Orquestra e Coro gravam marcha e hino Ponta Grossa

O Cine Teatro Ópera recebe no próximo sábado (15) às 20h, o concerto de comemoração dos 195 anos da Princesa dos Campos Gerais. O evento marca o lançamento da primeira gravação de Marcha e Hino municipais,executados pela Orquestra Sinfônica e Coro da cidade.

 

 

Orquestra Sinfônica Cidade de Ponta Grossa, sob a regência de Rafael Rauski, com o Coro Cidade de Ponta Grossa - Foto: Veridiane Parize

O arranjo do hino e da marcha são de autoria do maestro da Orquestra, Rafael Rauski, que está há dois anos no comando da corporação. O evento tem participação do pianista convidado Carlos Yanssen, professor na Academia de Belas Artes de Curitiba. No encerramento da cerimônia haverá a apŕesentação de abertura da peça Fantasia de Coral, de Ludwig van Beethoven.

 

 

A Orquestra Sinfônica acumula 66 anos de história. No início “eram pessoas que queriam tocar e começaram a se encontrar”, relata a assessora de imprensa da Fundação Municipal de Cultura, Luana Nascimento. O conjunto não é composto por profissionais remunerados, mas por bolsistas. “A Orquestra é um espaço para formar músicos. Todos têm de estar ativos nos estudos, para justificar a bolsa”, afirma Nascimento.

 

 

A entrada para o Concerto de Aniversário de Ponta Grossa é uma lata de leite em pó, que deve ser trocada nos pontos de venda do Ópera e do Centro de Música, das 8h às 11h e das 13h às 21h30. No dia do evento, os bilhetes podem ser adquiridos a partir das 18h,no local da apresentação. Os alimentos serão repassados para a Fundação de Assistência Social (antigo SOS), que atende 190 entidades carentes de Ponta Grossa. O evento é promovido pela Prefeitura Municipal de Ponta Grossa.

Semana Literária do SESC PG 2018 valoriza escritores locais

A 37ª Semana Literária & Feira do Livro, organizada pelo SESC, dará visibilidade para escritores locais na programação do evento. Adrian Lincoln Clarindo, Carlos Henrique Schoroeder, Otávio Linhares, Kleber Bordinhão e Luiz Fernando Cheres participam do encontro cultural que acontece entre os dias 17 e 22 de setembro em Ponta Grossa. O evento é gratuito e aberto ao público.

 

 

Rafaela Remeika, diretora da feira cultural, explica que os autores já têm um trabalho na cidade e que espaços como este são importantes para divulgar e valorizar a produção dos convidados. “Como os escritores são de Ponta Grossa, eles conseguem falar sobre o cotidiano da cidade e os leitores podem se identificar”, completa. A Semana Literária acontece simultaneamente em todas as unidades do SESC Paraná, com temáticas nacionais e internacionais, mas em cada cidade a programação é diferenciada.

 

 

“Existe uma carência de divulgação da literatura na cidade”, avalia a diretora. Rafaela conta que a ideia é levar o evento aos bairros mais afastados da região central. Dez oficinais de contação de histórias, com temáticas relacionadas ao evento, serão realizadas em colégios da periferia da cidade. “A iniciativa contribui para popularizar a cultura, que é concentrada em regiões elitizadas”, diz o acadêmico Vítor Almeida.

 

 

O estudante de Jornalismo e membro do projeto de extensão Cultura Plural, Gabriel Miguel, explica que existe uma ideia de que em Ponta Grossa não se produz cultura e que iniciativas como a Semana Literária mostram o equívoco. “O espaço é importante para que os artistas pontagrossenses, que estão escondidos, mostrem o trabalho realizado”, conclui.

 

 

A programação da Semana Literária está disponível no site do SESC Ponta Grossa, que conta com mesas redondas, bate papos, oficinas, circuito de história e espetáculos teatrais. A Feira do Livro acontece no Parque Ambiental, localizado na região central da Cidade.

Aumento no desemprego também atinge quem conclui ensino superior

Desempregados buscam emprego na Agência do Trabalhador. Foto: Julio César Prado
Desempregados buscam emprego na Agência do Trabalhador. Foto: Julio César Prado

No segundo trimestre de 2018, faltou trabalho para 27,6 milhões de pessoas no Brasil. A chamada taxa de subutilização da força de trabalho foi de 24,6%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As informações revelam a real situação econômica do Brasil. O indicador inclui os desempregados, os subocupados (que trabalham menos de 40 horas semanais) e a força de trabalho potencial (pessoas que gostariam de trabalhar). E, de acordo com o IBGE, o resultado é considerado estável em relação ao primeiro trimestre de 2018.

 

 

“Com a atual situação do Brasil, está cada vez mais difícil conseguir um emprego para quem está se formando na faculdade e logo irá ingressar no mercado de trabalho”, afirma Anelise Betino, estudante que se forma este ano em Turismo pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Quem está saindo da faculdade tem pouca e, as vezes, nenhuma experiência prática na área pretendida. A crise econômica e o aumento do desemprego complicam ainda mais a situação do recém formado. Além disso, a empregabilidade é uma das maiores preocupações da comunidade acadêmica no País. “Sou graduada em Educação Física e lembro como foi difícil conseguir o primeiro emprego depois de me formar”, aponta Juliana Cosmoski, estudante de Jornalismo que frequenta uma segunda graduação na UEPG.

 

 

Entretanto, o índice de empregabilidade do primeiro trimestre de 2018 elaborado pelo Instituto Ipsos, em conjunto com o grupo Santander, revela que o saldo de empregos foi positivo para quem tem graduação, em comparação com os trabalhadores sem nível escolar completo. O estudo ouviu mais de 9 mil estudantes e professores em 19 países, cerca de 850 no Brasil. Para 54% dos entrevistados, é preciso melhorar a inserção dos recém-formados no mercado de trabalho, e 63% acreditam que as universidades não conseguem munir os alunos das competências exigidas pelas empresas.

 

 

A estudante do primeiro ano de Serviço Social Larissa Carneiro se mostra confiante em relação ao futuro no mercado de trabalho. “O curso que escolhi não é uma área que possui tanta concorrência no mercado e, como estou no primeiro ano, não penso que devo me preocupar com isso já”, diz.

Denúncias de maus tratos a animais domésticos e silvestres aumentam

Em agosto do ano passado a Associação Instituto Klimionte Ambiental, Consórcio Energético Cruzeiro do Sul, Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa assinaram o termo de compromisso para a construção do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) dos Campos Gerais para atender os animais silvestres. A obra deve ser entregue até o final deste ano.

 

População cuida de animais abandonados e que sofreram maus tratos. Eles são chamados de cães comunitários. Foto: Verônica Scheifer.

População cuida de animais abandonados e que sofreram maus tratos. Eles são chamados de cães comunitários. Foto: Verônica Scheifer.

 

 

O investimento do instituto pode chegar a R$ 1,5 milhão. No Cetas irá ser verificado a saúde do animal e encaminhar para a soltura, caso ele seja apto para poder ser realizada a adaptação da natureza. Os animais que serão encaminhados até o institutos serão levados pela Polícia Ambiental e IAP.

 

 

Em 2001, o Ibama fechou a maior parte dos seus escritórios no estado do Paraná. As unidades que foram fechadas são a de Ponta Grossa, Guarapuava, Irati, Pato Branco e Maringá. Restaram apenas cinco unidades para atender os 399 municípios do Paraná. As unidades que restaram abertas são: Paranaguá, União da Vitória, Londrina e Cascavel. Sem o auxílio imediato dessas unidades, a cidade de Ponta Grossa recorre à Polícia Ambiental.

 

 

No município, pode ser visto livremente animais silvestres sendo vendidos em alguns comércios, sem a devida fiscalização. Casos de maus tratos com esses animais já foram denunciados a Guarda Municipal e a Polícia Ambiental. “O tráfico de animais silvestres é crime no Brasil, mas é uma prática que é realizada ainda pelo retorno financeiro alto e muitos animais morrem nesse processo”, conclui o Biólogo e Professor de Zoologia de Vertebrados da UEPG, Denilton Vidolin.

 

 

O secretário de Cidadania e Segurança Pública de Ponta Grossa, Ary Lovato, afirma que as denúncias só aumentam. “Nós atendemos aproximadamente 150 denúncias no prazo de um ano. É bastante significativo, nunca em nenhum momento nós atendemos esse volume de denúncias. Só em 2017 foram 230 atendimentos.”, declara Ary Lovato.

 

 

Os estudantes da Universidade Estadual de Ponta Grossa organizaram uma ação preventiva sobre o tema no dia 30 de junho de 2018, no Parque Ambiental. O objetivo é que os estudantes possam levar o conhecimento da importância de preservar e denunciar casos de maus tratos e a venda ilegal e tráfico de animais silvestres.

Para denunciar qualquer tipo de maus tratos a animais, entre imediatamente em contato pelo 0800-643-2626 ou  disque 153.

 

 

No ano passado, o Periódico publicou um texto com foco em animais domésticos e que já demonstrava alta nos dados: https://periodico.sites.uepg.br/index.php/cidade-cidadania/917-numero-de-denuncias-sobre-maus-tratos-aos-animais-aumenta

Preços de produtos da cesta básica aumentam em supermercados de Ponta Grossa

A pesquisa mensal do Núcleo de Políticas Públicas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) revela um aumento de 6% no valor dos produtos de cesta básica na cidade, durante o mês de maio. O índice é alto, pois a média do aumento é de apenas 1% ao mês. A coleta dos preços considera 33 produtos e é realizada semanalmente. Os dados do levantamento consideram os preços vigentes na primeira semana de junho.

 

O economista e coordenador do núcleo, Alexandre Lages, explica a variação de preços dos produtos da cesta básica no período. O setor com maior elevação é o de hortifrutigranjeiros, com aumento de 38% e o produto com maior alta é a batata, com variação de 113% no quilo. O leite teve alta de 19% e nas carnes o frango se destaca com um aumento de médio de 33% em relação ao mês anterior. Nas cestas básicas, todos os produtos subiram, exceto os do setor de limpeza, que mantiveram a média da coleta de maio.

 

De acordo com o Lages, o preço dos produtos continua instável, já que a inflação é alta e o déficit público segue em alta. “Em qualquer aumento, a redução ou subsídio terá que ser pago e alguém vai ter que pagar, provavelmente a população, porque o governo não tem força política para fazer de outra forma”. O economista ressalta que o aumento dos preços também está associado à procura por mercadorias. “O transporte em alta impacta no preço e isso gera aumento também na procura”, explica.

 

Hebe Gonçalves, professora, que acompanha a variação de preços na cidade, revela preocupação com a alta de alguns produtos. “Fico surpresa com os dados, inclusive porque acompanhei o fechamento de uma fábrica em Carambeí já nos primeiros dias da greve”, lembra. A expectativa com a volta dos preços à normalidade é de dois meses, devido a regularização da produção, valor do frete e a diminuição da inflação. O levantamento de preços considera uma amostra de cinco redes de supermercados, que concentram cerca de 80% do consumo da cidade.