Maior incidência de colisões ocorre nas ruas Visconde de Taunay e Thaumaturgo de Azevedo

 

Entre janeiro e abril de 2022, Ponta Grossa registrou 259 acidentes de trânsito. Nos boletins catalogados pelo 2° Grupamento de Bombeiros, 55,9% destas ocorrências são colisões entre veículos. Desde 2020, 3.578 acidentes foram documentados, com 4.427 vítimas no município. 

De acordo com Erick Duarte, morador de Ponta Grossa que sofreu quatro acidentes de trânsito nos últimos dois anos, a falta de sinalização adequada das ruas é um dos principais motivos pelos quais as colisões acontecem. “Em certas vias, por falta de placas ou mesmo erros de sinalização, os acidentes são uma questão de tempo, somente quem conhece determinados trechos, acaba tomando mais cuidado”, comenta. 

A mudança nas preferenciais e nos sentidos das vias também é um motivo sinalizado pelos moradores. Para Antônio Pereira Barbosa, que sofreu acidente de carro por conta da mudança de sentido na rua, a falta de uma maior divulgação das alterações por parte da Prefeitura torna o trânsito confuso. “O fato de eu ter batido o carro foi porque a placa sinalizava que eu podia entrar em determinada rua, mas os sinais da avenida abriam ao mesmo tempo. Para quem não dirige com frequência na cidade, é fácil se perder”, explica. 

De acordo com a Guarda Municipal, as ruas com maior incidência de acidentes de trânsito desde 2018 são as avenidas Visconde de Taunay, Visconde de Mauá e Vicente Machado, na região central, e a avenida General Carlos Cavalcanti, em Uvaranas. Já a rua Thaumaturgo de Azevedo, em Oficinas, passou a ter maiores ocorrências de colisões em 2022. 

Além disso, os cruzamentos da rua Vicente Machado com a Balduíno Taques e o cruzamento da Santos Dumont com a rua do Rosário possuem as maiores ocorrências deste ano, por se tratarem de vias centrais com grande movimento nos horários de pico. 

 

 

Faixa etária

Adultos representam o maior índice de vítimas nos acidentes de trânsito. Das 4.427 catalogadas desde 2020, 1.567 têm entre 20 e 29 anos de idade, o que representa 35,4% do número total de feridos. Até abril de 2022, 103 pessoas que sofreram acidentes se encaixam nesta faixa etária. 

Como forma de conscientização e proteção no trânsito, maio foi o mês escolhido para uma série de campanhas promovidas pelos municípios. Em Ponta Grossa, foram feitas ações educativas, como palestras na Escola Municipal Pascoalino Provisiero e na Ambev, passeatas, integrações com motoristas em postos de gasolina, blitze educativas e o lançamento do projeto Detran na Escola.

 

Ficha Técnica

Reportagem: Valéria Laroca

Edição e Publicação: Ana Luiza Bertelli Dimbarre e Maria Eduarda Ribeiro

Supervisão de produção: Muriel E. P. Amaral

Supervisão de publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen

Seguindo a Lei de Cotas para PCD, empresas oferecem oportunidades de emprego e crescimento profissional

 

A lei federal 8213/91 estabelece cotas para Pessoas com Deficiência (PCD). De acordo com a lei, de 2 a 5% das vagas de emprego em empresas com mais de 100 funcionários devem ser preenchidas por pessoas com deficiência. São considerados PCD aqueles indivíduos que sofrem com deficiência física, auditiva, visual, mental e múltipla e possuem laudo médico.

 

A assistente social da Agência do Trabalhador de Ponta Grossa, Rosângela Legart, vê com bons olhos as mudanças no cenário. Ela afirma que, além do surgimento de mais vagas, empresas menores que não precisam cumprir a cota por conta do número de funcionários, também abrem oportunidades de inclusão social por meio de espaços para PCD. “Estamos com várias vagas e, principalmente, estamos conseguindo a colocação dessas pessoas no mercado de trabalho”.


Apesar dos dados do Portal da Inspeção do Trabalho do governo federal não serem atualizados desde 2019, entidades de Ponta Grossa afirmam que a procura de empresas por pessoas com deficiência para o preenchimento das vagas aumentou nos últimos anos.

 

Para atender à inserção no mercado de trabalho, a agência tem um programa específico para pessoas com deficiências no município. “A pessoa vem até a Agência do Trabalhador, apresenta um laudo médico e é feito um cadastro. A partir do momento em que as empresas abrem as vagas conosco, eu faço a busca e a pessoa é encaminhada para uma entrevista. Depois disso, a empresa me dá um retorno sobre quantas pessoas foram contratadas”, analisa Rosângela.


Patrícia Ramos, hoje é bancária, mas nem sempre acreditou que poderia ocupar uma vaga de emprego por ser deficiente. Ela convive desde nascença com as sequelas do pé torto congênito, que compromete a parte motora. Patrícia explica que o apoio de entidades assistenciais e das empresas em que trabalhou auxiliaram em seu crescimento profissional, além de desassociar sua deficiência física ao seu desempenho. “Tinha na minha cabeça só sofrimento em relação ao meu pé: as dores, as piadas na escola, as coisas que passei de ruim, mas depois a situação mudou para melhor”.

 

A bancária acredita que, com o direito à vaga de trabalho para pessoas com deficiência, há também a necessidade de se aprimorar profissionalmente. “A oportunidade de boas vagas de emprego existe, mas as empresas não contratam somente por contratar, mas sim porque precisam de profissionais capacitados.” Patrícia ainda dá um conselho para que as pessoas que se enquadram nos benefícios da lei federal cadastrem seus currículos e deixem claro que são PCD, já que pode resultar em ainda mais oportunidades.

 

Ficha técnicadownload.gifdownload.gif

Reportagem: Helena Denck

Edição e publicação: Leriany Barbosa

Supervisão de produção: Muriel E. P. Amaral

Supervisão de publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen

Entre as queixas está a falta de abrigo para animais de estimação

 

Em Ponta Grossa, segundo dados do Cadastro Único (CadÚnico) existem mais de 2000 pessoas em situação de rua espalhados por toda a cidade. Entre os moradores que vivem em situação de rua, está o andarilho identificado como Richard, que circula no centro da cidade. Para ele, a Prefeitura não oferece condições consistentes para atender a população de rua. "Não quero só um café e um pedaço de pão, aqui na rua eu consigo muito mais", afirmou. 

Para o coletor de materiais recicláveis e morador de rua, João Pedro da Silva, de 47 anos, as políticas de assistência da Prefeitura são insuficientes para suprir a necessidade de quem não tem onde morar. “Eu tenho meus cachorrinhos aqui, eles vivem comigo. Se eu for para lá, vou ter que deixar eles passando fome, eu não consigo”.

O coletor também explica que perdeu sua casa ainda jovem por conta de uma briga com seus pais, e não conseguiu um emprego desde então. “Quem vai contratar uma pessoa que se veste assim? Se eu for para uma entrevista de emprego, o pessoal dá risada”, desabafou o andarilho.

A Prefeitura informou, através da assessoria, que presta serviços a pessoas nessa situação, como a “abordagem social”, que busca a população em situação de rua e as encaminha para atendimento. Segundo a administração municipal, atualmente a cidade possui 100 vagas de abrigo para moradores de rua, divididas no Centro POP e Casa de Acolhimento. 

Questionados sobre a abertura de ginásios de esportes para abrigar a população vulnerável, a assessoria informou que existe processo de licitação de um imóvel, que irá disponibilizar chuveiros, camas e refeitório, mas deve ser concluído apenas nas próximas semanas.

 

Ficha Técnica

Reportagem: Heryvelton Martins

Edição e publicação: Isadora Ricardo

Supervisão de produção: Muriel E. P. Amaral

Supervisão de publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen

Como identificar as necessidades e angustias, mas também as conquistas de pessoas que saíram do país de origem para recomeçar? O minidocumentário "Refugio a 4000 km: A vinda de venezuelanos para Ponta Grossa", aborda histórias de três migrantes que residem na cidade. O trabalho produzido pelos acadêmicos de Jornalismo da UEPG Carlos Solek e Isadora Ricardo também trata do trabalho ofertado pelo projeto Caritas Diocesana de PG, coordenado pela igreja católica de Ponta Grossa.

 

Confira o vídeo:

Ficha técnica

Roteiro, narração e gravação: Isadora Ricardo

Edição e gravação: Carlos Solek

Publicação: Leriany Barbosa

Supervisão: Cintia Xavier, Marcos Zibordi e Maurício Liesen

Técnico Responsável: Jairo C. P. de Souza

Muitos lugares são tradicionais para os moradores de Ponta Grossa. É o caso do Calçadão, localizado no centro da cidade. No documentário “Histórias e Vivências”, produzido pelas alunas de Jornalismo da UEPG, Ana Luiza Bertelli Dimbarre e Janaina Cassol, são contadas as histórias de pessoas que conhecem o Calçadão como um ambiente de trabalho, um local ideal para se fazer amizades e viver experiências. 

 

Ficha técnica

Reportagem e roteiro: Ana Luiza Bertelli Dimbarre
Cinegrafia e edição: Janaina Cassol
Professora responsável: Cintia Xavier
Técnico responsável: Jairo C. P. de Souza