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- Produção: Heryvelton Martins
- Categoria: Cidade e cidadania
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Além do trânsito, serviços de urgência, como ambulância, também são afetadas pelos problemas da região
Os moradores da rua Guilherme Voigt, em Uvaranas, enfrentam diversos problemas devido às condições da via, isso porque o local é cenário frequente de prejuízos e até quedas. Ao menos nos últimos oito anos, a condição da rua não melhorou, ficando cada vez mais deteriorada devido à chuva e falta de manutenção. “Eu tive que desistir do meu negócio de van escolar.
Subir todos os dias aqui acabava forçando o eixo da van e quebrava”, desabafou Aline Fonseca, moradora do local. Além disso, há outras reclamações feitas no local. A denúncia frequente é de uma cratera encontrada logo no início da via, um perigo para quem se arrisca em passar de carro.
“O pessoal chega até o meio, desiste e começa dar a ré, mas esquecem que tem um buraco ali”, explica Aline. Com as chuvas, a situação piora. A moradora contou que há pouco tempo um caminhão atolou no local e ela gravou a situação e acabou caindo na cratera: “Estava chovendo, mas acabei mostrando que cabe uma pessoa inteira lá”, contou mostrando os machucados no rosto causados pela queda.
Para quem tem carro próprio, como é o caso da moradora Luana Bricky, a única forma de chegar à garagem de sua casa é descendo a rua. “Tem que descer devagarinho, porque subir não dá. O carro é meio baixo, então sempre bate o fundo no chão”, contou Luana. Ela tem um filho pequeno e também relatou sua preocupação com o lazer do menino, que não consegue andar sem tropeçar pelos buracos da via: “Não dá nem para andar de bicicleta", expôs a moradora.
As condições precárias deixam os moradores desassistidos por serviços como atendimento médico e serviços de transportes. A ambulância, quando chega ao local, tem que parar na Rua Teixeira de Macedo. A última vez que uma moradora precisou de atendimento de urgência a ambulância subiu, mas ficou atolada no local: “Minha menina caiu aqui e tive que descer na rua debaixo para ser atendida pela ambulância", contou Aline. Os serviços de transporte também são outros dos problemas graves, vans escolares e motoristas de aplicativo param em ruas paralelas ao local, por conta do medo de não conseguir sair dos buracos da via.
A Prefeitura Municipal de Ponta Grossa foi procurada pela reportagem para esclarecimentos da situação da rua e possibilidades de melhorias e informou que irá enviar um técnico até o local para averiguar a situação
Ficha Técnica
Repórter: Heryvelton Martins
Edição: Maria Eduarda Ribeiro
Publicação: Valéria Laroca
Supervisão de produção: Muriel E. P. Amaral
Supervisão de publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen
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- Produção: Cassiana Tozati
- Categoria: Cidade e cidadania
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Com comercialização proibida e consumo liberado, cigarros eletrônicos provocam debate sobre legislação brasileira
A comercialização de cigarros eletrônicos é proibida no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas as baforadas podem ser vistas livremente em ruas, bares e boates do país. Em Ponta Grossa, um comerciante de cigarros eletrônicos, que preferiu não se identificar, afirma que o consumo aumentou muito nos últimos meses.
O vendedor, que atua na região central da cidade, acredita que o aumento das vendas tem origem na vontade dos usuários de pararem de fumar. Mesmo com a venda ilegal no Brasil, o comerciante não para de vender. “Várias lojas já foram fechadas, mas é um negócio que não deve parar, porque ajuda as pessoas”, alega.
Ele acrescenta que a proibição dos cigarros eletrônicos no Brasil vai além das questões de saúde, pois o uso do cigarro comum dá lucro. “As pessoas querem parar de fumar cigarro comum, mas o governo não quer tirar o imposto dele, deixando a venda dos cigarros eletrônicos proibida”.
Foto: Cassiana Tozati
Mesmo com a facilidade de compra e banalização do uso, o comércio dos produtos tem consequências pouco conhecidas pela população. O advogado Matheus de Quadros explica que o comércio dos produtos geram infrações graves ou gravíssimas, e as multas, dependendo do caso, variam de R$75 mil a R$1,5 milhão de reais.
A fiscalização da venda fica por conta dos órgãos da Vigilância Sanitária, pelos Procons, por serem órgãos de defesa do consumidor, e também pelos órgãos de segurança pública. “Por haver regulamentação da Anvisa, a comercialização se enquadra como crime referente a substâncias nocivas. Esses órgãos podem realizar não só a prisão em flagrante, como a apreensão do material”, explica Matheus.
Os cigarros eletrônicos encontram vários públicos, além daqueles que querem deixar de consumir o cigarro comum. Um estudante da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), que não quis se identificar, é usuário de cigarros eletrônicos, e afirma que não gosta do cigarro comum. Ele utiliza os cigarros eletrônicos para socializar e por questões psicológicas: “Tenho ansiedade, e quando estou nervoso uso com maior frequência”.
Para ele, a proibição desses produtos deveria ser reavaliada. “Se o álcool e o cigarro comum, que são prejudiciais à saúde, são liberados, não concordo com a proibição das vendas dos cigarros eletrônicos”. Entretanto, ele afirma que a proibição das vendas não o incomoda, pois o consumo é liberado e para encontrar os cigarros eletrônicos não há grande dificuldade, principalmente ao comprar pela internet.
Reportagem: Cassiana Tozati
Edição e publicação: Isadora Ricardo
Supervisão de produção: Muriel E. P. Amaral
Supervisão de publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen
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- Produção: Leriany Barbosa
- Categoria: Cidade e cidadania
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Durante baixas temperaturas, animais recebem casinhas, alimentação e água
Com a chegada do inverno, os animais de rua sofrem quando os termômetros registram baixas temperaturas. Para amenizar o frio, a ONG Voz Animalista realiza ações como a produção e instalação de casinhas provisórias fabricadas com caixas de leite longa vida (UHT). “Recebemos as doações das caixas, montamos as casinhas e as distribuímos nas praças de Ponta Grossa”, afirma Isabella Godoy Danesi, coordenadora da entidade.
A ONG também disponibiliza ração e água aos animais em frente a residências e comércios da cidade. “É muito comum vermos, não só os animais em situação de rua sofrendo com o frio, mas também os animais que possuem moradia fixa, por não receberem os cuidados necessários dos donos”, critica Isabella. Além de realizar essas medidas, a coordenadora reforça a importância da adoção responsável dos bichinhos. A ONG não abriga animais, mas acompanha os procedimentos para que a adoção seja realizada.
Foto: Leriany Barbosa
Mesmo reconhecendo a importância da instituição, Isabella aponta que o município não apresenta políticas públicas sólidas para debater o assunto. “Já que a Prefeitura de Ponta Grossa não consegue amparar todos os animais que estão nas ruas, ao menos deveria incentivar os projetos comunitários, para que cada vez mais eles sejam amparados, principalmente nas estações mais frias do ano”, enfatiza.
A ONG SOS Bichos esteriliza e castra os animais em situação de rua, além de promover a adoção responsável em Ponta Grossa. A coordenadora da instituição não governamental, Claudete Mesquita dos Santos, revela que há três anos, um cachorro morreu devido ao frio intenso.
Se em dias convencionais os animais de rua estão vulneráveis, em dias de frio essa condição é mais crítica. A médica veterinária, Adriele Chirigatti, afirma ser possível que um animal morra de hipotermia, principalmente aqueles que vivem em situação de rua por serem mais magros e por terem poucas camadas de pelo. “O animal que não possui um abrigo fixo precisa, pelo menos, de uma casinha”, afirma. A veterinária ainda destaca que algumas doenças são mais intensas no inverno. “São comuns doenças respiratórias como a gripe, a rinotraqueíte felina, que seria uma espécie de bronquite que se dá em gatos e a tosse canina.” Adriele ainda lamenta o fato do animal em situação de rua adoecer e não ter acompanhamento veterinário. “Todas essas doenças são tratáveis, mas é provável que esses animais morram e nós nem saibamos o motivos, pois eles não são amparados, seja pelos donos ou por políticas públicas”, relata.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura para averiguar políticas públicas voltadas aos animais em situação de rua no inverno - como o Centro de Referência de Animais em Risco (Crar), que agora é gerenciado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Mas até o fechamento da reportagem, não houve retorno sobre dados ou ações destinados aos animais em situação de rua nesta época do ano.
Ficha Técnica
Reportagem: Leriany Barbosa
Edição e publicação: Catharina Iavorski
Supervisão de produção: Muriel E. P. Amaral
Supervisão de publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen
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- Produção: Lilian Magalhães
- Categoria: Cidade e cidadania
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Maior problema é na entrada do bairro e o único poste de iluminação do local está queimado há mais de três meses
O acesso ao bairro Cará-Cará, na região Sul de Ponta Grossa, está prejudicado devido à falta de iluminação. O único poste do local está queimado desde o começo do ano e ainda não tem previsão de voltar ao funcionamento. A rotatória na entrada do bairro está danificada devido aos pequenos acidentes que ocorrem e nos dias chuvosos, a situação é ainda mais crítica.
De acordo com Zenira dos Santos, moradora da rua Boeing 6, a falta de iluminação também afeta a segurança dos moradores. “Peço para o meu marido deixar o jardim aceso até eu voltar para a casa, porque tenho medo de andar sozinha na minha rua durante a noite”. As noites de Zenira nem sempre são agradáveis. “Escuto os rangidos dos freios porque não existe sinalização indicando as lombadas, rotatória e nem a própria entrada do Cará-Cará”.
Na mesma rua, o frentista Marcelo Ferreira relata que alguns motoristas param no estabelecimento por conta da má iluminação. “Uns dias atrás uma família inteira dormiu estacionada no pátio pelo medo de dirigir por aqui nessa escuridão, vários caminhoneiros também param aqui quando chove”. Marcelo aponta que existem duas lombadas na entrada do bairro, mas nenhuma possui indicação. “Os carros raspam a parte de baixo na lombada porque não dá tempo de frear, a luz é muito baixa e as lombadas não possuem placas indicando, nem pintura horizontal”.
Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Ponta Grossa disse em nota que os moradores precisam formalizar os pedidos da troca dos focos de iluminação pela ouvidoria 156, e que a sinalização cabe como responsabilidade do Estado através do Departamento de Estradas de Rodagem (DER).
Ficha técnica
Reportagem: Lilian Magalhães
Edição e publicação: Gabriel Mendes Ferreira
Supervisão de produção: Muriel E. P. Amaral
Supervisão de publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen
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- Categoria: Cidade e cidadania
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Preço integral do valor da passagem dificulta ida às aulas para estudantes
O direito à meia-passagem pelos estudantes foi suspenso durante a pandemia. As aulas retomaram presencialmente desde o ano passado, mas a Viação Campos Gerais (VCG), empresa responsável pelo transporte público em Ponta Grossa, não atualizou o cadastro dos alunos. Desta forma, alguns deles não conseguiram retornar às aulas porque não poderiam arcar com o valor integral das passagens. Antes da pandemia, os dicentes solicitavam uma declaração à instituição e eles mesmos encaminhavam o documento à Prefeitura. Com a mudança, os estudantes devem fazer direto na Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT) e a VCG aprova e libera o cartão. No momento, o maior problema está na liberação da AMTT para a VCG.
Foto: Amanda Martins
A aluna do ensino fundamental, Gabriele Maciel Cunha, conta que sem o passe-livre não terá como ir todos os dias para a aula. “Eu moro muito longe do Osório, não tem como simplesmente ir andando”. A mesma dificuldade é partilhada por Arthur Andrade. "É caro gastar R$11,00 por dia”, comenta. Arthur comenta que iniciou o protocolo no início de fevereiro, mas sua situação ainda está em análise. "Meus pais já mandaram diversos comprovantes de residência, mas nenhum dá certo e ninguém diz o porquê".
Em apuração pela reportagem, foi descoberto que existem pendências em aberto no sistema da AMTT desde o início do ano letivo de 2022, mas não tem uma previsão para serem aprovadas. Mesmo após a tentativa de contato com a VCG, AMTT e a Prefeitura, não houve retorno com respostas explicando o motivo para o atraso na atualização dos cadastros.
Ficha Técnica
Reportagem: Amanda Martins
Edição e publicação: Lilian Magalhães
Supervisão de produção: Muriel E. P. Amaral
Supervisão de publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen