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- Produção: Lilian Magalhães
- Categoria: Cidade e cidadania
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Maior problema é na entrada do bairro e o único poste de iluminação do local está queimado há mais de três meses
O acesso ao bairro Cará-Cará, na região Sul de Ponta Grossa, está prejudicado devido à falta de iluminação. O único poste do local está queimado desde o começo do ano e ainda não tem previsão de voltar ao funcionamento. A rotatória na entrada do bairro está danificada devido aos pequenos acidentes que ocorrem e nos dias chuvosos, a situação é ainda mais crítica.
De acordo com Zenira dos Santos, moradora da rua Boeing 6, a falta de iluminação também afeta a segurança dos moradores. “Peço para o meu marido deixar o jardim aceso até eu voltar para a casa, porque tenho medo de andar sozinha na minha rua durante a noite”. As noites de Zenira nem sempre são agradáveis. “Escuto os rangidos dos freios porque não existe sinalização indicando as lombadas, rotatória e nem a própria entrada do Cará-Cará”.
Na mesma rua, o frentista Marcelo Ferreira relata que alguns motoristas param no estabelecimento por conta da má iluminação. “Uns dias atrás uma família inteira dormiu estacionada no pátio pelo medo de dirigir por aqui nessa escuridão, vários caminhoneiros também param aqui quando chove”. Marcelo aponta que existem duas lombadas na entrada do bairro, mas nenhuma possui indicação. “Os carros raspam a parte de baixo na lombada porque não dá tempo de frear, a luz é muito baixa e as lombadas não possuem placas indicando, nem pintura horizontal”.
Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Ponta Grossa disse em nota que os moradores precisam formalizar os pedidos da troca dos focos de iluminação pela ouvidoria 156, e que a sinalização cabe como responsabilidade do Estado através do Departamento de Estradas de Rodagem (DER).
Ficha técnica
Reportagem: Lilian Magalhães
Edição e publicação: Gabriel Mendes Ferreira
Supervisão de produção: Muriel E. P. Amaral
Supervisão de publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen
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- Categoria: Cidade e cidadania
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Preço integral do valor da passagem dificulta ida às aulas para estudantes
O direito à meia-passagem pelos estudantes foi suspenso durante a pandemia. As aulas retomaram presencialmente desde o ano passado, mas a Viação Campos Gerais (VCG), empresa responsável pelo transporte público em Ponta Grossa, não atualizou o cadastro dos alunos. Desta forma, alguns deles não conseguiram retornar às aulas porque não poderiam arcar com o valor integral das passagens. Antes da pandemia, os dicentes solicitavam uma declaração à instituição e eles mesmos encaminhavam o documento à Prefeitura. Com a mudança, os estudantes devem fazer direto na Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT) e a VCG aprova e libera o cartão. No momento, o maior problema está na liberação da AMTT para a VCG.
Foto: Amanda Martins
A aluna do ensino fundamental, Gabriele Maciel Cunha, conta que sem o passe-livre não terá como ir todos os dias para a aula. “Eu moro muito longe do Osório, não tem como simplesmente ir andando”. A mesma dificuldade é partilhada por Arthur Andrade. "É caro gastar R$11,00 por dia”, comenta. Arthur comenta que iniciou o protocolo no início de fevereiro, mas sua situação ainda está em análise. "Meus pais já mandaram diversos comprovantes de residência, mas nenhum dá certo e ninguém diz o porquê".
Em apuração pela reportagem, foi descoberto que existem pendências em aberto no sistema da AMTT desde o início do ano letivo de 2022, mas não tem uma previsão para serem aprovadas. Mesmo após a tentativa de contato com a VCG, AMTT e a Prefeitura, não houve retorno com respostas explicando o motivo para o atraso na atualização dos cadastros.
Ficha Técnica
Reportagem: Amanda Martins
Edição e publicação: Lilian Magalhães
Supervisão de produção: Muriel E. P. Amaral
Supervisão de publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen
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- Produção: Valeria Laroca
- Categoria: Cidade e cidadania
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Maior incidência de colisões ocorre nas ruas Visconde de Taunay e Thaumaturgo de Azevedo
Entre janeiro e abril de 2022, Ponta Grossa registrou 259 acidentes de trânsito. Nos boletins catalogados pelo 2° Grupamento de Bombeiros, 55,9% destas ocorrências são colisões entre veículos. Desde 2020, 3.578 acidentes foram documentados, com 4.427 vítimas no município.
De acordo com Erick Duarte, morador de Ponta Grossa que sofreu quatro acidentes de trânsito nos últimos dois anos, a falta de sinalização adequada das ruas é um dos principais motivos pelos quais as colisões acontecem. “Em certas vias, por falta de placas ou mesmo erros de sinalização, os acidentes são uma questão de tempo, somente quem conhece determinados trechos, acaba tomando mais cuidado”, comenta.
A mudança nas preferenciais e nos sentidos das vias também é um motivo sinalizado pelos moradores. Para Antônio Pereira Barbosa, que sofreu acidente de carro por conta da mudança de sentido na rua, a falta de uma maior divulgação das alterações por parte da Prefeitura torna o trânsito confuso. “O fato de eu ter batido o carro foi porque a placa sinalizava que eu podia entrar em determinada rua, mas os sinais da avenida abriam ao mesmo tempo. Para quem não dirige com frequência na cidade, é fácil se perder”, explica.
De acordo com a Guarda Municipal, as ruas com maior incidência de acidentes de trânsito desde 2018 são as avenidas Visconde de Taunay, Visconde de Mauá e Vicente Machado, na região central, e a avenida General Carlos Cavalcanti, em Uvaranas. Já a rua Thaumaturgo de Azevedo, em Oficinas, passou a ter maiores ocorrências de colisões em 2022.
Além disso, os cruzamentos da rua Vicente Machado com a Balduíno Taques e o cruzamento da Santos Dumont com a rua do Rosário possuem as maiores ocorrências deste ano, por se tratarem de vias centrais com grande movimento nos horários de pico.
Faixa etária
Adultos representam o maior índice de vítimas nos acidentes de trânsito. Das 4.427 catalogadas desde 2020, 1.567 têm entre 20 e 29 anos de idade, o que representa 35,4% do número total de feridos. Até abril de 2022, 103 pessoas que sofreram acidentes se encaixam nesta faixa etária.
Como forma de conscientização e proteção no trânsito, maio foi o mês escolhido para uma série de campanhas promovidas pelos municípios. Em Ponta Grossa, foram feitas ações educativas, como palestras na Escola Municipal Pascoalino Provisiero e na Ambev, passeatas, integrações com motoristas em postos de gasolina, blitze educativas e o lançamento do projeto Detran na Escola.
Ficha Técnica
Reportagem: Valéria Laroca
Edição e Publicação: Ana Luiza Bertelli Dimbarre e Maria Eduarda Ribeiro
Supervisão de produção: Muriel E. P. Amaral
Supervisão de publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen
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- Produção: Helena Denck
- Categoria: Cidade e cidadania
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Seguindo a Lei de Cotas para PCD, empresas oferecem oportunidades de emprego e crescimento profissional
A lei federal 8213/91 estabelece cotas para Pessoas com Deficiência (PCD). De acordo com a lei, de 2 a 5% das vagas de emprego em empresas com mais de 100 funcionários devem ser preenchidas por pessoas com deficiência. São considerados PCD aqueles indivíduos que sofrem com deficiência física, auditiva, visual, mental e múltipla e possuem laudo médico.
A assistente social da Agência do Trabalhador de Ponta Grossa, Rosângela Legart, vê com bons olhos as mudanças no cenário. Ela afirma que, além do surgimento de mais vagas, empresas menores que não precisam cumprir a cota por conta do número de funcionários, também abrem oportunidades de inclusão social por meio de espaços para PCD. “Estamos com várias vagas e, principalmente, estamos conseguindo a colocação dessas pessoas no mercado de trabalho”.
Apesar dos dados do Portal da Inspeção do Trabalho do governo federal não serem atualizados desde 2019, entidades de Ponta Grossa afirmam que a procura de empresas por pessoas com deficiência para o preenchimento das vagas aumentou nos últimos anos.
Para atender à inserção no mercado de trabalho, a agência tem um programa específico para pessoas com deficiências no município. “A pessoa vem até a Agência do Trabalhador, apresenta um laudo médico e é feito um cadastro. A partir do momento em que as empresas abrem as vagas conosco, eu faço a busca e a pessoa é encaminhada para uma entrevista. Depois disso, a empresa me dá um retorno sobre quantas pessoas foram contratadas”, analisa Rosângela.
Patrícia Ramos, hoje é bancária, mas nem sempre acreditou que poderia ocupar uma vaga de emprego por ser deficiente. Ela convive desde nascença com as sequelas do pé torto congênito, que compromete a parte motora. Patrícia explica que o apoio de entidades assistenciais e das empresas em que trabalhou auxiliaram em seu crescimento profissional, além de desassociar sua deficiência física ao seu desempenho. “Tinha na minha cabeça só sofrimento em relação ao meu pé: as dores, as piadas na escola, as coisas que passei de ruim, mas depois a situação mudou para melhor”.
A bancária acredita que, com o direito à vaga de trabalho para pessoas com deficiência, há também a necessidade de se aprimorar profissionalmente. “A oportunidade de boas vagas de emprego existe, mas as empresas não contratam somente por contratar, mas sim porque precisam de profissionais capacitados.” Patrícia ainda dá um conselho para que as pessoas que se enquadram nos benefícios da lei federal cadastrem seus currículos e deixem claro que são PCD, já que pode resultar em ainda mais oportunidades.
Ficha técnica
Reportagem: Helena Denck
Edição e publicação: Leriany Barbosa
Supervisão de produção: Muriel E. P. Amaral
Supervisão de publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen
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- Produção: Heryvelton Martins
- Categoria: Cidade e cidadania
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Entre as queixas está a falta de abrigo para animais de estimação
Em Ponta Grossa, segundo dados do Cadastro Único (CadÚnico) existem mais de 2000 pessoas em situação de rua espalhados por toda a cidade. Entre os moradores que vivem em situação de rua, está o andarilho identificado como Richard, que circula no centro da cidade. Para ele, a Prefeitura não oferece condições consistentes para atender a população de rua. "Não quero só um café e um pedaço de pão, aqui na rua eu consigo muito mais", afirmou.
Para o coletor de materiais recicláveis e morador de rua, João Pedro da Silva, de 47 anos, as políticas de assistência da Prefeitura são insuficientes para suprir a necessidade de quem não tem onde morar. “Eu tenho meus cachorrinhos aqui, eles vivem comigo. Se eu for para lá, vou ter que deixar eles passando fome, eu não consigo”.
O coletor também explica que perdeu sua casa ainda jovem por conta de uma briga com seus pais, e não conseguiu um emprego desde então. “Quem vai contratar uma pessoa que se veste assim? Se eu for para uma entrevista de emprego, o pessoal dá risada”, desabafou o andarilho.
A Prefeitura informou, através da assessoria, que presta serviços a pessoas nessa situação, como a “abordagem social”, que busca a população em situação de rua e as encaminha para atendimento. Segundo a administração municipal, atualmente a cidade possui 100 vagas de abrigo para moradores de rua, divididas no Centro POP e Casa de Acolhimento.
Questionados sobre a abertura de ginásios de esportes para abrigar a população vulnerável, a assessoria informou que existe processo de licitação de um imóvel, que irá disponibilizar chuveiros, camas e refeitório, mas deve ser concluído apenas nas próximas semanas.
Ficha Técnica
Reportagem: Heryvelton Martins
Edição e publicação: Isadora Ricardo
Supervisão de produção: Muriel E. P. Amaral
Supervisão de publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen