- Detalhes
- Produção: Larissa Godoi
- Categoria: Saúde
Se infecção for detectada, há possibilidade de cancelamento parcial ou total das atividades
Resumo
- Matéria trata do enfrentamento na volta às aulas de problemas psíquicos enfrentados por estudantes na pandemia;
- A ansiedade foi o sentimento mais relatado durante o isolamento;
- Detectados sintomas, professores e funcionários devem realizar testes;
- O monitoramento das medidas sanitárias deve ocorrer diariamente.
Com 34.970 alunos matriculados na rede estadual de ensino, segundo a Secretaria Estadual de Educação do Paraná, o retorno das aulas presenciais tem representado um alívio para parte dos estudantes.
Os alunos ficaram sem aulas presenciais por mais de um ano por conta da pandemia. Para muitos, este período afastado do colégio representou um aumento nos sintomas de ansiedade.
Em setembro deste ano, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) divulgou em resolução que determinou o retorno às aulas presenciais como atividade prioritária, com a garantia de que seja ofertado o ensino remoto apenas para alunos com comorbidades, estudantes que estiverem em isolamento ou quarentena.
Foto: Ana Flávia Aranna / Banco de fotos
Estudantes
Para Vitória Fogaça, 14, estudante do colégio estadual Professor Edison Pietrobelli, a volta à escola tem sido positiva. Em 2020, ela desenvolveu sintomas de ansiedade, e isso afetou a saúde mental: quando está nervosa, os primeiros sintomas que sente são tremores, e ao estar perto de outras pessoas, não se sente bem.
Para lidar com os problemas, criou o hábito de desenhar. Com o retorno das aulas presenciais, Vitória acredita que sua saúde mental está em um processo de melhora . “Por eu ter bastante amigos e professores, isso acaba me ajudando”.
Já a estudante Gabriela Oliveira, 14, que estuda no mesmo colégio de Vitória, diz que, com o isolamento social e a paralisação das aulas presenciais, acabou perdendo amigos próximos, e isso fez com que ela se sentisse acuada a fazer novas amizades. Com o retorno presencial, a adolescente se sente mais confiante em fazer novos amigos, além de aprender com mais eficácia.
O estudante Gabriel de Alcantara, 17, do colégio Estadual Presidente Kennedy, conta que, no início da pandemia, se sentiu sozinho por não ter contato com os seus amigos, e toda vez que se sentia assim, assistia animes (desenho japonês) para se distrair. Porém, com a volta às aulas presenciais sua saúde “melhorou muito pelo fato que não estava aprendendo nada no ensino remoto, e também porque foi possível rever meus colegas de turma, a partir daí aquele sentimento de estar sozinho, sumiu”.
Luiz Eduardo Araújo, 17, também estudante do colégio Estadual Presidente Kennedy, diz que, com o retorno no ensino presencial, sua rotina voltou a ser ativa, e que isso fez com que se sentisse bem mentalmente. “Com tudo reabrindo e voltando ao normal, pude sair”.
Julia Fracaro, 14, do colégio Estadual Professor Edison Pietrobelli, conta que, com a paralisação das aulas durante o período de 2020, se sentiu ansiosa, e sair da rotina dos estudos foi difícil. Como forma de distração, procurou fazer atividades para ajudar seus pais em casa e redecorou seu quarto. Com a volta às aulas presenciais, sentiu que as crises de ansiedade não são frequentes.
Medidas de biossegurança
A resolução da Secretaria Estadual de Saúde estabelece que alunos, professores e demais funcionários sintomáticos para Covid-19 devem ser orientados a coletar o exame de RT-PCR ou Teste Rápido, a partir do início dos sintomas, para confirmação diagnóstica. Na presença de casos suspeitos ou confirmados, há a possibilidade de cancelamento das atividades presenciais de forma parcial ou total de uma turma ou mais, ou até mesmo de todo colégio.
Também é necessário o monitoramento da temperatura corporal de todos os estudantes e demais frequentadores diariamente. Além de serem feitas marcações para delimitar o distanciamento físico recomendado, principalmente nos locais onde há aglomeração de pessoas.
Ficha Técnica
Repórter: Larissa Godoi
Edição: Maria Eduarda Eurich
Publicação: Maria Eduarda Eurich
Supervisão de Produção: Jeferson Bertolini
Supervisão de Publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen
- Detalhes
- Produção: Turma 34 C
- Categoria: Saúde
A Pandemia afetou as relações sociais e a vida da população. Durante o isolamento social, doenças como depressão e ansiedade foram agravadas. Por conta disso, as pessoas precisaram lidar com a situação de diversas formas. O documentário ‘Como sobreviver em isolamento social', realizado em conjunto pelos alunos da Turma C na disciplina de Produção e Edição Audiovisual I do curso de Jornalismo da UEPG, mostra como jovens paranaenses descobriram ou retomaram hobbies e atividades durante esse período.
Ficha Técnica
Produção: Ana Moraes, Deborah Kuki, Diego Santana, Larissa Godoi, Levi de Brito e Tayná Lyra
Edição: Ana Paula Almeida e Gabriel Ryden
Publicação: Gabriel Ryden
Supervisão de Produção: Marizandra Rutilli
Supervisão de Publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen
- Detalhes
- Produção: Valéria Laroca
- Categoria: Saúde
Ponta Grossa registrou 14 casos de dengue em 2021. Segundo relatório da Fundação Municipal de Saúde, o número de registros da doença é 73% menor que em 2020, com 53 registros.
De acordo com Caroliny Stocco, os números têm se mantido baixos. O maior índice foi em 2016, com 24 registros. “Isso demonstra que os serviços estão identificando os casos, mesmo diante da pandemia em que os sintomas de Covid podem se confundir com os de dengue”, explica.
Foto: Reuters/Paulo Whitaker/Direitos Reservados
Pandemia. Uma das alternativas para conscientizar e fomentar os cuidados domésticos durante a pandemia foi a Campanha Digital de Combate a Dengue, promovida pelo Sesc Paraná, que teve a participação de 249 municípios.
Natane Rodrigues, técnica de atividades do Sesc Ponta Grossa e responsável pela ação na cidade, explica que a prática, além de envolver toda a comunidade, colabora com o trabalho da Vigilância, pois diminui os possíveis focos do mosquito Aedes aegypti. “A campanha foi através do aplicativo Sesc Paraná, onde o morador se cadastrava e publicava fotos removendo locais com água parada. De acordo com o número de publicações o município ia pontuando”, destaca.
Natália Contente, moradora de Ponta Grossa que adquiriu dengue no início da pandemia, relata como foi o protocolo após a confirmação da doença. “Com o resultado do exame, a vigilância sanitária veio até meu prédio verificar o possível foco do mosquito, mas como contraí fora da cidade não tinha nenhum perigo para os moradores”, diz Natália.
A dengue é uma doença grave. Em casos extremos, pode provocar a morte. Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, cansaço e mal-estar.
Esta reportagem faz parte da edição comemorativa de 30 anos do jornal-laboratório Foca Livre. Leia o conteúdo completo clicando aqui: https://periodico.sites.uepg.br/index.php/foca-livre/2427-foca-livre-edicao-219-setembro-e-outubro-de-2022
Ficha Técnica
Repórter: Valéria Laroca
Edição: Vinicius Sampaio
Publicação: Marcus Benedetti
Supervisão de Produção: Muriel Amaral, Cândida de Oliveira e Jeferson Bertolini
Supervisão de Publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen
- Detalhes
- Produção: Kathleen Schenberger
- Categoria: Saúde
A falta de distinção entre tempo de trabalho e de lazer colabora para a ansiedade e prejudica a saúde mental de muitos que, por causa da pandemia, adotaram o trabalho em home office. O servidor do judiciário Matheus de Quadros passou por esta situação. Ele fala que, com o home office, sua rotina mudou e passou a ser comum deixar alguns encargos para a madrugada. “Após um tempo me senti muito cobrado devido à sensação de disponibilidade plena para o trabalho”, diz. Ele também relata que já sofria com os sintomas de ansiedade, mas a atual condição agravou seu estado. “Precisei aumentar a dose do meu remédio de uso contínuo devido à sensação de estar trabalhando o dia todo.”
Doenças mentais exigem acompanhamento especializado| Foto: Mariana Okita
Também em home office, a compradora Aline Santos relata ter encontrado dificuldades para se adaptar à rotina. Ela fala que as cobranças da empresa a pressionaram ainda mais. “Tive alguns sintomas de ansiedade por querer dar conta de tudo ao mesmo tempo.” Porém, a compradora decidiu priorizar a saúde mental e relata que mudar a forma de pensar diminuiu o estresse. Para ela, encontrar o equilíbrio entre as demandas foi crucial para sua saúde. “Como estava me fazendo mal, comecei a fazer as obrigações no meu tempo, sem pressa para cumprir tudo.”
Ansiedade. O corpo pode expressar que algo está errado através da ansiedade, explica a psicóloga Ana Paula Malysz. Ela fala que a autocobrança tem relação com as expectativas sobre o trabalho. “Às vezes, na tentativa de querer dar conta de tudo, a ansiedade e o medo de decepcionar gera um desgaste emocional.” Segundo a psicóloga, o ideal é reconhecer os próprios limites. “Divida e delegue tarefas, não pegue tudo para si. É necessário aprender a dizer não sem culpa.”
Ana Paula também reforça que é importante reconhecer os sinais. “A ansiedade pode se manifestar em nível físico como sudorese, tensão muscular, apetite desregulado e alterações do sono. Em nível emocional, como a desconcentração, angústia, medos irracionais, preocupações excessivas, entre outras”, explica. A psicóloga orienta que ao identificar sinais de ansiedade é preciso procurar ajuda profissional.
Tratamento. Segundo a Fundação Municipal de Saúde de Ponta Grossa, durante a pandemia houve um aumento de aproximadamente 20% pela procura de atendimentos em saúde mental. O departamento de Saúde Mental destaca que uma das principais causas identificadas para o agravamento dos transtornos é a sobrecarga nas rotinas. Na cidade, existem meios que proporcionam o tratamento de pessoas que sofrem com a ansiedade e outros transtornos.
Inicialmente, a pessoa pode procurar atendimento em uma Unidade Básica de Saúde. Os casos moderados são atendidos no Ambulatório de Saúde Mental e os casos graves são encaminhados para os Centros de Atendimento Psicossocial. Além disso, é possível procurar ajuda em instituições privadas que realizam atendimentos psicológicos. Neste caso, os alunos do curso de Psicologia das faculdades oferecem as consultas com valores mais acessíveis e os atendimentos podem ocorrer presencialmente ou online.
Ficha Técnica
Repórter: Kathleen Schenberger
Edição e Publicação do Texto: Maria Helena Denck e Marcella Panzarini
Supervisão de Produção: Muriel Amaral, Jeferson Bertolini e Cândida de Oliveira
Supervisão de Publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen
- Detalhes
- Produção: Leriany Barbosa
- Categoria: Saúde
Com o avanço do calendário de vacinação contra a covid-19, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Ponta Grossa retomam exames de rotina e procedimentos ambulatoriais voltados especificamente às mulheres da cidade.
O serviço começou em julho. Anteriormente, muitas moradoras da cidade tiveram que pagar por consultas e exames que, antes da pandemia, eram assegurados gratuitamente pelo SUS. Ou optaram por não realizar os acompanhamentos adequados.
A auxiliar de produção Priscila Rautenberg de Souza, 36 anos, costuma frequentar o posto de saúde Clyceu C. de Macedo, do Santa Terezinha, para realizar exames e consultas. No início de 2021, por conta da pandemia, o posto de saúde ficou sem atendimento voltado a mulheres. Como Priscila toma o anticoncepcional injetável a cada três meses ofertado pelo SUS, ela precisou recorrer a outro posto de saúde, Egon Roskamp, do Santa Paula. “Mesmo com a pandemia, continuei a realizar exames, como o teste rápido para sífilis, hepatite e HIV, além do papanicolau e todas as vezes fui bem atendida pelo SUS.”
Além dos exames e testes preventivos, o SUS também acompanha as gestações. Os exames de pré-natal continuaram a ser executados mesmo em meio à pandemia pelos principais postos de Ponta Grossa.
Liamara dos Santos Guerino engravidou em julho de 2020 e em abril deste ano deu à luz à Ísis Helena. A mãe frequentou durante a gravidez o posto de saúde Paulo Madureira Novaes, do Bairro Chapada, mesmo morando em outra localidade, pois era o único próximo de sua residência que estava atendendo as gestantes durante a pandemia.
Limara explica que o acompanhamento pelo SUS sempre foi a única opção, por conta da condição financeira. “No geral, o pré-natal foi bem realizado, a única coisa que achei ruim foi que a cada consulta era um médico diferente”, avalia. Mãe de dois filhos, ela ainda comemora a conquista da laqueadura, que executou durante a pandemia. “Consegui dar entrada ao processo de laqueadura com dois meses de gestação, o médico responsável pelo parto avaliou o quadro clínico e assim consegui realizar o procedimento após a cesárea”, diz.
Fotografia: Roseli Stepurski, arquivo Periódico
Projeto
Para incentivar a procura de exames e consultas regulares, o município criou um novo projeto para atender à saúde feminina. A ação Saúde da Mulher foi uma iniciativa da Fundação Municipal de Saúde de Ponta Grossa (FMSPG). A proposta visa a realização de exames como papanicolau, HPV, mamografia e implantes de métodos contraceptivos - como o DIU de cobre.
Por meio de mutirões realizados ao menos uma vez por mês, a ação pretende atender mulheres de 25 a 64 anos de idade que consultaram há mais de um ano e não conseguem procurar o serviço de saúde durante a semana. A Fundação Municipal de Saúde, em parceria com o Departamento de Atenção Primária, escolheu os sábados para realizar os mutirões mensais. Na ação do final do mês de julho, foram coletados materiais de mais de 300 exames preventivos e realizados 17 procedimentos de inserções de DIU. No mês de julho, em duas horas de agendamentos, as 400 vagas disponibilizadas foram preenchidas.
A enfermeira Manon Callaça, uma das responsáveis pela iniciativa, explica que as mulheres interessadas devem agendar o horário pelo site da prefeitura para evitar aglomerações. Manon reforça o convite às mulheres para participarem da ação Saúde da Mulher. “Mulheres, empoderem-se, cuidem de seus corpos, da saúde e agendem seus exames, porque vocês serão bem acolhidas pelas nossas equipes”, incentiva.
Para que mais mulheres, como Liamara e Priscila, participem da ação Saúde da Mulher, a prefeitura planeja realizar mutirões ao menos um sábado por mês até o final do ano. Além de intensificar as ações em outubro, por conta prevenção ao câncer de mama. As mulheres interessadas em realizar exames de rotina podem entrar em contato com a UBS mais próxima através do telefone: 3220-1020 + ramal.
Esta reportagem faz parte da edição comemorativa de 30 anos do jornal-laboratório Foca Livre. Leia o conteúdo completo clicando aqui.
Ficha Técnica
Repórter: Leriany Barbosa
Editora: Valéria Laroca
Publicação do texto: Leonardo Duarte
Supervisão Foca Livre: Muriel Amaral, Cândida de Oliveira e Jeferson Bertolini
Supervisão de publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen
- Detalhes
- Produção: Yuri A.F. Marcinik
- Categoria: Saúde
Redução chegou a 30%, segundo Sociedade de Endocrinologia
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Paraná constatou que, desde o início da pandemia, o número de consultas entre os endocrinologistas caiu 30%. Os médicos também afirmam que 44% deles já tiveram ao menos um paciente que morreu em decorrência do coronavírus. A pesquisa também revelou que 90% dos pacientes ficaram mais sedentários e, destes, 82% aumentaram de peso.
Em Ponta Grossa também houve redução. “A gente viu que muitos dos nossos pacientes adiaram suas consultas por conta do isolamento e das dinâmicas de home office. Isso ocorreu principalmente no primeiro ano, poucos imaginavam que a pandemia iria durar por tanto tempo”, afirma o endocrinologista Alexandre Acuña.
Acuña lista outros agravantes para a situação sedentária. “Eles ficaram mais parados e diminuíram as atividades físicas. Também houve abusos alimentares, de bebidas alcoólicas, doces, fast foods. Isso os fez engordar mais, ficaram mais ansiosos, estressados, nervosos e isso com certeza prejudicou o controle do diabetes”, completa.
Quanto aos diabéticos, o endocrinologista afirma que a pior fase passou. Ele diz ter notado que os pacientes que não haviam se consultado durante o ano de 2020, voltaram a perceber a necessidade de se tratar e atingir novamente o equilíbrio de insulina que foi afetado pelas restrições da pandemia e do medo de sair de casa.
Para o médico, quem ainda não retomou à rotina de cuidados com a diabetes não pode mais esperar a situação voltar a ser exatamente como era antes da pandemia para buscar ajuda. “Eu continuo falando para os pacientes de que o momento é o de voltar a se cuidar, fazer dieta e atividades físicas. Dentro dos cuidados necessários para evitar contágio, logicamente. Mas o imprescindível é voltar à vida ativa para tentar diminuir o malefício que a pandemia trouxe”.
Foto: Arquivo Periódico.
Paciente
Mesmo mantendo consultas e medicações regulares e prezando pelo isolamento social, a aposentada Silvana Rodrigues, de 60 anos, que convive com o tipo um da diabetes há cinco anos, acabou sendo infectada pela covid-19. Na época de sua infecção, em maio, ela havia tomado a primeira dose da vacina.
Silvana conta que os efeitos do coronavírus surgiram rápido devido à sua situação de comorbidade e exigiram uma ida ao médico, o que acabou sendo ainda mais desgastante para o seu organismo. “Em três dias meu fôlego e respiração foram ficando cada vez mais curtos. No dia que fui fazer a consulta, eu e meu filho ficamos das 15h até as 22h da noite no hospital aguardando para fazer todos os exames necessários”, relembra.
Durante a espera, ela presenciou o intenso trabalho do médico, transitando entre as alas do hospital para atender diversos pacientes. “Eu senti uma fraqueza muito grande enquanto esperava, sem poder me mexer direito por causa do soro em meu braço. Foi uma experiência difícil. Na saída do hospital, eu estava tremendo e desorientada”.
A aposentada também conta que, mesmo ficando em repouso e isolada, a medicação demorou quatro dias para fazer efeito no organismo. “A situação continuou difícil. Fiquei de cama sentindo minha respiração cada vez mais limitada e com medo de ter de voltar ao hospital e refazer a bateria desgastante de exames.”
Foi inevitável temer pela própria vida. “O tempo todo temi precisar ser entubada ou, pior, vir a falecer. Felizmente, no sábado seguinte à consulta houve os primeiros sinais de melhora”.
Números
O Brasil ocupa o 4º lugar no ranking de países com o maior número de casos de diabetes, ficando atrás apenas da China, Índia e Estados Unidos. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), dos 12 milhões de brasileiros que sofrem com a doença, estima-se que 7% seja dependente de insulina; 41% faça uso de medicamentos; 29% apenas cuide da saúde por meio de dieta e que 23% não faça nenhum tipo de tratamento
A Federação Internacional de Diabetes (IDF) estipulou que, até 2045 , haverá um aumento de 62% de casos na América Latina. A marca deve alcançar o patamar de 42 milhões de pessoas acometidas pela diabetes.
Ficha Técnica
Repórter: Yuri A.F. Marcinik
Edição e Publicação do Texto: Manuela Roque
Supervisão: Jeferson Bertolini, Marcos Zibordi, Maurício Liesen
- Detalhes
- Produção: Catharina Iavorski
- Categoria: Saúde
Projeto de lei 98/2021 permite que remédios em caixas não lacradas sejam distribuídos de forma gratuita para pessoas em situação de vulnerabilidade. Todo processo deve ser acompanhado por um farmacêutico responsável pela avaliação da qualidade dos medicamentos.
Ficha técnica
Reportagem: Catharina Iavorski
Publicação: Matheus Gaston
Supervisão: Cíntia Xavier e Maurício Liesen
- Detalhes
- Produção: Matheus Gaston
- Categoria: Saúde
Jornalistas têm 52% de chance de contrair Covid-19 durante o exercício da profissão, de acordo com dados do Instituto Alberto Luiz Coimbra. Foram registradas 199 mortes desses profissionais em 2021; no Paraná, morreram 21 jornalistas em decorrência do vírus.
Ficha técnica
Reportagem: Matheus Gaston
Publicação: Larissa Onorio
Supervisão: Cíntia Xavier, Marcos Zibordi e Maurício Liesen
- Detalhes
- Categoria: Saúde
A Prefeitura Municipal de Ponta Grossa realizou no dia 21 de agosto a coleta do exame preventivo Papanicolau. A intenção é realizar a coleta desses exames por, pelo menos, um sábado por mês, até dezembro, para mulheres entre 25 e 64 anos. Essa ação, em conjunto com a Fundação Municipal de Saúde, é para atingir mulheres que já realizaram esse exame há mais de um ano e necessitam refazer. Pretende também alcançar aquelas que não conseguem procurar o serviço de saúde durante os dias de semana. Para realizar o agendamento, basta preencher os requisitos e acessar o site da prefeitura.
Ficha Técnica
Reportagem: Mariana Fernandes Gonçalves
Publicação: Maria Eduarda Eurich
Supervisão: Cintia Xavier, Marcos Zibordi e Maurício Liese
- Detalhes
- Produção: João Gabriel Vieria
- Categoria: Saúde
Em 2020 foram 455 mortes; em 2021, até o início de agosto, 310
Em Ponta Grossa, segundo a Fundação Municipal de Saúde, 455 pessoas morreram por problemas do coração em 2020. Até o início de agosto de 2021 foram 310. Em 2019, último ano com dados fechados pelo Ministério da Saúde, 343,1 mil pessoas morreram no Brasil por problemas cardiovasculares.
As doenças do coração são a principal causa de morte no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). São mais de 1,1 mil mortes por dia, ou 46 por hora. De acordo com a SBC, doenças cardiovasculares causam o dobro das mortes provocadas por todos os tipos de câncer juntos, o triplo das doenças respiratórias e 6,5 vezes mais que todas as infecções, incluindo a AIDS.
O cardiologista e professor Miguel Morita da Silva, diretor-científico da Sociedade Paranaense de Cardiologia, diz que as doenças do coração também são a principal causa de anos perdidos de vida com qualidade.
Ele acrescenta que as doenças cardiovasculares e cerebrovasculares são as de maior incidência na população geral. Até os 60 anos de idade, as que mais causam morte são o infarto e a doença coronariana, que afeta o fluxo sanguíneo nas artérias coronárias. Nos maiores de 60, as doenças cerebrovasculares, como os acidentes vasculares cerebrais, são as que mais matam.
Morita acredita que, durante a pandemia de covid-19, houve uma menor preocupação com as doenças cardiovasculares. Entretanto, elas não só continuaram gerando número elevado de mortes, como afetaram pacientes infectados pelo novo coronavírus. Isso porque aumentam o risco de morte e deixam o tratamento de pacientes com doenças crônicas mais complexo.
Segundo Morita, pessoas que tiveram problemas cardíacos como infarto e insuficiência cardíaca e que buscaram internação tiveram o risco de morte aumentado em duas a três vezes. Os motivos, diz ele, são a mudança do sistema de atendimento, que acabou focando totalmente em casos de covid-19 e deslocou funcionários que deveriam atender os pacientes com problemas cardíacos para áreas de tratamento de covid; a queda dos cuidados crônicos, com a redução dos atendimentos ambulatoriais; e o receio em buscar tratamento e acabar se expondo ao risco de contrair o novo coronavírus.
De modo geral, o médico acredita que muitas pessoas estavam com medo de ir ao hospital por causa da covid e acabavam descobrindo tarde demais problemas no coração. “Com a pandemia, a gente tinha de pesar muito. Não só o paciente estava com medo. Esse receio era geral porque existia o risco real de pegar covid-19 no hospital”, completa.
Em Ponta Grossa, pacientes também deixaram de tratar os males do coração na pandemia. Na Santa Casa, por exemplo, no início de 2020 houve redução no tratamento de casos de infarto e de derrames cerebrais, diz o cardiologista Leandro Zardo. A situação voltou ao normal no início de 2021.
Hospital Santa Casa | Foto: Roseli Stepurski Arquivo Lente Quente
OMS
Pesquisa da Organização Mundial de Saúde (OMS) de abril de 2021 aponta que 71% das mortes pelo mundo anualmente são em decorrência de doenças crônicas, também conhecidas como doenças não transmissíveis. Diabetes, problemas do aparelho cardiovascular e respiratório são as complicações mais comuns.
Segundo o estudo, as doenças não transmissíveis matam 41 milhões de pessoas a cada ano, o equivalente a 71% das mortes globais. Dentro desse grupo de doenças, os problemas cardiovasculares são responsáveis pela maioria das mortes, com 17,9 milhões de óbitos anualmente, seguidos pelo câncer, 9,3 milhões, doenças respiratórias, 4,1 milhão, e diabetes, 1,5 milhão.
Ficha técnica
Reportagem: João Gabriel Vieira
Edição: Malu Bueno
Publicação: Malu Bueno
Supervisão: Profs. Jeferson Bertolini, Marcos Zibordi e Maurício Liesen
- Detalhes
- Categoria: Saúde
Técnicos de enfermagem precisam redobrar os cuidados com a pandemia na rotina de trabalho e lazer para garantir a segurança dos idosos.
Ficha técnica:
Repórter: Lucas Ribeiro
Publicação: Yasmin Orlowski
Supervisão: Cíntia Xavier, Marcos Zibord e Maurício Liesen