“A participação da população na Conferência Municipal de Saúde de Ponta Grossa garante a democracia”. Esta é a avaliação do conselheiro municipal de saúde, Leandro Dias. Em 2018, a Conferência ocorre nos dias 7 e 8 de Dezembro com o tema “Democracia e saúde: luta e resistência em defesa do SUS”.

Para Dias, a participação das pessoas através dos movimentos sociais nas funções de conselheiros é um avanço na gestão pública dos recursos, que antes era centralizada. Para ser conselheiro é preciso participar de ao menos uma das pré conferências realizadas desde Setembro. São ao todo 12 representantes civis que tem o dever de fiscalizar e questionar os conselheiros governamentais.


De acordo com Leandro Dias, a falta de participação das pessoas está relacionado à política brasileira. “O desinteresse está ligadoà falta de credibilidade que a população tem com a política e os políticos”, afirma. Segundo ele, a divulgação é pequena, mas os conselheiros e os movimentos participantes tentam incentivar a população para a participação da Conferência. “Quanto maior a presença da população mais força teremos para discutir no Conselho”, explica Dias.


“Participar da Conferência é uma oportunidade de votar para o que consideramos o melhor para a população”, explica Genecilda Gotardo, agricultora e ex-participante do Conselho Municipal de Saúde . A conselheira ressalta que a conferência é aberta para a população e todas as pessoas têm voz ativa para opinar.A servidora pública Taís Ferreira avalia que, ao participar da conferência, a população toma conhecimento das políticas e da aplicação do dinheiro público na saúde. “É importante opinar e ter o poder de voto nas decisões tomadas com nosso dinheiro na área da saúde”, diz.


As pré-conferências acontecem em diversos bairros da cidade como estratégia para acolher o maior número de participantes ao processo, que é de interesse da maioria da população.

O horário para visitação nos cemitérios acontece das 7h30 as 18h esse ano. Segundo  a estimativa do Departamento de Serviços Funerários e Cemitérios da Prefeitura de Ponta Grossa, a expectiva é que o Dia dos Finados movimente até 100 mil pessoas. A cidade conta com 23 cemitérios, 9 na área urbana e 14 na rural.

O Ministério Público do Paraná entrou com pedido para desbloqueio imediado do cartão de transporte. A decição foi negada e publicada na última segunda (30). O Ministério Público tem prazo de 15 dias para levantar mais informações e apresentar para a Justiça.  Ao todo, 5 mil usuários tiveram o cartão de transporte bloqueado em Ponta Grossa. Segundo a Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes (AMTT), o bloqueio aconteceu pelo uso irregular do benefício.

A falta de linha de ônibus direta do Terminal Central ao bairro Contorno prejudica moradores e estudantes, especialmente pelo difícil acesso às escolas do local.

O próximo mês de dezembro marca 50 anos desde a implantação do Ato Institucional nº5 (AI-5) no Brasil. O acontecimento registra um sentimento de censura, pois várias universidades estão com materiais recolhidos pela polícia com mandados judiciais. Além disso, Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito no domingo (28/10) para ser o próximo presidente da república. E em novas manifestações, o presidente eleito afirma que o período militar não foi ditadura.

 

Luciane Justus, jornalista e assessora do Sindicato dos Docentes da UEPG (Sinduepg/ANDES), afirma que será um desafio para o setor de comunicação nos próximos quatro anos. “Será difícil, mas temos mais possibilidade devido ao fácil acesso da tecnologia”, avalia.

 

O AI-5 é considerado um dos mais graves Atos Institucionais de 17 grandes decretos emitidos durante a ditadura militar. Assinado pelo então presidente Arthur da Costa e Silva, o AI-5 e suspendeu os direitos políticos dos cidadãos e proibiu atividades ou manifestações de natureza política, entre outras medidas.

 

Jair Bolsonaro, em entrevista a uma emissora de rádio no interior de São Paulo, durante a campanha eleitoral, afirmou que pretendia “fazer o Brasil como era 40, 50 anos atrás”. Apesar de não inferir censura na manifestação, a referência de 50 anos relembra a época em que o AI-5 vigorava no País.

 

Marcelo Bronosky, professor de Jornalismo da UEPG, acredita que haverá censura, mas nada comparado ao regime militar de 1964-85. “Provavelmente será uma continuidade do governo Temer (MDB), com perda de direitos e repressão aos que resistirem”, avalia o professor.

 

Luciane Justus diz que, desde o governo Temer (2015), a censura cresceu nos meios de comunicação e que, por isso, a diretoria do Sinduepg já enviou orientação aos professores com alerta sobre perseguição política. “Há um clima de censura no País e nosso desafio é superar o autoritarismo”, explica. A jornalista destaca a importância os movimentos sindicais e estudantis na luta contra a censura durante a ditadura militar. Germano Busato, estudante de Jornalismo na UEPG, vê com preocupação o atual momento. “Espero que a resistência estudantil seja forte, visto que são as minorias que tendem a sofrer com a censura”, conclui.