Sem regulamentação na lei, enquadramento e prisão de usuários de maconha depende da interpretação da polícia e da justiça.
O sol brilha numa bela e preguiçosa manhã de segunda-feira nos Campos Gerais. Lauro*, aos 23 anos, como de costume, aguarda no ponto de ônibus sua condução até a universidade. O relógio marca 8h20min quando um veículo se aproxima lentamente, e não é o ônibus que o levaria para a aula, mas uma viatura da Polícia Militar. Dois policiais saem do carro e o abordam violentamente. Com uma pistola em punhos e “mãos na cabeça!”, os policiais revistaram Lauro e encontraram o flagrante que justificaria uma visita à delegacia. O estudante era algemado enquanto observava o seu ônibus passar. Os colegas de Lauro, dentro do ônibus, testemunhavam a ocorrência. Ao chegar à delegacia, Lauro precisou ficar nu e realizar agachamentos em cima de um espelho enquanto a balança marcava 0,9 gramas da maconha que portava.
Foi realizado nesta quarta-feira (2), no centro de Ponta Grossa, um ato popular para reivindicar o afastamento do presidente Michel Temer (PMDB). A concentração dos manifestantes ocorreu às 17h na praça Barão de Guaraúna. Os participantes do movimento organizaram um “adesivaço”, quem transitava de carro entre as Avenidas Coronel Francisco Ribas e Vicente Machado, pode colar o adesivo contrário à atual conjuntura do governo. Durante o ato foi promovida também a distribuição de adesivos e panfletos que repudiam as reformas trabalhista e previdenciária. A produtora rural Genecilda Gotardo entende que falta adesão nas manifestações populares contra o governo federal. “A população ponta-grossense é realmente conservadora, quem está realmente engajado à causa são os movimentos sociais e os sindicatos. Infelizmente trabalhador mais simples não pode deixar o seu ganha pão, para aderir a esse tipo de ato, que o afeta diretamente”, afirma Genecilda. Tudo isso sob um cenário de tensão na câmara dos deputados, que decidiu ontem (2) pelo arquivamento do processo de investigação por corrupção passiva contra o presidente. Para que a acusação fosse levada ao Supremo Tribunal Federal (STF), eram necessários 342 votos contrários à suspensão das investigações. A Plenária encerrou com 264 votos a favor e 227 contrários ao relatório, arquivando a denúncia contra Temer.
Com a chegada do serviço de transporte urbano UBER, que opera em Ponta Grossa desde o dia 18 de abril, as discussões sobre a competição com o táxi aumentaram. Em julho, 93 taxistas estão com a licença em dia, distribuídos em 35 pontos fixos, principalmente na região central da cidade. Enquanto serviço de utilidade pública, os táxis locais seguem a Lei Municipal nº 4.916 que, desde 1993, dispõe sobre a execução do serviço na cidade, mas que não evita ilegalidades como a compra e venda de concessões de táxi, que podem custar R$ 120 mil.
A equipe do Periódico acompanhou diversos assuntos do mês de maio. Confira abaixo um resumo com os principais acontecimentos do mês em Ponta Grossa e no Brasil: