dos exames preventivos de mamografia para as mulheres assistidas pela instituição. “A covid-19 estava aí, mas o câncer já estava anteriormente, então não podíamos negar agora a ajuda que sempre demos”. Com a dificuldade, a Rede Feminina buscou uma parceria com o curso de Medicina da UEPG, que, com a suspensão das aulas presenciais, passou a realizar aulas práticas nas sedes da instituição e atendimentos preventivos de forma gratuita.

 

Exames

A Prefeitura Municipal de Ponta Grossa informou que o município oferece a realização do exame de mamografia gratuitamente no Centro Municipal da Mulher (CMM) a mulheres que possuem indicação médica. Para solicitar o exame, a paciente deve se dirigir a uma Unidade Básica de Saúde e realizar o agendamento ou contatar o Centro por meio do telefone (42) 3901-1719. O CMM fica localizado na Rua Coronel Francisco Ribas, 2970, no bairro Órfãs. O funcionamento é das 8h às 17 h. 

 

Ficha técnica

Repórter: Manuela Roque

Edição: Gabriel Ryden e Larissa Godoi

Publicação: Gabriel Ryden

Supervisão de Produção: Jeferson Bertolini 

Supervisão de Publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen

Diagnóstico de TDAH deve ser multidisciplinar

Diagnóstico de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade aumentou na pandemia

 

Resumo

  • Reportagem aborda a vida com TDAH sob a perspectivas de três pessoas diagnosticadas;
  • O TDAH é mais comum em crianças e adolescentes e ocorre em 3 a 5% desse grupo;
  • Padrões patriarcais dificultam o diagnóstico em mulheres;
  • Diagnóstico é feito por profissionais de saúde mental e envolve testes de concentração e memória, além da psicoterapia e análise do histórico familiar e escolar. 

 

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um mal neurobiológico que se caracteriza por sintomas como desatenção, inquietude e impulsividade. Ele tem sido bastante discutido nas redes sociais desde o começo da pandemia, quando muitos passaram a ficar mais em casa e tiveram mais tempo para perceber os sintomas. Mas o diagnóstico para o transtorno não é rápido e nem fácil.
O jornalista e fotógrafo Danilo Schleder só foi diagnosticado com TDAH e bipolaridade aos 26 anos. Segundo Schleder, o resultado do seu diagnóstico saiu em torno de 5 meses após sessões de terapia com psicólogo e psiquiatra. “Minha família suspeitava desde sempre, nunca fui uma pessoa muito ligada nas coisas. Meu ensino na universidade e na escola nunca foram normais, sempre fui muito visual.”
O fotógrafo conta que aprendeu a viver com o transtorno. Assim, faz as atividades comuns da maneira como pode. “Eu estudo desenhando, tento aprender as coisas de forma prática.” Ele também gosta bastante de ler, mas tem dificuldades para isso. “Às vezes eu demoro dois dias para ler um livro de 700 páginas, mas posso demorar três meses, depende do meu foco”.
Outra pessoa que convive com o TDAH é a estudante de arquitetura Renata Pereira. Ela foi diagnosticada com o transtorno há dois anos, quando tinha 19 anos. A universitária conta que aos cinco anos de idade uma professora havia alertado seus pais sobre seu desempenho escolar. Renata fazia acompanhamento com uma psicóloga e após um alerta de sua namorada, que também tem TDAH, foi conversar com um psiquiatra. O diagnóstico só saiu depois de três meses, após ela e sua família realizarem um teste para descobrir mais sobre seu comportamento. “Eu tinha muita dificuldade para focar em coisas que não tinha muito interesse, falta de atenção, muito esquecimento também. Isso acaba fazendo você se culpar, achando que é preguiçoso mas na verdade é o déficit na tua cabeça”.

 

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Tratamento do TDAH deve envolver sessões de terapia | Foto: Lilian Magalhães/Foca Livre


Após iniciar a medicação, ela começou a ter mais concentração e menos esquecimentos. A estudante conta que, com a pandemia, o aprendizado caiu muito, tendo muita dificuldade em se habituar com o ensino a distância. “Em casa eu não conseguia focar em nada, ainda mais por estar trabalhando. Eu chegava para ver quatro horas de aula na frente do computador.”
A também estudante de arquitetura Joyce Muzinoski conta que foi diagnosticada há cinco anos, quando tinha 14. Ela fazia terapia e desconfiava que podia ter TDAH. Depois de alguns testes, recebeu o diagnóstico em cinco meses. Ela tinha muita dificuldade em se manter focada, principalmente em atividades escolares. “Depois que eu descobri meu diagnóstico, facilitou a minha vida e as relações que eu tenho à minha volta porque eu consigo explicar para as pessoas o porquê de eu não conseguir me manter tão focada em alguma conversa.”
Joyce conta que ouviu muitas vezes que ela devia se portar como menina, sendo mais quieta. Ela também destaca, assim como Renata Pereira, a dificuldade em se diagnosticar o transtorno em mulheres por conta do padrão que a sociedade impõe.
A estudante teve dificuldade no ensino a distância durante a pandemia, pois em casa é muito fácil perder o foco e deixar as tarefas acumularem. “Eu aprendi nesse tempo algumas coisas na internet para conseguir lidar com o EAD como a tarefa do ‘só’: eu vou só fazer esse trabalho, eu vou só assistir essa aula. Também comecei a trocar de cômodos na casa quando sentia que estava perdendo o foco e usar peças de roupa que me remetiam ao estudo. ”

 

Especialista
Para o diagnóstico, um paciente com TDAH deve passar por profissionais de saúde mental (psicólogos, psiquiatras, neuropsicólogos e neuropsiquiatras) que irão realizar testes envolvendo atenção, concentração e memória. Também devem realizar a psicoterapia, na qual será analisado o histórico familiar e escolar do paciente junto com seus responsáveis, no caso de crianças e adolescentes. O processo pode levar semanas. As explicações são da psicóloga Heloisa Gonçalves, que tem uma página no Facebook sobre a doença e outros assuntos de psicologia.
Na página, a profissional destaca que o tratamento do TDAH deve envolver sessões de terapia. A medicação e o acompanhamento psiquiátrico devem ser realizados também para que esses sintomas sejam amenizados e não atrapalhem a vida escolar, profissional e pessoal. “O TDAH costuma ser identificado com mais frequência durante os anos do ensino fundamental, pois aí começam a ser vistos os sintomas mais clássicos de falta de atenção, hiperatividade motora, inquietação e impulsividade excessivas. A pessoa também pode ser facilmente distraída por estímulos externos, ter dificuldade para organizar atividades e completá-las, esquecer coisas e afazeres, falar demais, e ter dificuldade para esperar sua vez”.
Heloisa destaca que nem todos os sintomas irão aparecer e que devem ser alvo de preocupação apenas quando estão presentes em dois ou mais ambientes, como casa e escola. O TDAH tem três opções de diagnóstico, uma delas não envolve a percepção da agitação. Sendo assim, não se deve ater ao sintoma de hiperatividade. Ela também nota que o transtorno é mais frequente no sexo masculino, mas quando há em pessoas do sexo feminino, o maior sintoma é a desatenção em tarefas ou brincadeiras, dificuldade de seguir instruções até o fim, esquecimento e sofrimento com esforço mental prolongado.

 

Associação Brasileira do Déficit de Atenção
Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), o TDAH é mais comum em crianças e adolescentes, e ocorre em 3 a 5% dessas pessoas em várias partes do mundo. São muitas as causas do transtorno: hereditariedade, substâncias ingeridas durante a gestação, sofrimento fetal, exposição a chumbo e problemas familiares.
A ABDA oferece em seu site tabelas de avaliação sobre TDAH para que profissionais possam usar com seus pacientes, além de todas as leis aprovadas e em trâmite com relação ao transtorno.

 

Ficha técnica
Reportagem: Ana Paula Almeida
Edição: Levi de Brito
Publicação: Matheus Gaston
Supervisão de Produção: Jeferson Bertolini
Supervisão de Publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen

Retorno das aulas presenciais melhora saúde mental dos estudantes

Se infecção for detectada, há possibilidade de cancelamento parcial ou total das atividades

Resumo

  • Matéria trata do enfrentamento na volta às aulas de problemas psíquicos enfrentados por estudantes na pandemia;
  • A ansiedade foi o sentimento mais relatado durante o isolamento;
  • Detectados sintomas, professores e funcionários devem realizar testes;
  • O monitoramento das medidas sanitárias deve ocorrer diariamente.

 

Com 34.970 alunos matriculados na rede estadual de ensino, segundo a Secretaria Estadual de Educação do Paraná, o retorno das aulas presenciais tem representado um alívio para parte dos estudantes.

Os alunos ficaram sem aulas presenciais por mais de um ano por conta da pandemia. Para muitos, este período afastado do colégio representou um aumento nos sintomas de ansiedade.

Em setembro deste ano, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) divulgou em resolução que determinou o retorno às aulas presenciais como atividade prioritária, com a garantia de que seja ofertado o ensino remoto apenas para alunos com comorbidades, estudantes que estiverem em isolamento ou quarentena. 

 

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Foto: Ana Flávia Aranna / Banco de fotos

Estudantes

Para Vitória Fogaça, 14, estudante do colégio estadual Professor Edison Pietrobelli, a volta à escola tem sido positiva. Em 2020, ela desenvolveu sintomas de ansiedade, e isso afetou a saúde mental: quando está nervosa, os primeiros sintomas que sente são tremores, e ao estar perto de outras pessoas, não se sente bem. 

Para lidar com os problemas, criou o hábito de desenhar. Com o retorno das aulas presenciais, Vitória acredita que sua saúde mental está em um processo de melhora . “Por eu ter bastante amigos e professores, isso acaba me ajudando”.

Já a estudante Gabriela Oliveira, 14, que estuda no mesmo colégio de Vitória, diz que, com o isolamento social e a paralisação das aulas presenciais, acabou perdendo amigos próximos, e isso fez com que ela se sentisse acuada a fazer novas amizades. Com o retorno presencial, a adolescente se sente mais confiante em fazer novos amigos, além de aprender com mais eficácia.

O estudante Gabriel de Alcantara, 17, do colégio Estadual Presidente Kennedy, conta que, no início da pandemia, se sentiu sozinho por não ter contato com os seus amigos, e toda vez que se sentia assim, assistia animes (desenho japonês) para se distrair. Porém, com a volta às aulas presenciais sua saúde “melhorou muito pelo fato que não estava aprendendo nada no ensino remoto, e também porque foi possível rever meus colegas de turma, a partir daí aquele sentimento de estar sozinho, sumiu”.

Luiz Eduardo Araújo, 17, também estudante do colégio Estadual Presidente Kennedy, diz que, com o retorno no ensino presencial, sua rotina voltou a ser ativa, e que isso fez com que se sentisse bem mentalmente. “Com tudo reabrindo e voltando ao normal, pude sair”.

Julia Fracaro, 14, do colégio Estadual Professor Edison Pietrobelli, conta que, com a paralisação das aulas durante o período de 2020, se sentiu ansiosa, e sair da rotina dos estudos foi difícil. Como forma de distração, procurou fazer atividades para ajudar seus pais em casa e redecorou seu quarto. Com a volta às aulas presenciais, sentiu que as crises de ansiedade não são frequentes.

 

Medidas de biossegurança

A resolução da Secretaria Estadual de Saúde estabelece que alunos, professores e demais funcionários sintomáticos para Covid-19 devem ser orientados a coletar o exame de RT-PCR ou Teste Rápido, a partir do início dos sintomas, para confirmação diagnóstica. Na presença de casos suspeitos ou confirmados, há a possibilidade de cancelamento das atividades presenciais de forma parcial ou total de uma turma ou mais, ou até mesmo de todo colégio.

Também é necessário o monitoramento da temperatura corporal de todos os estudantes e demais frequentadores diariamente. Além de serem feitas marcações para delimitar o distanciamento físico recomendado, principalmente nos locais onde há aglomeração de pessoas.

 

Ficha Técnica

Repórter: Larissa Godoi
Edição: Maria Eduarda Eurich
Publicação: Maria Eduarda Eurich
Supervisão de Produção: Jeferson Bertolini 
Supervisão de Publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen

Documentário: Como sobreviver em isolamento social

A Pandemia afetou as relações sociais e a vida da população. Durante o isolamento social, doenças como depressão e ansiedade foram agravadas. Por conta disso, as pessoas precisaram lidar com a situação de diversas formas. O documentário ‘Como sobreviver em isolamento social', realizado em conjunto pelos alunos da Turma C na disciplina de Produção e Edição Audiovisual I do curso de Jornalismo da UEPG, mostra como jovens paranaenses descobriram ou retomaram hobbies e atividades durante esse período.

 

 

Ficha Técnica
Produção: Ana Moraes, Deborah Kuki, Diego Santana, Larissa Godoi, Levi de Brito e Tayná Lyra
Edição: Ana Paula Almeida e Gabriel Ryden
Publicação: Gabriel Ryden
Supervisão de Produção: Marizandra Rutilli
Supervisão de Publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen

Casos de dengue diminuem 75% em PG, diz Fundação de Saúde

Ponta Grossa registrou 14 casos de dengue em 2021. Segundo relatório da Fundação Municipal de Saúde, o número de registros da doença é 73% menor que em 2020, com 53 registros. 

De acordo com Caroliny Stocco, os números têm se mantido baixos. O maior índice foi em 2016, com 24 registros. “Isso demonstra que os serviços estão identificando os casos, mesmo diante da pandemia em que os sintomas de Covid podem se confundir com os de dengue”, explica. 

Foto: Reuters/Paulo Whitaker/Direitos Reservados

Pandemia. Uma das alternativas para conscientizar e fomentar os cuidados domésticos durante a pandemia foi a Campanha Digital de Combate a Dengue, promovida pelo Sesc Paraná, que teve a participação de 249 municípios. 

Natane Rodrigues, técnica de atividades do Sesc Ponta Grossa e responsável pela ação na cidade, explica que a prática, além de envolver toda a comunidade, colabora com o trabalho da Vigilância, pois diminui os possíveis focos do mosquito Aedes aegypti. “A campanha foi através do aplicativo Sesc Paraná, onde o morador se cadastrava e publicava fotos removendo locais com água parada. De acordo com o número de publicações o município ia pontuando”, destaca.

Natália Contente, moradora de Ponta Grossa que adquiriu dengue no início da pandemia, relata como foi o protocolo após a confirmação da doença. “Com o resultado do exame, a vigilância sanitária veio até meu prédio verificar o possível foco do mosquito, mas como contraí fora da cidade não tinha nenhum perigo para os moradores”, diz Natália.

A dengue é uma doença grave. Em casos extremos, pode provocar a morte. Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, cansaço e mal-estar. 

 

Esta reportagem faz parte da edição comemorativa de 30 anos do jornal-laboratório Foca Livre. Leia o conteúdo completo clicando aqui: https://periodico.sites.uepg.br/index.php/foca-livre/2427-foca-livre-edicao-219-setembro-e-outubro-de-2022

Ficha Técnica

Repórter: Valéria Laroca
Edição: Vinicius Sampaio
Publicação: Marcus Benedetti
Supervisão de Produção: Muriel Amaral, Cândida de Oliveira e Jeferson Bertolini
Supervisão de Publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen

Conciliar tempo de trabalho e de lazer é desafio

A falta de distinção entre tempo de trabalho e de lazer colabora para a ansiedade e prejudica a saúde mental de muitos que, por causa da pandemia, adotaram o trabalho em home office. O servidor do judiciário Matheus de Quadros passou por esta situação. Ele fala que, com o home office, sua rotina mudou e passou a ser comum deixar alguns encargos para a madrugada. “Após um tempo me senti muito cobrado devido à sensação de disponibilidade plena para o trabalho”, diz. Ele também relata que já sofria com os sintomas de ansiedade, mas a atual condição agravou seu estado. “Precisei aumentar a dose do meu remédio de uso contínuo devido à sensação de estar trabalhando o dia todo.”

 

ATENDIMENTO MÉDICO SAÚDE Mariana Okita

Doenças mentais exigem acompanhamento especializado| Foto: Mariana Okita

 

Também em home office, a compradora Aline Santos relata ter encontrado dificuldades para se adaptar à rotina. Ela fala que as cobranças da empresa a pressionaram ainda mais. “Tive alguns sintomas de ansiedade por querer dar conta de tudo ao mesmo tempo.” Porém, a compradora decidiu priorizar a saúde mental e relata que mudar a forma de pensar diminuiu o estresse. Para ela, encontrar o equilíbrio entre as demandas foi crucial para sua saúde. “Como estava me fazendo mal, comecei a fazer as obrigações no meu tempo, sem pressa para cumprir tudo.”

Ansiedade. O corpo pode expressar que algo está errado através da ansiedade, explica a psicóloga Ana Paula Malysz. Ela fala que a autocobrança tem relação com as expectativas sobre o trabalho. “Às vezes, na tentativa de querer dar conta de tudo, a ansiedade e o medo de decepcionar gera um desgaste emocional.” Segundo a psicóloga, o ideal é reconhecer os próprios limites. “Divida e delegue tarefas, não pegue tudo para si. É necessário aprender a dizer não sem culpa.”

Ana Paula também reforça que é importante reconhecer os sinais. “A ansiedade pode se manifestar em nível físico como sudorese, tensão muscular, apetite desregulado e alterações do sono. Em nível emocional, como a desconcentração, angústia, medos irracionais, preocupações excessivas, entre outras”, explica. A psicóloga orienta que ao identificar sinais de ansiedade é preciso procurar ajuda profissional.

Tratamento. Segundo a Fundação Municipal de Saúde de Ponta Grossa, durante a pandemia houve um aumento de aproximadamente 20% pela procura de atendimentos em saúde mental. O departamento de Saúde Mental destaca que uma das principais causas identificadas para o agravamento dos transtornos é a sobrecarga nas rotinas. Na cidade, existem meios que proporcionam o tratamento de pessoas que sofrem com a ansiedade e outros transtornos. 

Inicialmente, a pessoa pode procurar atendimento em uma Unidade Básica de Saúde. Os casos moderados são atendidos no Ambulatório de Saúde Mental e os casos graves são encaminhados para os Centros de Atendimento Psicossocial. Além disso, é possível procurar ajuda em instituições privadas que realizam atendimentos psicológicos. Neste caso, os alunos do curso de Psicologia das faculdades oferecem as consultas com valores mais acessíveis e os atendimentos podem ocorrer presencialmente ou online.

 

Ficha Técnica

Repórter: Kathleen Schenberger

Edição e Publicação do Texto: Maria Helena Denck e Marcella Panzarini

Supervisão de Produção: Muriel Amaral, Jeferson Bertolini e Cândida de Oliveira

Supervisão de Publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen

Postos retomam atendimento exclusivo para mulheres

Com o avanço do calendário de vacinação contra a covid-19, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Ponta Grossa retomam exames de rotina e procedimentos ambulatoriais voltados especificamente às mulheres da cidade.
O serviço começou em julho. Anteriormente, muitas moradoras da cidade tiveram que pagar por consultas e exames que, antes da pandemia, eram assegurados gratuitamente pelo SUS. Ou optaram por não realizar os acompanhamentos adequados.
A auxiliar de produção Priscila Rautenberg de Souza, 36 anos, costuma frequentar o posto de saúde Clyceu C. de Macedo, do Santa Terezinha, para realizar exames e consultas. No início de 2021, por conta da pandemia, o posto de saúde ficou sem atendimento voltado a mulheres. Como Priscila toma o anticoncepcional injetável a cada três meses ofertado pelo SUS, ela precisou recorrer a outro posto de saúde, Egon Roskamp, do Santa Paula. “Mesmo com a pandemia, continuei a realizar exames, como o teste rápido para sífilis, hepatite e HIV, além do papanicolau e todas as vezes fui bem atendida pelo SUS.”
Além dos exames e testes preventivos, o SUS também acompanha as gestações. Os exames de pré-natal continuaram a ser executados mesmo em meio à pandemia pelos principais postos de Ponta Grossa.
Liamara dos Santos Guerino engravidou em julho de 2020 e em abril deste ano deu à luz à Ísis Helena. A mãe frequentou durante a gravidez o posto de saúde Paulo Madureira Novaes, do Bairro Chapada, mesmo morando em outra localidade, pois era o único próximo de sua residência que estava atendendo as gestantes durante a pandemia.
Limara explica que o acompanhamento pelo SUS sempre foi a única opção, por conta da condição financeira. “No geral, o pré-natal foi bem realizado, a única coisa que achei ruim foi que a cada consulta era um médico diferente”, avalia. Mãe de dois filhos, ela ainda comemora a conquista da laqueadura, que executou durante a pandemia. “Consegui dar entrada ao processo de laqueadura com dois meses de gestação, o médico responsável pelo parto avaliou o quadro clínico e assim consegui realizar o procedimento após a cesárea”, diz.

Roseli Stepurski Periódico

Fotografia: Roseli Stepurski, arquivo Periódico


Projeto
Para incentivar a procura de exames e consultas regulares, o município criou um novo projeto para atender à saúde feminina. A ação Saúde da Mulher foi uma iniciativa da Fundação Municipal de Saúde de Ponta Grossa (FMSPG). A proposta visa a realização de exames como papanicolau, HPV, mamografia e implantes de métodos contraceptivos - como o DIU de cobre.
Por meio de mutirões realizados ao menos uma vez por mês, a ação pretende atender mulheres de 25 a 64 anos de idade que consultaram há mais de um ano e não conseguem procurar o serviço de saúde durante a semana. A Fundação Municipal de Saúde, em parceria com o Departamento de Atenção Primária, escolheu os sábados para realizar os mutirões mensais. Na ação do final do mês de julho, foram coletados materiais de mais de 300 exames preventivos e realizados 17 procedimentos de inserções de DIU. No mês de julho, em duas horas de agendamentos, as 400 vagas disponibilizadas foram preenchidas.
A enfermeira Manon Callaça, uma das responsáveis pela iniciativa, explica que as mulheres interessadas devem agendar o horário pelo site da prefeitura para evitar aglomerações. Manon reforça o convite às mulheres para participarem da ação Saúde da Mulher. “Mulheres, empoderem-se, cuidem de seus corpos, da saúde e agendem seus exames, porque vocês serão bem acolhidas pelas nossas equipes”, incentiva.
Para que mais mulheres, como Liamara e Priscila, participem da ação Saúde da Mulher, a prefeitura planeja realizar mutirões ao menos um sábado por mês até o final do ano. Além de intensificar as ações em outubro, por conta prevenção ao câncer de mama. As mulheres interessadas em realizar exames de rotina podem entrar em contato com a UBS mais próxima através do telefone: 3220-1020 + ramal.

 

Esta reportagem faz parte da edição comemorativa de 30 anos do jornal-laboratório Foca Livre. Leia o conteúdo completo clicando aqui.

 

Ficha Técnica
Repórter: Leriany Barbosa
Editora: Valéria Laroca
Publicação do texto: Leonardo Duarte
Supervisão Foca Livre: Muriel Amaral, Cândida de Oliveira e Jeferson Bertolini
Supervisão de publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen

Pandemia causa evasão de diabéticos em consultórios do Paraná

Redução chegou a 30%, segundo Sociedade de Endocrinologia

 

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Paraná constatou que, desde o início da pandemia, o número de consultas entre os endocrinologistas caiu 30%. Os médicos também afirmam que 44% deles já tiveram ao menos um paciente que morreu em decorrência do coronavírus. A pesquisa também revelou que 90% dos pacientes ficaram mais sedentários e, destes, 82% aumentaram de peso.

Em Ponta Grossa também houve redução. “A gente viu que muitos dos nossos pacientes adiaram suas consultas por conta do isolamento e das dinâmicas de home office. Isso ocorreu principalmente no primeiro ano, poucos imaginavam que a pandemia iria durar por tanto tempo”, afirma o endocrinologista Alexandre Acuña.

Acuña lista outros agravantes para a situação sedentária. “Eles ficaram mais parados e diminuíram as atividades físicas. Também houve abusos alimentares, de bebidas alcoólicas, doces, fast foods. Isso os fez engordar mais, ficaram mais ansiosos, estressados, nervosos  e isso com certeza prejudicou o controle do diabetes”, completa.

Quanto aos diabéticos, o endocrinologista afirma que a pior fase passou. Ele diz ter notado que os pacientes que não haviam se consultado durante o ano de 2020, voltaram a perceber a necessidade de se tratar e atingir novamente o equilíbrio de insulina que foi afetado pelas restrições da pandemia e do medo de sair de casa.

Para o médico, quem ainda não retomou à rotina de cuidados com a diabetes não pode mais esperar a situação voltar a ser exatamente como era antes da pandemia para buscar ajuda. “Eu continuo falando para os pacientes de que o momento é o de voltar a se cuidar, fazer dieta e atividades físicas. Dentro dos cuidados necessários para evitar contágio, logicamente. Mas o imprescindível é voltar à vida ativa para tentar diminuir o malefício que a pandemia trouxe”.

 

Foto: Arquivo Periódico. 

 

Paciente

Mesmo mantendo consultas e medicações regulares e prezando pelo isolamento social, a aposentada Silvana Rodrigues, de 60 anos, que convive com o tipo um da diabetes há cinco anos, acabou sendo infectada pela covid-19. Na época de sua infecção, em maio, ela havia tomado a primeira dose da vacina.

Silvana conta que os efeitos do coronavírus surgiram rápido devido à sua situação de comorbidade e exigiram uma ida ao médico, o que acabou sendo ainda mais desgastante para o seu organismo. “Em três dias meu fôlego e respiração foram ficando cada vez mais curtos. No dia que fui fazer a consulta, eu e meu filho ficamos das 15h até as 22h da noite no hospital aguardando para fazer todos os exames necessários”, relembra.

Durante a espera, ela presenciou o intenso trabalho do médico, transitando entre as alas do hospital para atender diversos pacientes. “Eu senti uma fraqueza muito grande enquanto esperava, sem poder me mexer direito por causa do soro em meu braço. Foi uma experiência difícil. Na saída do hospital, eu estava tremendo e desorientada”.

A aposentada também conta que, mesmo ficando em repouso e isolada, a medicação demorou quatro dias para fazer efeito no organismo. “A situação continuou difícil. Fiquei de cama sentindo minha respiração cada vez mais limitada e com medo de ter de voltar ao hospital e refazer a bateria desgastante de exames.”

Foi inevitável temer pela própria vida. “O tempo todo temi precisar ser entubada ou, pior, vir a falecer.  Felizmente, no sábado seguinte à consulta houve os primeiros sinais de melhora”. 

 

Números

O Brasil ocupa o 4º lugar no ranking de países com o maior número de casos de diabetes, ficando atrás apenas da China, Índia e Estados Unidos. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), dos 12 milhões de brasileiros que sofrem com a doença, estima-se que 7% seja dependente de insulina; 41% faça uso de medicamentos; 29% apenas cuide da saúde por meio de dieta e que 23% não faça nenhum tipo de tratamento

A Federação Internacional de Diabetes (IDF) estipulou que, até 2045 , haverá um aumento de 62% de casos na América Latina. A marca deve alcançar o patamar de 42 milhões de pessoas acometidas pela diabetes. 

 

Ficha Técnica

Repórter: Yuri A.F. Marcinik

Edição e Publicação do Texto: Manuela Roque 

Supervisão: Jeferson Bertolini, Marcos Zibordi, Maurício Liesen

Vídeo: Projeto de lei implementa farmácia solidária em Ponta Grossa

Projeto de lei 98/2021 permite que remédios em caixas não lacradas sejam distribuídos de forma gratuita para pessoas em situação de vulnerabilidade. Todo processo deve ser acompanhado por um farmacêutico responsável pela avaliação da qualidade dos medicamentos.

 

Ficha técnica

Reportagem: Catharina Iavorski

Publicação: Matheus Gaston

Supervisão: Cíntia Xavier e Maurício Liesen

Vídeo: Jornalistas correm risco de contaminação por Covid-19

Jornalistas têm 52% de chance de contrair Covid-19 durante o exercício da profissão, de acordo com dados do Instituto Alberto Luiz Coimbra. Foram registradas 199 mortes desses profissionais em 2021; no Paraná, morreram 21 jornalistas em decorrência do vírus.

 

 

Ficha técnica
Reportagem: Matheus Gaston
Publicação: Larissa Onorio
Supervisão: Cíntia Xavier, Marcos Zibordi e Maurício Liesen