Vagas para pessoas com deficiência aumentam em PG

Seguindo a Lei de Cotas para PCD, empresas oferecem oportunidades de emprego e crescimento profissional

 

A lei federal 8213/91 estabelece cotas para Pessoas com Deficiência (PCD). De acordo com a lei, de 2 a 5% das vagas de emprego em empresas com mais de 100 funcionários devem ser preenchidas por pessoas com deficiência. São considerados PCD aqueles indivíduos que sofrem com deficiência física, auditiva, visual, mental e múltipla e possuem laudo médico.

 

A assistente social da Agência do Trabalhador de Ponta Grossa, Rosângela Legart, vê com bons olhos as mudanças no cenário. Ela afirma que, além do surgimento de mais vagas, empresas menores que não precisam cumprir a cota por conta do número de funcionários, também abrem oportunidades de inclusão social por meio de espaços para PCD. “Estamos com várias vagas e, principalmente, estamos conseguindo a colocação dessas pessoas no mercado de trabalho”.


Apesar dos dados do Portal da Inspeção do Trabalho do governo federal não serem atualizados desde 2019, entidades de Ponta Grossa afirmam que a procura de empresas por pessoas com deficiência para o preenchimento das vagas aumentou nos últimos anos.

 

Para atender à inserção no mercado de trabalho, a agência tem um programa específico para pessoas com deficiências no município. “A pessoa vem até a Agência do Trabalhador, apresenta um laudo médico e é feito um cadastro. A partir do momento em que as empresas abrem as vagas conosco, eu faço a busca e a pessoa é encaminhada para uma entrevista. Depois disso, a empresa me dá um retorno sobre quantas pessoas foram contratadas”, analisa Rosângela.


Patrícia Ramos, hoje é bancária, mas nem sempre acreditou que poderia ocupar uma vaga de emprego por ser deficiente. Ela convive desde nascença com as sequelas do pé torto congênito, que compromete a parte motora. Patrícia explica que o apoio de entidades assistenciais e das empresas em que trabalhou auxiliaram em seu crescimento profissional, além de desassociar sua deficiência física ao seu desempenho. “Tinha na minha cabeça só sofrimento em relação ao meu pé: as dores, as piadas na escola, as coisas que passei de ruim, mas depois a situação mudou para melhor”.

 

A bancária acredita que, com o direito à vaga de trabalho para pessoas com deficiência, há também a necessidade de se aprimorar profissionalmente. “A oportunidade de boas vagas de emprego existe, mas as empresas não contratam somente por contratar, mas sim porque precisam de profissionais capacitados.” Patrícia ainda dá um conselho para que as pessoas que se enquadram nos benefícios da lei federal cadastrem seus currículos e deixem claro que são PCD, já que pode resultar em ainda mais oportunidades.

 

Ficha técnicadownload.gifdownload.gif

Reportagem: Helena Denck

Edição e publicação: Leriany Barbosa

Supervisão de produção: Muriel E. P. Amaral

Supervisão de publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen

Moradores de rua reclamam que assistência da Prefeitura é insuficiente

Entre as queixas está a falta de abrigo para animais de estimação

 

Em Ponta Grossa, segundo dados do Cadastro Único (CadÚnico) existem mais de 2000 pessoas em situação de rua espalhados por toda a cidade. Entre os moradores que vivem em situação de rua, está o andarilho identificado como Richard, que circula no centro da cidade. Para ele, a Prefeitura não oferece condições consistentes para atender a população de rua. "Não quero só um café e um pedaço de pão, aqui na rua eu consigo muito mais", afirmou. 

Para o coletor de materiais recicláveis e morador de rua, João Pedro da Silva, de 47 anos, as políticas de assistência da Prefeitura são insuficientes para suprir a necessidade de quem não tem onde morar. “Eu tenho meus cachorrinhos aqui, eles vivem comigo. Se eu for para lá, vou ter que deixar eles passando fome, eu não consigo”.

O coletor também explica que perdeu sua casa ainda jovem por conta de uma briga com seus pais, e não conseguiu um emprego desde então. “Quem vai contratar uma pessoa que se veste assim? Se eu for para uma entrevista de emprego, o pessoal dá risada”, desabafou o andarilho.

A Prefeitura informou, através da assessoria, que presta serviços a pessoas nessa situação, como a “abordagem social”, que busca a população em situação de rua e as encaminha para atendimento. Segundo a administração municipal, atualmente a cidade possui 100 vagas de abrigo para moradores de rua, divididas no Centro POP e Casa de Acolhimento. 

Questionados sobre a abertura de ginásios de esportes para abrigar a população vulnerável, a assessoria informou que existe processo de licitação de um imóvel, que irá disponibilizar chuveiros, camas e refeitório, mas deve ser concluído apenas nas próximas semanas.

 

Ficha Técnica

Reportagem: Heryvelton Martins

Edição e publicação: Isadora Ricardo

Supervisão de produção: Muriel E. P. Amaral

Supervisão de publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen

VÍDEO: Documentário aborda vivências de venezuelanos em PG

Como identificar as necessidades e angustias, mas também as conquistas de pessoas que saíram do país de origem para recomeçar? O minidocumentário "Refugio a 4000 km: A vinda de venezuelanos para Ponta Grossa", aborda histórias de três migrantes que residem na cidade. O trabalho produzido pelos acadêmicos de Jornalismo da UEPG Carlos Solek e Isadora Ricardo também trata do trabalho ofertado pelo projeto Caritas Diocesana de PG, coordenado pela igreja católica de Ponta Grossa.

 

Confira o vídeo:

Ficha técnica

Roteiro, narração e gravação: Isadora Ricardo

Edição e gravação: Carlos Solek

Publicação: Leriany Barbosa

Supervisão: Cintia Xavier, Marcos Zibordi e Maurício Liesen

Técnico Responsável: Jairo C. P. de Souza

VÍDEO: Frequentadores do Calçadão, no centro de Ponta Grossa, relembram histórias marcantes

Muitos lugares são tradicionais para os moradores de Ponta Grossa. É o caso do Calçadão, localizado no centro da cidade. No documentário “Histórias e Vivências”, produzido pelas alunas de Jornalismo da UEPG, Ana Luiza Bertelli Dimbarre e Janaina Cassol, são contadas as histórias de pessoas que conhecem o Calçadão como um ambiente de trabalho, um local ideal para se fazer amizades e viver experiências. 

 

Ficha técnica

Reportagem e roteiro: Ana Luiza Bertelli Dimbarre
Cinegrafia e edição: Janaina Cassol
Professora responsável: Cintia Xavier
Técnico responsável: Jairo C. P. de Souza

ÁUDIO: Projeto de Lei deve fechar TV Educativa de PG

Após duas décadas de funcionamento, a TV Educativa local está prestes a ser encerrada com o avanço do Projeto de Lei 339/2021 que pretende realizar mudanças na Fundação Educacional de Ponta Grossa (FUNEPO). De acordo com a Prefeitura Municipal, o encerramento do canal na cidade ocorre devido a um corte de gastos. Entenda toda a situação na matéria de Lívia Hasman.

 

 

Ficha técnica:

Locução: Lívia Hasman

Publicação: Ana Paula Almeida

Supervisão de Produção: Cândida Oliveira

Supervisão de Publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen