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- Produção: Ana Carolina Barbato Dias
- Categoria: Cidade e cidadania
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De acordo com pesquisa da Fundação Instituto de Administração junto a Universidade de São Paulo, 70% dos trabalhadores têm interesse em continuar com atividades de maneira remota mesmo após o fim da pandemia.
Ficha técnica
Reportagem: Ana Carolina Barbato Dias
Publicação: Evelyn Paes
Supervisão: Cintia Xavier, Marcos Zibordi e Maurício Liesen
- Detalhes
- Produção: Helena Denck
- Categoria: Cidade e cidadania
- Acessos: 645
Tatuadores de Ponta Grossa encontram dificuldades para manter o funcionamento dos estúdios durante a pandemia. 30 tatuadores foram consultados e 14 aceitaram responder perguntas. Pelo menos três dos profissionais tiveram que fechar seus estúdios de forma momentânea ou permanentemente e procurar outros empregos.
Ficha técnica
Repórter e editor: Helena Denck
Publicação: João Paulo Pacheco
Supervisão: Cíntia Xavier, Marcos Zibord e Maurício Liesen
- Detalhes
- Produção: Tamires Limurci
- Categoria: Cidade e cidadania
- Acessos: 490
Incertezas quanto ao retorno de aulas presenciais forçam alunos a manterem aluguéis, mesmo não morando na cidade
Com as aulas presenciais suspensas, muitos estudantes universitários que não moram em Ponta Grossa continuam pagando o aluguel, mas sem previsão de retorno. Em março de 2020, as instituições de ensino publicaram avisos de 15 dias de suspensão das aulas, com isso diversos acadêmicos que não moravam na cidade decidiram fazer as malas e retornar às casas de suas famílias. Entretanto, ninguém imaginou que, meses depois, ainda não teriam voltado às suas moradias.
A falta de posicionamento da reitoria e a carência de políticas públicas por parte dos Governos Federal e Estadual foram alguns dos motivos para os estudantes continuarem pagando seus aluguéis. Segundo eles, a prorrogação de reuniões, a inexistência de diálogo com os alunos, a não consideração das respostas dadas aos formulários da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE), em especial da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), fizeram os alunos permanecerem inseguros em quebrar os contratos normalmente anuais. Em alguns casos as instituições de ensino disponibilizaram auxílios estudantis, no entanto não foram para todos e nem para todas as situações. A solução encontrada por esses estudantes foi tentar renegociar os valores e buscar diminuir outros gastos, como internet e condomínio, visto que ainda não há uma perspectiva de retorno.
Outra dificuldade observada foi a rescisão dos aluguéis. A acadêmica de Agronomia UEPG, Maria Fernanda Kalusz, de Fernandes Pinheiro (PR), tem um contrato de três anos com a imobiliária e, durante esse período, buscou alternativas para diminuir os custos mensais para não precisar rescindir e pagar a multa. “Durante esse período, a imobiliária quis aumentar o valor, mas entramos em contato e, diretamente com o locador, conseguimos um desconto de 25% [desde abril de 2020], o que ajudou bastante”, afirma. A estudante também aponta que ficou apreensiva em abrir mão do seu apartamento por conta da possibilidade de retorno. “Possivelmente, se tivesse desistido e voltassem às aulas, o valor estaria mais alto e, também, seria mais difícil de conseguir”, conclui Maria.
Contudo, nem todos os alunos tiveram a sorte de diminuir o aluguel e manter sua moradia. Esse é o caso de Evandro Massuline, acadêmico de engenharia elétrica da Universidade Tecnológica Federal do Paraná em Ponta Grossa (UTFPR/PG), que retornou definitivamente para Teixeira Soares, onde morava antes de passar no vestibular. Com um aumento do aluguel durante esse período, a solução encontrada foi rescindir o contrato e pagar a multa de 10%. “Tentei encontrar alguma opção para não ter que pagar a multa, afinal não tinha como continuar com o aluguel. Infelizmente, acabei pagando para cancelar o contrato”, comenta.
E agora? Quais serão os próximos passos?
No mês de junho de 2021, o Governo do Estado do Paraná disponibilizou 20 mil doses da vacina contra a Covid-19 para servidores do ensino superior. Grupo que ficou fora dos grupos prioritários do Plano Nacional de Imunização (PNI). A situação ocorre numa tentativa de adiantar o retorno das aulas.
Assim, surgem novas questões como quando isso ocorrerá e se será avisado com antecedência. Morando a dois mil quilômetros de distância em Sorriso, no Mato Grosso, a estudante de Jornalismo na UEPG, Isadora Ricardo, classifica a falta de transparência da instituição como um dos maiores desafios na relação aluno-universidade, pois, mesmo com diversos pedidos, falta diálogo.
Com a possibilidade do retorno ao presencial, a estudante se preocupa com a preparação. “Quando foi anunciado que não voltaria no início do ano, eu e os meus pais fomos para Ponta Grossa buscar algumas coisas. Agora, se precisar retornar, meus pais vão precisar me levar, tem toda uma mobilização para eu ir”, explica. Segundo ela, se o aviso for feito com menos de duas semanas de antecedência, é improvável que consiga estar presente no primeiro momento, considerando a distância e o valor de passagens aéreas.
Uma nova pandemia no futuro também é preocupação entre os estudantes entrevistados. Na opinião da maioria, caso fosse preciso, eles procurariam aluguel com prazo mais curto. “Se fosse para fazer um contrato, faria com a menor quantidade de tempo possível, já que não sabemos se podemos entrar em outro regime pandêmico ou outras paralisações”, aponta o aluno de engenharia mecânica da UTFPR/PG, Thiago dos Santos.
Este texto é parte do conteúdo da edição recém-publicada do jornal-laboratório Foca Livre, produzido pelo 2º ano de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Acesse a edição completa em https://periodico.sites.uepg.br/index.php/foca-livre.
Ficha Técnica:
Repórter: Tamires Limurci
Editor de Texto: Helena Denck, Leonardo Duarte e Yuri A.F. Marcinik
Publicação: Leonardo Duarte e Yuri A.F. Marcinik
Supervisão Foca Livre: Jeferson Bertolini, Rafael Kondlatsch e Muriel Emídio Amaral
Supervisão de Publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen
- Detalhes
- Produção: Manuela Roque e Yasmin Orlowski
- Categoria: Cidade e cidadania
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A iniciativa do projeto "Páginas e Petiscos" incentiva a arrecadação e venda de livros seminovos e usados, revertendo todo o valor arrecadado a ONG's de animais resgatados em Ponta Grossa. Todo o processo acontece pela página do instagram Páginas e Petiscos. Os livros são doados em quatro pet shops da cidade. Uma pessoa que tem interesse em ajudar deve comentar na postagem do livro que gostou para garantir a compra. A retirada é feita na Casulo Casa Colaborativa. Para compradores de fora de Ponta Grossa, os livros são enviados pelo correio.
Ficha técnica:
Repórter e editora: Manuela Roque e Yasmin Orlowski
Publicação: Evelyn Paes
Supervisão: Marizandra Rutilli, Marcos Zibord e Maurício Liesen
* Este texto foi alterado em 10/08/2021.
- Detalhes
- Produção: Yasmin Orlowski
- Categoria: Cidade e cidadania
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Para manter a tradição, escolas fizeram festas pela internet
Pelo segundo ano seguido, a pandemia interfere na realização das tradicionais festas de julho em Ponta Grossa. Há impactos na rotina do comércio e na programação de igrejas. Na cidade, escolas particulares e municipais precisaram se reinventar para levar um pouco da celebração às crianças. Encontros online realizados pela internet com vestimenta caipira ou até drive thru foram adaptações comuns nas escolas durante a pandemia. Isso foi necessário para respeitar as regras de isolamento social e ordens de restrição da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O colégio particular Sant’Ana foi um dos que realizaram a festa adaptada. No dia 19 de junho, via drive thru, famílias compraram kits juninos e foram até a escola retirar os produtos, de carro e com máscaras. Algumas famílias foram a caráter e com os carros decorados.
Nem todas as escolas da cidade puderam fazer festas e isso entristeceu alguns alunos. Lais Ventura, mãe de duas crianças, diz que os filhos sentiram falta da festa.
Foto: Matheus Pileggi/Arquivo Lente Quente
Economia
Em Ponta Grossa, com o impedimento das festas presenciais por causa da pandemia, alguns comerciantes precisaram se reinventar. É o caso da vendedora Giovana Pitur que passou a vender cestas de festa junina pela internet. Pitur abriu a empresa durante a pandemia. Faz cestas com quentão, pinhão, canjica, bolo de fubá com goiabada, maçã do amor, entre outros. A autônoma diz que pretende continuar com as vendas no ano que vem.
No país, a festa junina gera empregos e movimenta a economia nos meses de junho e julho. Segundo o Ministério do Turismo, em 2019 aconteceram mais de 103 eventos em 15 estados brasileiros. Com a pandemia, este desempenho não foi repetido, o que afetou o trabalho de costureiras, bordadeiras, serviços de decoração, comércio de alimentos e comerciantes locais.
De acordo com dados do Ministério do Turismo, a cidade de Caruaru recebeu 2,5 milhões de pessoas - faturamento que movimentou cerca de 240 milhões de reais em 2019.
Tradição
A festa junina é uma celebração típica católica, que festeja três santos: Santo Antônio (no dia 13 de junho, considerado o santo casamenteiro), São João Batista (no dia 24, conhecido por batizar o povo, o que dá origem ao seu nome) e São Pedro (no dia 29, primeiro Papa da Igreja Católica). Esses santos inspiram novenas e simpatias.
As origens dessas festas vieram antes da tradição cristã: os índios já tinham o costume de fazer rituais no mês de junho. Com a chegada dos portugueses, em 1500, o caráter festivo dos indígenas se fundiu com o aspecto religioso dos portugueses. A culinária é um exemplo da mistura destas culturas: os grãos e raízes, como pinhão e milho, cultivados pelos indígenas, se juntaram às especiarias dos colonizadores. A celebração também tem um aspecto caipira, que reflete os primórdios da sociedade brasileira, cuja vida se dava no campo.
Ficha técnica
Reportagem: Yasmin Orlowski
Edição e Revisão: Eduardo Machado e Lucas Muller
Publicação: Marcus Benedetti e João Paulo Pacheco
Supervisão: Jeferson Bertolini, Mauricio Liesen e Marcos Antonio Zibordi